Wikipedia

Resultados da pesquisa

30 dezembro 2015

O COLIBRI

Por José Mendes Pereira

Todas as tardezinhas eu me deslocava para o quintal da minha casinhola, na intenção de usufruir um pouco dos ventos que vinha do Norte e posteriormente direcionava-se para o Sul. E lá eu me aconchegava a uma touceira de babosa viçosa, que em anos longínquos eu tinha plantado uma muda que adquiri no meu amado berço "BARRINHA", e com o passar dos anos ela foi se expandindo, até que formou uma ramagem bastante esverdinhada e de forma arredondada.

E Todas as tardezinhas um colibri chegava e entre as folhas espessas da babosa enfiava o bico fino e alongado nas flores em desenvolvimentos, e ficava sugando as gotículas fertilizantes. E em um pequeno espaço de tempo, ele se apoderava de um voo entre o pomar frutífero verdejante, em direção a um outro lugar. O colibri desaparecia, e minutos depois retornava, e com a sua lentidão, repetia tudo o que tinha feito antes. Eu ali, apenas acompanhava os pequenos movimentos das suas asas e corpo. O colibri tinha diversas cores, mas a que mais predominava era a azul celeste.

E com o passar dos dias ele foi permitindo que eu me aproximasse cada vez mais dele. O colibri ficava como se estivesse paralisado, e apenas com uma tremura nas asas e no seu pequeno corpo, eu notava que ele estava em movimentos. Mas quando ele percebia que no horizonte, um lençol amarelado formado por nuvens encarneiradas, dando sinal aos viventes do planeta que o pai da natureza já estava se preparando para se deitar, o colibri tomava o último voo daquele dia, e desaparecia no gigantesco espaço do universo. Depois disso, só no dia seguinte era que ele retornava para repetir tudo de novo, colhendo as novas gotículas fertilizantes que a natureza tinha autorizado a sua reprodução.

Certo dia eu me apoderei de uma maldade de humano devastador, e tentei capturá-lo, mas o colibri não permitiu a minha ignorância, e apossou-se de um voo, e foi-se embora para nunca mais voltar. Nunca mais o vi!

Será que o colibri já tinha completado o seu ciclo vital aqui na terra, e foi recolhido pela natureza, paralisando os seus movimentos para sempre? 

Será que o colibri foi alvejado por uma carabina de caçadores? 

Ou será que o colibri descobriu que eu pertenço a uma espécie de animais que rouba, mente, devasta, difama, odeia, desfaz do seu próprio criador, explode e implode, mata os rios, polui a natureza, extingue os pássaros e faz cilada para matar o seu semelhante? 
Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte: 
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2015/09/o-colibri.html

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/

FELIZ ANO NOVO!


São os sinceros votos dedicados aos seus leitores pela família de blogs administrados por José Mendes Pereira. 

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

JUNTAS SUSI RIBEIRO NORA DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO E LILIANE PEREIRA SOBRINHA DA EX-CANGACEIRA LÍDIA PEREIRA

Por Susi Ribeiro 
Susi Ribeiro é nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Boa noite, amigo José Mendes Pereira:

Venho com muita alegria, deixar registrado aqui, um dia muito feliz em minha vida.

Em Janeiro deste ano, eu e meu esposo Ivan Antunes de Campos, em nossa viagem pelo interior da Bahia, visitamos muitos lugares de grande valor histórico e cultural nas regiões de Paulo Afonso/BA, Alagoas e Sergipe.

Os cangaceiros Sila e Zé Sereno estão circulados

Finalmente eu, nora do ex-casal de cangaceiros Sila e Zé Sereno (pais de meu primeiro e já falecido esposo Wilson Ribeiro de Souza) iria conhecer o palco dos relatos da vida de meus sogros, os locais onde Lampião e seu grupo viveram, lutaram, sofreram, enfim, conferir registros históricos e conhecer pessoas que conviveram com eles na época do Cangaço.

