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29 dezembro 2015

MEU MANO NILTON MENDES PEREIRA - PUBLICADO EM 2013

Por: José Mendes Pereira
Foto do acervo do Damião Maycon

Esta noite eu fiquei a pensar o quanto a dor da perda do seu filho muito tem lhe incomodado. Você olha para todos os lugares, e não o ver, apenas no imaginar, a sua fisionomia permanece encravada no seu eu. Todos os 9 filhos estão diante do seu olhar, mas sabe que no meio deles, uma ovelha está ausente, longe de você, apenas sabe que saiu do seu meio, do seu domínio.

Dos dez que nasceram e cuidadosamente você os educou, apenas 1, o Lulu, que tanto te amou, te respeitou, te ajudou por estes campos sofridos e solitários, sob o sol escaldante, suados, juntos, na luta com gado, ovelhas, colheitas de milho, feijão..., não está mais presente. 

Novamente você fica imaginando o seu jeito, a sua fisionomia, a sua voz, o seu sorriso, o cuidado com a irmandade, o bem que sempre quis aos pais, aos manos, aos tios, aos primos, aos parentes e amigos, hoje, apenas a saudade no coração de cada um permanece.

Fico a imaginar o vazio que ele deixou entre nós, mas não há mais vazio do que para você e Toinha, que são os verdadeiros criadores do Lulu, o qual, nunca lhes deu um pequeno desgosto e nem trabalho nenhum.

Fico a imaginar como você está nesse casarão sozinho, não por separação conjugal, porque cuida do nosso sítio; ausente dos filhos, de nós, seus irmãos, sem uma companhia para que possa dividir com ela o seu sentimento de pai, a sua dor, a sua solidão.

Mas a vida é assim mesmo, mano! Com lutas, com provas, com sofrimentos, com perdas de parentes, e que se a vida fosse mar de rosas, sem estes ingredientes, muito mais viveríamos na solidão, na tristeza, deprimidos, porque nada teríamos para fazer e nem passaríamos por provas. E o ser humano ocioso e sem sofrimentos, cairá em depressão forte.

Não somos donos da nossa matéria, apenas a usamos emprestada, caminhando com ela, e que serve  para sustentar os nossos espíritos, porque ela pertence à terra, para alimentação de bilhões de bactérias, que "famintas", precisam se alimentarem da nossa carne. Mas o que nós saldamos, sem dúvida,  é o "EU" de cada um. Este jamais se acabará.

E assim é que é a vida. Nascer, crescer, sofrer, adoecer, sentir dores insuportáveis, passar por provas, ser feliz, ser infeliz, e sem tempo definido para morrer, e após a morte, caminhar até a casa do senhor.

Mas a bíblia diz que nós não morreremos, apenas passaremos da morte para a vida eterna. E se é assim, como diz o poeta, morrer não é o fim.


Hoje, todos  nós estamos sem a presença do Lulu, diante da vida material, amando os seus filhos, sua esposa, seus pais, seus tios, seus irmãos, seus vizinhos, parentes e amigos. Mas, quem sabe. Será que o Lulu está bem mais feliz do que nós, na presença de Deus?

Meu mano Nilton levanta a cabeça e siga o seu caminho costumeiro. O Lulu se foi, mas ainda haverá esperanças para quem ficou. Ainda ficaram 9 filhos, e te amam muito  e querem te ver sorrindo e vivendo em paz. 

Todos nós temos o tempo certo para permanecermos aqui, sofrendo ou não. Um dia iremos todos, mas o que mais vale, é a Casa do Senhor Deus Todo Poderoso.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte:
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TENENTE CLODOALDO DE CASTRO MEIRA - UM DELEGADO DE MORAL

Por José Mendes Pereira

Tenente Clodoaldo nasceu em Parelhas no Estado do Rio Grande do Norte, no dia 14 de Agosto de 1918, e era filho de José Perventino de Castro e de Úrsula Florinda de Castro. Ingressou na Polícia Militar em 12 de novembro de 1937. Foi delegado de polícia de Mossoró, nas administrações estaduais nos governos de Dinarte Mariz, Aluízio Alves e o monsenhor Walfredo Gurgel.

