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20 fevereiro 2016

FLORESTA UMA TERRA UM POVO FERRAZ NAZARENOS DE PERNAMBUCO

https://www.youtube.com/watch?v=lk60CQAgjUE&feature=youtu.be&app=desktop

Publicado em 24 de janeiro de 2016

Floresta Pernambuco, uma terra, um povo - História da família FERRAZ em fotografias - O povo Nazareno de Pernambuco
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O COCO E O REI DO RITMO

Por Kydelmir Dantas (*)

COCO: Ritmo comum do litoral do nordeste apareceu como dança no século XVIII. Em geral bastam um pandeiro ou um ganzá para marcar o ritmo, que é mantido pelo som de palmas, e se forma em moda de cantadores e dançadores (Nova História da MPB, 2a Edição - 1977 - Ed. Abril Cultural). 

Segundo Manezinho Araújo, o Coco originou-se no Quilombo dos Palmares, onde os negros passavam horas quebrando coco e cantando na cadência das batidas da casca, dessa fruta, nas pedras. A forma obedece ao compasso 2/4 e 4/4. 

As variações baseiam-se em vários critérios, como: 

- O lugar: Coco-de-pedra, Coco-do Sertão, Coco-de-roda. 

- Instrumentos Utilizados: 

- Coco de Ganzá = Tipo de chocalho. 

- Coco de Zambê = Instrumento de Percussão. 

- Coco de Mungonguê = Espécie de tamborim. 

- Versos Usados: Coco Agalopado, de Sétima, de Embolada, etc. 

Porém, o mestre Câmara Cascudo, no seu Dicionário do Folclore Brasileiro ressalta que, mesmo com toda a influência Africana a disposição coreográfica coincide com as preferências dos bailados indígenas, especialmente os Tupis da costa brasileira. 

Mesmo sintetizando em poucas linhas o Coco, não poderíamos deixar de falar no seu maior representante, nos dizeres de Pinto Carneiro, um dos mais ecléticos cantadores do Brasil, que a tudo interpretava com habilidade de Mestre. Era o protótipo do homem do mato, simples, alegre e inteligente, era JACKSON DO PANDEIRO. 


Nascido em 31 de agosto de 1919 e batizado de José Gomes Filho, recebeu influência total de sua mãe Dona Flora Mourão, como era mais conhecida Flória Maria da Conceição, a mais requisitada “Tiradora de Coco”, das festas de Alagoa Grande, na Paraíba, que cantava e tocava ganzá, acompanhada por outra pessoa no zabumba. Aos 8 anos de idade ele pegou num zabumba pela primeira vez e passou a acompanhar a mãe nas suas apresentações. 


Após a morte de seu pai a família foi morar em Campina Grande e o menino foi trabalhar numa padaria. Aos 17 anos, ele substituiu o baterista de um conjunto musical que se apresentava no Clube Ipiranga, tornando-se instrumentista desse grupo. Na década de 40 foi morar em João Pessoa e tocou em vários cabarés, até que em 1946 foi contratado pela Rádio Tabajara, onde começou a se projetar como ritmista no pandeiro, era conhecido por Zé Jack, devido a sua figura magra lembrar o ator americano de filmes faroeste Jack Perry, e em 1948 foi trabalhar na rádio Jornal do Comércio, de Recife (PE), adotando o nome artístico que ficaria famoso, Jackson do Pandeiro, e fazendo dupla com Rosil Cavalcante, de Macaparana (PE). 

O primeiro disco gravado, pelo selo Copacabana, foi em 1953 onde ele canta um dos seus maiores sucessos: “SEBASTIANA”, de Rosil Cavalcanti, juntamente com “FORRÓ EM LIMOEIRO”, de Edgar Ferreira. 

A partir daí, já conhecido em todo o país, vieram outras gravações que se tornaram sucessos: “Cabo Tenório” e “Moxotó” (Rosil Cavalcanti); “Forró em Limoeiro” e “1 a 1” (Edgar Ferreira); “O Canto da Ema” (Aires Viana, Alventino Câmara e João do Vale); “Como Tem Zé na Paraíba” (Manezinho Araújo e Catulo de Paula); “Chiclete Com Banana” (Gordurinha e Almira Castilho) e mais um rosário de boas músicas, com letras irreverentes ou não, que o fizeram conhecido como cantor. Porém Ele também compunha: é que uma boa parte de suas composições Jackson colocava em nome de Almira Castilho, sua parceira e esposa de 1959 a 67. Citando algumas composições suas mais conhecidas, temos: “Na Base da Chinela” (JP & Rosil Cavalcanti); “Aquilo Bom” (JP & José Batista); “Cantiga da Perua” (JP & Elias Soares); “Cabeça Feita” (JP & Sebastião Batista) etc. 

