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13 março 2021

CURURIPE, LEITO DE MORTE DO CANGACEIRO CANÁRIO.

 Por Rangel Alves da Costa

Mês de setembro. Mata fechada nos idos de 38. Catingueiras, umburanas, facheiros, mandacarus, bonomes, tufos de mato e pontas de espinhos por todo lugar. Refúgio de preás em meio a macambiras, moradia e caminho de cobras entre as locas de pedras. Ouvia-se o cantar da fogo-pagô e do sabiá, ouvia-se o rastejar de bichos furtivos nas entranhas da mata. Numa baixada onde a água se juntava depois das chuvaradas, eis o local ideal para descanso e repouso. Lajedos esbranquiçados formavam como uma mureta separando o leito e as entranhas da mata. Local ideal também para esconderijo e para defesa contra inimigos que acaso chegassem. E por isso mesmo que cangaceiros estavam por ali no dia 6 de setembro, e fugindo das caçadas e das entregas depois da Chacina de Angico, onde Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, haviam tombado recentemente. Coisa de pouco mais de um mês. Depois de Angico, os bandoleiros sobreviventes se bandearam pelas matas não só em fuga, mas procurando deixar a poeira baixar para atinar o que fazerem dali em diante. Uma opção era se entregar, mas alguns não pensavam assim. Talvez imaginassem que um novo líder pudesse aglutinar os debandados e dar prosseguimento ao cangaço, à já injustificável luta. Mas impossível. Lampião, o líder maior, não existia mais. Neste ínterim de dúvidas e aflições, cangaceiros haviam chegado até a Fazenda Cupira, nos arredores da povoação de Poço Redondo. 

Dentre estes estavam Canário (Bernardino Rocha) e Penedinho (Teodomiro). O primeiro, companheiro de Adília (que havia sido enviada para a ribeirinha Propriá), e o segundo um primo desta. O que se imaginava em relação de amizade - e até de parentesco, pois também conterrâneos de Poço Redondo -, logo se transformou em traição. Certamente premeditando facilitar sua entrega (vez que cangaceiro que matasse cangaceiro recebia melhor tratamento do comando policial), então Penedinho aproveitou que Canário estava de costas, defronte ao lajedo, e fez um disparo certeiro. O companheiro de Adília sequer esboçou reação. Caiu sem vida por cima das pedras brancas e ali permaneceu. Ato contínuo, o matador atravessou o sertões de Poço Redondo e seguiu até a baiana Serra Negra, após a divisa, para contar ao comandante Zé Rufino de seu feito. Interrogado, disse ainda sobre a possível existência de dinheiro e ouro escondidos por Canário nos arredores. E coisa muita! Ávido por relíquias do cangaço, famoso salteador de despojos cangaceiros, então o famoso comandante foi quase voando até o Cururipe. Não se sabe ao certo o que encontrou das riquezas do cangaço, mas se sabe que passou o facão no defunto e retornou levando a cabeça. O restante do corpo acabou sendo enterrado por terceiros debaixo de um umbuzeiro logo adiante. Na foto abaixo, o lajedo onde Canário tombou para a morte.

FOTO 01-- Rangel Alves Costa..

FOTO 02--Cortesia Dr. Sérgio Dantas/Blog doMendes

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11 março 2021

MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE 4

  Por José Mendes Pereira

A FELICIDADE DA FAMÍLIA DE JOÃO MARINHO ESTÁ INDO EMBORA

A felicidade que antes reinava dentro da casa de João Marinho estava se acabando, devido o desastroso casamento que Dalva fez com o delegado Deluz. E para completar mais ainda a desgraça da família, o filho Agenor e querido chegara do Rio de Janeiro. Dias depois, morrera de repente, enquanto tangia umas bestas da fazenda. Mais este acontecimento deixou o velho e toda família totalmente desnorteados, enfraquecidos, que não acreditavam mais em momentos melhores para a família,  só se fosse enviado por Deus. O ódio entre o militar e os familiares da esposa Dalva aumentava dia a dia, como se nunca mais chegaria um bom censo entre eles. A qualquer instante poderia surgir uma guerra devastadora entre João Marinho e o genro, cada um defendendo a sua honra para não ser desmoralizado.  O delegado era o tal da região, mas os parentes de sua esposa não estavam mortos, e não iriam usar a covardia como silêncio, e medo de um canalha delegado que não tinha moral nem para si.                      

AS TERRAS FORAM QUESTIONADAS

O problema das terras continuava e o sargento tentava vencer os sogros e cunhados na força e na raça, pois ele não era um homem fácil de desistir dos seus planos, só por pressões de pessoas que queriam ser mais do que ele. Era uma autoridade e não se ajoelhava diante desta gente que não entendia de nada de lei.  “- Desistir eu, nunca! – Dizia Deluz no seu eu”.