O Tenente Clodoaldo foi um dos delegados de Mossoró que durante o seu período como xerife, Mossoró tinha respeito. Não admitia que sujeito nenhum desmoralizasse a sua administração, e para conservar a sua autoridade sobre Mossoró, mantinha grupos de policiais rondando nos bairros e nas periferias da cidade.

Ele foi odiado por alguns que tentavam de toda forma diminuir a sua autoridade, mas também foi elogiado por muitos que apoiavam a sua maneira de moralizar esta cidade.

Nos anos sessenta eu ainda era interno da Casa de Menores Mário Negócio, e no dia em que isto aconteceu, eu fui incumbido pela diretora desta dona Caboquinha para ir até à cadeia pública, onde hoje funciona o Museu Municipal de Mossoró, levando comigo uma espécie de telegrama, para que o delegado de Mossoró, o tenente Clodoaldo autorizasse o envio através do seu Rádio Amador para ser enviado ao Dr. Xavier, em Natal, sendo este secretário do SAM – Serviço de Assistência ao Menor, hoje, FEBEM.

Naquela época o uso telefônico era caríssimo, e muitas empresas e órgãos do governo usavam mais o sistema de “Rádio amador”, que o custo era apenas o pagamento anual dos direitos de funcionamento.

Ao chegar à cadeia, fui encaminhado até à sala do delegado, através de um policial que se encontrava como sentinela, dizendo-me que eu teria que pegar uma escada para chegar até à presença do xerife.

Eu nunca tinha entrado naquele prédio. E assim que me deparei com a dita escada, tomei rumo à sala administrativa. Como eu nunca tinha visto de perto portas de salas de xerifes, ao empurrá-las, soltei-as de vez. E nesse momento, o Tenente Clodoaldo vinha me acompanhando, recebendo uma forte pancada no peito, e atingindo também o seu nariz.
Recebi uma bronca do delegado, chamando-me de todos os nomes horríveis que um delegado possa dizer contra alguém. Tentei me defender de todas as formas, dizendo-lhe que eu não sabia que ele vinha seguindo os meus passos. Mas as minhas explicações não foram suficientes para convencerem o carrasco, famoso, delegado e Tenente Clodoaldo de Castro Meira.

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28 dezembro 2015

CASA DE MENORES MÁRIO NEGÓCIO, UMA INSTITUIÇÃO EXTINTA - PARTE II

Por: José Mendes Pereira

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Os tempos se foram e nós continuamos aqui para contarmos o que se passou naquela Casa de Menores. Devemos agradecer de coração ao nosso grande Deus por ainda estarmos vivos.
Raimundo Feliciano e José Mendes Pereira

Alguns do nosso tempo já estão lá com Deus, como por exemplos: O Edivaldo, não me recordo bem, mas me parece que era de Areia Branca. 

O Francisco de Sousa, vulgo Nove, que trabalhou algum tempo em uma farmácia de Maria Menezes, na Rua Mário Negócio, este infelizmente tive notícias que fora assassinado. 

Antonio Pereira da Silva, vulgo Toinho, meu primo e irmão de Galdino. Este, eu o coloquei na Editara Comercial S/A, mas resolveu ir para São Paulo. Lá trabalhou na fábrica de lâmpadas Silvana. Posteriormente retornou a Mossoró, mas era asmático e certo dia faleceu. 

O Francisco Gutemberg, vulgo Trinta, chegou a ser engenheiro agrônomo, depois tentou medicina, mas não tenho informação se ele chegou a terminar o curso. Também já está com Deus. 

O nosso monitor, o José Fonseca (Zé Fonseca), que negociava ali próximo à Escola Estadual Jerônimo Rosado, dias antes da sua morte, eu estive em seu comércio, e eu não tinha informação que ele andava doente. Infelizmente  faleceu no mês de outubro de 2012. 

As empregadas, já se foi uma porção, e há dois anos passados, também se foi dona Tanô, a mãe do comerciante Nilson, estabelecido na Alberto Maranhão, em frente ao Mercado do Alto da Conceição. 

Dona Cristina de Tibãozinho, aquela que era zeladora da Casa de Menores, também já está com Deus. 

