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Resultados da pesquisa

16 fevereiro 2016

MINHA MÃE (MARIA DE LOURDES ARAÚJO CARDOSO, DONA LIA – * POMBAL/PARAÍBA – 29 DE OUTUBRO DE 1926 – + POMBAL/PARAÍBA – 28 DE NOVEMBRO DE 2013)

Por José Romero de Araújo Cardoso

Minha mãe (Maria de Lourdes Araújo Cardoso, dona Lia – * Pombal/Paraíba – 29 de outubro de 1926 – + Pombal/Paraíba – 28 de novembro de 2013) e Romero Júnior no alto da serra Mossoró, ponto culminante da capital do oeste potiguar (250 mts.). Menos de um ano após ter tirado essa fotografia, ela partiu para a eternidade, vitimada por violento acidente vascular cerebral. 


Lembro-me bem da música que ela ficou cantando quando da descida do local onde se posicionaram para a fotografia (“Meu Pombal, minha terra amada, berço amado dos meus papais, Pombal eu te trago na lembrança e no coração”).

FONTE: 

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A FAMÍLIA LOPES GALVÃO NO OESTE POTIGUAR

Por Jose Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

Uma das mais tradicionais famílias potiguares, os Lopes Galvão, tiveram atuação relevante no Oeste Potiguar, deixando raízes, especialmente, em Mossoró, como no caso de Romualdo Lopes Galvão, Clemente Lopes Galvão, Olinto Lopes Galvão e Petronilo Lopes Galvão.

Romualdo Lopes Galvão nasceu em 7 de fevereiro de 1853 na cidade de Campo Grande-RN. Era filho de João Lopes Galvão e Maria Ferreira de Melo. Neto paterno de Cipriano Lopes Galvão, natural de Currais Novos-RN e Roseria Albuquerque Galvão, natural de Campo Grande-RN. Neto materno de Antônio Ferreira de Almeida, natural de Catolé do Rocha-PB e Maria Vieira de Melo Almeida, natural de Campo Grande-RN. Comerciante de destaque na cidade, com a firma Romualdo Lopes Galvão – casa de fazendas, exportadora de algodão e de peles, situada na Praça 06 de Janeiro, atual Praça Rodolfo Fernandes.

Romualdo Galvão foi membro destacado da Loja Maçônica 24 de junho, onde justamente com seus pares desempenharam importante participação na abolição dos escravos, em 1883. Romualdo Galvão foi um dos mais ardorosos e influentes abolicionistas, juntamente com sua esposa Amélia Dantas de Souza Galvão e seu sogro, o jornalista e poeta português, José Damião de Souza Melo.

Participou ativamente do movimento. Em 6 de janeiro de 1883, é criada a Sociedade Libertadora Mossoroense, entidade pioneira da nobre causa congregava em seu meio os abolicionistas locais, sob a presidência de Joaquim Bezerra da Costa Mendes, tendo Romualdo Galvão como vice-presidente.

Foi um dos sete diretores da Sociedade Libertadora Mossoroense. Nessa época, o próspero empreendedor cearense Miguel Faustino do Monte (1858-1952), gerenciava a firma Souza Nogueira & Cia. (em sociedade com o mossoroense Alexandre de Souza Nogueira) subscreveu o manifesto conhecido como Pacto de Honra, juntamente com Romualdo Galvão, gerente da Casa Mayer, do operoso comerciante suíço Conrado Mayer (1844-1897), para, se for preciso, lançar mãos de todo o dinheiro de seus patrões para ajudar a libertar os escravos em Mossoró.

No ano de 1883, Mossoró estava sendo administrada por Romualdo Galvão em seu primeiro período, pois exerceu novo mandato entre os anos de 1892 a 1895. Em seguida, transferiu residência para Natal, ocupando cargos públicos diversos: prefeito de Natal, diretor do Banco de Natal e deputado estadual por duas vezes. Matrimoniou-se com Amélia de Souza Melo, em 05 de dezembro de 1882, em Fortaleza-CE, passando a se chamar, Amélia Galvão, como ficou mais conhecida. Com o seu falecimento, em Mossoró, no dia 14 de novembro de 1890 casou novamente com Antônia Monteiro Galvão, com descendência. Romualdo Galvão faleceu em 1 de agosto de 1927, em Natal. Em sua homenagem, é nome de rua, localizada no bairro Boa Vista. Amélia Galvão é nome de rua, localizada no bairro Lagoa do Mato.

