Por José Mendes Pereira
Diz o pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira que Chico Pereira foi um dos homens mais destemidos do sertão paraibano, que fez justiça com as próprias mãos. Quando foi julgado pela morte do assassino do seu pai, foi absolvido em júri popular, lá no Estado da Paraíba.
Mas infelizmente, foi acusado pelas autoridades de um crime que não cometeu no Rio Grande do Norte. Apesar de sempre cair em falha contra as autoridades, e geralmente apadrinhado pelo governador da Paraíba, mesmo assim, infelizmente, trazido para o nosso Estado, e aqui foi entregue à justiça para ser julgado.
Clique no link para ver a família Pereira Dantas:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/07/familia-pereira-dantas-de-nazarezinhopb.html
No período em que Chico Pereira foi morto, já havia completado vinte e oito anos de idade. Dona Maria Egilda - sua mãe, não teve pelo menos o desprazer de enterrar o seu filho, tendo recebido orientação do advogado da família, Doutor João Café Filho, fazendo grande alerta aos familiares, que não fossem pisar em terras do Estado do Rio Grande do Norte, para ser apanhado como vingança por parte das autoridades que chacinaram o Chico Pereira.
Diz ainda o Doutor Ivanildo Alves da Silveira, que a tragédia continuou com o assassinato inesperado do irmão de Chico Pereira, o Aproniano. E a morte do outro irmão, Abdon, que estudava medicina no Estado do Rio de Janeiro, e faleceu de tuberculose.
Conversas entre os dentes, diziam que os mandantes da morte do coronel João Pereira, o pai de Chico Pereira, eram pessoas importantes da sociedade de Sousa.
Principal responsável pelo ataque do bando de Lampião à cidade paraibana de Sousa. Fato ocorrido no dia 27 de julho de 1924. Um deles, um senhor que era destacado cidadão de nome Otávio Mariz.
Dos quatro filhos do coronel João Pereira, o único que sobreviveu e viveu muito, foi o Abdias, que veio a falecer no dia 28 de julho de 2004, com cento e três anos de idade.
“Minhas Dúvidas:"
1 - Se analisarmos cuidadosamente, é provável e óbvio que Café Filho não participou da tragédia de Chico Pereira, mas com certeza, muito antes deste dia, ele já sabia da trama e o que poderia acontecer com o seu cliente, e tinha razão de não ficar contrário às autoridades policiais.
2 - Se Café Filho achava que o seu cliente poderia ser morto naquele dia, como foi que ele tomou conhecimento, se não era detetive, psicólogo ou outra coisa parecida, apenas advogado do facínora?
3 - Se ele iria no seu carro atrás da escolta para acompanhar o seu cliente, por que lhe causaria medo, já que era apenas o defensor do infeliz perante a lei?
4 - Qual o motivo da Dona Maria Egilda, mãe de Chico Pereira ser alvo dos militares, se ela tivesse ido apanhar o cadáver do seu filho, já que o verdadeiro marginal era ele, e não ela?
Desculpa-me Dr. Café Filho, mas o senhor conhecia bem o malabarismo dos policiais. No meu entender, o senhor estava sabendo de toda trama das autoridades policiais contra o seu cliente. Essa é que é a verdade. E sendo o senhor advogado, saiu-se muito bem, obrigado! O cangaceiro foi quem pagou o que não devia, e talvez, nunca veio ao Rio Grande do Norte.
Lembrando aos nossos leitores e amigos, que as minhas opiniões sobre cangaço não têm nenhum valor para a literatura lampiônica.
São apenas as minhas inquietações, como dizia o escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa.
O que eu escrevi, nada prejudicará os escritores, pesquisadores e cineastas do cangaço.
José Mendes Pereira.
Fontes de pesquisas: Ivanildo Silveira, Romero Cardoso e Wolney Liberato.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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