Após conhecer Angico, seguimos com um guia turístico para o sertão de Paulo Afonso, onde visitamos vários Povoados e casas, trilhas e estradas por onde o Subgrupo de meu sogro Zé Sereno teria passado, inclusive quando este ainda era apenas um integrante do subgrupo de seu primo, o temível cangaceiro Zé Baiano, que ficou conhecido por sua crueldade ao assassinar sua companheira Lídia, a mais bela cangaceira e por após esse acontecimento ter se tornado o ferrador de mulheres.

Susi Ribeiro e Wilson Ribeiro - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Entre os vários povoados, chegamos ao Povoado Salgadinho, que me despertou muita atenção. Lá estava a casa, já em ruínas, da famosa ex-cangaceira Lídia de Zé Baiano.

Ao lado desta, a casa de seus descendentes, Sr. Terto e Sr. Manoel com a esposa Sra. Atení e os filhos Tânia e Marcos. Fomos recebidos alegremente por Tânia, com quem fiz muita amizade.

Ali, a sombra de uma árvore, ficamos conversando por horas. Eu ouvia com atenção, parecia que os relatos de meus sogros sobre a vida no sertão, ganhavam vida, cor, forma diante de meus olhos.

O cangaceiro Zé Baiano companheiro da cangaceira Lídia Pereira

Sr. Terto, o sobrinho mais velho de Lídia, ainda se lembra dela, pois quando criança, sentiu muito a entrada da tia para o Grupo de Cangaceiros.

Segundo ele, Lídia era uma moça de 15 anos quando entrou para o Cangaço ao lado de Zé Baiano. Era alta, esbelta, cabelos à cintura, muito negros, que lhe " serviam de esteira" e uma personalidade forte, decidida.

Nos emocionamos com essa Família, pessoas simples, humildes, trabalhadores incansáveis do sertão: plantando, colhendo, esperando chuva, cuidando da criação, da casa, da lavoura.

Povoado Salgadinho/sertão de Paulo Afonso/Bahia - Janeiro de 2015: Tânia, Ivan, Eu e Sr. Manoel, sobrinho da cangaceira Lídia. - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Pessoas religiosas, respeitadoras, com uma formação moral e ética que há muito não mais é vista nas grandes cidades, principalmente do Sudeste do Brasil.

Encanto, alegria, um sentimento de amizade muito grande tomou conta de meu coração.

Em Março, voltei à casa deles, onde tive a oportunidade de permanecer por vários dias! pude então sentir como é a vida do sertanejo no nordeste.

Foto da casa da cangaceira Lídia - Foto da Susi Ribeiro

Me encantei, me identifiquei muito com os costumes, com a comida, com a religiosidade. Tudo no sertão é maravilhoso: as pessoas são ricas em sentimentos, são solidárias, unidas, em uma palavra: São humanas! Ao voltar para minha casa no interior de São Paulo, nunca mais deixamos de nos comunicar por telefone.

Povoado Salgadinho/sertão de Paulo Afonso/Bahia - Março de 2015: Marcos, Tânia e eu. - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Aqui, só faltava uma coisa, conhecer a sobrinha de Sr. Terto, a sobrinha neta da cangaceira Lídia, Liliane Pereira, nascida no povoado e que com seus pais, tinha se mudado para Jacareí, também interior de São Paulo.

Foi então, depois de muito conversarmos pela internet, que no último dia 21 de Dezembro, fomos à sua casa, em Jacareí, onde ela mora com seus dois sobrinhos, Vítor e Nathan, respectivamente de 3 e 8 anos de idade, lindos, filhos de sua falecida irmã Cristiane Pereira.

Eu e Liliane Pereira em sua casa em Jacareí-SP, Dezembro de 2015 - Foto do acervo de Susi Ribeiro

Passamos horas conversando, almoçamos com ela, brinquei muito com as crianças, muito alegres, muito queridas. Pude sentir novamente o coração simples, honesto, puro, das pessoas que vivem a vida com simplicidade e alegria.