Como se ele fosse o verdadeiro dono das terras e vencido pela ambição, decidiu fazer travessões nas terras que desejava, já que era casado com uma filha do proprietário, achava ele que tinha direito também.  A família não concordou com a decisão tomada pelo Deluz, mas mesmo não aceitando ele continuou com as terras até o trilho.  

O DELEGADO DELUZ PROMETE DÁ UMA SURRA EM DONA MARIA GOMES SUA SOGRA.

Dona Maria Gomes esposa do João Marinho e sogra do sargento, tinha um gênio forte, e sem pesar e nem medir o tamanho das suas palavras aborrecidas, disse na presença de gente dali, que seu genro estava querendo roubar as suas terras adquiridas com tanto esforços e trabalhos por toda sua família. Com essas palavras ferinas e agressivas, a confusão tornou-se uma grande fogueira acesa e bem maior do que se esperava. A acusação de Dona Maria Gomes chamando-o de ladrão, o fuxico dos moradores e a ganância de sogros e genro caíram nas calçadas, nos bares e nos grupinhos das pessoas sertanejas.  Infelizmente, toda comunidade sertaneja passou a ser conhecedora do desacato do delegado, quando antes o mundo pacífico tinha o seu lugar garantido naquela região. 

OS FILHOS DO JOÃO MARINHO VIVIAM PARA O TRABALHO           

Os filhos de João Marinho nenhum saiu da linha no que diz respeito à educação pela própria natureza. Da tangida de gado para a roça e eram homens amantes da paz, assim como o seu velho pai, e não gostavam de desavença com a vizinhança, muito menos com outras pessoas adjacentes. Mas coitados, Infelizmente, devido o péssimo comportamento do militar, que casualmente tinha entrado na família, estavam prestes a cair no não desejado por eles, o mundo do crime.            

Logo que o Deluz tomou conhecimento das palavras agressivas e desmoralizantes de Dona Maria Gomes a sua sogra, sendo ele arrogante e poderoso, por ser delegado do lugarejo, intimou a sogra a comparecer à delegacia como sem falta e urgentemente. Ainda disse publicamente, que assim que ela se apresentasse, iria lhe dar uma surra pra homem nenhum botar defeito. Com essa atitude tomada pelo delegado Deluz, o diabo aumentou de tamanho o seu inferno para acolher todos eles.            

O escritor Alcino Alves Costa diz que Dona Maria Gomes além de ser a matriarca de uma família altamente conceituada, pertencia aos velhos troncos dos Gomes, uma família conhecida pela fama e pela bravura. Portanto,  uma humilhação daquela, teria que ter resposta. Já que o delegado prometeu-lhe uma surra, assim que chegasse à delegacia para atender a sua intimação. 

Dona Maria Gomes não iria comparecer, e  em seu lugar, iriam o velho e os filhos. E foi o que aconteceu. O patriarca e dois de seus filhos, Totonho e Jonas foram atender a agressiva intimação. 

JOÃO MARINHO, TOTONHO E JONAS NA DELEGACIA PARA SALVAREM A PELE DA MATRIARCA.

Quando os familiares de sua esposa chegaram Deluz já se encontrava no quartel, com uma bacia d’água lavando os pés. Um tufo de fumo enchia a boca. E ao vê-los, liberou uma porção de saliva preta da boca do fumo que mascava. Surpreendeu-se com a presença do sogro e dos cunhados. E pôs-se a perguntar a si mesmo: Para que tanta gente se ele tinha intimado a sogra, e não o sogro e filhos dela?

O sogro que havia saído de casa bastante nervoso com o que ganhara por último, como se fosse um abacaxi para descascá-la com os dedos, foi imediatamente direto ao assunto, dizendo-lhe que a sua esposa  Maria não atendeu à sua intimação, com medo da surra que ele a prometeu, que iria matá-la de peia..., mas seus dois filhos e ele estavam ali para apanhar no lugar dela.                                                    

Mas o delegado não teve tempo de se defender ou de negar que não havia prometido surra à sogra. Totonho e Jonas já estavam atracados com ele, derrubaram-no no chão e o dominaram por completo.                

Deluz preso pela força dos dois irmãos, que apoderados de ódio, arrochavam-no, e com um palmo de língua de fora, o delegado tentava se livrar um pouco das mãos dos cunhados, que já sentia insuficiência de ar.             

João Marinho se antes era um cordeiro domável, agora estava feito uma fera indomável, e apoderado do ódio.   Com agilidade, João puxou um canivete e queria sangrar o genro. O pai e os filhos abominavam a violência, e somente uma mente anormal, poderia fazer com que eles se transformassem. Os três queriam vingar o desrespeito do marido de Dalva com eles e com ela. Era provável que aquele desgraçado e cruel Deluz, estava querendo jogá-los no mundo do crime.                         