Muitos dos grandes nomes da MPB se disseram influenciados por Jackson, ou gravaram músicas que foram sucesso com e do mesmo: Alceu Valença, Caetano Veloso, Gil, Gal Costa, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Trio Nordestino, Luiz Gonzaga, Chiclete com Banana; temos na Paraíba um cantor/poeta que é um dos seus mais fiéis seguidores, Biliu de Campina, fazendo o mesmo que o Mestre fazia: a “divisão”, ou seja, dividir os versos ritmicamente usando a voz como um instrumento de percussão. Hoje, após 76 anos do seu nascimento, as palavras do Rei do Ritmo continuam proféticas, para os que lutam e defendem a Música Popular Brasileira: 

“- Mesmo com a perseguição da música estrangeira, eu aguentei a barra durante 12 anos. Eu e o Luiz Gonzaga. Nunca parei de fazer gravações.”

“Sua Figura rude não sofreu qualquer transformação, de Alagoa Grande-PB - onde nasceu - ao Rio de Janeiro, onde conheceu os lauréis da glória.” (Pinto Carneiro). 

Amém, JACKSON DO PANDEIRO, amém! (*) Escritor, poeta, sócio da SBEC.

http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/2008/12/o-coco-e-o-rei-do-ritmo.html

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A maravilhosa arte de Manuelito - 14 de Fevereiro de 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

A arte fotográfica, técnica de reproduzir as imagens pela refração da luz, teve em Mossoró um grande adepto, que ao morrer em 10 de agosto de 1980, deixou como legado um fabuloso acervo de importância histórica incalculável para Mossoró. 


Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno foi um artista de capacidade impar, que através de suas lentes projetou as imagens de Mossoró para o futuro, retratando a paisagem do seu mundo. São pessoas, ruas, sobrados, igrejas e acontecimentos sociais que envolveram a cidade num longo curso da crônica que ele registrou nos negativos dos seus filmes e na contemporaneidade do tempo e da vida.
              
 Nascido e criado no Ceará, onde também aprendeu a profissão, chegou a Mossoró em 04 de outubro de 1933, numa quarta-feira de sol abrasador. Trabalhou inicialmente no “Foto Escóssia”, que ficava na Praça Rodolfo Fernandes, e pertencia a Augusto da Escóssia. Posteriormente Manuelito Pereira deixou a Foto Escóssia passando a trabalhar para J. Octávio, outro estúdio famoso de Mossoró. Tempos depois montou seu próprio atelier com o nome de “ O MANUELITO”, na Praça Vigário Antônio Joaquim, onde se firmou como artista de largo conceito profissional. Por quase cinqüenta anos retratou gente e coisas de Mossoró, sendo de sua autoria a quase totalidade das fotos históricas de nossa cidade. Todo o seu acervo fotográfico encontra-se no Museu Histórico “Lauro da Escóssia”. Segundo as palavras do historiador Raimundo Nonato, “invulgar atividade profissional a desse artífice provinciano que vale como capítulo da história de uma cidade heróica, que tem sobrevivido pelas iniciativas do seu povo, pelos feitos e pelo seu amor à liberdade, tantas vezes comprovado em campanhas memoráveis e em dias de soberba glorificação”.
               
Em sua modesta sala de trabalho, soube compensar a falta de estrutura com seu imenso talento. Com o passar do tempo foi adquirindo fama, renome e prestígio com a instalação de um novo e moderno atelier fotográfico, onde atendia a todos com extrema cordialidade, sempre franco, expansivo, fumando seu cigarrinho, rindo manso por entre os dentes, batendo e revelando chapas dia e noite, e aos poucos, amealhando as economias que lhe chegavam às mãos, como justo prêmio de um trabalho incansável e honesto.
               
Soube se impor como profissional, tornando-se presença obrigatória nas festas sociais, nos prélios esportivos e acontecimentos tumultuosos da política, que no dizer de Raimundo Nonato, “sempre transforma a vida de Mossoró numa espécie de campo de batalha ou de guerra fria, com seus profetas de rua, seus ídolos populares, suas figuras carismáticas”.
               
Registrou também figuras populares das ruas da cidade, tipos inesquecíveis como Benício Gago e Manuel Cacimbinho, cujas biografias foram publicadas pelo saudoso pesquisador Raimundo Soares de Brito em sua obra “Eu, egos e os outros. Desses, Manuelito trabalhou as imagens dando formas pictóricas admiráveis, em belos quadros que poderiam figurar em qualquer museu do país.
               