Clemente Lopes Galvão nasceu em 23 de novembro de 1860, também, em Campo Grande. Da mesma forma que o seu ilustre parente e conterrâneo Romualdo Galvão foi um abolicionista mossoroense e maçom integrante da Loja Maçônica 24 de Junho. Comerciante mantinha a firma Clemente Galvão & Cia. - negociante de fazendas que funcionava no local onde estava situada a firma Romualdo Lopes Galvão e tinha como sócios Clemente Lopes Galvão e Olinto Lopes Galvão. Clemente matrimoniou-se com Mafalda Miranda Galvão nascida em 2 de maio de 1858 e falecida em 2 de julho de 1925, filha de Antero Frederico Borges de Miranda Henriques1 nascido em 19 de abril de 1819 na cidade de Areia-PB e falecido em 23 de abril de 1915 na cidade de Parelhas-RN e de Zeferina Maria da Cunha de Miranda Henriques nascida em 26 de agosto de 1828 na cidade de Jardim do Seridó-RN e falecida em 3 de novembro de 1890 na cidade de Mossoró. Dessa união, tiveram sete filhos: João, Francisco, Solon, Maria, Ismênia, Zeferina e Raimunda. Anteriormente, Mafalda Galvão havia sido casada com um parente de Clemente, Joaquim Fontes Galvão, com dois filhos: Cândida e Antônio. Clemente Galvão tomou o mesmo caminho de Romualdo Galvão, ao se mudar para Natal, onde faleceu em 2 de julho de 1925, no mesmo dia de sua esposa.

Olinto Lopes Galvão, do mesmo modo que os seus parentes, Romualdo e Clemente Galvão manteve atividades comerciais. Em 18 de julho de 1903, Olinto Galvão recebe do Poder Público Municipal a concessão de fornecer água à Mossoró, no período de 50 anos, através de poços artesianos.

Olinto Galvão teve atuação política. Foi suplente de intendente (vereador) na legislatura de 1892 a 1895, assumindo o cargo de intendente, em 23 de julho de 1894, por ocasião da saída do Presidente da Intendência (Prefeito), Romualdo Galvão, que se transferiu para Natal e pela renúncia de Horácio de Azevedo Cunha. Matrimoniou-se com Cândida de Miranda Fontes Galvão, filha do casal anteriormente citado (Joaquim Fontes e Mafalda).

Petronilo Lopes Galvão foi aquele dos membros familiares pesquisados que encontrei menores informações a respeito. Foi suplente de intendente, no período de 1911 a 1913. Contraiu núpcias com Elvira do Couto Galvão, filha de Jeremias Soares do Couto e sua terceira esposa Belisária Alves do Couto, com descendência. Anteriormente, Jeremias era casado com Maria da Penha de Melo, tendo os filhos Antônio2, Luiz, Enéas, Francisca e Josefa. Depois, casou com Maria Gamelo de Oliveira, havendo os filhos Delmira e Alexandre. Da terceira união com Belisária, teve além de Elvira, Enéas, Virgília, Adélia3, Guiomar, Odília e João Capistrano do Couto, avô materno do conceituado jornalista Dorian Jorge Freire.

Entre 1928 a 1933, Petronilo Galvão, juntamente com a família passaram a residir em Macau, em virtude da incumbência de administrar a salina Trapiche Furado, pertencente ao seu cunhado, Antônio Soares do Couto (Totô Reis).

Notas Explicativas

1 - Antero Frederico era o filho primogênito do casal Francisco Xavier de Miranda Henriques Filho e Joana do Rego Bezerra. Depois do casamento passou a se chamar Joana de Miranda Henriques. O casal constituiu uma extensa prole de 18 filhos.

