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Resultados da pesquisa

25 março 2016

LANÇAMENTO DO SEU LIVRO "SILA, DO CANGAÇO AO ESTRELATO"

Os escritores Elane Marques e Archimedes Marques

A pesquisadora e escritora ELANE MARQUES tem o prazer de convidar todos vocês que fazem parte desse SELETO GRUPO para o lançamento do seu livro "SILA, DO CANGAÇO AO ESTRELATO" a ser realizado às 18:00 horas do dia 15 de abril de 2016, no Centro de Cultura Sociedade Semear, em Aracaju-SE.

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23 março 2016

NAZARÉ DO PICO MUNICÍPIO DE FLORESTA,TERRA DA MINHA FAMÍLIA,MEU AVÔ JOÃO DE SOUZA NOGUEIRA (JÕAO FLOR)UM DOS SEUS FUNDADORES .


A primeira questão de Lampião com o povo de Nazaré

No Campo da Ema, terra pertencente à antiga Fazenda Algodões – arrendada em 1819 pelo conselheiro Manoel de Souza Ferraz -, nasceu, em 1917, o povoado de Nazaré do Pico, há 46 km de Serra Talhada (PE). Marco divisório entre Floresta e Serra Talhada, no final do século XIX, o governo de Gonçalves Ferreira dividiu os municípios em várias subdelegacias que contrariam com cartórios de registro civil, local de votação, subdelegados e inspetores policiais. Na região do vale do Riacho São Domingos foi criada a subdelegacia do povoado de São Francisco, em Serra Talhada (PE), com outra, igualmente criada, na Fazenda Ema, no município de Floresta (PE). 

Coronel Manoel Pereira da Silva Jacobina, o Padre Pereira

A primeira tinha o comando do coronel Manoel Pereira da Silva Jacobina, o Padre Pereira, ex-prefeito assassinado de Serra Talhada e pai do famoso cangaceiro Luís Padre. A segunda ficava com o comando do major João Gregório Ferraz Nogueira que tinha em seu sobrinho, Severiano Ferraz Nogueira, o representante legal do cartório eleitoral e do registro civil. Com a chegada ao poder do padre Afonso Antero Pequeno, eleito prefeito municipal em 1907 como candidato de consenso, o mesmo conseguiu do governador Sigismundo Gonçalves a transferência do comando da subdelegacia de São Francisco e entregou o cargo ao major João Alves Nogueira, da Fazenda Serra Vermelha. Com esse ato, o ex-prefeito Antônio Andrelino Pereira da Silva (filho do Barão do Pajeú e cunhado do Padre Pereira) rompeu politicamente com o senador Rosa e Silva, homem que dominava a política pernambucana na época. Amigo do coronel Antônio Pereira, o major João Gregório também sofreu as consequências da política da época. Pacífico e calmo, o major também foi substituído do cargo de subdelegado, porém, conseguiu que o nomeado fosse um sobrinho, João de Souza Nogueira (João Flor), filho de seu irmão Manoel de Souza Ferraz, dono do sítio Catarina, na Ema. Já o comando do cartório do registro civil que estava nas mãos de Severiano Ferraz Nogueira passou para as mãos de Domingos Soriano de Souza, primo do major João Gregório. Representante do cartório civil e da seção eleitoral, Domingos Soriano viu sua Fazenda Carqueja virá um local de bastante frequência na época. Lá ele, Domingos Soriano, ministrava aulas para alguns alunos das regiões do São Domingos, Cipós e São Miguel, no município de Serra Talhada (PE), e Ema, Santa Paula e São Gonçalo, no município de Floresta (PE). Naquela escola as aulas eram dadas ao ar livre. Os alunos traziam de casa os banquinhos em que se sentavam para assistir às aulas à sombra de frondoso cajueiro, na fazenda Carqueja. “O esforçado mestre não se furtava aos pedidos de pais residentes em outras fazendas das ribeiras adjacentes, os quais receberiam a rara oportunidade de poder proporcionar instrução aos filhos. Gerações tiveram a benéfica influência do professor, que se preocupava em manter os pupilos afastados da onda do cangaço que corroía o Sertão”. (GOMINHO, Leonardo, 1996: Floresta, uma Terra, um Povo).

