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14 fevereiro 2016

MORRE O ARTESÃO MESTRE EUDÓCIO COMPANHEIRO DE ARTE DO MESTRE VITALINO.


UMA GRANDE PERCA PARA A CULTURA NORDESTINA...

Uma triste notícia agora na comunidade do Alto do Moura. O artesão Manuel Eudócio, que tinha 84 anos, faleceu na noite desse sábado (13). Ele estava internado com os sintamos provocados pela Chicungunya e não resistiu, morrendo agora há pouco. De acordo com a cientista política Ana Maria de Barros, que mora na comunidade, a situação é muito triste no Alto do Moura e todos estão chocados. O velório deve ser realizado em dois locais diferentes. Na Câmara Municipal e na sede da associação dos Moradores, mas ainda não se sabe às certas informações sobre o sepultamento. O blog lamenta a morte e se solidariza com os parentes e amigos.

BIOGRAFIA – Sua arte de fazer cerâmica figurativa retrata o cotidiano popular do lugar onde vive, e onde aprendeu quando criança a fazer seus próprios brinquedos de barro, esculpindo cavalos, bois e vacas para brincar. Teve oportunidade de produzir cerâmica para vender quando foi morar com sua avó, após a morte de sua mãe, tendo contato com brinquedos populares de louça feitos pela avó para vender na feira. Inicia efetivamente sua vida de artesão em 1948, quando aprimorou suas técnicas com Mestre Vitalino e desenvolveu um estilo próprio, incorporando elementos do folclore pernambucano em suas cerâmicas. As peças de Manuel Eudócio são feitas em argila úmida, queimadas sem uso de esmalte, em forno de lenha que ele mantém em seu quintal e, posteriormente, decoradas com tinta óleo brilhosa ou fosca.

O seu legado de mais de 50 mil peças de barro representa personagens como Lampião e Maria Bonita, o Trio Nordestino e o Bumba-Meu-Boi. Suas peças compõem coleções particulares e acervos de importantes museus. Com quase 80 anos continua em plena atividade no Alto do Moura, em Caruaru.

Em maio de 2002 Manoel Eudócio foi eleito Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Fonte: Blog do Mário Flávio
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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A VIDA DEPOIS DO CANGAÇO - PARTE FINAL



Marinheiro era ainda mais jovem que Criança quando entrou no cangaço. Foi em 1936, ele estava com treze anos. 

— Fui chamado pelo meu cunhado Zé Sereno. porque a volante queria me caçar. Depois que minha irmã Cila resolveu acompanhar o Zé, minha família passou a ser perseguida. 

Até então, Marinheiro era vaqueiro de seu tio China, na Fazenda Recurso, em Sergipe. Voltou a ser vaqueiro depois do cerco de Angico, do qual escapou "correndo como louco no meio das volantes". Estava transtornado. Vira Maria Bonita morrer, bem de perto.

— Ela estava desarmada, nem pôde se defender.

 Como Zé Sereno, Marinheiro foi trabalhar na fazenda dirigida pelo Sargento Cardoso. De lá seguiu a mesma trilha: Palestina, Martinópolis, São Paulo. No começo, em São Paulo, a vida foi muito dura. Por dez anos, trabalhou na lavoura. Depois. passou para a indústria química, onde está até hoje. Vive satisfeito com o trabalho, com a vida. 

— O cangaço era um inferno. Nem se podia dormir. Mas a gente não tinha outro jeito, não tinha encolha. Aqui a gente tem liberdade e pode dormir sossegado.

Marinheiro casou-se com a filha de um ex-volante, mora em casa própria. As filhas mais velhas, Maria José, de vinte anos, e Ivani, de dezessete, trabalham para ajudá-lo. Um dos meninos, Isaurino, está no quarto ano primário, e o outro, Wilson, de seis, saiu agora do jardim de infância. 

— Se Deus quiser, eles vão ter na vida o que o pai não pôde ter. Marinheiro foi um dos raros cangaceiros que jamais sofreu um ferimento de bala. Corria no sertão que ele tinha "corpo fechado", fora encantado para ficar imune a tiro ou golpe de arma branca. Ele jura que não. 

— Eu não tenho não. Mas tem muita gente que tem. 



