Wikipedia

Resultados da pesquisa

02 janeiro 2016

UMA PRAÇA CHEIA DE RECORDAÇÕES PARA MUITOS QUE ESTUDARAM NA ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO UNIÃO CAIXEIRAL

Por José Mendes Pereira
Foto de Florina Escóssia

Quem estudou na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" de Mossoró desde as primeiras décadas do século XX, estendendo-se até a década de 90, do mesmo século, com certeza guarda muitas e belas recordações desta Praça da Redenção, localizada no centro da cidade, e durante o dia, ela acolhia os alunos desta escola, os quais estudavam "ginásio", e ao anoitecer, a praça da Redenção ficava completamente lotada de futuros contabilistas de Mossoró.

http://blogdetelescope.blogspot.com

Eu frequentei esta "Praça" porque no ano de 1968 eu era aluno desta escola, no curso ginasial, que a "União Caixeiral" mantinha em seu prédio, e posteriormente, em 1976, eu retornei a esta “Praça e escola", e desta vez, eu era acadêmico do curso de letras da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. A minha sala do curso de letras ficou neste estabelecimento, devido ao enorme número de alunos que foi aprovado no vestibular, e a universidade resolveu matricular todos aprovados, talvez para não escolher alunos por cara, tomando emprestado uma sala na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral". Mas, posteriormente nós fomos transferidos para o Campus da FURRN em Mossoró.

 Antônio da Graça Machado - 1974 - www.azougue.org

Nesta escola fui aluno dos seguintes mestres: Um professor que lecionava matemática e que passou por lá durante o período em que eu estudava na "União Caixeiral - ginásio", foi o saudoso Antonio da Graça Machado, que infelizmente não teve a sorte de continuar a sua vida como educador, e que foi assassinado muito jovem ainda, por um delinquente, e segundo a sua nora Ariane Machado me informou que o seu falecimento aconteceu  no dia 04 de julho de 1982, em Tremembé, no Estado do Ceará.
  
Dr. Genivan Josué Batista

Também foi meu professor na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" o doutor Genivan Josué Batista, médico odontológico, e atualmente é um dos maiores e mais sucedidos empresários de Mossoró. Não me recordo qual disciplina ele lecionava neste estabelecimento de ensino, mas me parece que era ciências.

Dr. José Araújo, ex-diretor da "União Caixeiral, Aluízio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte, Maysa Almeida Costa, Elza Senna, Irmã Socorro, Sueli Freire e a professora Sergina Leão. 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba235.html

Além destes, tive a honra de ser aluno de uma das professoras mais rígidas de Mossoró, a professora Sergina Leão, que não dava se quer, a menor chance ao aluno para usar as suas espertezas, no que se refere à cola. Dona Sergina era rigorosa, e quando ela começava falar sobre o "Oiapoque e o Arroio Chuí", ela não queria mais parar este assunto. Exímia conhecedora disto, e quando a pessoa domina um determinado assunto, o bom mesmo é retalhá-lo vez por outra.

Não tenho o dia, mês e ano que a Praça da Redenção foi fundada, apenas informação adquirida em um dos artigos do jornalista Geraldo Maia do Nascimento, sobre a Estátua da Liberdade. Diz o jornalista: "- A Estátua da Liberdade fica na Praça da Redenção, em frente ao prédio da União Caixeiral. Foi inaugurada no dia 30 de setembro de 1904, por iniciativa do dr. Sebastião Fernandes de Oliveira, na época promotor de Justiça de Mossoró, sendo o mesmo o orador oficial da solenidade, proferindo vibrante discurso na ocasião".

http://www2.uol.com.br/omossoroense/0905/geraldo.htm

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://jomendespereirapotiguar.com.br 

01 janeiro 2016

GRANDE CABO CATÔTA!

Por José Mendes Pereira
www.letrascomcafeina.com.br

O ofício de tanger gente para uma delegacia policial na finalidade que o sujeito responda pelos seus erros praticados, não é dos melhores, e para ocupar esta função, tem que jurar diante da corporação policial, afirmando que prenderá homens e mulheres, mesmo que façam parte da sua generosa família, como pai, mãe, irmãos, tios... É um ofício perigoso, pois a qualquer momento o policial poderá deixar de ser perseguidor para ser perseguido.