Conta Marilourdes Ferraz, neta de João Flor, no seu livro “O Canto do Acauã”, que o professor via sua residência ser invadida por rapazes e moças, alunos e companheiros de seus filhos, que permaneciam por várias horas em palestras e reuniões alegres, nos dias de repouso. Foi num desses encontros que um filho do professor, Manoel Soriano, contou o sonho que tivera na noite anterior: – “Vira surgir uma vila naquela área em que residiam”. A ideia empolgou os presentes, entre os quais Manoel Flor e seus irmãos Euclides Flor e Odilon Flor, filhos do subdelegado João Flor. O entusiasmo foi geral e o primeiro passo foi a criação de uma feira semanal, marcada para os domingos. “A data inaugural da mesma foi fixada para 12 de setembro de 1917. Os idealizadores da vila a ser formada percorreram as ribeiras do São Domingos e São Gonçalo e a fazenda Campo Alegre, anunciando o acontecimento” e pedindo a cooperação de todos. Os resultados não se fizeram esperar. Domingos Soriano logo doou trinta braças em quadra de terras de sua Fazenda Carqueja para patrimônio do povoado que surgia, sendo seguido pelo vizinho Antônio “Campo Alegre”, que doou área igual. Aí foram construídas residências pelos fazendeiros das redondezas. “Da sede do município, Floresta, veio preciosa ajuda ao fortalecimento do comércio local, por intermédio dos senhores João Gominho Filho, José Tiburtino Novaes e major João Novaes, que instalaram pequenas lojas de tecidos”.

O padre Antônio Zacarias de Paiva, de Serra Talhada, ao celebrar a primeira missa, sugeriu fosse dado o nome de Nazaré ao nascente povoado, pois o considerava abençoado pela paz e pela união de suas famílias. Elevada à vila, anos depois, teve sua igreja construída com a orientação dos padres Luís e José Kherle, irmãos. Para a construção, os comerciantes Luiz Gonzaga Lopes Ferraz, de Belmonte (PE), Ubaldo Nogueira de Carvalho, de Triunfo (PE), e o João Lopes Ferraz, da fazenda Ilha Grande e irmão de Domingos Soriano, ofereceram quantias consideráveis. O padre Zé Kherle foi quem comprou uma imagem de Nossa Senhora da Saúde, padroeira de Nazaré. Um filho de uma prima-cunhada do major João Gregório, Antônio Gomes Jurubeba, uma figura simples, mas destemida, respeitada e sempre lembrada, contribuía para a afirmação do povoado.

A vida na pequena povoação correu tranqüila até quando chegou na região a família de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Este, acompanhado dos irmãos Antônio e Levino Ferreira, começaram a se envolver com pequenos furtos, o que fez com que os três se indispusessem com a gente de Nazaré. O ano de 1919 constituiu o início de longa temporada de apreensões para o povo de Nazaré. Naquele ano, partindo de Serra Talhada, o ex-vereador Jacinto Alves de Carvalho (Sindário Carvalho, genro do coronel Antônio Alves do Exu) sitiava Nazaré a procura de inimigos (Francisco Nogueira e seus genros Raimundo Torres e Praxedes Pereira, irmão de Né Pereira e Sinhô Pereira) que passaram alguns dias no povoado, mas que já haviam partido em direção ao Riacho do Navio. Vendo o povoado invadido, Virgulino e Levino juntaram-se aos filhos e parentes de João Flor, prontificando-se a lutar ao lado dos nazarenos que, por pouco, não se envolveram na luta fratricida da época entre Pereira e Carvalho, de Serra Talhada (PE). Com a resistência dos moradores do povoado, Sindário foi embora prometendo um dia voltar. Dias depois, Lampião e seu irmão Antônio Ferreira emboscaram José Alves Nogueira, cunhado de seu inimigo Zé Saturnino, quando o mesmo voltava de uma feira em Nazaré. Ouvindo os tiros, os nazarenos correram em socorro de Zé Nogueira, acompanhados de Levino Ferreira, que desconhecia serem seus irmãos os agressores. Chegando no local, os nazarenos foram repelidos por tiros do adversários que foram reconhecidos com sendo os irmãos Ferreira. Padrinho de fogueira de Lampião quando o mesmo morava na Fazenda Poço do Negro, em Nazaré, o subdelegado João Flor ordenou a suspensão do fogo e repreendeu:

- “Que é isso, Virgulino? Então você atira em seu padrinho? Não me reconheceu quando cheguei?”. Lampião respondeu que era aquilo mesmo, adiantando que, naquelas ocasiões, “afilhado briga com padrinho e padrinho com afilhado”.

Fotografia de Antônio Gomes Jurubeba, nascido em 28/4/1874, na Fazenda Ema, Floresta (PE). Homem respeitado na região, foi quem expulsou os irmãos Ferreira das imediações de Nazaré do Pico quando era subdelegado, sendo por eles odiado e perseguido.

Furioso com a resposta, João Flor intimou os irmãos a não retornarem a Nazaré se não quisessem viver pacificamente. Levino Ferreira pulou para o lado dos irmãos dizendo que agora eram três para brigar. Estava iniciada a rixa dos irmãos Ferreira com os filhos do lugarejo. Passaram-se alguns dias e os irmãos Ferreira voltaram acintosamente a Nazaré, provocando a todos, e poucos dias depois começaram a formar um bando de cangaceiros. Tentaram entrar mais uma vez na povoação, mais foram repelidos a bala, ocasião em que Levino Ferreira foi baleado, preso e conduzido até Floresta (PE). Os Ferreira, que na época eram correligionários políticos da família Ferraz de Floresta, procuraram o coronel Antônio Boiadeiro, ex-prefeito da cidade e chefe político da família, e com ele firmaram um acordo. Levino seria solto, mas família Ferreira teria que ir embora do povoado. Levino foi solto e os Ferreira mudaram-se, no segundo semestre de 1919, para Alagoas. Lampião não ficou muito tempo em Alagoas. Voltou a incursionar pela região de Nazaré e passou a perseguir parentes de João Flor. Temendo uma tragédia, os primos Manoel Flor (filho de João Flor) e Luís Soriano (filho de Domingos Soriano) viajaram no dia 24 de julho de 1923 para Floresta e solicitaram ao coronel Antônio Boiadeiro, que havia feito o acordo com os Ferreira, um reforço policial para o povoado. Receberam um conselho:

- “Voltem e nada relatem a qualquer pessoa, porque não temos soldados para enviar! E se os cangaceiros souberem que vieram aqui com esse propósito, a situação vai piorar”.

https://www.facebook.com/hildegardo.lunaferraznogueira/posts/681270518609924
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CARIRI CANGAÇO E A MORTE DE ISAIAS, POR JOSE CÍCERO


CARIRI CANGAÇO E A MORTE DE ISAÍAS, POR JOSÉ CÍCERO

Enviado em 3 de janeiro de 2012

Um dos episódios marcantes da época de ouro do coronelismo do Cariri foi entre os idos de 1900 a 1930, neste vídeo teremos a descrição da emboscada e morte do grande coronel Isaías Arruda, de Aurora, prefeito de Missão Velha, que tombou morto à bala pelos irmãos Paulino. Quem nos conta é o pesquisador José Cícero da Silva em entrevista ao cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira.