João Marinho tinha perdido o seu controle emocional. Totonho e Jonas fizeram de tudo para que o pai não praticasse o homicídio, que a todo o momento procurava um jeito de cravar-lhe o canivete no vazio do Deluz. Mas os filhos protegiam o Deluz, sempre tomando a frente do velho para não ser praticada a morte.             

Os soldados chegaram e cuidadosamente pacificaram a grave situação, sem se intrometerem na confusão dos parentes. Carregaram o Deluz para outra sala mais escondida, onde o pai e os filhos não pudessem invadir. Após a confusão João Marinho e seus filhos montaram-se em seus animais e sem pressa, retornaram para o Brejo.                                                                                                                    

VINGANÇA                                                                                                    

Como Maria filha de João Marinho esposa de João Maria Valadão tinha ferido o Deluz com para grosseiras, assim que o militar tomou conhecimento das ofensas de Maria dirigidas a ele, mandou intimar o concunhado, isto é, o Valadão, e verbalmente disse-lhe que ele desse uma surra na esposa Maria, para não andar falando demais.            

Diz o pesquisador e colecionador do cangaço Ivanildo Alves Silveira que Valadão era um caboclo raça pura do sertão. Jovial, alegre e bom amigo. Trabalhador e de grande responsabilidade.                               

A proposta do delegado ao concunhado que não concordando com a ordem, grosseiramente respondeu-lhe dizendo que ele estava doido! Nunca tinha batido na sua mulher, e o Deluz estava ficando doido.  O delegado precisava respeitar os homens, e procurasse com urgência um médico para tratar das suas loucuras!

Valadão andava meio sentido com Deluz por maltratar o seu sogro  João Marinho. Desde que havia se casado com Maria, irmã de Dalva, nunca tivera nenhum problema com o pai dela, nem com a sogra e nem tão pouco com os cunhados. Tanto o patriarca como filhos e esposa eram pessoas do trabalho, honestas, pacientes e respeitados por todos da região.                               

João Maria Valadão saiu do quartel fumando num cachimbo e  apoderado de ódio. O Deluz ficou remoendo o seu. Mas o delegado ainda não tinha sido vencido. Vencê-lo não era tão fácil.

A família de Dalva iria pagar por tudo. O Deluz não deixava nada impune. Como de costume, colocava sempre em prática os seus malditos pensamento, e ainda dizia em voz arrogante por onde andava em Canindé que, todos que residiam no Brejo estavam marcados para morrerem. E um deles era o João Maria Valadão, o seu concunhado que não havia o respeitado no seu amado quartel.  Os outros da lista eram o sogro, a sogra Maria Gomes aquela pantera desgarrada, que pensava que era a rainha da família, o cunhado Jonas Marinho. Nesse período o arrogante delegado Deluz e Dalva não dormiam no mesmo quarto da casa.

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10 março 2021

MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE 3

Por José Mendes Pereira

FAMÍLIA DE DALVA ESTAVA INTRANQUILA              

O comportamento do animal Deluz era muito difícil uma mudança. E o pior era que nem João Marinho e nem os irmãos da Dalva tinham a quem recorrer, porque o militar se dizia dono da lei e o mandão do lugar. Recorrer a quem, finalmente? Toda família da Dalva estava arrasada, principalmente ela que era obrigada a suportar aquele monstro em sua vida. Os pais da Dalva não sabiam mais o que fazer. Haviam perdido o sossego total, quando antes era uma família mais feliz, respeitada e amada naquela localidade do São Francisco.                   

As irmãs morriam de pena com o inferno que ganhara a mana, Os irmãos começaram uma espécie de afastamento daquele imbecil homem e passaram a odiá-lo. Cortavam caminho para não se encontrarem com o maldito Deluz.         

Mas o João Marinho não queria ver os seus filhos envolvidos em encrencas, e  tentava amenizar aquela situação, dizendo que deveriam esperar mais uns dias, pois poderia o péssimo genro mudar aquele comportamento ridículo. O que mais desejava o João Marinho era a paz entre seus filhos, para não vê-los em porta de delegacia ou até mesmo presos. Não querendo ser seu inimigo e sabendo de seu desejo de possuir mais um taco de terras, além do que já tinha lhe dado, cedeu algumas tarefas numa região da caatinga fechada, chamada Araticum. Ali o famoso delegado fez sua fazendinha.                                 

DALVA ENGRAVIDA NOVAMENTE.

Com a doação deste outro pedaço de  terras que o João Marinho fez ao genro Deluz o casal foi morar em Araticum. Mas o pai não estava muito satisfeito e nem esperava que a Dalva fosse feliz naquele lugar, porque achava que lá era que o seu sofrimento seria pior, por estar longe dele, da mãe, dos irmãos e das irmãs.          

