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Resultados da pesquisa

07 abril 2016

"O GLOBO" - 29 e 30/05/1973 MORREU VEREMUNDO, O VELHO INIMIGO DE LAMPIÃO

Material do Acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

RECEIFE (O GLOBO) – Dois dias antes de completar 95 anos de idade, morreu ontem, às 9h45m, em seu velho chalé de Vila Maria, no município de Salgueiro, alto sertão pernambucano, o mais velho dos coronéis do Nordeste, Veremundo Antonio Joaquim Soares, que se tornou famoso por sua riqueza e por sua inimizade a Lampião.

Em Salgueiro, onde a família do coronel Veremundo possui o cinema, a farmácia, o curtume, a casa de saúde, a empresa de energia elétrica, as fábricas de beneficiamento de algodão e de óleo vegetal, a saboaria, o armazém de estivas, lojas de tecidos, casas de aluguel e uma fazenda de mil hectares, tudo vai parar às 11 horas de hoje para o enterro do penúltimo “Coronel” do sertão pernambucano; o último é o coronel Francisco Heráclito. 

Sempre de camiseta, camisa, calça de brim, o coronel Veremundo deixou em Salgueiro a imagem do homem bem sucedido na vida, do homem rico cujos negócios sempre prosperaram.

- Comecei tudo com o capital de 4 contos e 500 e nunca tive uma conta de cobrança em meu arquivo – costumava lembrar, vaidoso, aos seus 16 filhos legítimos.

No sertão, quando tudo era difícil, especialmente no setor assistencial, ele firmou seu prestígio fazendo partos e dando receitas, quase sempre baseadas em chás e emplastros. Por causa disso, o Presidente da República lhe concedeu, em 1904, a original carta-patente de capitão-cirurgião do 257º Batalhão de Infantaria e da Guarda Nacional de Salgueiro como as de um médico formado.

Outro orgulho do coronel Veremundo era sua coragem de dizer a verdade, a quem quer que fosse, ainda as que pudessem compromete-lo. Ele contava, para quem quisesse ouvir:

- Meu pai era um padre, de nome Joaquim Soares, que saiu de Minas Gerais, subiu pelo rio São Francisco e se fixou em Salgueiro.

O coronel gostava de ler e era dançarino emérito. No tempo de solteiro fez sucesso como clarinetista e saxofonista da bandinha de Salgueiro. Era tido como criador do balaio e de outros ritmos sertanejos em que se inspiraram algumas composições do sanfoneiro Luiz Gonzaga.

O IMPÉRIO

Como fazendeiro e comerciante, criou em Salgueiro e em toda a região um verdadeiro império. Em sua fazenda Monte Alegre, que comprou em 1930, a cana-de-açúcar e a rapadura ainda são produzidas numa velha engenhoca a vapor, uma das poucas do gênero, em Pernambuco.

Pouco antes de morrer, já desiludido com a política, ele comentava com seus filhos e netos:

- Vamos cada vez pior. A cada dia que passa a gente descrer numa porção de coisas. Não vale a pena a gente ser político.

Mais comerciante que político nos seus últimos anos de vida, ainda assim elegeu um genro deputado estadual e seu filho prefeito da cidade. No governo de Cid Sampaio em Pernambuco, tentou, com o seu prestígio de “coronel”, impedir a inauguração de uma agência do Banco do Estado de Pernambuco na vizinha cidade de Cabrobó, sob a alegação de que o banco da região era ele mesmo.

O que mais abalou o prestígio de chefe político do “coronel” Veremundo foi a interferência, na política sertaneja, de Etelvino Lins.

- Entrou seu Etelvino e foi uma desgraça. Acabou-se o PSD. Ele dá prestígio a um dá prestígio a outro, e isso não está certo – dizia aos que lhe perguntavam sobre a política de seu município.

O INIMIGO

O que mais fez crescer a fama do coronel Veremundo no sertão foi sua inimizade a Lampião, cujo bando perseguiu. Certa vez o rei do cangaço lhe escreveu esta carta: “Suas saudações. O fim desta é somente para saber qual o seu plano depois da minha passagem. O senhor mandou uma força ir atrás de mim. Em outra era nós já fomos inimigos porém para o presente eu pensava que nós era amigo. Para si eu era, mas me parece que o senhor era meu amigo. Portanto, eu lhe faço esta para saber qual é seu destino. Já mandei avisar ao padre Cícero que nesta minha diligência o que se alterou contra mim foi o município de Salgueiro. Tenha muita cautela, eu não volto a ser o mesmo que era outro dia. Eu bem que quero virar santo e fazer a felicidade para vocês mesmo. Sem mais assunto. Capitão Virgulino Ferreira.