"O que passou, passou" 

Zé Sereno é muito católico, organiza romaria todos os anos, em outubro, a Aparecida do Norte, sua padroeira. A mulher, Sila, é espírita, médium, mas ele é devoto da santa; usa sempre, fora da camisa, uma medalha de Nossa Senhora Aparecida. É outro homem, diferente do cangaceiro Zé Sereno. Agora sabe ser tolerante. Após a apresentação ao ex-volante Adriano, fechou o rosto, contrariado, mas logo se descontraiu, abriu a guarda. Passada a surpresa, abre os braços, aceita a confraternização com Adriano, vai abraçá-lo.

— Não guardo rancor. O que passou passou.

Adriano agora sorri, ainda surpreso, incrédulo, é como se visse um fantasma — o homem que êle procurara tanto estava ali diante de seus olhos. Também é sensível à reconciliação, abraça o antigo inimigo, procura explicar as razões da mudança de atitude.

— Eu tinha raiva mesmo era do coiteiro. Ele é que foi perverso. Vocês estavam na vida de vocês mesmo. Eu compreendo. Se eu achasse aquele coiteiro, agora, ele ia ver.

Zé Sereno está mais animado. Puxa o antigo volante para o lado, oferece-lhe uma batida, Adriano aceita, os dois bebem, começam o bate-papo. O cangaceiro intercala o diálogo com as mesmas expressões. — O que passou passou. Adriano quer explorar o terreno. Faz sondagens. Arrisca:

— O que eu queria mesmo é saber por que aquele coiteiro me mandou desviar do caminho. Você que mandou, Zé?

— De jeito nenhum, Adriano. Pra dizer a verdade, nem me lembro bem de quem era o coiteiro. Só sei que você tinha fama de delatar cangaceiro, e queria nos pegar. Os coiteiros é que diziam.

— Não é verdade, Zé. Eu vivia minha vidinha até aquele dia em que você e mais quatro me amarraram e fizeram o diabo comigo. Aí eu resolvi entrar na volante e ser contra vocês.

Zé Sereno desconversa, se desculpa, tenta recompor o passado.

— Os coiteiros às vezes falavam demais e mentiam pra gente. Sabe como é que é. A gente vivia num aperto danado, não podia descuidar. 

Uma invenção que pegou 

O almoço demora, Adriano toma a iniciativa de pedir "mais uma". Há uma surpreendente facilidade de comunicação entre o ex-cangaceiro e o ex-volante. Os dois agora recordam casos e combates. Zé Sereno quer saber se Adriano esteve na "brigada de Maranduba".

— Não, não estive, mas estava bem perto. Soube dos estragos. Vocês perderam três cabras, né?

— Perdemos, mas a volante perdeu muito mais. Morreram mais de quinze macacos. Adriano não gostou do termo "macacos". A súbita cordialidade está sob ameaça. Indaga com ar de reprovação:

— Por que vocês costumavam chamar os soldados de macacos?

— Isto quem inventou foi o Capitão. E pegou. Pra ele toda volante era macaco. Como é que você queria que a gente chamasse uns homens que estavam sempre na nossa persiga?

Adriano agora faz sinal de que concorda. Zé Sereno ganha fôlego.

— A volante é que fabricava mais cangaceiro. Está vendo aqui? — aponta para o cunhado, Marinheiro.

— Esse menino, com treze anos, teve que entrar no cangaço pra não morrer dependurado numa árvore.

A hora é de expiação de culpas. Adriano não revela o menor desejo de defender a volante. Já dissera que entrara na polícia apenas por desejo de uma desforra pessoal. Ouve atentamente Zé Sereno, faz-lhe uma confissão.

— Sabe de uma coisa, Zé? Volante e cangaço era tudo igual. Os dois atrapalhavam a vida do povo.


O almoço começa a chegar, bem à nordestina: cabidela de galinha, peixe e camarão no coco, vatapá, sarapatel. Zé Sereno senta à cabeceira da mesa. Para um ex-comandante, um lugar de destaque. Adriano vai ao bar do restaurante em busca da batida que demora. É a última, "para abrir o apetite". Volta, o grupo come, esquecido do cangaço, das "volantes"; prefere elogiar as virtudes dessa cabidela de galinha, as qualidades do peixe, as virtudes do coco, a substância de um vatapá, um sarapatel.

Chega a hora das despedidas. O volante toma a iniciativa:

— Zé Sereno, espero agora você na minha casa.

— Não, Adriano, você é que vai lá em casa.

— Mas eu tenho prazer em receber você, Zé. 

Mas Zé Sereno ainda teme uma traição.
— Lá, não. Lá eu não vou.

A custo Zé Sereno revela por que recusa o convite:

— Lá no bairro dele tem dois cabras que querem fazê a minha pele.