Demais acontecimentos de relevo como foi o Congresso Eucarístico de Mossoró, ocorrido entre os dias 12 e 26 de agosto de 1943, com a presença do Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Jaime de Barros Câmara, tiveram todos os seus atos fotografados por esse grande artista nordestino.
               
Pela importância do seu trabalho para a cultura mossoroense, mereceu esse grande artista uma sala individual no Museu da cidade, onde está exposto todo o equipamento utilizado por ele ao longo da sua vida profissional, além de grande quantidade de fotografias e negativos. Como curiosidade pode ser visto no Museu os negativos em lâminas de vidro, técnica muito usada na época, que ainda se encontram em perfeito estado de conservação.
               
Pelos fatos expostos é possível concluir que Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno deixou em Mossoró uma herança de trabalho que muito engrandece a cidade, pois é através de sua obra que o nosso passado é revisitado, evitando assim que a poeira do tempo cubra para sempre os nossos feitos e glórias. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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19 fevereiro 2016

LINDA PIRANHAS


... DEIXO ESSA MAGNÍFICA FOTOGRAFIA ONDE PODEMOS VER UMA VISÃO PANORÂMICA DA CIDADE HISTÓRICA DE PIRANHAS/AL. CIDADE QUE FOI PALCO DE INÚMEROS ACONTECIMENTOS NA ÉPOCA DO CANGAÇO.

Foto: Jorge Remígio (João Pessoa/PB)

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)


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BIOGRAFIA DO CANGACEIRO ZÉ BAIANO


Zé Baiano (? — 7 de julho de 1936) foi um cangaceiro que integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade, tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o "ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também de "pantera negra dos sertões".[1] Liderou seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936 após uma emboscada em Alagadiço, povoado do município de Frei Paulo.[2]

Lampião e seu bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes à Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia seu bando.[3]

A última visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano no comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de criminalidade de Zé Baiano.[3]

Cansado de ser perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias, temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Baiano
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DESPEDIDAS, SENTINELAS E INCELENÇAS

Por Rangel Alves da Costa*

A morte é um fato triste, angustiante demais. Os povos se despedem dos seus segundo suas próprias crenças, tradições e costumes. Há sociedades que festejam ao invés de prantear, não significando alegria, mas na crença de que assim o ente querido não levará consigo o remorso da ausência terrena. Noutras sociedades os prantos e os rituais se prolongam por semanas inteiras, até que o morto esteja devidamente preparado para enfrentar o além.

No Brasil não há muitas variações de despedidas. Comumente a tristeza pelo acontecido, o último adeus no velório e os lamentos incontidos durante o cortejo fúnebre e a descida ao último leito. Nem sempre acontece missa de corpo presente nem acompanhamento de toda a família. Também pelo fato de que os velórios saíram das residências para os velatórios que se espalham pelas cidades.

Há de se considerar ainda que o sentimento pelo desaparecimento de um parente ou amigo não mais possui o pesar de outros tempos. Ao menos exteriormente, as feições dos que ficam não se mostram tão carregadas de consternações. Constata-se isso nos velórios que mais parecem silenciosas reuniões do que mesmo um momento de expressão maior de tristeza. Logicamente que nem sempre ocorre assim, pois situações existem onde familiares só faltam mesmo querer tomar o lugar do defunto.

Foi-se o tempo das vertigens, das agonias, dos gritos incontidos, dos descabelamentos, dos adormecimentos por força de remédios, do quase enlouquecimento, do choro incontido, das faces feridas pelo sofrimento, da descrença momentânea na divindade, dos lenços e roupas encharcados, do mundo parecendo querer acabar. Há pranto, há dor, há sofrimento, mas não mais expressado como noutros tempos. Talvez a concepção da morte como destino e não como um fim, tenha possibilitado uma nova forma de enfrentamento dessa dura realidade.

O sertão nordestino caminha para essa nova realidade do enfrentamento da morte, ao menos nos centros urbanos das cidades mais desenvolvidas. Nestas, poucos são os velórios feitos ainda nas residências familiares, pois mesmo uma cidade pequena não deixa de ter um ou dois velatórios. Na ausência de missa de corpo presente - pois tal ofício se volta apenas para defuntos mais importantes histórica ou socialmente -, geralmente o caixão é levado até a igreja e daí segue em cortejo até o cemitério. Nas cidades menores permanece o ecoar pesaroso dos sinos, dobrando melancolicamente para anunciar os falecimentos.