Liliane é uma moça muito bonita, mas a maior beleza que sinto nela é, sem dúvida seu coração, sua luz! Uma pessoa muito querida, meiga, corajosa, de muita fé, que cuida dos sobrinhos como se fossem seus próprios filhos, que não se preocupou com mais nada ao abraçar a missão de se tornar, além de tia, também a mãe deles. Mesmo ainda muito jovem, Liliane Pereira traz a maturidade e a confiança na Providência Divina.

Eu e meu esposo Ivan com Liliane Pereira e seus sobrinhos, Vítor e Nathan em sua casa em Dezembro de 2015 - Foto do acervo da Susi Ribeiro

Sem dúvida, uma pessoa, que veio confirmar em minha mente e coração, a integridade e os valores de sua família. Liliane Pereira é, sem sombra de dúvidas, a descendente direta da Cangaceira Lídia, que traz geneticamente seus traços de beleza.

Esperamos, que algum dia, os historiadores e pesquisadores do tema Cangaço ainda encontrem alguma foto de Lídia, pois até o momento ninguém a tem.

Família Pereira, meus mais queridos amigos! Obrigada por tudo, por toda doçura, por todo o carinho, pela hospitalidade, pela atenção, pela alegria com que vocês nos receberam, desde o primeiro momento em que nos viram, no sertão de Paulo Afonso/Bahia!

Observação: - Amigo Mendes, segundo Francimary Oliveira mencionou no grupo Ofício das Espingardas dizendo o que segue:  “Eu sou nora do irmão do homem que matou sua tia avó Lídia”. 

Até Breve!
Obrigada pela oportunidade, amigo José Mendes Pereira!

Enviado para postagem neste blog por Susi Ribeiro nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

A RUA SÃO LUIZ NO GRANDE ALTO DE SÃO MANOEL, O "BECO DA ALEGRIA".

Por José Mendes Pereira

Com exceção dos carteiros dos correios e telégrafos e dos seus moradores, se alguém pedir informação onde fica localizada à Rua São Luiz, no grande Alto de São Manoel, poucas pessoas saberão informar onde ela está localizada. Mas se perguntarem pelo o "Beco da Alegria" neste bairro de Mossoró, de imediato será informado onde ele fica.

A Rua São Luiz nasce na Avenida Presidente Dutra, no antigo "Mercadinho União", no grande Alto de São Manoel, e é cortada pelas ruas: Avenida Rio Mossoró, Rua Deódulo Câmara, Rua José de Sousa, Rua Olinda, terminando na Rua Delmiro Rocha. Mas poucas pessoas a conhecem por este nome, mas sim, por "Beco da Alegria".

Esta Rua São Luiz mudou o seu nome verdadeiro quando  o afamado e competente marceneiro/carpinteiro Astério Pereira da Costa, falecido na década de 70, um senhor nascido nas terras da Fazenda Duarte, veio morar nela, dando-lhe este nome de Beco da Alegria, por ser uma rua de muito movimento entre os seus moradores.

domescobar.blogspot.com

Com a entrada da abelha italiana no Rio Grande do Norte Astério dedicou-se à fabricação de cortiços, e como era um bom marceneiro/carpinteiro, foi convidado por alguns apicultores para confeccioná-los, e assim cuidou de vir morar em Mossoró, no intuito de ganhar o seu pão através das confecções de cortiços.

 
www.swissinfo.ch

Astério era compadre do meu pai, inclusive cunhado de dois tios meus, os quais eram casados com suas irmãs; e sendo o meu pai um pequeno apicultor, Astério confeccionou vários cortiços para ele.

Saindo das terras da fazenda Duarte, no final dos anos 50, Astério estabeleceu residência à Rua São Luiz, quase em frente à Escola Estadual Professor Manoel João, e esta rua ainda estava em formação, com poucas casas construídas.

Sendo um homem que gostava da prosa, sem desrespeitar e sem afetar o caráter de ninguém, e como a rua São Luiz era um tanto quanto animada, divertida, porque ainda reinava a harmonia entre os seus moradores, e muito movimentada, devido alguns comércios que existiam nela, sendo seus proprietários: Cearense, Quetim, Noé e outros mais, carinhosamente Astério deu a ela este nome de "Beco da Alegria", que logo mais passou a ser chamado por todos que nela residiam,  e nos dias de hoje é muito difícil alguém a chamar de Rua São Luiz, e sim "Beco da Alegria".