Outro que já se foi, o  Zé Dieb, primo legítimo de dona Caboquinha, e fornecia carne à Casa de Menores Mário Negócio. Este, você sempre gostava de aperreá-lo. Ele ficava irritadíssimo. 

Zé Maia, que fornecia bananas à Casa de Menores, e era casado com dona Socorro, filha de Elísio Vermelho, e cunhado da vice-diretora, a dona Severina Rocha, acredito que já faz uns quatro anos que faleceu.

O nosso grande amigo Willame (é assim que é escrito o seu nome), vulgo Tigá, sempre tenho contato com ele aqui no grande Alto de São Manoel, mas infelizmente ele tem vagas lembranças da Casa de Menores, e em nenhum momento ele recorda o meu nome. 

Willame sempre foi responsável onde trabalhava, e esteve na Brahma, na fábrica de cimento, e até fora premiado várias vezes, por ser um dos funcionários que frequentava a fábrica durante todo ano, sem nenhuma falta. Mas ele se dedicou sem controle à bebedeira, deixando-o esquecido.

Hoje vamos nos lembrar das serestas que fazíamos pelos bairros de Mossoró, em companhia de Manoel Flor, Tigá, Galdino, meu primo, e o grande cantor Francisco José, o Quarenta, com aquele vozeirão quebrava o nosso galho. Nós apenas tocávamos para ele, porque ele estava iniciando apontar algumas notas musicais. Ele é primo legítimo da cantora Amanda Costa. Francisco José teve oportunidade de gravar, sendo Amanda Costa a sua madrinha, mas devido a sua timidez, não chegou a gravar nenhum LP.

serestaseresteiros.blogspot.com

Lembro-me que nesta noite, fomos fazer uma seresta lá no bairro Boa Vista, na casa de uma das suas namoradas. Acompanhados de violão, mais uma garrafa de pinga, cigarros..., chegamos ao local. 

Silenciosamente, abanquemo-nos na calçada. Quando o nosso cantor Francisco José abriu a boca e o vozeirão saiu, alguém abriu a porta. Era o pai da sua namorada, que nós pensávamos que ele iria nos mandar embora da sua calçada.

Mas não era isto que ele queria fazer. Veio, e na mesma calçada, sentou-se ao nosso lado. Francisco José, como era tímido, não quis continuar a canção. Mas o velho nos disse que estava ali para ouvir aquela bela voz do cantor, e não para nos mandar embora.

Ali, ficamos até altas horas da noite, acompanhados do pai da sua namorada, que mesmo sabendo que você estava perseguindo a filha dele, nos apoiou com muito respeito.

Na próxima história falarei dos nossos sofrimentos no Tiro de Guerra de Mossoró.

Continua...

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/07/casa-de-menores-mario-negocio-uma_14.html

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QUAL ERA A BEBIDA ALCOÓLICA PREFERIDA DE LAMPIÃO?


QUAL ERA A BEBIDA ALCOÓLICA PREFERIDA DE LAMPIÃO?

Embora alguns autores procurem aburguesar o rei do cangaço, no que tange ao consumo de bebidas refinadas, a exemplo de, whisky white horse (cavalo branco), conhaque macieira, além de outros, o que se percebe na bibliografia cangaceira e, nos depoimentos de ex-cangaceiros, é que ele só consumia as mesmas, quando tinha contato com os famosos coronéis nordestinos, que eram coiteiros e fornecedores de armas e munições.

No dia a dia, às vezes, eles não tinham nem água para beber, quanto mais bebida importadas. De um modo geral, bebiam o que existia de disponível nos locais por onde andavam (Vilas, fazendas etc...).

Acima, foto de um exemplar do famoso CONHAQUE MACIEIRA e, DO Grupo de Lampião sendo servido (Foto: Filme B. Abraão). Que será essa bebida que ele está tomando?

Foto: Google

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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VÍTIMAS DO CANGAÇO


Casa da Fazenda Tapuya localizada entre os municípios baianos de Bonfim e Uauá, que foi incendiada por Lampião e seus  cabras no dia 08 de abril de 1931.

Na imagem abaixo vemos a numerosa família do ancião Tibério, proprietário da residência que foi saqueada e incendiada pelo grupo cangaceiro.