Tenente Clodoaldo e o cabo Catôta - Fonte - Lindomarcos Faustino‎ - Relembrando Mossoró

O cabo Catôta era um policial de Mossoró, e que não gostava de ser perseguidor de ninguém, muito menos perseguido. Fazia tudo para não se envolver com nada que o colocasse contra a alguém, pois o melhor mesmo para ele era uma vida tranquila, tendo um bom relacionamento com as pessoas, andando pelos bairros de Mossoró despreocupado, sorrindo entre amigos, vez por outra, ingerir uma bela pinguinha, não por vício, mas por divertimento. Mas como era policial e respeitado na corporação, sempre ele era incumbido pelo delegado que comandava a polícia militar de Mossoró, para resolver alguns probleminhas. Mas ele estava sempre disposto às solicitações do dirigente do batalhão de polícia, mesmo contra vontade.

www.azougue.org  - Tenente Clodoaldo - 1987

Certa feita, o tenente Clodoaldo que foi muitos anos delegado da cidade de Mossoró, homem de moral e suas ordens eram vistas com bons olhos para uns mossoroenses, mas que na verdade, tinham alguns que eram contrários; ordenou ao cabo Catôta que fosse até a casa de um senhor, tido como valente, e o intimasse, e logo em seguida, o prendesse, levando-o preso para a cadeia.

Cabo Catôta de imediato acatou o que dissera o tenente Clodoaldo, e com dois policiais, seguiram em direção à casa do suposto valente, encontrando-o em repouso sob uma Castanhola que frondeava alegremente sobre a calçada da sua residência.

Fazendo as suas perguntas com algumas pessoas da rua em que morava este, foi informado que o valentão era pedreiro, e sabendo que peito a peito ele e os dois soldados não tinham condições de levar aquela fera até a delegacia, arquitetou um bom plano para conseguir dominar o homem até aos pés do delegado; e ao chegar à sua presença, disse-lhe que o delegado estava precisando dos seus serviços de pedreiro, e queria fazer uma parede na cadeia pública de Mossoró.

O homem estava orgulhoso, recebera uma solicitação dos seus serviços, logo de quem, de um delegado, e para ele seria uma grande honra aquele convite. Com certeza, o delegado já tinha conhecimento dos seus bons trabalhos.

E ali saíram os 4 em direção à cadeia pública de Mossoró. E quando o cabo Catôta se achou seguro dentro do prédio do presídio, olhou para o valentão e lhe disse:

- Teje preso, seu elemento!!

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

JURITI SANGRA ZÉ JOAQUIM


Naquele tempo, Poço Redondo – SE, torna-se um ‘poço’ abastecedor das fileiras do cangaço.

Roceiros, vaqueiros, limpadores de mato... enfim, todo jovem que tinha uma profissão ou aprendia uma, debandeia-se para o lado negro e tenebroso do cangaço.

Estar ao lado de Lampião, naquela época, era ter dinheiro, respeito e status para o jovem sertanejo. Não prestava serviço algum a nenhum dos latifundiários, donos de roças de variadas espécies... eram os donos de ‘tudo’, faziam suas leis e estavam com o mito maior das quebradas do sertão. A coisa ficou de uma maneira que vemos em literaturas, que se faziam ‘festa’, forró, em comemoração daqueles jovens que estavam para ingressarem no Cangaço. Triste e inocente ilusão, que levaram a perda de inúmeras vidas naquele, e em outros, rincões.

Uma das coisas que sempre seguiu as trilhas da história do Fenômeno foram à traição, a invenção, a inveja e a mentira. Todas as citadas, infelizmente, levaram a perdas de vidas.

Certa feita, estando alguns rapazes, filhos dos rincões de Poço Redondo, João Preto, Tonho Paulo, João Mulatinho, Augusto, Gumercindo e Du, as vésperas de suas adesões, festeja-se a noite inteira... no outro dia, todos ressacados, três deles são chamados por Zé Sereno e Juriti.