Manoel Severo

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22 março 2016

O BRASIL DE LUTO, MORRE CHRISTIANO CÂMARA

Por Manoel Severo
Christiano Câmara e sua amada Douvina

Esta manhã de 22 de Março de 2016 o Brasil amanheceu mais triste. Partiu para sua mais espetacular viagem, nos tempos dos Céus, o inigualável memorialista Christiano Câmara. Vítima de complicações cardíacas e pulmonares faleceu na madrugada de hoje aqui em Fortaleza. O que poderemos dizer? 

Muito e muito mais, mas não será necessário... Os que conheceram e compartilharam da grandeza desse Brasileiro com "B" maiúsculo, sem dúvidas guardam e elevam do coração uma prece de luto e gratidão a Deus por nos ter permitido tê-lo ao nosso lado. Vai com Deus, grande Christiano!!! Ficaremos aqui procurando a passos trôpegos, seguir teu exemplo de paixão, dedicação e força...

Manoel Severo

O Brasil perde Christiano Câmara

Christiano Câmara por "tribunadoceará" em 03/11/2014...

Quem passa pela rua Baturité, ou rua da Escadinha, como é popularmente chamada, ouve de longe a música dos anos 20. O som vem de uma vitrola e convida a entrar na casa. O casal Christiano e Douvina Câmara aguarda ansioso para receber os visitantes. Apaixonado pela música e cinema, o pesquisador de 79 anos transformou a casa em que nasceu em um museu de cultura.

“Se você vai a uma festa hoje em dia, você sabe de onde vem o som, mas se você escuta uma música nessa vitrola, você não sabe de onde vem. O som ocupa toda a casa, onde você estiver vai sentir a música”, justifica o dono da casa, exibindo com orgulho a decoração do seu lar.

Em 1952, quando tinha dezessete anos de idade, começou a colecionar discos de cera e de vinil, além de filmes da década de 30. Atualmente possui um acervo com 20 mil discos, 4 mil fitas VHS que pouco a pouco estão sendo convertidas para DVD e 800 quadros com fotos de artistas que marcaram época. “Eu gosto porque as pessoas ficam curiosas em ver como eram os artistas, os autores, a moda”, defende.


As 50 estantes que adornam a residência são cuidadosamente espanadas e organizadas por sua esposa, Douvina Câmara, que não se importuna com a quantidade de artigos. “Eu vi que aquilo era importante pra ele, então resolvi ajudar. Não me incomodo não, pelo contrário, eu acho é bonito”, comenta.

A casa de 90 anos, localizada no Centro de Fortaleza, é mais uma raridade que Christiano Câmara preserva. Seus irmãos tentaram derrubar a casa para dar lugar a um estacionamento, mas o pesquisador fez o que pode para impedir. Com o apoio do político Cid Saboia de Carvalho, o caso correu na Justiça e a posse da residência foi dada ao casal. Aos poucos, a casa recebeu livros, enciclopédias de amigos que o ajudaram a compor o acervo. Entre eles, um jornal Desmoiselles, de 1901, e oito pares de cadeiras que pertenceram ao Cine São José no ano de 1917.


Conhecedor e referência sobre música, Christiano escreveu centenas de artigos para a imprensa cearense e durante alguns anos apresentou um programa de rádio chamado “Para você recordar”. A paixão deu nome ao cômodo da casa que mais gosta: Sala Francisco Alves, onde reúne discos, com obras raras de 1910. Em meio a tantas antiguidades, um objeto contrasta o ambiente. “Me deram um computador e eu achei uma máquina fabulosa de gravar CD e DVD. Aí me disseram: ‘você não ligou na internet não? Liga, tem tudo lá.’ Tem tudo coisa nenhuma! A internet dá, inclusive, informação errada”, brinca.

Casados há 58 anos, Douvina e Christiano têm três filhas e cinco netos. A paixão aconteceu quando Douvina saiu de Jaguaribe e veio morar em Fortaleza com os pais. “Ela veio morar aqui em frente, foi sedução a domicílio”, Christiano sorri com um olhar apaixonado contemplando a esposa. Aos 77 anos, Douvina se diverte com as brincadeiras do marido e exibe com orgulho publicações em livros nas quais Christiano menciona a esposa.