Durante a invasão o senhor Tibério temendo o pior aproveita um minuto de descuido dos Cabras e foge em meio a escuridão, causando a fúria de Lampião que para se vingar, ordena a destruição da casa do velho.

Após o episódio o senhor Tibério e sua família, sem outras opções, continuaram residindo no mesmo local, mas temendo o retorno de Lampião em busca de vingança, passaram a dormir em meio à caatinga.
Disse o senhor Tibério:

- “ O jeito é ficar aqui mesmo. Deus é que é de me livrar daquela fera que eu nunca mais quero ver”.

Nas quebradas do Sertão...
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook

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PORTA DA CELA ONDE FICOU PRESO O CANGACEIRO JARARACA (JOSÉ LEITE DE SANTANA) NA ANTIGA CADEIA PÚBLICA DE MOSSORÓ/RN.


PORTA DA CELA ONDE FICOU PRESO O CANGACEIRO JARARACA (JOSÉ LEITE DE SANTANA) NA ANTIGA CADEIA PÚBLICA DE MOSSORÓ, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

Lembrando que Jararaca foi baleado durante a tentativa de invasão à cidade de Mossoró/RN em 13 de junho de 1927 e preso no dia seguinte ao ocorrido.

No dia 18 de junho de 1927 Jararaca foi retirado de sua cela e conduzido até o cemitério local, onde foi morto e segundo consta teria sido enterrado ainda com vida.

Na cidade de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte o destemido cangaceiro encontrou-se finalmente com o seu destino, tendo fim ali sua vida de crimes.

NAS QUEBRADAS DO SERTÃO...
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte que eu adquiri: Facebook
Página: Geraldo Júnior‎ 
Grupo: O Cangaço

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FOTO RARÍSSIMA


FOTO RARÍSSIMA...!...ABRAÃO (filmou Lampião - foi secretário do padre Cícero) x Beata MOCINHA (governanta/finanças do Padre)...X Dr. Floro Bartolomeu...(braço armado/político do padre).

Fonte: Jornal O Povo / Fortaleza.

A disputa pelo poder nas hostes do Pe. Cícero Romão/Juazeiro era por demais acirrada. Benjamin Abraão cuidava da parte administrativa/ compromissos sociais do aludido padre, enquanto a Beata MOCINHA dava as ordens no casarão, além de cuidar das finanças do citado padre.


A briga era grande. Sem falar, que o Dr. Floro Bartolomeu, também, íntimo do padre, era o seu braço armado e político... Abraão, também, foi perseguido pelo Dr. Floro, tendo, inclusive, curtido uns dias na cadeia, por ordem desse último.

Como se vê, o padre Cícero vivia cercado de gente correndo atrás do poder e do dinheiro.

ADENDO - Carlos Alberto

Esta foto deve ser anterior a março de 1926, com Floro Bartolomeu ainda vivo. Observa-se que nas fotos de família ao lado de Padre Cícero, o Doutor Floro não gostava de participar. Conhecemos Dele somente algumas fotos, como por exemplo: uma ao lado de Padre Peixoto, referente ao Jornal O Rebate; outras na frente de batalha, especificamente na Valado construído para se defender durante a Sedição de Juazeiro; além de fotos oficiais. Existia uma disputa em torno do núcleo Padre Cícero: Beata Mocinha (finanças), Benjamin Abrahão (secretário particular) e Floro Bartolomeu (política). Mas, na política, disputando o prestigio ciceriano como meios para obter outros fins, aconteceram: disputa entre José Marrrocos (falecido em 1910), Padre Peixoto e Floro Bartolomeu pela independência de Juazeiro e o seu primeiro prefeito; duelo de Floro Bartolomeu com Antônio Xavier pela indicação de deputado federal; confronto entre adventícios e filhos da Terra, ou melhor, de Doutor Floro com Geraldo da Cruz, da Farmácia dos Pobres; além de outros páreos. Como disse Lira Neto, no seu Livro sobre o velho Padre, na segunda parte denominada de "Espada", a disputa pelo cabedal de prestígio ciceriano foi intenso, como atesta também outras pesquisas publicadas em forma de livros.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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O INFELIZ CANGACEIRO CHICO PEREIRA.

  Por José Mendes Pereira Colorizado pelo saudoso professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio. Diz o pesquisador e colecionador do can...