Temendo um encontro com Lampião, o coronel Veremundo, sempre que precisava ir a Recife, fazia uma longa e complicada viagem na qual usava bote, cavalo e carro. No longo itinerário, passava por Juazeiro, na Bahia.

A única vitória de que se recordava, em sua guerra a Lampião, foi quando o juiz de Salgueiro, João Jungmann, prendeu com seu auxílio a mãe e um irmão de Lampião, João.

VEREMUNDO PARA A CIDADE DE SALGUEIRO

SALGUEIRO (O GLOBO) – Toda a cidade de Salgueiro, 512 quilômetros de Recife, parou na manhã de ontem para acompanhar o enterro do “coronel” Veremundo Soares, o penúltimo dos “coronéis” do sertão pernambucano e famoso por ter combatido o bando de Lampião. No seu enterro, com honras militares, um pelotão da Polícia Militar deu uma salva de tiros de festim. Uma Bandeira Nacional cobria o seu esquife.

Umas duas mil pessoas, que choravam e rezavam, acompanharam o cortejo fúnebre. Com o luto oficial de três dias decretado pelo prefeito da cidade, Romão Sampaio, a indústria, o comércio e os educandários de Salgueiro estavam ontem de portas fechadas.

Acompanharam o sepultamento de Veremundo, que morreu dois dias antes de completar 93 anos, um representante do governador Eraldo Gueiros e os deputados Honório Rocha, Ribeiro Godoy e Edson Cantarelli, que representavam a Assembleia Legislativa.

FAMÍLIA PRESENTE

Dos filhos, netos e bisnetos do “coronel” Veremundo, só a sua neta Nalda, que está em Fortaleza, não acompanhou o enterro. Dois dias antes da morte do avô ela havia viajado para o Ceará. Os outros 16 filhos, 30 netos e 33 bisnetos deslocaram-se de Recife e de várias cidades do interior para assistir à cerimônia. O cortejo fúnebre foi aberto por mais de 100 colegiais, que representavam todos os educandários de Salgueiro e formaram duas filas indianas.

Às 9 horas, com o chalé de Vila Maria inteiramente tomado, o padre José de Castro Filho, vigário de Salgueiro, celebrou missa de corpo presente.

No salão principal do chalé, onde o corpo foi velado, os parentes do “Coronel” choravam muito, principalmente no instante em que foi fechado o esquife. Um tenente do Exército, Alcides Ruas, cobriu o esquife com a bandeira Nacional. O velho patriarca foi agraciado com a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito de Pernambuco.

O cortejo fúnebre saiu da Vila Maria às 10 horas e passou pela praça principal de Salgueiro. A entrada do cemitério, um pelotão de soldados da PM, armado de fuzis, disparou duas salvas de tiros de festim contra o solo e fez a apresentação de armas, em homenagem ao morto.

No cemitério só foi permitida a entrada de pessoas da família, de altas autoridades e de jornalistas. O primeiro orador da cerimônia fúnebre foi o professor Potiguar Matos, representante do governador Eraldo Gueiros. Em seguida falou em nome da Assembleia Legislativa, o deputado Honório Rocha. Em nome da família falou um genro do “coronel” Veremundo, o Prof. Orlando Parahym, que, muito emocionado, chorou.

O “coronel” Veremundo baixou à sepultura vestindo uma farda preta de capitão-cirurgião do 257º Batalhão de Infantaria e da Guarda Nacional de Salgueiro, patente que lhe foi conferida, em 1904, pelo então Presidente da República, Rodrigues Alves.

Imagem do coronel Veremundo obtida na internet

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=863403327121878&set=gm.464177957124487&type=3&theater

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06 abril 2016

FORTALEZA PROMOVE FEIRA DO CORDEL BRASILEIRO


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05 abril 2016

PREFÁCIO

Por José Romero de Araújo Cardoso

Responsável pelo despertar da identidade nordestina em incontáveis seres humanos espalhados Brasil a fora, sem esquecer também no exterior, não apenas no Nordeste Brasileiro, o legado de Luiz Gonzaga vem se avivando com o passar do tempo, pois imorredouro em razão da forma brilhante como o grande Deus de amor e de bondade definiu seu processo de construção, a arte do eterno Rei do Baião encanta multidões, principalmente por causa da beleza e da relevância em valorizar e cultuar nossa região em sua forma holística, bem como de forma enfática engrandecer a cultura e as tradições do valente povo nordestino.
          