"Convido a todos os amigos para rever esta postagem ainda do ano de 2012, quando tivemos a honra de receber o Gigante Christiano Câmara em uma de nossas Noites GECC-CARIRI CANGAÇO na Saraiva Mega Store em Fortaleza..."


Mais uma vez a noite Cariri Cangaço-GECC foi coroado de sucesso. A Conferência "A História na Música" com o grande musicólogo, memorialista, colecionador, Christiano Câmara foi sensacional. Todos os que tiveram a oportunidade de participar foram brindados; além do entusiasmo e carisma natural do palestrante, que é um ser humano incomum; com o que de melhor poderíamos esperar sobre a fantástica viagem da história através da música.
  
Leo Kawisner, Adail Colares e o grande público da noite na Saraiva
Presidente do GECC, Ângelo Osmiro e Wilton Dedê 
Edilson e Aldo Anísio

O Encontro foi aberto pelo Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, que deu as boas vindas a todos os presentes e reforçou a parceria de sucesso entre o Cariri Cangaço-GECC e o grupo Saraiva para logo em seguida dizer da grande satisfação de receber o palestrante da noite, Christiano Câmara. Em seguida o Presidente do GECC, escritor Ângelo Osmiro deu os informes do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará. 

O documentarista Aderbal Nogueira foi o responsável pela apresentação de Christiano Câmara um "homem que dispensa apresentações" , que assumiu o comando da noite com  maestria e talento para o deleite de todos. Por mais de duas horas Christiano proporcionou ao público da noite uma palestra cheia de charme, humor e conhecimento, vestindo de luxo mais um encontro do Cariri Cangaço-GECC.

Aderbal Nogueira, Tomaz Cisne e Manoel Severo
 
Lívio Ferraz e Sarinha Saraiva 
Maristela Mafuz e dona Douvina

Estiveram presentes 57 convidados, entre sócios e amigos do Cariri Cangaço-GECC, além da equipe da FGF Tv, que gravou todo o encontro e que será disponibilizado dentro da programação da emissora, como também estará disponível a todos os leitores deste blog. Dentre as presenças; além de dona Douvina Câmara, esposa do conferencista da noite, sua filha e neta; da diretoria do GECC: Ângelo Osmiro, Manoel Severo, Aderbal Nogueira e Tomaz Cisne, além dos sócios: Wilton Dedê, Afrânio Gomes, Adail Colares, Maristela Mafuz, Coronel Gutemberg Liberato, Lapa Carabajal, Edilson Junior, Leo Kawisner, Aldo Anísio, Ricardo Albuquerque, Lívio Ferraz, Alexandre Cardoso, Ivan Guimarães, Pitonho, Ricardo Simões, Odilon Camargo, dentre outros.

Arlindo, grande fotografo e produtor de cinema
Leo Kawisner, Ricardo Albuquerque e Manoel Severo
Aderbal Nogueira e Cel Gutemberg Liberato
Odilon Camargo e Manoel Severo
 
Lapa Carabajal e Christiano Câmara

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21 março 2016

SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS


SÍTIO PASSAGEM DAS PEDRAS - Onde nasceu Lampião - Os visitantes embrenham-se na zona-rural, deliciando a paisagem do sertão, mesmo cenário que viveram os cangaceiros no século passado, com o guia narrando histórias alusivos a Lampião.

A primeira parada nas PEDRAS onde aconteceu o primeiro confronto armado entre os irmãos Ferreiras (família de Lampião) e Zé Saturnino (primeiro inimigo).

Sem sair da trilha chega-se as ruínas da antiga casa-grande da fazenda Pedreira, pertencente a Zé Saturnino. Onde foi palco de um dos mais emocionantes capítulos da história do cangaço.