2 – Antônio Soares do Couto nasceu em 10 de fevereiro de 1866, na cidade de Mossoró. Industrial salineiro de larga projeção. Presidente da Intendência, no período de 1908 a 1910. Matrimoniado com a sua parente Justa Nogueira da Costa, filha de Joaquim Nogueira da Costa e Maria Idalina do Couto. Depois de casada passou a se chamar Justa Nogueira do Couto. O casal teve um filho adotivo, Francisco Nogueira do Couto, que fez época, em Natal, com o seu Cine Rex. Totó Reis como era carinhosamente conhecido faleceu em 27 de fevereiro de 1933.

3- Adélia Couto foi casada com Manoel Benício de Melo Filho. Benicio Filho era mossoroense e nasceu no dia 4 de outubro de 1886, sendo filho de Manoel Benício de Melo e de Maria Euricina da Cunha Melo.Concluiu o curso de Direito da Faculdade do Ceará, em 1910. Ocupou as várias funções públicas: 1918: Juiz de Distrital em Jardim do Seridó; 1919: Juiz de Direito da Comarca de Jardim do Seridó; 1926: Comissário de Chefe de Polícia do governo de José Augusto;1928: Promovido ao cargo de Desembargador; 1934: Procurador Geral do Estado; 1943: Eleito Presidente do Tribunal de Justiça; 1946: Eleito suplente do Tribunal Regional Eleitoral - TRE. Em 1949 aposentou-se das funções de magistrado. Faleceu em 16 de Janeiro de 1949. Informações extraídas do site:


Referências Bibliográficas:

ALBUQUERQUE, M. A. C. C. Moura e Raposo da Câmara no Rio Grande do Norte: ascendência & descendência: colônia, império, regência e república. Natal-RN Ed. do autor, 2012. 448 p.
BRITO, R. S. Legislativo e Executivo de Mossoró numa viagem mais que centenária. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 1985. 247 p.
BRITO, R. S. Ruas e Patronos de Mossoró. Coleção Mossoroense. Volume II. Mossoró-RN, 2003. 263 p.
CÂMARA, A. M. R. Câmaras e Miranda-Henriques. Natal-RN. Departamento Estadual de Imprensa, 2006. 75 p.
CASCUDO, L. C. Notas e Documentos para a História de Mossoró. 5ª edição. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2010. 299 p.
ESCÓSSIA, L. Cronologias Mossoroenses. 2ª edição. Coleção Mossoroense. Mossoró-RN, 2010. 305 p.
FREIRE, D. J. Veredas do meu caminho. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2001. 208 p.
SILVA, R. N. Negociantes & Mercadores Mossoró e suas velhas firmas. Natal-RN: Sebo Vermelho, 2010. 40 p.
SILVA, R. N. Terra e Gente de Mossoró. 2ª edição. Rio de Janeiro-RJ: Editora Pongetti, 1967. 89 p.
SOUZA, F. F. História de Mossoró. 4ª edição. Mossoró-RN: Coleção Mossoroense, 2010. 284 p.

DADOS BIOGRÁFICOS
  
José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo (Mossoró-RN, 1976), filho de José Edilson de Albuquerque Guimarães e Deodina Silveira de Albuquerque Guimarães, graduado em Ciências Biológicas (UFRN) e Mestre em Geociências, pela mesma universidade, é servidor da Prefeitura Municipal de Mossoró. Iniciou suas atividades literárias, em 2012, na Revista Oeste, com a publicação do artigo Reminiscências: Alto da Conceição, um exemplo de fé cristã, em coautoria com Edimar Teixeira Diniz Filho. Em 2013, publicou, também, na Revista Oeste, outro artigo intitulado: Deoclides Vieira de Sá: um dos mais bem-sucedidos comerciantes mossoroenses. Em 2014, em parceria com o professor Doutor David de Medeiros Leite, publicou o livro: Mossoró e Tibau em versos: antologia poética (Ed. Sarau das Letras). No ano seguinte, publicou o livro: Nas trilhas de meu avô (Ed. Sarau das Letras).