O cangaceiro Zé Sereno

Os três, João Preto, Tonho Paulo e Augusto são incumbidos de realizarem sua primeira missão.Teriam que procurarem um cidadão chamado Zé Joaquim, dizer ao mesmo que fosse na casa do coiteiro chamado Gracinha, que lá estavam esperando por ele para festejarem sua volta. Já que há muito estivera ausente daquele pedaço de chão.


Assim fizeram.

Apesar de o corpo reclamar por descanso, Zé Joaquim se dispõe, no mesmo instante, de acompanhar aqueles rapazes. Todos eram seus conhecidos. Desde sua infância que se conheciam, e achando ser uma afronta não aceitar, partiu com seus ‘amigos’.


Lá chegando, notou logo que de festa nada por se parecia...

Adília encontrava-se presente e ele dirige-se ao seu encontro e vai cumprimentá-la, abraçá-la e, sentando-se ao seu lado, começam a prosear. 

O cangaceiro Juriti

Naquele momento se aproxima Juriti e diz que Zé Sereno e Balão estão na cozinha querendo falar com ele. Levanta-se e vai ao encontro dos dois, seguido de perto por Juriti. Sem nem ao menos dar-lhe as boas vindas, Zé Sereno lhe diz diretamente:

“- Cabra, você sabi o qui a gente faz quando argúem anda dizeno aos macacos adonde a gente ta?”(LAMPIÃO ALÉM DA VESÃO – Mentiras e Mistérios de Angico”- COSTA, Alcino Alves. 3ª edição. Pgs 311 a 321. Gráfica e Editora REAL. Cajazeiras – PB,2011).


Naquele instante, Zé Joaquim nota aonde foi se meter. Sabia do que acontecia com aqueles que traiam o cangaço... sabendo não ter muita chance, tenta argumentar na tentativa de defender sua vida, pois, nunca tinha traído ninguém.

“- Num mi façam mal. Eu nunca dissi nada a ninguém. Eu nunca falei nada de vocês.”(Ob. Ct.)

“- Você tem uma língua muito grande – diz Juriti – e nóis vamu cortá-la. Só assim essa genti si imenda. Teje preso cabra. Se aprepare pra morrer.”(Ob. Ct.)

“- Pulo amor de Deus num mi mati. Eu sou inocente. Eu num fiz nada. Gracinha, peça a elis pra deixari eu viver, eu perciso criá meus irmãos. Gracinha, diga a elis qui eu sou inocente.”(Ob. Ct.)

O coiteiro, junto com os outros que tanto o conheciam, se acovardam e lhe dão as costas...

“- Num queremo saber de nada – responde Juriti – Num queremo cunversa. Você tá preso e vai morrer.”(Ob. Ct.)

“(...) O prisioneiro é carregado. Levam-no para os ermos da caatinga. Chega à beira do riacho do Braz. O bando está embriagado. Tem início uma brutal tortura. Aos gritos e deboches os facínoras montam no rapaz e o cortam de esporas como se o mesmo fosse um animal. O sangue do supliciado empapa a ribanceira do riacho. Era pouco. Desejavam mais. Rasgam e furam o seu corpo com as pontas agudas de seus punhais (...)”.

Após se divertirem bastante, sem darem ouvidos para os gritos do jovem, que implorava e dizia pra eles que era inocente, Juriti, saca de seu enorme punhal e o sangra sem piedade. A lâmina dura, fria, dilacera sua carne como se fosse um ferro em brasa. Alguns instantes depois, mais um filho daquela ribeira tinha sua vida ceifada pela brutal guerra cangaceira.