Com o passar dos meses outra novidade no seio daquela família. A Dalva engravidou pela segunda vez, nascendo  outra menina herdeira do carrasco Deluz. Em batismo recebeu o nome de Maria Luíza, e no decorrer do seu crescimento foi carinhosamente chamada de Zizi. Todos confiavam que as coisas iriam mudar para melhorar a vida da Dalva, já que o militar estava cheio de novos projetos e desejava aumentar suas terras. 

Além das terras que o sogro João Marinho tinha feito doação Deluz passou a desejar terras do concunhado, e ciente de que solicitando o João Maria Valadão cederia, findou o convencendo a ceder um pedaço de terras para aumentar o seu projeto, cujo foi atendido. Além do que lhe cedera João Maria, fez negócio em mais algumas tarefas. A de Deluz começaria por um trilho que se iniciava no riacho da Barra, mas não obedeceu e avançou de terra adentro.        

Agora as terras do Araticum se tornaram numa fazenda de grande porte, fazendo com que o João Marinho crescesse os olhos e resolveu não mais entregar os documentos de posse ao genro. A partir disso, as desavenças começaram devido à cobiça de ambos. O militar ficou bravo com a atitude do pai de sua esposa e a desavença chegou ao ponto maior. 

NOVAS DESAVENÇAS ENTRE O SARGENTO DELUZ E A FAMÍLIA DE DALVA.

A arrogância do Deluz era estampada no seu olhar. Criar confusão com a família da esposa era uma das suas especialidades. Agora, por último, não estando satisfeito com as terras cedidas pelo seu concunhado Valadão passou a desejar mais uma parte da grande propriedade do sogro, no intuito de crescer como lavrador. O difícil era que o sogro não lhe cedia mais nenhum taco de chão, muito menos a sogra dona Maria Gomes, que não autorizava ao esposo entregar outras terras ao maldito genro. E já que não encontrou apoio dos sogros Deluz criou uma preocupação para os familiares da esposa.  Além de não dar mais atenção a Dalva decidiu  investir nas terras do Brejo, se considerando o dono dali, do regimento  e da razão.

Não aceitando as exigências do famoso delegado João Marinho tomou uma inteligente decisão: Já que o genro a cada dia vinha tentando infernizar mais ainda a vida de sua filha e deles não lhe liberaria mais terras. Elas foram adquiridas através do seu trabalho, do seu suor, do suor dos seus queridos filhos e o carrasco Deluz não iria tomá-las de maneira alguma.

Afirmam alguns pesquisadores que Deluz apesar de seu gênio ser violento e de brutalidade extrema era uma pessoa que odiava trapaças.  Não admitia de forma alguma pessoas quererem o que não era delas. Sempre agia conforme a lei mandava. E por que queria as terras do sogro?

OS SOGROS DE DELUZ ESTAVAM AFLITOS.

Aquela confusão entre os sogros, Dalva e Deluz foi à desgraça para o policial, pois o bicho tinha sido criado e não havia mais jeito de exterminá-lo. Era muito difícil uma reconciliação entre Deluz e os familiares de Dalva, pois a possibilidade de viverem novas amizades diante daquele quadro de rixa e ódio era bastante restrita. Os sogros e irmãos da Dalva eram pessoas pacíficas, amigos de todos. Os filhos do João Marinho nunca brigaram com ninguém, mas as maldades que Deluz fazia com a sua irmã Dalva fizeram com que eles se revoltassem contra ele. Mas como em todo conflito sempre tem um fio de paz ao redor das desavenças, um resto de esperança ainda existia.       

João Marinho pai da Dalva e sogro do Deluz acreditava numa possível mudança do genro, porque sempre há um fio de esperança, e Deus não iria permitir que aquele desgraçado arruínasse a convidência da sua família.

Os moradores do Brejo estavam de salto alto diante daquele conflito, temendo uma confusão maior, talvez com derramamento de sangue. Que Deus entrasse no meio daquele desassossego para sossegar todos,  porque ali, sempre foi um lugar que a rainha paz reinava. Todos queriam aquela amada família presente no ceio de Brejo.  Os filhos de João Marinho o seu maior esporte era trabalhar nos roçados, campear a vacaria da fazenda e correr atrás de bois naquelas fechadas caatingas. Não eram amadores de armas atiradas às costas com cartucheiras enfeitadas de balas como se fossem policiais ou grupos de cangaceiros do afamado capitão Lampião. Gostavam mesmos eram de admirar as façanhas dos bons vaqueiros como: Hortêncio, Agenor, Santana e Zé Marinho famosos vaqueiros da região do Canindé.  Escurinho, Teiú, Cana Preta e Bizarria, que faziam o chão balançar naquele sertão de cactos.