Adriano continua a insistir, mas o ex-cangaceiro já decidiu: não vai mesmo. Afinal, o ex-volante cede na discussão, que se prolonga por alguns minutos. Faz uma promessa:

— Está bem, Zé Sereno. Vou lá comer um sarapatel quando você matar aquele porco que está cevando no fundo do quintal.

O instinto venceu 

Longe de Adriano, já de volta a casa, Zé Sereno se dispõe a revelar os nomes dos homens que querem "fazer a sua pele". Um, o ex-volante Euclides Marques, suposto matador de Maria Bonita. Ele fica mais tranqüilo ao ser informado de que Euclides cumpre pena num presídio de São Paulo, por ter assassinado a esposa. E o outro nome? Zé Sereno faz certo mistério, mas acaba confessando que é mesmo o do ex-volante Adriano. Nesse instante o instinto do cangaceiro ressurgiu no pacato zelador de colégio.

— Sabe? A gente precisa ter certo cuidado. A pior coisa é traição.

FIM


Lampião e seus cangaceiros adoravam fotografias. No grupo estão os sobreviventes de Angico: Sila (segunda à esq.) , Zé Sereno (terceiro) , Criança (quinto) e Marinheiro (sexto).

FONTE DA MATÉRIA:
Revista Realidade de Janeiro de 1969

Reportagem de Cristina Mata Machado e Humberto Mesquita.
Fotos de Jorge Bodanzky

Facsímiles cedidos por Geziel Moura, de revista de sua coleção particular.

FIM!

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/02/a-vida-depois-do-cangaco.html

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DESCRIÇÃO DA MORTE DO PATRIARCA DO JUAZEIRO

Material do acervo do escritor Junior Almeida

Pegando o gancho na postagem de Geraldo Júnior, aproveito e posto também nesse grupo:

Lourival Marques era um caixeiro viajante que estava em Juazeiro do Norte naquele 20 de julho de 1934, quando o Padre Cícero Romão Batista fez sua "última viagem", pouco antes das 7 horas da manhã. Lourival escreveu tudo que presenciou. Seu relato foi publicado em alguns jornais da época. Texto esse que disponibilizo aqui:

"Acordei pelo tropel de gente que corria pela rua. Fiquei sem saber a que atribuir aquelas carreiras insólitas. Quando cheguei à janela tive a impressão de que alguma coisa monstruosa sucedia na cidade. Que espetáculo horroroso, esse de milhares de pessoas alucinadas, correndo pelas ruas afora, chorando, gritando, arrepelando-se... Foi então que se soube... O Padre Cícero falecera... Eu, sem ser fanático, senti uma vontade louca de chorar, de sair aos gritos, como toda aquela gente, em direção à casa desse homem, que não teve igual em bondade e nem teve igual em ser caluniado.

Um caudal de mais de 40 mil pessoas atropelava-se, esmagava-se na ânsia de chegar à casa do reverendo. O telégrafo transbordava de pessoas com telegramas para expedição, destinados a todas as cidades do Brasil. Para fazer ideia, é bastante dizer que só em telegramas, calcula-se ter gasto alguns contos de réis. Logo que os telegramas mais próximos chegaram ao destino, uma verdadeira romaria de dezenas de caminhões superlotados, milhares e milhares de pessoas a pé, marcharam para aqui. Joaseiro viveu e está vivendo horas que nem Londres, nem Nova Iorque viverão jamais... O povo, uma onda enorme, invadiu tudo, derrubando quem se interpôs de permeio, quebrando portas, passando por cima de tudo. Pediu-se reforço à polícia, mas o delegado recusou, alegando que o Padre era do povo e continuava a ser do povo.

Arranjaram, no entanto, um meio de colocar o cadáver exposto na janela, a uma altura que ninguém pudesse alcançar e, durante todo o dia, várias pessoas encarregaram-se de tocar com galhos de mato, rosários, medalhas e outros objetos religiosos, no corpo, a fim de serem guardados como relíquias. Milhares de pessoas continuavam a chegar de todos os pontos, a pé, a cavalo, de automóvel, caminhão, de todas as formas possíveis.

Quatro horas da tarde... Surge no céu o primeiro avião do exército. Depois outro. Lançam-se de ponta para baixo, em voos arriscadíssimos, passando a dois metros do telhado da casa do Padre Velho. Duram muito tempo os voos. É a homenagem sentida que os aviadores prestam ao grande vulto brasileiro que cai... Desceram depois no nosso campo, vindo pessoalmente trazer uma riquíssima coroa, em nome da aviação militar.