Um pouco mais adiante se pisa no Sítio Passagem das Pedras – onde está à casa de Dona Jacosa, avó materna de Virgolino, onde ele nasceu. É como se a família ainda estivesse lá, com sua avó, a Mulher Rendeira, cantando loas... Consta de um maravilhoso acervo em fotografias, utensílio e móveis, objetos e documentos que têm referência com os guerrilheiros do sertão e remete o visitante a um mergulho no mundo mágico do cangaço, por onde começou a saga do mito Virgolino Ferreira da Silva.

É o ponto de partida da vida daquele que por duas décadas percorreu a maior parte do nordeste brasileiro fazendo justiça com as próprias mãos, pondo em xeque o poderio dos coronéis.

No Sítio tem um passeio pela caatinga em visita ao Riacho de São Domingos, ao sopé da Serra Vermelha.

O Sítio Passagem das Pedras – onde nasceu Lampião – fica situado a 35 km. do centro de Serra Talhada, pela Rodovia Estadual Virgolino Ferreira da Silva (PE 390), na direção da cidade de Floresta.














A Loja de Artesanato do MUSEU do CANGAÇO em Serra Talhada está repleta de novidades... venha conhecer o maior Museu sobre Lampião do Brasil e compre aqui seu presente de 'amigo secreto', ou de natal para familiares e/ou ainda uma lembrancinha da Capital do Xaxado em nossa loja.

Contato e Mais Informações LIGUE: 87.3831.3860


Visitas agendadas:

Telefones (87) 3831 3860 e (87) 99938 6035

E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com.br

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ALEXANDRE NUNES - CANTOR

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Publicado em 2 de novembro de 2013
Descrição Esse é o canal Oficial do Programa Raul Gil. Todo sábado a partir das 14h15 no SBT
Assista os melhores momentos aqui no YouTube !! Curta !! Compartilhe!!

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20 março 2016

A VILA DOS CLEMENTES


A liberdade é conquistada através de sangue, suor e lágrima e nunca através de simulação legal.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Preliminarmente é importante mencionar de que o termo quilombola é uma designação geral de todos os escravos refugiados e agregados em quilombos e ou lugar habitado e ou esconderijo dos descendentes de escravos de pele negra, valendo salientar de que seus antepassados na época histórica da escravidão brasileira fugiram sem destino, a procura de liberdade, dos engenhos de cana de açúcar, fazendas, sítios e ou pequenas propriedades onde viviam trabalhando e ou executando serviços diversificados braçais, motivo pelo qual resolveram fugir e formar e ou construir pequenos vilarejos denominados assim de quilombos. Em tese o lugar chamado de quilombo é lugar de se viver e pensar livre, sem amordaças de quaisquer espécies por parte dos capitães do mato em nome do patronato e ou proprietários de escravos, pois, os escravos eram marcados e ou ferrados como se ferram atualmente animais diversos, como por exemplo, gabo bovino, cavalos, burros, etc. O certo é que os escravos tinham donos e mercado negreiro certo, era mercadoria, algo parecido com o comércio de compra e venda de animais nas pequenas e grandes feiras pelo Brasil afora. O termo “cañybó”, do tupi-guarani, quer dizer ao pé da letra aquele que foge muito, o que é assim aplicado  ao escravo que fugia em busca da liberdade para viver com ou sem sua prole nas matas, virando selvagem¹.  
                   