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09 março 2021

MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE 2

  Por José Mendes Pereira


JOÃO MARIA VALADÃO UM DETETIVE                      

O patriarca dos Marinhos o João Marinho tinha outro genro chamado João Maria Valadão e era casado com Maria alcunhada Maninha. João Maria Valadão nasceu e foi criada no Olho d’Água, uma fazendinha dos arrabaldes. Não se pode afirmar que era muito amigo  do marido da cunhada, mas mantinha boas relações de amizade com o carrasco delegado. Devido esta aproximação com o concunhado ele foi incumbido pelo João Marinho para saber do Deluz a verdade sobre o que acontecera entre ele e a esposa, já que com três dias de convivência foi entregá-la. E assim saiu o João Maria Valadão ao encontro do temido patenteado para cumprir a missão que lhe foi confiada, e saber o motivo da entrega da Dalva ao pai. O Valadão confiava em sua coragem e mais ainda na amizade que tinha com o militar. Tinha certeza de que se sairia muito bem de sua empreitada. Com esse pensamento, partiu até a propriedade do afamado militar.               

Mesmo sem esperar aquela visita Deluz o recebeu com alegria e muito respeito. Os dois conversaram bastante. E em certo momento João Maria Valadão perguntou-lhe o porquê dele ter devolvido a Maria Dalva aos seus pais.                                

Ao ouvir isso dito pelo o concunhado o carrasco se espantou um pouco, pois jamais esperava uma conversa desta. Mas mesmo assim, deu a resposta, mostrando que não havia gostado. A Dalva tinha sido criada no meio de muito carinho. Ele era como uma suçuarana e os seus gênios totalmente diferentes, e não tinha sentido de um casal morar sob o mesmo teto e viver brigando. Ela não concordava com as suas opiniões, assim como ele não concordava com as dela.

João Maria fica ali, meditando, com o olhar para o chão, com a mão direita segurando o dedo anelar e rodando a aliança. E em seguida, levanta a cabeça dizendo que ele tem razão.

Alguns dias depois Deluz e Dalva resolveram unirem os cacarecos novamente. Seria uma nova tentativa ou para o bem ou para o mal.           

A convivência dos dois já começou sem muita afinidade um com o outro. Em casa não tinham diálogo. Uma para ali e o outro para acolá. O delegado Deluz quando não estava no destacamento, tomava rumo à sua propriedade para fazer os trabalhos rotineiros e por em prática os seus projetos. Ninguém no São Francisco contrariava as opiniões do militar, porque eram respeitadas por todos. 

Família Britto, tendo ao centro Dr. Hercílio Britto e sua esposa. (Hercílio penalva) - http://informativocaninde.blogspot.com/2012/03/francisco-cardoso-de-britto-chaves.html

Tudo que ele fazia contra a alguém tinha a proteção de um doutor chamado Hercílio Porfírio de Britto que era  filho e herdeiro do coronel Chico Porfírio e outros com influências políticas do Estado sergipano. O militar não só tinha apoio desses poderosos, como se ele se considerasse um grande rei daquela região do sertão do São Francisco. 

Os sertanejos não pouparam e o nomearam com deboche de "animal selvagem" por não ter dó de ninguém, porque era capaz de exterminar qualquer vida, sem que ninguém pudesse opinar. Um homem rancoroso e de atitudes severas ao extremo.  Só o seu jeito físico deixava qualquer um tremendo de medo. O Deluz era dono de um físico assustador, forte, gorducho, membros largos e tinha a fala mansa e fina.

Apesar da posição que lhe foi dada pelos que o protegiam, mesmo assim, Deluz era viciado em cigarro de fumo de corda fabricado em Arapiraca no Estado de Alagoas, seus cigarros eram enrolados com palha de milho. Quando o militar não estava fumando, mas a sua boca era ocupada com um punhado de fumo bravo.                          

Segundo os historiadores pode-se afirmar que Maria Dalva filha do João Marinho nunca soube o que era um instante de paz e de amor em sua vida de casada.

Desde o dia em que foi para o altar, posteriormente retornando à casa do pai para festa de casamento, e dali para o seu novo lar, a infelicidade entrou em sua vida, deixando-a reprimida e sujeita às ordens de um animal humano, sem lhe dar o mínimo respeito diante das pessoas que lhe rodeavam. O militar sempre estava de cara trancada, usando as suas atitudes grosseiras, e exigia que a esposa o obedecesse como os militares respeitam os seus comandados. 

Dalva jamais deu  valor às suas ordens e dizia ainda que ela era a sua esposa, e não tinha nada a ver, viver sob ordens grosseiras que faziam parte de regime militar. Não o obedecendo começaram logo as brigas. 