“(...) Os que transportavam numa rede os restos mortais daquele que foi em vida um exemplo de homem, não suportaram a dor de ver aquele corpo, agora frio e rígido, dilacerado pelas marcas da esporas e dos punhais dos brutais inimigos do sertão e do povo(...) Aquela gente sertaneja, caída e sem forças para suportar tanto sofrimeto, olhava vencida e desesperada, a marca roxa do punhal homicida de Juriti, que havia sangrado o pescoço de Zé Joaquim(...)Na tarde daquele mesmo dia, acompanhado pelos parentes e inúmeros amigos, o pobre rapaz foi levado até o pequenino cemitério, onde uma cova rasa o esperava(...)A brutal e injusta morte do filho de Dona Antônia é um marco triste e doloroso na história sofrida de Poço Redondo(...)Era Zé Joaquim um exemplo de homem, de amigo e de filho. A sua medonha morte foi uma das maiores injustiças praticadas durante toda a guerra e campanha cangaceira(...)”. (Ob, Ct.)

Zé Joaquim foi vítima duas vezes. Uma por ter sido envolvido em uma tremenda mentira, surgida por inveja e, a outra, sua triste morte pelo punhal do cangaceiro Juriti.

Fonte/foto Ob. Ct.
Benjamin Abrahão

2ª Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

O cantor João Mossoró fará show AMANHÃ, 02 de janeiro de 2016, no Rio de Janeiro


O cantor João Mossoró fará show amanhã, 02 de janeiro no Rio de Janeiro, no bairro Benfica, no"Mercadão Cadeg".
Uma festa portuguesa,  no "Cantinho das Concertinas".

 

Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções.

Você que mora no Rio de Janeiro prestigie o artista, participando do seu show.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com 

TRIO MOSSORÓ E O SERESTEIRO COCOTA: PERSONALIDADES MARCANTES NA HISTÓRIA DA MÚSICA MOSSOROENSE


Por ADÉLIA AZEVÊDO 
Da Redação
ANNA JAILMA Da Redação

A família do comerciante Messias Lopes de Macedo e senhora Joana Almeida Lopes, formada por 16 irmãos, deu origem ao Trio Mossoró, que marcou época nos anos 60 cantando e encantando Mossoró e todo o País.

Entre os 16 filhos, destacaram-se Ozéas Lopes, Hermelinda e João Batista, que, juntos, formaram o Trio Mossoró, e Francisco Almeida Lopes, conhecido como Cocota, significativa presença nas noites mossoroenses como seresteiro.

O primeiro a tornar-se conhecido entre os filhos do comerciante Messias foi o Ozéas Lopes, que trabalhava na rádio Tapuyo, destacando-se como sanfoneiro.

Em 1959 surgiu a oportunidade de Ozéas criar um trio de forró. Apoiado financeiramente pelo próprio pai, partiu Ozéas para o Rio de Janeiro.

Em 1960, já trabalhando nas rádios Mayrink Veiga e Nacional, no Rio de Janeiro, Ozéas Lopes convidou os irmãos João Batista e Hermelinda para ingressarem na carreira artística, efetivando o trio forrozeiro que teria o nome de Trio Mossoró, numa referência à cidade e ao rio Mossoró.

A partir disso, os irmãos Hermelinda e João Batista viajaram ao Rio de Janeiro, dando início à formação do Trio Mossoró, com Ozéas na sanfona, Hermelinda no triângulo e João Batista no zabumba.

Em 1962, houve a gravação do primeiro disco, intitulado “Rua do Namoro”, desencadeando o sucesso do grupo.

Com a gravação do segundo disco, “Quem foi vaqueiro”, em 1965, o trio foi vencedor do troféu Elterpe, que, naquela época, era o prêmio de maior importância da Música Popular Brasileira (MPB).

A premiação ocorreu no Palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo como sucesso premiado a música “Carcará”. O grupo gravou 9 discos e conseguiu marcar época levando a música nordestina e o nome de Mossoró por todo o Brasil.

Em visita à terra de Santa Luzia, o Trio Mossoró foi recebido com manifestações calorosas

Em 1963, o Trio Mossoró voltou pela primeira vez à terra de Santa Luzia, tendo se apresentado no adro da Catedral, no pátio do antigo Clube Ipiranga e no Colégio dos Padres, onde funciona o Banco do Brasil.