Com o advento da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, os quilombolas, descendentes de escravos negros,  tem direito a propriedade de suas terras, assim sendo, poucos mais de dois mil quilombolas estão espalhados por todo o país. Muitos deles já não existem mais, é o caso da Comunidade Quilombola dos Clementes, gente descendente de escravos negros e residentes em grande parte em Santa Rita, em vila de igual nome, em terra que pertencia a Usina Santa Rita S/A., extinta nas duas últimas décadas do século XX. Essa gente não recebeu o direito de ficar na terra onde seus antepassados aqui chegaram há mais de duzentos anos. Praticamente a unidade grupal já não existe mais, apenas o sangue correndo nas veias de seus descendentes. Tal dissolução grupal foi iniciada quando o referido grupo foi transferido possivelmente da localidade de Socorro, onde viviam e inclusive existia um cemitério negreiro em vala comum, segundo depoimento informal da senhora Elza Clemente Rocha, “in memorian”, pois, seus pais eram descendentes de escravos e que assim como seus avós e bisavós, etc., ali residiram antes de serem transferidos para a Vila dos Clementes, na década de 30 do século XX. Na realidade os ascendentes e descendentes dos “Clementes”, nunca lutaram contra o patronato rural, sempre foram gente pacifica, honesta e trabalhadora. É o que a historicidade popular nos ensina, corroborando com igual pensamento o ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-prefeito Heraldo da Costa Gadelha. A vila dos Clementes representa o passado histórico de seus antepassados, lugar de livre convivência humana e de liberdade sem ideologia e ou interesse de tornar-se dono da propriedade e ou feudo rural.
                   
As comunidades quilombolas estão dispersas pelos estados da Amapá, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, ex-vi as visões e definições conceituais quilombolas na atualidade².  Em tais unidades da federação nacional, tendo com documento básico a constituição cidadã de 1988, as comunidades quilombolas remanescentes, em parceria com os movimentos sociais, a exemplo do MST – Movimento dos Sem Terras e outros tipos de camponeses que já viviam na terra e não tinham o título de propriedade da mesma, conquistaram o direito à Educação Básica no campo, em seus assentamentos, além de outras conquistas essenciais para sua fixação no meio rural, como por exemplo, eletrificação rural, postos médicos e odontológicos, meios de comunicação, estradas e transportes, etc. Ainda tem muitos outros direitos a serem conquistados por essa gente brava. A libertação dos escravos através da lei áurea, assinada em 13 de maio de 1888, foi uma forma legal que a Princesa Isabel, em nome de seu pai, o Imperador Pedro II, arranjou para presentear os senhores de engenhos com a liberdade de seus escravos, em sua maioria, velhos, sem profissão, analfabetos, verdadeiros filhos de Eva, que foram jogados nas grandes e pequenas cidades, dando origem as primeiras favelas no Brasil. Assim sendo, o patronato rural se livrou do compromisso de manter casas, senzalas, remédio e comida todos os dias para tais escravos. E até porque os principais interessados na liberdade de si e de sua prole não se fizeram presentes, não houve lutas, guerras e batalhas de quaisquer espécies. A libertação dos escravos de 13 de maio de 1888, foi um presente de grego para todos os escravos e escravos deste país. Saíram pelas estradas sem lenço e sem documentos a procura de pão e água para beber. Esse foi o quadro da verdadeira libertação dos escravos antes do nascimento do regime republicano.
              
Em lendo o cordel quilombola³ a nossa população nacional, descendente de negros e índios, todos livres em suas origens e escravizados pela oficialidade até o 13 de maio de 1888, ainda convivem em pleno século XXI, a procura de sua real libertação, tendo em vista que dentre as comunidades mencionadas, ainda faltam aquelas que perderam sua própria identidade no referido período, haja vista que nada ficou escrito a respeito de sua historicidade para as novas gerações, um exemplo disso é o caso dos descendentes dos “Clementes” em Santa Rita. A liberdade é conquistada através de sangue, suor e lágrima e nunca através de tapas nas costas, apertos de mãos e ou de simulação legal, isso é a alienação grupal para a implantação de ditadura fascista com simulação de estado soberano de direito democrático.

¹ Cf.: FFLCH — USP (2005). "Glossário Sertanejo" (PDF). Cursos de tupi antigo e língua geral (Nheengatu).In.: <http://tupi.fflch.usp.br/sites/tupi.fflch.usp.br/files/Gloss%C3%A1rio%20Sertanejo.pdf >.
Visitado em, 19/03/2016.
² Cf.: Administração do Sítio: koinonia.org.br -  Visões Quilombolas. (2008). In.:< http://www.koinonia.org.br/visoes_quilombolas/>. Visitado em, 19/03/2016.


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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...