É claro que este nome está apenas na mente das pessoas, e que nos registros da Prefeitura Municipal de Mossoró  ela continua sendo a Rua São Luiz, e não "Beco da Alegria". Mas mesmo residindo nela, alguns moradores não sabem a origem da mudança do nome desta Rua São Luiz para "Beco da Alegria".

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2014/04/a-rua-sao-luiz-no-alto-de-sao-manoel.html


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://meumundojosemendespereira.blogspot.com.br/

29 dezembro 2015

ORIGEM DO NOME FAVELA TRANQUILIM

Por José Mendes Pereira

A criação de uma favela residencial geralmente começa com uma ou duas famílias, as quais vivem miseravelmente, e como não têm condições para viverem em ambientes mais seguros, arriscam construir suas moradias em loteamentos afastados da periferia, que ainda não existem casas feitas pelos os proprietários dos terrenos loteados. Mas geralmente os favelados não invadem os lotes de propriedade particular, apenas aproveitam as ruas projetadas dos loteamentos, e nelas fazem os seus abrigos de taipas, cobertos e rodeados com papelões, e algumas cobertas com telhas, e por eles mesmos os seus abrigos são chamados de barracos.

As favelas aumentam constantemente seus moradores, quando outras famílias são levadas por familiares que lá já residem. Qualquer favela tem a sua origem como: o primeiro morador que iniciou a edificação da favela, o primeiro comerciante que fornecia alimentos aos moradores, as primeiras brigas entre vizinhos, e além destes, o nome escolhido por eles mesmos, que geralmente vem de acontecimentos não tão bons, como: pancadas que um deles recebeu do vizinho, facadas, tiros, facãozada, ou ainda pela posição da própria localidade...


A localidade onde eu moro (Teimosos), no bairro Costa e Silva, antes fora favela. Mas, posteriormente o prefeito de Mossoró construiu casas para os favelados, na condição de derrubar todas as casas construídas pelos favelados.

Entregue as casas a estes, logo venderam e voltaram para o mesmo lugar. Como o prefeito não tinha condições para construir outras moradias, a localidade passou a ser chamada de Teimosos, devido a teimosia dos favelados, que quase todos voltaram para o mesmo lugar.

A Favela Tranquilim, no grande Alto do São Manoel, no bairro Dom Jaime Câmara, próxima aos Teimosos, quase ligada à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, é uma das maiores de Mossoró, e seu nome "Tranquilim", foi criado por um dos seus primeiros moradores, um senhor chamado (Tanca), homem que vive mendigando o pão pelas ruas deste bairro, que apesar de ser uma pessoa que pede sobra de comidas nas casas, foi, é, e sempre será um homem honesto, apenas pede para se alimentar. Como ele foi um dos primeiros que deu início à Favela Tranquilim, e quando vinha aqui no bairro Teimosos, muitos querendo saber sobre o andamento da nova favela que estava surgindo, perguntavam-lhe:

- Tanca, como anda a favela que você está morando? Está tudo na Santa Paz do Senhor?

Como ele é um homem educado, calmo, e com o seu jeito tranquilo, respondia pacientemente:

- Graças a Deus, lá está tudo tranquilim.

E assim surgiu o apelido desta favela, que logo, logo, os moradores serão transferidos para ocuparem as suas casas doadas pela Prefeitura Municipal de Mossoró, as quais já estão sendo construídas no mesmo bairro Dom Jaime Câmara, apenas um pouquinho distante da Favela Tranquilim.