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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ELÍCIO FILHO DO CANGACEIRO CAJAZEIRA OU ZÉ DE JULIÃO

Por Rangel Alves da Costa

José Francisco do Nascimento, apelidado de Zé de Julião, ou ainda o Cajazeira do bando de Lampião, teve sua bela Enedina morta durante a chacina de Angico. 

Enedina a esposa de Cajazeira morta na Grota de Angico em 28-07-1938

Depois da guerra cangaceira, nas outras vinditas da vida, foi homem de muito prestígio e influência no seu Poço Redondo, político de nomeada (candidato a prefeito por duas vezes e não eleito por fraudes e perseguições de poderosas forças da política de então) e também de muitas mulheres e muita prole. Abaixo, ao meu lado, um de seus filhos: Elício, hoje morador na Av. Alcino Alves Costa, na capital mundial do cangaço.

Fonte: facebook
Página: Rangel Alves da Costa

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PARECE QUE FOI ONTEM - LUTO NO PALCO

Por Mário gerson

Tristeza. É esse o sentimento externado por toda a categoria artística de Mossoró pela morte da atriz Ludmila de Melo Albuquerque, que faleceu na terça-feira, 15. Amigos, familiares, integrantes de grupos teatrais da cidade e admiradores do Pessoal do Tarará, grupo do qual fazia parte, estiveram no velório e acompanharam o sepultamento da artista, que aconteceu às 16h30 de ontem, 16, no Cemitério São Sebastião, Centro. "Ludmila faz parte de um grupo que ressuscitou o teatro de arena em Mossoró. É uma grande perda para a cultura local", lamentou, pela manhã, durante o velório na Capela de Perpétuo Socorro, o ex-presidente da extinta Fundação Municipal de Cultura, Gonzaga Chimbinho.

Durante todo o dia, o velório recebeu atores e atrizes que trabalharam ou acompanharam a carreira de Ludmila. "Certamente uma grande perda para a arte teatral, ela que era talentosa e que se iniciou no teatro, segundo me disse numa entrevista, depois de ver nossos ensaios", falou Nonato Santos, diretor do grupo Escarcéu.

Amigos externaram a dor da perda da atriz talentosa e pessoa especial. Por quase um minuto, todos os que estavam na capela aplaudiram-na, como num último ato. Alguém, da porta, ainda gritou: bravo!, fazendo menção a uma forma de elogio utilizada no teatro e as palmas continuaram, sob forte comoção. "Não sei como apresentaremos A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró sem a personagem Roxana. Existe uma grande tristeza em nossos corações e, sinceramente, ainda pensamos que tudo isso não seja verdade", comentou Antônio Marcos, um dos integrantes do grupo.

Na parte interna da igreja, cartões com a imagem da atriz e uma exposição fotográfica mostrando os principais momentos de sua carreira faziam parte das muitas homenagens que lhe foram prestadas durante todo o dia. Além das fotos, a roupa e a sombrinha que Ludmila usava na peça A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró também estavam expostas. Mesmo emocionado, Dionizio do Apodi, diretor do grupo e esposo da atriz, pediu palmas para Ludmila, que o acompanhou desde a fundação do grupo, em 2002. 

Entre os presentes, também estavam autoridades locais, como a prefeita do município, Maria de Fátima Rosado, o chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, Gustavo Rosado, além de Francisco Carlos de Carvalho, secretário da Cidadania e da vereadora Cláudia Regina. Todos lamentaram a perda da atriz. A direção do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, por exemplo, afixou uma faixa de luto em um dos acessos ao prédio.

LUDMILA DE MELO ALBUQUERQUE — Nasceu a 12 de novembro de 1980. Vem de uma família que ama as artes. E foi com esse mesmo amor que abraçou, em 2002, um grupo de teatro que tem feito a diferença quando o assunto é popularizar a cultura ao maior número de pessoas, sem que estas tenham que pagar para isso.