O retorno a Mossoró ocorreu mais uma vez em 1972, quando o trio visitou a cidade na ocasião do bi-centenário de sua fundação.

Os artistas foram recepcionados com calorosas manifestações populares, incluindo faixas de saudações, expostas nas principais ruas mossoroenses.

Era a gratidão e admiração de Mossoró explícitas nas ruas.

Na ocasião, houve missa festiva em Ação de Graças pelo sucesso alcançado, celebrada na Catedral de Santa Luzia pelo bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto e o Trio Mossoró recebeu troféu de reconhecimento pelo nome de Mossoró ter sido divulgado em todo o País no âmbito musical.

Mas justamente em 1972 houve a separação do grupo, quando cada um dos irmãos buscou carreira solo.

Recentemente, as cantoras Marines e Margarete Menezes regravaram músicas do Trio Mossoró, comprovando o valor artístico-cultural desse grupo para a história da música no País.

HOJE, 29 ANOS DEPOIS - A partir da separação do trio, em 1972, Ozéas Lopes assumiu o nome artístico de “Carlos André” e atingiu o ápice do sucesso nacional em 1974, vendendo 1 milhão de discos.

Atualmente, Carlos André reside em Recife. “Carlos André está residindo em Recife, no Estado de Pernambuco. Não abandonou a carreira artística, continua lançando CD’s e também atua como produtor musical”, informou Marcelo Lopes, sobrinho dos artistas do Trio Mossoró.

Segundo pesquisa recente da pesquisadora e promotora da Justiça, dra. Maria da Conceição Medeiros, Hermelinda chegou a gravar 13 discos e chegou a adotar o nome artístico de Ana Paula, cantando músicas românticas.

Em 1989, a cantora Ana Paula voltou a gravar com seu nome original de Hermelinda e gravou “Meu jeitinho de ser” (1989), “Buli com tu” (1990), “É mole ou quer mais?” (1991) e, finalmente, em 1999, uma valiosa coletânea com todos os sucessos da artista em carreira solo, intitulada “O melhor de Hermelinda”. Artistas nacionalmente conhecidos como Elba Ramalho, Dominguinhos, Trio Nordestino, Três do Nordeste e Eliane gravaram composições de Hermelinda, destacando-se “Toque do Fole”, gravado por Elba; “Moça do Recife”, gravado pelo grupo Três do Nordeste e as composições “Beijo Molhado” e “Meu Doce”, gravadas por Eliane.

Atualmente, Hermelinda encerrou a carreira artística e reside em João Pessoa, casada com o músico Bastinho Calixto.

João Batista, que tocava no zabumba do Trio Mossoró, continuou no Rio de Janeiro, dedicado a representações de equipamentos de som e à realização de shows fechados em restaurantes e hotéis cinco estrelas, sendo conhecido como “João Mossoró”. “João Batista permanece na carreira artística, inclusive, lançou 2 CD’s ultimamente no Rio de Janeiro e, segundo ele, não tem o sucesso de antes, mas dá para viver da arte”, disse Marcelo Lopes.

Cocota: seresteiro que dá saudade

Nas décadas de 50 e 60, as noites mossoroenses eram embaladas pela voz marcante do seresteiro Cocota, que pelas ruas de Mossoró interpretava músicas românticas, satisfazendo os boêmios da noite e pessoas que, mesmo em casa, ouviam com prazer seu canto.

Com talento nato para a música, Cocota era frequentador do Bar Pinguim, e com voz e violão abrilhantava as noites da Mossoró de outrora, por ser amante das músicas românticas, sobretudo das canções de Lupicínio Rodrigues como “Nervos de Aço” e “Esses Moços”, famosas na década de 40 e gravadas nos anos 50 por cantores como Emilinha Borba, Ângela Maria e Cauby Peixoto.

Segundo informações de José Messias Lopes, irmão de Cocota, fornecidas ao pesquisador Raimundo Soares de Brito, em 1979, Cocota é definido como “pessoa bastante relacionada nos meios boêmios como afamado seresteiro”. “Ele nunca gravou discos, era funcionário da Petrobras e cantava pelo prazer de cantar”, definiu o pesquisador Raimundo Soares de Brito, que tem preservada em acervo a história do povo desta terra de Santa Luzia.