A Favela Tranquilim não é uma das piores, e nela existem pessoas boas, que vivem trabalhando para a sua sobrevivência, sem intrigas e na Santa paz do Senhor. É claro que lá acontecem mortes, brigas, intrigas, roubos, mas não devemos condená-la, porque em todos os lugares existem isto. Mas ninguém sabe, se ao receberem as suas casas, venderão.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
Fonte 



http://meumundojosemendespereira.blogspot.com.br/

MAS QUEM NÃO É? - PERGUNTAVA CHICO ANÍSIO

Por José Mendes Pereira

Em todas as cidades brasileiras, anualmente são construídas milhares e milhares de casas populares, programa do Governo Federal, para solucionar muitos problemas de pessoas que são inteiramente pobres, sem condições de possuírem um teto, e não dispõem de empregos para sustentarem as suas famílias.

Logo que as residências são entregues aos inscritos do programa, de imediato o conjunto habitacional é nomeado com um apelido ou vários, como: Inferno colorido, Favela do Veio, Rochedo, Onde o cão perdeu as esporas, Malvinas, Iraque, Tranquilim..., e um deles, será escolhido pelos moradores, como identificação onde moram.

Mas estes apelidos são dados ao conjunto sem nenhuma maldade, e geralmente são originados das constantes brigas que acontecem entre os moradores, principalmente criadas por algumas mulheres (entre aspas), que constantemente ficam fazendo fuxico entre a vizinhança.

Aluízio Alves discursando - blogcarlossantos.com.br

Na década de 60, o governo do Estado do Rio Grande do Norte, o afamado cigano feiticeiro, Aluízio Alves, construiu o primeiro conjunto residencial em Mossoró, denominado “COHAB”, no chamado grande alto de “São Manoel”.

onordeste.com

Posteriormente, assumiu o governo deste Estado, o monsenhor Walfredo Gurgel, este também colaborou com mais residências, e em seguida, outros e outros fizeram casas populares para os sem tetos de Mossoró.

Com o falecimento do monsenhor Walfredo Gurgel, que havia sido governador do Rio Grande do Norte, apoiado pelo ex-governador Aluízio Alves, este conjunto habitacional deixou de ser (COHAB), recebendo o nome do governador falecido, e passou a ser (Conjunto Habitacional Walfredo Gurgel).

Logo que este conjunto (COHAB) foi entregue aos moradores inscritos, foi apelidado de CORNAP (Corneado Às Pressas), nomeado pelos próprios moradores, daquela época, que afirmavam que casa sim, casa não, tinha um corno, e ao retornar pela mesma rua, todas as casas tinha um corno. Mas isso a gente sabe que era apenas uma simples brincadeira, criada por pessoas engraçadas, porque ali viviam e ainda vivem mulheres honradas, e que jamais imaginaram tal coisa. Sendo eu um memorialista, tenho que registrar o que aconteceu e acontece em Mossoró, principalmente este fato.

oreidosorriso.blogspot.com

Mas o mais interessante é que, neste conjunto habitacional moravam dois senhores da alta sociedade de Mossoró (não coloquei os seus verdadeiros nomes porque já faleceram, e preservar a identidade de quem já partiu, é uma obrigação nossa).

Um deles era o Dr. Paulo, na época, já beirava os 50 anos de idade. Médico, formado em odontologia, e que havia sido traído pela sua primeira esposa. Após a traição, foi morar na COHAB, maritalmente com uma jovem, aparentemente formosa.

Mas a dona Candinha, que tem uma família numerosa, com 21 filhos, que enquanto 7 dormem, 7 estão ouvindo e os outros 7 estão falando, já comentava que a nova esposa do dentista andava o corneando.

amznoticias.zip.net

O outro era o militar Pedro, que na época já se aproximava dos 60 anos. Este havia sido delegado de um dos bairros de Mossoró, e durante à sua administração como xerife, foi um dos mais cruéis delegados da nossa cidade, usando todos os tipos de torturas com as suas vítimas.

Jamais havia sido corneado pela sua esposa, porque ela era uma senhora honrada e que conservava as tradições familiares, e ainda achava que o adulterismo é coisa do diabo.

Mas como o nosso delegado não gostava de deixar quieto o que as mulheres do seu tempo guardavam debaixo das saias, fora traído por várias delas, quando resolvia colocá-las em uma casa, para serem suas mulheres.