Advogado, escritor, jornalista, radialista e poeta popular, de dotes pungentes, raros, raríssimos, inigualáveis, singulares na expressão plena e absoluta, Francisco Alves Cardoso guarda incólume sob sete chaves a grande paixão pela sublime arte gonzagueana, influenciado notoriamente pela inconfundível relação telúrica que atrela pessoas de bom gosto musical ao fascínio despertado pela magistral poesia matuta que caracteriza a sublime herança cultural do saudoso sanfoneiro do Riacho da Brígida.
          
A importância das experiências magnificas observadas em Exu (Estado de Pernambuco) e em São João do Rio do Peixe (Estado da Paraíba) no que diz respeito à preservação da memória e do legado de Luiz Gonzaga foram bem estruturadas em versos pelo renomado articulador cultural paraibano, pois cada estrofe revela chama flamejante do amor supremo às tradições regionais que o Parque Asa Branca e o Parque O Rei do Baião resguardam em seus domínios benditos, mostrando às gerações presentes e futuras a grandeza de um dos maiores nordestinos de todos os tempos.
          
O Parque Asa Branca, localizado na cidade natal do Rei do Baião, teve sua estrutura milimetricamente pensada e efetivada pelo próprio Luiz Gonzaga, pois bem sabia seu lugar na história. Nos confins das trilhas sinuosas da chapada do Araripe em solo pernambucano, chão sagrado no qual o filho de Santana e Januário veio ao mundo, tendo deixado firme suas pegadas e boa parte de suas lutas, da permanência dos seus costumes, cultura, valores e tradições, notabiliza-se o encanto de sua idealização fenomenal em prol do reconhecimento de um povo que precisa de referência para se reconhecer dentro dos próprios prognósticos que definem a dimensão exata do conceito de nação enquanto elo aglutinador dos sentimentos e dos ideais de uma gente forte e altiva.
          
O Parque O Reio do Baião, localizado na comunidade São Francisco, a cinco quilômetros da cidade de São João do Rio do Peixe, localizado às margens do riacho Grotão, vem se transformando em referência quanto à proposta de preservar bases da arte gonzagueana, caracterizando-se pelas nuances paraibanas contidas no locus em que se personificam as raízes do culto ao mito que elevou o nordeste a patamares nunca antes alcançados.
          
A interação entre os dois Parques é tão forte que sobrinhos de gonzagão, Joaquim Gonzaga e Piloto, estiveram presentes em 15 de agosto de 2015 quando da entrega de prêmios referentes aos festivais realizados no Parque Cultural O Rei do Baião.
          
Fruto da perseverança e da obstinação de Francisco Alves Cardoso, o Parque O Rei do Baião se intercala em seus objetivos com seu congênere pernambucano, implementando momentos antológicos como o o FESMUZA, CONPOZAGÃO e o concurso Lembrança do Ídolo, o qual em 2015 enfocou Rosil Cavalcanti, celebre compositor pernambucano radicado no Estado da Paraíba, o qual elegeu Campina Grande como relicário sagrado, autor de inúmeras canções interpretadas por Luiz Gonzaga, a exemplo de Tropeiros da Borborema e Aquarela Nordestina.
          
A importância do Parque Cultural O Rei do Baião torna-se tão proeminente que a atenção de figuras de destaque, como Dr. Onaldo Queiroga e Dr. Kydelmir Dantas, elegeram o espaço sagrado de culto às tradições nordestinas como imprescindível e indispensável às suas presenças, sendo acolhidos como filhos diletos.
          
Despertado na ênfase ao reconhecimento enquanto nordestino através da arte de Luiz Gonzaga, rendo homenagens aos dois ambientes marcados pela notável proposta de perpetuação do que nos transmite a essência das canções que ele e inúmeros parceiros compuseram ao longo de sua brilhante história marcada pelo amor ao nordeste e sua gente.

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto IV do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

FONTE: CARDOSO, José Romero Araújo. Prefácio. In: CARDOSO, Francisco Alves. O Encontro dos Parques: Parque Cultural O Rei do Baião – Parque Asa Branca. Cajazeiras – PB:  S.e., s.d. P. 05-07.  