Disciplinada, como bem lembrou a gerente de Cultura do município, Clézia Barreto, Ludmila se descobria no palco, onde encantava em personagens que marcaram a trajetória do grupo O Pessoal do Tarará.

Sua primeira participação veio com Sanduíche de Gente, texto do poeta Crispiniano Neto, encenado na Praça da Catedral e que ganhou a estrada do interior do Estado, para chegar a outros públicos. Com a peça O Inspetor Geraldo, inspirada na obra do dramaturgo russo Gogol, ela abrilhantou ainda mais seu caminho como atriz.

A coroação veio com o espetáculo A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró, onde se destacou nos palcos como Roxana, a amada de Severino. Interpretando essa personagem ganhou, em setembro de 2008, o prêmio de melhor atriz no XV Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

O GRUPO — O Pessoal do Tarará foi fundado em 13 de novembro de 2002, em Mossoró (RN), com o objetivo de fazer um teatro popular, onde a experimentação, a ousadia e a qualidade pudessem estar sempre presentes. 

Sempre cuidadosos com o texto, com a forma e o aprimoramento constante, O Pessoal do Tarará é uma das mais representativas companhias de teatro da cidade, tendo recebido diversos prêmios, tanto no Estado quanto fora dele.

Além disso, possui um importante trabalho de integração sociocultural na comunidade onde está instalada a sede, a Baixinha. 

A partida de Ludmila Albuquerque deixa uma lacuna no cenário teatral da cidade e um espaço vazio no palco iluminado que sempre foi a bela história do grupo O Pessoal do Tarará.

(Matéria publicada no Jornal Gazeta do Oeste - 17/02/2011)



Enviado pelo poeta e escritor José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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15 fevereiro 2016

LIVRO QUE ESTÁ NO FORNO....." AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA - PE "

Por Marcos De Carmelita Carmelita

O que torna o livro As Cruzes do Cangaço - Os Fatos e Personagens de Floresta, um trabalho de pesquisa tão especial? 

O livro está sendo elogiado por pesquisadores e escritores dos mais renomados em historiografia Sertaneja e Cangaceira, do Nordeste e do Brasil, como Frederico Pernambucano, João de Sousa Lima e Leonardo Ferraz Gominho. O livro apresentará além de histórias inéditas, uma coleção de fotografias nunca vistas no mundo do cangaço. O próprio comandante do Cariri Cangaço, Manoel Severo, leu o episódio da Chacina da Tapera com mais de quarenta páginas e por celular via Mensager ele comentou: SEM PALAVRAS!!!! EXCELENTE!!!!!

Na fotografia abaixo, os escritores Marcos e Cristiano colocam frente a frente, Cláudio Correia (segundo no alto, da esquerda para a direita) e Dona Luzia de Garapú . Ela, com 96 anos, assistiu a morte de seu pai, o Caboclo Garapu, e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá (que erradamente está escrito que morreu em Serrote Preto) e Cláudio era vizinho e confidente de Zé Freire, ex - volante que estava na linha de frente no combate, acontecido no Riacho do Mundé em 1927.

A nossa satisfação é enorme, saber que todos aqueles esforços, perdas de sono, fome, sede, angústias, incertezas, chegou no patamar que almejávamos, a realização de um sonho de dois matutos aventureiros. Sem as armaduras de couro do vaqueiro, mas com a garra e a coragem típica dos Florestanos, nos embrenhamos nas caatingas virgens e quase intransponíveis da nossa terra, e como vaqueiros da história seguimos os passos do Rei do Cangaço, o Capitão Lampião, por trilhas e antigas veredas. Encontramos personagens totalmente lúcidos e que nunca foram entrevistados por nenhum outro pesquisador e por pouco não passaram despercebidos na história. 

Obrigado a todos os amigos que curtem, comentam e compartilham as nossas publicações. Obrigado pela força.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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LIVRO BEATOS E CANGACEIROS.......DIGITALIZADO...UNIVERSITY OF FLORIDA ..