Tornou-se raridade, mas nas lonjuras nordestinas ainda se proporciona uma despedida decente e ao modo dos antepassados. Nas distâncias sertanejas ainda se reverencia o morto com todas as honrarias matutas. Os amigos logo chegam, choram a despedida, tecem recordações de amizade e permanecem pela noite inteira e madrugada adentro na residência do pranteado, só que do lado de fora, ao redor de fogueiras, bebendo o morto. Lá dentro, ao redor do caixão, iluminados pelas velas que crepitam entristecidas, familiares e amigas, principalmente as mais idosas, entoam cantos fúnebres até o momento da partida.

A sentinela de adeus se transforma então no ecoar aflitivo e triste de ladainhas e rezas de encomendação da alma. Os cantos são tão compassados e melancólicos que tudo ao redor parece se transformar num manto de dor. As velas chamejam, os lenços são levados aos olhos, os olhos descem sobre o caixão, a boca se abre para a ladainha, e assim a estrada do falecido vai sendo aberta rumo ao lugar merecido. Até que o sol surge para mostrar olhos já quase sem lágrimas para molhar a terra enquanto a pá vai jogando areia sobre o caixão.

Daí todo o encanto, embora por dolorosos motivos, dos autênticos velórios sertanejos. Mas nada mais comovente que as sentinelas que adentram a noite e varam a madrugada com aquelas vozes ecoando lamentos. Mesmo ao longe, as preces, rezas e orações são ouvidas numa plangência de cortar coração. Velhas senhoras com seus terços e rosários, seus véus negros e feições entristecidas, encomendando a alma do morto através das incelenças. Estas são cânticos recolhidos do tempo para ajudar na passagem do morto.

Então as incelenças ecoam em triste plangência: “Uma incelença de Nossa Senhora/ Pega essa alma, entrega na glória/ É de levar, é de levar/ Esse presente pra Nossa Senhora/ Duas incelença de Nossa Senhora/ Pega essa alma, entrega na glória...”. E também no caminho do velório, já arribando em direção ao cemitério: “Lá se vai a alma/ Vai junto nosso pranto/ Nada mais acalma/ Oh triste desencanto/ Alma tão bondosa/ Que triste desencanto/ Oh Mãe Graciosa/ Cubra com seu manto...”.

E muitas vezes o luto, muitas vezes a dor demorada, difícil de acabar. É também um sentimento diferenciado, verdadeiro, de um amor profundo que se prolonga além da morte. Os dias de finados sintetizam bem esse querer preservado no tempo, mesmo que muito tempo já havia se passado da despedida. Nos cemitérios, perante as covas, as flores e as velas adornam a saudade, enquanto os olhos se derramam em lágrimas. E o coração ainda chama, ainda deseja a presença.

Poeta e cronista
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MORENO (ANTÔNIO IGNÁCIO DA SILVA)


Uma fotografia inédita do ex-cangaceiro Moreno companheiro de Durvinha que me foi cedida gentilmente pela amiga Neli Conceição, filha do casal cangaceiro.

Moreno foi um cangaceiro que participou de diversos confrontos com as policias e praticou inúmeros assassinatos durante o período em que esteve no cangaço. Após abandonar a vida das armas no ano de 1940, ele junto com Durvinha fugiram da região Nordeste e atravessaram vários estados se passando como romeiros até chegarem ao estado de Minas Gerais, onde se estabeleceram definitivamente e mantiveram suas vidas passadas em segredo de todos, inclusive dos filhos que nasceram no novo lugar escolhido para morarem.

Durvinha sempre foi uma mulher doce, meiga e foi a responsável direta pela criação dos filhos ao contrário de Moreno que se ocupava em seu novo ramo de atuação e sempre se orgulhou ao falar sobre sua vida passada e lembrava com entusiasmo seus antigos feitos realizados durante o período que trilhou pelas veredas do cangaço, segundo informações de familiares.

A fotografia de Moreno (acima), já em idade avançada, passa a impressão de que nem mesmo o passar dos anos foi suficiente para tirar a altivez e a imponência do antigo “Cabra” de Lampião.

Moreno enfrentou diversos inimigos e sobreviveu a inúmeros combates sem levar um único tiro, mas perdeu a batalha final para aquele que de tudo se encarrega. O tempo.

No dia 06 de setembro de 2010 em Belo Horizonte/MG, Moreno falecia deixando seu nome e sua história registrada para sempre nas páginas da fabulosa, fascinante e sangrenta história do cangaço.

Fotografia gentilmente cedida por: Lili Neli Conceição
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço

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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...