A cidade é uma colmeia imensa; colmeia de 60 mil almas, aumentada por mais de 20 mil, que chegaram de fora. Nenhuma casa de comércio, de gênero algum, barbearias, cafés, bares, nada abriu. A Prefeitura decretou luto oficial por três dias. O mesmo imitaram as cidades do Crato, Barbalha e outras. Todas as sociedades e sindicatos têm o pavilhão nacional hasteado a meio-pau com uma faixa negra, em funeral".

Fonte: facebook
Página: Junior Almeida

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13 fevereiro 2016

ZABELÊ, MEU TIO CANGACEIRO

Por Rangel Alves da Costa*

Manoel Marques da Silva, filho de Antônio Marques da Silva e Maria Madalena de Santana (Mãe Véia), alcunhado de Zabelê no bando de Lampião, era meu segundo-tio, pois irmão de minha avó paterna Emeliana Marques. Rapazote ainda, quase na idade de menino, influenciado pelas andanças do bando do Capitão pela região de Poço Redondo, no sertão sergipano, eis que um dia decide seguir no rastro dos homens do sol, da lua e da catingueira. Abandonou a família para nunca mais retornar ao lar, ainda que muito andasse em séquito pela região e redondezas. Estava presente na Gruta do Angico quando Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram chacinados pela volante alagoana comandada pelo tenente João Bezerra, porém saiu ileso. Mas desse dia em diante ninguém mais teve notícia de seu paradeiro. Com o nome de pássaro, pois Zabelê é nome de bicho que voa, talvez tivesse voado para uma desconhecida distância. Durante muitos anos os seus familiares de Poço Redondo entrecortaram regiões do país no seu encalço, em busca de seu paradeiro, mas sem jamais reencontrá-lo. Voou, Zabelê voou. Arribou para sempre e nunca mais retornou. Hoje é pássaro somente na história e na recordação.

Poeta e cronista

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A COLUNA PRESTES NÃO TEVE FOCO COMUNISTA, APESAR DE MARCHA REVOLUCIONÁRIA COMO ASSIM FICOU CONHECIDA PELA HISTÓRIA.

Por Luiz Serra, Portal UNNO

Prestes e os companheiros chegaram a enfrentar em breve recontro o bando de Lampião na trágica frente nordestina. (Frederico Pernambucano).

Foi uma rebelião nacional, iniciada em 1925 no R. G. do Sul, tendo por líderes civis e militares, tais como Osvaldo Aranha, Juarez Távora e Luiz Carlos Prestes, que se insurgiram contra o governo Arthur Bernardes, e a política “de convenção”, que fazia eleger alternadamente um presidente da República mineiro e outro paulista. Era então a política do “café-com-leite”.


A reação na passagem por São Paulo, com a morte de Joaquim Távora, em que grupos de militares paulistas, liderados pelos generais Isidoro Dias Lopes e Miguel Costa e também pelos tenentes Eduardo Gomes, Joaquim Távora e Juarez Távora, fugiram da capital paulista em razão de bombardeios sofridos, e se uniram, no estado do Paraná, às tropas gaúchas, que vieram da cidade de Alegrete, onde o movimento teve início. Os gaúchos tinham como líderes: Siqueira Campos, João Alberto e Luis Carlos Prestes.

Na prática, a liderança foi do general Miguel Costa, e Prestes cuidava do estado-maior da Coluna, e inspirou o nome da gigantesca tropa de cavalarianos insubmissos. A inspiração dessa marcha de revoltosos fora a epopeia dos Tenentes, na denominada rebelião do Tenentismo de 1922. Cavalgaram Brasil adentro em quatro grandes alas de 350 homens, comandadas por Siqueira Campos, João Alberto Lins e Silva, Djalma Dutra e Cordeiro de Farias.

A Coluna atravessou o país, arregimentou mais de mil e 400 milicianos, entre policiais e soldados desertados, e precisava de montarias e alimentação, do que dependia de contribuição, e até em forma de apresamento de animais de fazendeiros pelo caminho.

Ao adentrar o Nordeste, a Coluna se transformou numa marcha desesperante, pois houve resistência armada em vários lugares, inclusive ameaça de confronto com os terríveis cangaceiros de Lampião. Até Padre Cícero constituiu uma frente de jagunços armados, o Batalhão Patriótico, para combater a Coluna Prestes.