Caros amigos:

Segue para quem ainda não conhece o link do livro completo (250 páginas) do pesquisador e escritor Xavier de Oliveira, BEATOS E CANGACEIROS, escrito no ano de 1920.


Há algum tempo que tenho esse link da UNIVERSITY OF FLORIDA DIGITAL COLLECTIONS. Como esse livro foi parar lá ninguém sabe, mas o mais importante é que está à disposição do público. Também o imprimi e encadernei, pois ainda não possuo o original que custa em torno de R$ 250,00 a 300,00 nas vendagens via internet.


A pesquisa que gerou o livro BEATOS E CANGACEIROS trata-se de um misto de estudo de psicologia social, história real, observação pessoal do autor e impressão psicológica dos então beatos mais famosos e alguns dos mais celebres cangaceiros do Nordeste, obviamente, antes de 1920, ou seja, antes da era de Lampião.

Consta que das andanças em entrevistas diversas o autor Xavier de Oliveira, também médico cearense e cronista de costumes, convivendo com os fiéis do Padre Cícero no Juazeiro do Norte, em 1915, teve o seguinte diálogo com o beato Vicente, lenhador de profissão:

Quis tirar-lhe o retrato. Não o consentiu.

- Isso é coisa da besta-fera, disse-me.

- Mas o Padre Cícero tira, ponderei-lhe, para convencê-lo.

- Sim, mas Cristo também andava sobre as águas e não se afogava. O meu padrinho pode até pisar em fogo e não se queima. Mas eu é que não quero que o "Capiroto" tenha lá o meu retrato.

Façam um bom proveito desse livro histórico. Eis o link:

Fonte: facebook
Página: Archimedes Marques
Grupo: O Cangaço

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AS ÚLTIMAS PASSAGENS DE LAMPIÃO POR ALAGOA NOVA - PARTE FINAL


Duas histórias são contadas como sendo as últimas vezes que Lampião esteve em Alagoa Nova. A primeira foi narrada por Sipriano Alves Ferreira

Joaquim Nicolau, o Quinca Niculau, do São Bento, tinha sua residência e terras nesse sítio, vizinhas ao Povoado. Ele já tivera alguns contatos com Lampião e gosava de sua confiança. Em uma de suas passagens ali, em 1926, o cangaceiro esteve em sua casa e pediu a Quinca que guardasse uma maleta e disse-lhe que não a entregasse a mais ninguém, pois um dia quando voltasse a queria de volta, em mãos. Quinca seguiu a instrução ao pé da letra. Em Patos, um certo “Senhor Salviano”, que deveria ter alguma autoridade, soube da história dessa maleta e mandou uma carta para Quinca comparecer urgente nos Patos. Chegando lá, Senhor Salviano disse que tinha um particular para conversar com ele, e seguiram de mata adentro. Ao andarem na mata, Quinca Nicolau virou-se para ele e pediu para que ele falasse; então ele disse: é que Lampião passou aqui e disse que o senhor me entregasse a maleta. Então Quinca ficou brabo e respondeu: Lampião me disse que eu não poderia entregar esta maleta para ninguém. Desconfiado, fez a volta, mandando que Salviano fosse à frente, o que foi obedecido. Ao chegar em casa, os cangaceiros de Salviano perguntaram se ele havia conseguido o objetivo.Ele respondeu: “Não me falem mais disso não, pois esse homem é uma fera, e quase me mata na mata. Quinca voltou para casa, onde viveu ainda alguns meses. No ano seguinte mudou-se para o Ceará. Dez anos depois, ao falecer, deixou a maleta com os filhos e Lampião nunca voltou para pegar.

Agda Vicente de Arruda – Em uma dessas saídas, registra-se a passagem do bando de Lampião, por Alagoa Nova.