Um fato marcante ocorrido na história de Cocota foi durante a visita do cantor Vicente Celestino, famoso nos anos 50.

Na ocasião o cantor refugiou-se no Grande Hotel, recusando o assédio dos fãs, mas não resistiu ao canto de Cocota e curvou-se na janela, contemplando a expressão do seresteiro mossoroense.

Em 12 de fevereiro de 1961, Cocota foi assassinado a tesouradas, aos 26 anos de idade, em Mossoró, por motivos até hoje mal definidos.

Como forma de preservar na memória do povo mossoroense a personalidade marcante do seresteiro, familiares de Cocota, unidos a amigos e populares, tiveram a iniciativa de homenageá-lo com a criação da Praça dos Seresteiros, às margens do Rio Mossoró.

O irmão Ozéas Lopes, do Trio Mossoró, homenageou Cocota na composição Praça dos Seresteiros, destacando “Mossoró ainda chora / Com saudade do seu cantador / Quantas noites de seresta, quantas festas ele animou /Sua voz, que beleza! / Era como bem-te-vi / cantava para todos nós / Dava gosto a gente ouvir...” Hoje, 40 anos depois, Cocota está eternizado na memória do povo de Mossoró, como seresteiro de timbre inesquecível, mas a Praça dos Seresteiros ainda deixa muito a desejar.

Até hoje, início do novo milênio, infelizmente não foi edificado estátua de Cocota, como forma de eternizar essa personalidade marcante da década de 50 em Mossoró.

Fica nesta reportagem a indignação pelo descaso à memória de Cocota e à Praça dos Seresteiros.

http://www2.uol.com.br/omossoroense/2101/cultura.htm

http://josemendesperierapotiguar.blogspot.com


O COMERCIANTE JOSÉ PEREIRA DE SOUZA - J. P. SOUZA

Por José Mendes Pereira
José Pereira de Souza

José Pereira de Souza nasceu em Pereiro, no estado do Ceará, a 26 de Setembro de 1911. Era filho de Manoel Lucas Sobrinho e de Maria José de Souza. Tinha vários irmãos, os que mais se destacaram foram: Damião Rodrigue pai do Manoel Enfermeiro, dona Chiquinha Rodrigues Duarte, esposa do fazendeiro Chico Duarte, dona Antonia Rodrigues (dona Toinha) esposa de Senhor, dona Santa esposa de Rosadinho.

Comércio de José Pereira de Souza

Conheci muito o José Pereira de Souza e era pai do empresário Paulinho da Honda. Foi casado com dona Júlia Paula e com o seu falecimento, casou-se pela segunda vez com dona Maria do Carmo Nogueira do Monte (Carminha), irmã do empresário Milton Nogueira do Monte.

Costumeiramente quando ele passava para visitar dona Chiquinha Duarte, sua irmã na Fazenda Duarte - Barrinha, sempre ele tomava café na casa do meu pai, Pedrinho, como chamava ele e os demais irmãos, pois nós morávamos na propriedade de Manoel Duarte, ao lado da estrada que leva até a antiga fazenda Barrinha.

Dr. Milton Marques e Rafael Negreiros

Segundo Rafael Negreiros teceu seu perfil dizendo o seguinte: "Conheci José Pereira de Souza há mais de 40 anos, quando era gerente de uma fábrica de sabão de Luiz Paula, seu sogro. Posteriormente estabeleceu-se por conta própria, teve um gravíssimo problema de coluna e estou a me lembrar que nos idos de 1950, quando ele desceu num avião da Panair (caiu na fazenda Barrinha de sua irmã 


Dona Chiquinha Duarte

dona Chiquinha Duarte), não tinha quem o levasse para um carro especialmente preparado para a tarefa e não tive dúvidas, subi, levei-o nos braços e ele nunca me esqueceu o favor que lhe prestei. (...) Entre as muitas boas qualidades de José Pereira de Souza ele tinha uma fora do ramo - não falava mal de ninguém, ria apenas, dizia que seu estabelecimento era sua maior diversão e dava tempo integral e eu gostava de dizer a ele que estava correndo atrás de uma sombra, que jamais alcançaria. De casa para o armazém ou para uma fazenda de gado e estamos conversado".