Num desses recontros houve a chacina de Piancó, quando dezenas de sertanejos, liderados pelo padre Aristides, fizeram fogo contra uma das alas da Coluna, tendo inicialmente tombado quatro revoltosos de Prestes. Audácia suicida de Aristides, pois a ala de João Alberto veio em reforço à de Siqueira Campos atacada, e foi um morticínio de todos os 30 resistentes de Piancó. O padre Aristides foi esquartejado e teve a genitália decepada e jogada aos cães.

Mais confrontos na Bahia quando da reação de coronéis locais fizeram a Coluna volver a marcha pelo sertão de Alagoas, fazendo os revoltosos saírem de novo pelo Piauí, não sem antes trocar tiros com o bando de Lampião.

Prestes após a dispersão da Coluna redigiu um manifesto induzindo a que a base de propósitos da revolta tivesse uma conotação marxista. Mas tal intenção foi repelida por Juarez Távora, que redigiu a carta resposta de princípios democráticos. Prestes então seguiu para a Argentina, e depois entrou para o Partido Comunista, e, voltando da Rússia, alimentou a famosa Intentona Comunista, de triste memória nacional.

No conteúdo político, a Coluna Prestes traduziu um movimento político-militar brasileiro existente entre 1922 e 1953 e ligado ao tenentismo, de insatisfação com a República Velha, pugnavam a exigência do voto secreto, a defesa do ensino público e a obrigatoriedade do ensino secundário para toda população. Fez redundar a Revolução de 1930, e todo o regime de índole populista de Getúlio Vargas.

Há quem afirme que a relevância da carta de princípios da Coluna Prestes influiu os ditames sociais por toda a história política brasileira até os nossos dias.

Fonte: facebook
Página: Luiz Serra

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ONTEM, 12 DE FEVEREIRO COMPLETARAM 13 ANOS DO FALECIMENTO DE WILSON RIBEIRO FILHO DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO


Hoje, dia 12 de fevereiro de 2016, completam-se treze anos de falecimento de meu primeiro esposo, Wilson Ribeiro de Souza, filho do casal de ex-cangaceiros Zé Sereno e Sila.

Wilson faleceu no dia 12/02/2003, vítima de ataque cardíaco e derrame cerebral, em nossa casa, em Rio Claro-SP e está enterrado no Cemitério Evangélico no jazigo de minha família.

Saudades!

Suzi Ribeiro Campos
Esposa

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CAUSOS DO CANGAÇO: BRIGA DE CANGACEIROS ACABA EM ROSTO COLADO

Do acervo do pesquisador Raul Meneleu Marcarenhas

No sexto centenário da morte de Lampião a Empresa Sergipana de Turismo e a Prefeitura de Canindé de São Francisco programaram um encontro de estudiosos do cangaço, o I Seminário sobre a História do Cangaço.

Na Grota do Angico foi celebrada missa pelos 60 anos da morte de Lampião, Maria Bonita e nove "cabras". 

O padre Eraldo Cordeiro, nesse episódio, tascou a frase "Covardes não entram para a história", isso diante de autoridades, admiradores da saga e dos sobreviventes desse mais famoso embate, os cangaceiros Manoel Dantas Loiola, mais conhecido como Candeeiro e Sila e o volante Elias.


Elias


Pois bem, de volta à Canindé de São Francisco, no debate de encerramento do I Seminário sobre a História do Cangaço, os mesmos personagens fomentaram a maior polêmica desse evento.

Candeeiro

Candeeiro comentou que, dias antes do episódio da Grota do Angico, Lampião havia lhe confidenciado que pretendia deixar o cangaço. 


Sila


Sila, até então a mais tranquila da mesa, falou em seguida e disse: "Não gosto de participar de mesa-redonda para não ouvir coisas que não são bem verdades. Lampião não contaria um segredo desses para um homem que não era de sua maior confiança", disse, em referência a Candeeiro.

Candeeiro, já com 83 anos, com os olhos brilhantes que lhe valeram seu apelido, retrucou, garantindo que a memória estava firme: "Eu estou com tudo certo". 


Expedita

Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita, apaziguou: "Não vale a pena essa discussão". 

Pelo jeito não valia. O debate terminou e, minutos depois, lá estavam Sila e Candeeiro dançando de rosto colado no salão de Canindé de São Francisco. 

BASE DO TEXTO:
Casslano Elek Machado - Jornalista
Folha de São Paulo 05 de agosto de 1998



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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA, E 33 ANOS DEPOIS AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...