Em um final de tarde de 1926, a tropa de Virgulino Ferreira fez parada nessa terra. Ao entardecer, já escuro, estava meu avô “tomando uma fuga” do cansaço do dia, deitado na frente da casa, junto à porta. Minha avó estava sentada na cadeira, quando chegou uma tropa montada de burro. Pelas vestimentas, Silva reconheceu o visitante e disse: “Apeie”. Desceram de suas montarias e tomaram água. Dª Agda preparou um jantar onde foi servido cuscuz, rapadura, leite e café, iguarias disponíveis da culinária da época. Ao partirem, os cangaceiros levaram panos amarrados em “trouxas”, contendo cuscuz e rapadura.

O bule de porcelana que Agda serviu o café (primeiro à esquerda).
A bandeja (acima) utilizada no casamento de Doca e Isabel, em São José, no ano de 1923.
Foto do Autor: Museu de Manaíra (2014)

A partir daí, o Sr. Manoel, esposo de Agda, por medo de ser morto, chegou a acompanhar os cangaceiros pelo período de 12 meses. Há quem diga que ele, simplesmente, teria “desaparecido” naquele período. Não se sabe, ao certo, o que ocorreu com ele[26].

[1] Existe divergência quanto à data dessa batalha.
[2] Os habitantes mais novos de Princesa e aqueles que fizeram boas pesquisas, discordam dessa versão. Existe, porém, vários dos mais antigos que afirmaram essa ocorrência. Até o velho “Nego Chico”, do Pelo Sinal, era enfático em afirmar: “Livino Ferreira era combinado com Zé Pereira”.
[3] Em 2013 foram levados três aparelhos GPS para fazer a aferição e constatou-se uma altitude de 1.138, sobre a pedra mais alta.
[4] Teria sido esse o momento em que Doca, Lampião e o parente, estariam conversando sobre a ajuda solicitada e que foram orientados a fugir para São José.
[5] Quelé residia em Alagoa Nova e dali administrava suas operações.
[6] Possivelmente, a partir daí, Lampião não estava, mas sim, Livino.
[7] Livino
[8] Livino.
[9] Livino.
[10] Era uma chuva forte.
[11] .Livino.
[12] Livino.
[13] Livino.
[14] intercedeu.
[15]  Segundo Marilourdes Ferraz, em seu Canto do Acauã, pág. 231, “A mercadoria roubada de Sousa e apreendida na casa foi entregue às autoridades paraibanas, que deram o recibo correspondente”. Quem seriam as “autoridades” que receberam a mercadoria? – As volantes paraibanas? Em Sousa ou outro lugar, não existem registros da devolução de nada.
[16] Cajazeiras (PB).
[17] Livino
[18] Ao que tudo indica, após a semana de tratamento em Triunfo – Vide Tiro no Pé - Lampião e Luís Pedro reintegram-se ao grupo.
[19] Próximo ao Pau Ferrado.
[20] Né Marcelino.
[21] Não foi Luís do Triângulo que morreu, mas um cunhado dele, de nome Chiquito.
[22] Luís do Triângulo organizou a defesa de Patos, com trinta homens bem armados, e não permitiu a entrada de Lampião. Com a morte de seu cunhado Chiquito, Luís e seu grupo iniciou longa perseguição aos cangaceiros, culminando com uma emboscada que destruíu boa parte desses bandoleiros.
[23] Existe nessa narrativa da luta do Gavião, uma dúvida quanto à exatidão da data.
[24] Enviado por Manoel dos Santos Diniz – Né Marcelino -, pai de João e Juvenal. João era um dos dois prisioneiros sequestrados.
[25] Esse cangaceiro foi ferido após longo tiroteio com a polícia, no sítio Tataíra. Foi protegido e cuidado por Manoel Lopes – o Ronco Grosso - que, posteriormente, em companhia do cangaceiro Tocha, o liquidaram, a mandado de Zé Pereira.

[26] Fato narrado por Maria Aparecida Rabelo (Gogóia), neta de Manoel Ferreira Rabelo (apelidado de “Silva”) e Agda Vicente de Arruda.

FIM.
http://www.manaira.net/canga%C3%A7o.html

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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...