Com esse comportamento terrível do Delegado a Dalva não o considerava como marido, e sim, um carrasco que havia entrado na sua vida para lhe cobrar, como se ela fosse um subordinado das suas leis que a ela ordenava.  A Dalva de forma alguma não aceitava os seus arrufos. De gênio forte enfrentava o violento cônjuge sem medo e, com isto, as desavenças não paravam um só instante, e para que começasse, bastava ele está em casa. Enfrentava-o sem medo, mas com ódio, dizendo-lhe que as ordens militares eram para os seus subordinados, e não para ela.

PARA O BEM OU PARA O MAL DALVA ENGRAVIDA.   

Como todo ser humano que se casa quer um filho Dalva não era diferente, e  com todo esse clima de infelicidade entre os dois, Maria Dalva engravidou, achava ela que engravidando iria melhorar a convivência do casal. A família estava meio na dúvida, mas mesmo assim muda o seu pensamento e passa a desejar-lhe boas vindas ao filho que iria nascer nos próximos meses. Quem sabe, poderia ser um anjo enviado por Deus para acalmar aquele clima de tristeza e infelicidade no lar da Dalva e do militar.    

Aparentemente, todos da família de Dalva entendiam que o Deluz  estava feliz.  E talvez com demonstração que a sua vida conjugal caminhava bem, logo pediu terras no Brejo ao sogro João Marinho, que de imediato foi concedida a sua solicitação, já que antes o casal vivia de brigas. O sogro estava satisfeito com o interesse do genro pela agricultura e criação de animais. A intenção da família era de que tudo se ajeitasse, e Dalva pudesse ser feliz em seu casamento.

GRAÇA A DEUS DALVA DESCANSA EM PAZ                                                                          

Os meses foram se gastando progressivamente e Dalva começou a sentir as esperadas dores do parto. A parteira do lugar já estava preparada para qualquer momento trazer ao mundo o filho de Dalva e do carrasco Deluz. Finalmente, o instante chegou. Um chorinho baixinho no quarto anunciou a chegada do bebê.  Era uma menina linda, forte e aparentemente cheia de saúde. A mãe estava orgulhosa e feliz pelo nascimento da filha. Adélia era o seu nome, e este fora escolhido em uma reunião dos familiares. O pai o Deluz não demonstrou nenhuma felicidade com o nascimento da filha. O seu desejo era um filho, e continuou o mesmo de sempre: arrogante, sem graça, aborrecido, bruto e rancoroso diante dos familiares da Dalva.    

O CARRASCO DELUZ AMEAÇA QUEIMAR MÃE E FILHA

Nem nos primeiros dias do seu resguardo Dalva teve paz. O poderoso delegado amanhecia com o cão nos couros, feito um animal indomável, e para mostrar a sua insatisfação, e desprovido de dó, ameaçou a esposa. Mas ela o enfrentou sem medo de suas grosserias. Não tendo como se vingar da esposa, já que ela não se rendia aos seus arrufos, ou talvez porque queria um filho e veio uma filha, o sargento vingou-se, fechando a porta do quarto onde estavam mãe e filha, e não mudando o seu pensamento, derramou uma lata de querosene na casa e ameaçou incendiá-la com tudo que tinha dentro, inclusive sua filha e esposa.                

Quando a vizinhança tomou conhecimento da maldade do Deluz correu toda desesperada em gritos, chorando e agoniada ao tomar conhecimento da impiedosa atitude do cruel delegado. A solução agora era pedir socorro urgente aos seus comandados policiais. E com agilidade, os policiais chegaram e dominaram o seu comandante enlouquecido que já estava de fósforo às mãos para riscá-lo e queimar esposa e filha. Caso tivesse acontecido o incêndio na residência, mãe e filha tivessem escapadas do fogo, a convivência do casal se complicaria mais ainda, além da acirrada intriga que o Deluz adquiriria com os pais e irmãos da Dalva. O gênio amalucado e a brutalidade do Deluz, traziam grande infelicidade para toda família. Para ele, a Dalva já não era considerada uma esposa. Já fazia meses e meses que o seu amor pela Dalva tinha se acabado.

As pessoas que assistiam de perto o sofrimento da moça do Brejo, diziam penalizadas, que a Dalva não tivera sorte. Criada sobre os olhares cuidadosos e carinhosos do pai, da mãe e de toda sua família, agora vivia sobre pressão de um terrível marido. Uma pessoa tão boa se encontrava nas mãos de um vingador. 

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08 março 2021

MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE 1

 Por José Mendes Pereira

Sargento Deluz

A história que segue não é cópia, é baseada no que escreveu Alcino Alves Costa sobre o sargento Deluz. E para não cansar o leitor, dividi em partes. 