Mas o seu sorriso ninguém sabia se era com o que estava sendo criticado, ou se era contra a pessoa que atacava o outro naquele momento, e se o crítico criticava daquele, talvez ele temia que o crítico podeira também criticar dele.

José Pereira de Sousa colaborou muito com o desenvolvimento de Mossoró, gerando emprego para os mossoroenses. Era pai de Ney, Zezinho, Paulo Neto, José Paula, Javan e Nathan. O empresário Faleceu no dia 07 de Dezembro do ano de 1999, e fez muita falta para Mossoró.

Fonte de pesquisa:

Ruas e Patronos de Mossoró

Raimundo Soares de Brito

Minhas Simples Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

LADRÃO DE CAPRINOS

Por: José Mendes Pereira

Manoel Cristiano da Silva nascera na região do agreste, no Estado do Rio Grande do Norte. Aos dez anos de idade em companhia dos pais veio morar em Mossoró, fazendo residência no sítio Barrinha, e lá, cresceu, pôs-se rapaz, casou-se, trabalhando sempre na Fazenda do velho Chico Duarte. Com as suas economias conseguiu ser proprietário de uma minúscula propriedade, onde criava meia dúzia de vacas, mais um rebanhinho de bodes.

Manoel Cristiano era tido como homem de grande confiança. Nada desabonava o seu caráter de homem honesto, até o dia em que foi pego com roubos nas mãos. Mas o nosso conterrâneo não era tão honesto como se pensava.

Logo que terminava as suas obrigações de chiqueiro e curral se mandava para o campo, e com ele, duas latas vazias de querosene enfiadas num pau, conduzida sobre os ombros, um afiado facão, uma faca peixeira, machado, mas alimentos, afirmando ele que iria tirar capuxu.


Mas o homem honesto, como tinha fama, matava as cabras da vizinhança nos tabuleiros, enchia as latas de carne de cabra, e sobre elas, arrumava as capas de capuxu. Geralmente, ao retornar, passava pelas casas dos próprios proprietários das cabras que ele matava, e lá, mandava que todos comessem capuxu à vontade, pelo menos enquanto não chegasse à carne que estava embaixo das capas de mel.

Certo dia, Manoel Cristiano foi flagrado esfolando uma cabra nos tabuleiros. Denunciado à polícia foi convocado pelo então tenente Clodoaldo, este, na época era o delegado de polícia de Mossoró.

Tenente Clodoaldo - http://jotamaria-primeiradp.blogspot.com.br/2012/12/tenente-clodoaldo-de-castro-19571969.html

Assim que o tenente Clodoaldo levou o assunto sobre o seu feito, que ele estava comendo os bodes da vizinhança, ele se defendeu perguntando-lhe o seguinte:

- Tenente Clodoaldo, o que me diz a autoridade? Tenho plena certeza que esta é uma grande calúnia contra mim. Digo ao senhor, que eu nunca comi um bode de quem quer que seja. Agora cabras, eu comi muitas por esses tabuleiros da Barrinha.
  

Manoel Cristiano recebeu pelo seu feito três anos de cadeia. Cumprido o seu castigo, foi solto. E a partir daí, deu início ao furto de bodes, onde deixou vários proprietários em condições de fecharem os seus chiqueiros de caprinos. Dizia ele a todos que era vingança, já que nunca havia comido um bode de ninguém. Mas cabras havia comido muitas.  

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/06/ladrao-de-caprinos.html

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Se você achar que vale a pena e quiser perder um tempinho clique nos links abaixo:

http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com

São trabalhos feitos com especial carinho para você, leitor.

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

O INFELIZ CANGACEIRO CHICO PEREIRA.

  Por José Mendes Pereira Colorizado pelo saudoso professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio. Diz o pesquisador e colecionador do can...