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04 abril 2016

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA DE MOSSORÓ - FINAL - 04 DE ABRIL DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Esta é a 5ª e última parte da nossa viagem através da História da Imprensa Mossoroense, viagem essa que começou em 1872, com o surgimento do jornal “O Mossoroense” vindo até os dias atuais. Claro que muitas publicações deixaram de constar neste trabalho, por desconhecermos de suas existências. 
               
Relacionamos, nos artigos anteriores, informações sobre os seguintes veículos de comunicação: O Mossoroense, que começou a circular em 1872; O Recreio Familiar, de 1876; O Eco, de 1901; O Mossoroense, em sua 2ª fase e A Ideia, de 1902; O Trinta de Setembro e O Passatempo, de 1903; O Mensageiro, A Revista União e o Atheneida, de 1904; O Santeiro, de 1905; A Alvorada, de 1907; O Comércio de Mossoró, de 1908; A Escola, de 1915; A Palavra, Correio do Povo e O Trabalho, de 1926; O 14 de Setembro, de 1928; O Correio Festivo, de 1932; A Escola e O Caixeiral, de 1933; O Boletim da ABC e A Voz do Estudante, de 1935; O Comerciário, de 1937; A Coméia, de 1940; A revista Consagrando uma Data, de 1941; O Boletim do Congresso Eucarístico Diocesano de Mossoró, a revista do 1º Congresso Eucarístico de Mossoró e a revista O Desfile, de 1946; Jornal do Oeste e a Revista Poliantéia, de 1948 ; O Movimento, de 1949; Revista A Presença de Dix-sept Rosado e Meeting, de 1953; O Espião, de 1954; Sempre Alerta, de 1965 e Expressão, de 1969.
               
Temos ainda a acrescentar a esta relação o jornal O Festeiro. O exemplar que tenho em meus arquivos é o nº 3, ano I, de 1928. Tinha como responsável José Martins de Vasconcelos, como redatora-diretora Maria Sylvia e como redatora Isabel Bessa. Era uma seminário domingueiro (na época dessa edição estava circulando diariamente), dizia-se de literatura ingênua, alegre e moral. Tinha colaboradores diversos.
               
Jornal Gazeta do Oeste. Entrou em circulação no dia 17 de setembro de 1977, tendo como diretor Canindé Queiroz.
               
O jornal era de propriedade da C.Q. Gráfica Editora Ltda., com sede na Rua Cunha da Mota, nº 100, Centro.
               
A princípio teve periodicidade semanal, passando depois a diário. Circulou pela última vez em 31 de dezembro de 2015.
               
Jornal De Fato. Circulou pela primeira vez em 28 de agosto de 2000. É o único jornal impresso ainda em circulação em Mossoró. Tem como diretor o jornalista José Cesar dos Santos e Diretor de Redação William Robson. É publicado pela Santos Editora de Jornais Ltda., que fica na Avenida Rio Branco, 2203, Mossoró.
               
Jornal Clandestino. Informativo cultural que circulou pela primeira vez em novembro de 2002, e tinha como editores: Mário Gerson e Grupo Apogeu. Revisão de Graciele de Lima e Kalliane S. Amorim. Diagramação, Renato Mota Arrais. Ilustrações, Wend M. (Didinha), Renato Mota Arrais e Mário Gerson. Tinha vários colaboradores. Circulou até 2012.
               
Jornal Poranduba. Jornal literário que tinha como editor o jornalista Rubens Coelho e vários colaboradores. Começou a circular em 2007. Dizia em seu cabeçalho que Poranduba, em Tupi, significa: contos, histórias, notícias, novidades, perguntas, relações.
               
Jornal Plural. Foi mais uma experiência literária a circular em Mossoró. O primeiro número circulou em 06 de maio de 2006, tendo como editor, João Maria Souza da Silva e as seguintes editorias: Arte e Educação, Symara Tâmara; Literatura e Cultura, R. Leontino Filho; História, Geraldo Maia do Nascimento; Gestão, André Henrique de Souza Neto.
               
Com esses, concluímos nossas pesquisas sobre a imprensa mossoroense. Como já foi dito, a lista não está completa. Muitos outros devem ter circulado em nossa cidade sem que esse pesquisador tenha tomado conhecimento. Solicitamos a colaboração dos leitores para que se tiverem conhecimento de outros jornais que não foram listados acima, que no informe. Prometemos divulgar as colaborações recebidas...