Quem conheceu o famoso e perverso Amâncio Ferreira da Silva? Assim como eu, se você não o conheceu não perdeu nada, pois este homem era cruel, e podemos dizer que era mais cruel do que os próprios cangaceiros.  Pois sim, o nome que você terminou de ler era de um dos mais famosos caçadores de bandidos de que se têm notícias na história da polícia militar de Sergipe.                                                     

O escritor Alcino Alves afirma e o pesquisador e colecionador do cangaço Ivanildo Alves Silveira comprovam que, este militar era pernambucano; uns dizem ser de São Bento do Una, e outros garantem que a cidade do comandante de volante era Gravatá. Sabe-se com certeza que Amâncio Ferreira da Silva nasceu no dia 11 de agosto de 1905. O nome de batismo ficou no esquecimento. Desde criancinha recebera a alcunha de Deluz.                                                   

Quando jovem abraçou  a profissão de policial no Estado de Sergipe, e por ser dono de bons procedimentos junto às autoridades do governo, recebeu ordens para ir destacar no porto navegável do Baixo São Francisco, o pequeno lugarejo dos Brito, Canindé do São Francisco.          

Nesse tempo o capitão Lampião já era pra lá de famoso, casava e batizava nas regiões do nordeste sem nenhum medo da justiça.  Deluz foi incumbido pelo comandante da polícia  seguir os passos dos facínoras, e essa lhe serviu bastante, recebendo graduações em sua vida de militar.

Era quase certo que o  Deluz já apresentava coragem  para enfrentar aqueles homens destemidos, e isso fez com que o seu nome passou a ser famoso em toda região do baixo São Francisco. No seu dicionário a palavra medo era coisa antiga, apenas estava adormecida nas suas páginas.  O sargento Deluz era genioso, violento, bruto e além do mais perverso ao estremo. 

OS FILHOS DE LAMPIÃO FICARAM ÓRFÃOS.   

O fato mais comentado que aconteceu no sertão nordestino foi quando os sertanejos souberam que o rei do cangaço tinha se atrapalhado com as suas estratégias, quando ele, sua amada Maria Bonita e mais nove cangaceiros haviam sido exterminados no dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe. Por último, sem o rei dirigindo as suas maldades e ordenando aos facínoras as invasões que deveriam ser feitas, o cangaço de Lampião também morreu na presença de todos os bandidos. E com esse acontecimento não tendo mais ataques de cangaceiros Deluz encarregou-se por conta própria de perseguir o restante de bandidos que havia sobrado da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia", do capitão Lampião. Agora seria encontrar por toda região os ex-cangaceiros para exterminá-los, e um deles, posteriormente em 1941 foi o famoso cangaceiro Juriti covardemente preso na Pedra D'água de Rosalvo Marinho, e desumanamente assassinado nas terras do perverso. Agarrar facínora e tanger como se fosse um animal  para prendê-lo na cadeia de Propriá ou amarrá-lo a uma pedra e levá-lo para ser jogado nas águas do rio São Francisco era um dos seus maiores desejos e não tinha ninguém empatasse as suas crueldades.  Enquanto os dias se passavam mais ainda o seu nome continuava além de temido pela população das regiões adjacentes a Propriá e bem aplaudido pelos militares. O delegado era até admirado pelas mocinhas jovens e bonitas desejando-o e muitas delas chegaram a se apaixonar quando viam o temido policial passeando pelas ruas do pequeno lugarejo do Rio São Francisco. Sabia-se que ele era como uma suçuarana invencível, capaz de exterminar de uma só patada um cangaceiro solitário e órfão desde julho de 1938 

UM FILHO CHAMADO JOÃO.

Em Poço Redondo uma numerosa família deixou o vilarejo de Luís da Cupira e de China e foi morar na pequena localidade de Curituba, nas terras de Canindé do São Francisco, na intenção de acompanhar a um tio paterno o João Grande que naquela localidade residia. Um filho de nome João filho de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos carinhosamente Vevéia, sendo seus filhos: Geminiano, Joaquim, Chiquinho, José, apelidado de Zé Hipólito, Antônio, alcunhado de Touca, Miguel, Manuel de Naninga, além do João que ganhara o apelido de João Marinho e as irmãs Isabel, apelidada de Iaiá; Maria, Antônia Rosa, Júlia, Filomena e Francelina, somando quatorze irmãos, descendentes daquela que era uma das mais tradicionais famílias das areias brancas de Poço Redondo.             

JOÃO MARINHO APAIXONA-SE E CASA.