Os dois moravam na COHAB, apenas um muro dividia as suas residências, e certa noite, sentados sobre à calçada, ali, eles conversavam sobre isto ou sobre aquilo, e de imediato o Pedro disse para o Paulo.

- Paulo, nesta COHAB só tem duas casas que não têm corno.

- Eu já sei, Pedro! É a minha e a sua - disse Paulo querendo fugir da cornagem.

Pedro olhou para um lado e para o outro, e em seguida, virando-se para o Paulo disse:

- Não, Paulo! Você está totalmente enganado. Aqui na COHAB, as casas que não têm cornos são aquelas duas que estão fechadas. Mas só não tem cornos porque elas não têm moradores.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte:



 http://meumundojosemendespereira.blogspot.com.br/

GERALDO MELO - UM CARRASCO DITADOR

Por José Mendes Pereira

Denegrir a imagem do ex-governador do Rio Grande do Norte Geraldo Melo sobre desonestidade, eu sou o primeiro a defendê-lo, pois durante o período em que foi governador, não se tem notícia que ele não administrou o Estado com honestidade.

Verdade! Agora como dirigente superior da Educação, foi um verdadeiro malvado, perverso, vingativo, carrasco...

Para desmanchar o movimento grevista dos professores da rede estadual, aquele que tinha curso superior, (eram 1.500 funcionários em todo Rio Grande do Norte), mas fora contratado como Téc. "D", o ex-governador criou outra função, passando a ser chama de "TNS - Técnico de Nível Superior", (parabéns a todos), e como soldo, pagava-lhe dez salários mínimos.

A partir daí, as greves foram fracassando, até serem extintas, já que os "TNS", estavam nas escolas com suas portas abertas para receberem os alunos.

O professor já andava de cabisbaixa e não queria mostrar a sua cara, devido as decepções causadas pelo ditador Geraldo Melo; não tinha outro meio para se manter, ou caminhava para sua sala de aula, ou do contrário, no final do mês o seu ordenado não seria depositado na sua conta.

Durante o período em que o Estado do Rio Grande do Norte foi administrado pelo Dr. Geraldo Melo a educação perdeu-se no meio dos labirintos, sem saber se estava no caminho certo ou errado. Foram tempos de aflições, tanto para o professor, como para sua família, que dependia daquele mesquinho soldo.

Aquele que tinha outro emprego, não completava a sua renda da educação com ele, e sim completava a renda do outro emprego com o minguado salário de professor.

O professor será sempre como um objeto sem valor. O candidato ao cargo de governo promete que irá cuidar da educação com amor. Mas, na verdade, como não entra dinheiro nos cofres do Ministério da Educação, isto é, só faz sair, vão a empurrando para lugar sem destino.

O professor do Rio Grande do Norte já chegou ganhar sete salários mínimos e meio, mas Geraldo Melo quando pegou o governo, acabou com a lei, foi deixando defasar, terminou com um salário e meio. Mas esta lei havia sido feito nas coxas, como diz o provérbio.

Para os funcionários da "SAÚDE", o soldo era excelente. Mas, até hoje, muitos pensam que o seu bom salário era pago com o dinheiro do Estado. Não senhor! O bom salário que o funcionário da saúde recebia vinha do "SUS", lei criada pelo Ministério da Saúde, e os Estados recebiam e incorporavam-no aos seus salários, não podendo ser repassados para outros órgãos, e por isso durou muito tempo.

Será que algum governador tem coragem de trocar o seu soldo durante um mês com o soldo do professor? Agora tenha!

Fica por aí Dr. Geraldo Melo, cuidando da sua Usina. Deixa a educação tentar recuperar o perdido e esquecer o passado.

http://limagronomiacruzce@yahoo.com.br

meumundojosemendespereira.blogspot.com.br

O INFELIZ CANGACEIRO CHICO PEREIRA.

  Por José Mendes Pereira Colorizado pelo saudoso professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio. Diz o pesquisador e colecionador do can...