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

03 abril 2016

CRUZES DO CAMINHO...E DO CANGAÇO !

Por Marcos de Carmelita
 
Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

Quando tivemos a ideia de escrever um livro sobre um tema tão complexo e polêmico como é o cangaço, sabíamos o que iríamos enfrentar pela frente. Não foi fácil chegar aonde chegamos e conseguir descobrir tantos segredos guardados a sete chaves. Fotografias sonhadas por muitos pesquisadores. É parceiro, o nosso trabalho começa a ser reconhecido. Uma pesquisa séria e comprometida com a verdade dos fatos e que foi aprovada por mestres como Frederico Pernambucano, Leonardo Gominho, João de Sousa Lima e Manoel Severo. É gratificante poder trazer ao conhecimento do público, tanta informação que estava guardada, intocável. 

Jamais escreveríamos um livro repetitivo ou copiado, como se vê muito no mundo do cangaço. É por isso que as vezes sou um pouco rude com alguns, quando postam comentários dizendo que são possuidores e escritores de livros completos. Completo só nosso senhor Jesus Cristo. A nossa intenção não é atingir nenhum outro autor. Mas é preciso às vezes ser autêntico, sertanejo, florestano. E dizer em alto tom: "respeita Januário seu coisa". Como disse o nosso padrinho Frederico Pernambucano e o apresentador João de Sousa Lima, tinha que ser gente da terra para descobrir esses segredos. Um abraço a todos. Fiquem com Deus. As cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta em grande lançamento no Cariri Cangaço Floresta dia 26 de maio deste 2016.

A história não pode ser construída quando pesquisadores fazem uma ou outra visita e já partem para escrever e transmitirem para a posteridade fatos mal colhidos. Os sertanejos de Floresta têm disso. Não confiar seus segredos a pessoas que não são da região. É preciso conviver com os personagens diariamente, pegar eles num dia bom e numa véia boa. Por isso a distorção dos fatos será corrigida. Na época que pesquisadores vinheram para Floresta nos anos 60/70 mais ou menos ainda era muito perigoso se falar em assuntos referentes a esses acontecimentos. O silêncio e o medo sempre dominaram o sertão. Por isso o motivo de se conhecer muito pouco sobre o cangaço em Floresta. Fomos felizardos e acertamos na época certa, além do mais somos policiais conhecidos e respeitados na região e devido a esse conhecimento com o nosso povo, eles nos deram esse voto de confiança para contarmos a verdadeira história deles.

Túmulos no cemitério São Miguel em Floresta

Os túmulos no cemitério São Miguel em Floresta, onde foram enterrados o Capitão e o Tenente, mortos no tiroteio dentro do Batalhão da cidade ocorrido em 1930. Uma notícia boa. O livro As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta está concluído. Eu e Cristiano temos o prazer de revelar de antemão a quantidade de páginas de algumas histórias escritas. Tiroteio das Caraíbas com 20 páginas, Chacina da Tapera com 50 páginas, Lampião é baleado no Tigre com 14 páginas, o fogo da Favela com 8 páginas, a morte de Garapu e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá com 13 páginas, tiroteio e mortes no Batalhão, o sequestro de Macário e as mortes de Aureliano Sabino e Pedro Juremeira, Moreno na Varjota, enfim. Além de mais de 120 fotos inéditas: Tapera dos Gilos (54) e por aí vai. Lançamento na abertura do Cariri Cangaço Floresta dia 26/05/2016.

Marcos de Carmelita
Pesquisador e Escritor
Floresta-PE

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02 abril 2016

01 abril 2016

SANGUE CORRE NAS TERRAS DE SERRINHA DO CATIMBAU


De: Paulo Medeiros Gastão (Paulo Gastão) e Manuel Alves do Nascimento Filho.

Esse trabalho apresenta os principais acontecimentos ocorridos na ocasião da passagem de Lampião e seu grupo pela região de Serrinha do Catimbau que fica localizada próxima à cidade pernambucana de Garanhuns. Nessa localidade no mês de julho de 1935, Maria Bonita foi gravemente ferida.

Esses e outros acontecimentos vocês conhecerão ao folhear as páginas deste sensacional livro/documento.

Para fazer a aquisição da obra entrem em contato com o Professor Pereira (Distribuidor/Revendedor autorizado) através do e-mail franpelima@bol.com.br e consulte valores e prazo de entrega.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...