João Marinho não tendo outro meio para sobreviver vivia ali mesmo no chão de Canindé. Vendo o bom comportamento de uma donzela bonita descendente dos Gomes, família de nome e renome naquele chão seco e sofrido, João apaixonou-se e os dois fincaram caminhando para o matrimônio. João Marinho foi trabalhar em uma das propriedades do Chico Porfírio Fazenda Brejo, uma excelente fazenda. O casal não estranhou porque já era adaptado aos trabalhos da época, e lá tiveram uma numerosa filharada. A cada ano passado um filho botava o focinho no mundo. Foram os seguintes filhos: Hortêncio, Jonas, Zé Marinho, Santana, Totonho Marinho, Agenor, João, Fausto, Mãezinha, Angelina, Maria (Maninha), Dalva e Santa.                                 

JOÃO MARINHO MELHORA DE VIDA E COMPRA PROPRIEDADE.

Os anos caminhavam agasalhando-se ao tempo e o João Marinho disposto no trabalho e sempre fazendo planos para comprar a propriedade que morava. E viu o seu sonho ser realizado. Sim Senhor! Comprou a própria fazenda Brejo que antes era um simples empregado. E como não escolhia serviço para ganhar o pão do cada dia fez do Brejo uma das mais consideradas propriedades lá do Canindé do São Francisco. O nome do João Marinho era falado por toda localidade. Não lhe faltavam  elogios.   

Dois irmãos Chiquinho e Zé Hipólito foram com ele para o Canindé do São Francisco, e lá casaram com duas irmãs: a Delfina e Anália. Chiquinho apaixonado pela luta de gado optou por ser vaqueiro no Belo Horizonte. Já o Zé Hipólito fez sua moradia em Pindoba, nome que ele mesmo escolheu. 

Diz Ivanildo Alves Silveira pesquisador e colecionador do cangaço que  o lugar é o mesmo que nos dias atuais é a grande fazenda Rancho do Vale, e que atualmente é propriedade de um senhor chamado Jair Monteiro Santos. Depois que vendeu a propriedade Pindoba ao tenente João Maria da Serra Negra, Zé Hipólito fez nova moradia, dando-lhe o nome de Vertente.

VAMOS VOLTAR À CASA DE JOÃO MARINHO?

Afirma ainda Ivanildo Silveira que o João Marinho se tornou num patriarca, ganhando a consideração e respeito daquela gente na região. Namorar os filhos e as filhas de João Marinho era o sonho de toda juventude sertaneja.                                 

Amâncio Ferreira da Silva o Deluz se rendeu à beleza de uma das filhas do famoso fazendeiro. Estava apaixonado pela Dalva filha de João Marinho e da Dona Maria Gomes. Era neta de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos a Vevéia.

João Marinho o pai de Dalva não via com bom olhar àquela união da filha com o sargento Deluz, porque sabia da sua fama. Aquele engodo poderia atrapalhar a felicidade que reinava no seio da sua família. A paz e o sossego era a sua paixão, e queria o melhor para a querida filha. O seu medo era que aquele namoro da Dalva com o patenteado se tornasse em casamento. E foi o que aconteceu. O fazendeiro não estava o condenando como forma de protesto, e sim, o delegado não tinha respeito por ninguém, e como pai, jamais havia se enganado. E até desejava que o coração que o conservava vivo errasse o seu pensamento. Mas de gosto ou contra gosto infelizmente preparou e presenciou  o casamento da filha com o temido Deluz.

Quando a família pensava que tudo era flor na casa da Dalva três dias após o casamento o desumano Deluz fez gracinha, cometendo a primeira injúria com a esposa e seus familiares, decepcionando pai, mãe, irmãos e todos da comunidade, levando a Dalva de volta à casa dos pais.

Agora sim, por que isso aconteceu logo nos primeiros dias de união, entregar a esposa aos seus pais? O sargento Deluz teria descoberto que a Dalva não era mais virgem, ou não a quis mais por pura maldade? A família tinha que saber o porquê da entrega da Dalva.

CONTINUA AMANHÃ...

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07 março 2021

LIVROS DO JOÃO DE SOUSA LIMA

  Por João de Sousa Lima


Minha amiga Janaína indica a leitura de meus livros.....para adquirir: Supermercado Suprave, Hotel San Marino ou direto com o autor: 75-988074138.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1595401004002171%2C1595000624042209%2C1594997880709150%2C1595514910657447%2C1595308177344787&notif_id=1615086444349259&notif_t=group_activity&ref=notif

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06 março 2021

A LINDA HISTORIA DE LASARO CONTADO POR ESTA CRIANÇA, APREDAM!! - IDEXH

Por Inácia Galdino
 https://www.youtube.com/watch?v=-GrnmlWWOtE&ab_channel=In%C3%A1ciaGaldino

Eu encontrei este vídeo no facebook, na página do pesquisador do cangaço Antonio Jose, da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia. Não deixa de vê-lo. Veja a inteligência desta criança que diz tudo de acordo com a bíblia. Ela será uma grande serva de Deus e de Jesus. No futuru ela será admirada por todos.

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NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...