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14 janeiro 2016

O VÍDEO QUE VEREMOS ABAIXO, É UMA DOCUMENTÁRIO DO GLOBO REPÓRTER, PRODUÇÃO DA REDE GLOBO DE TELEVISÃO, PRODUZIDO EM 1977, SOBRE O PISTOLEIRO VILMAR GAIA.

https://www.youtube.com/watch?v=yajh-7I3ZyM&feature=youtu.be

Veremos, além dos relatos sobre o 'novo' pistoleiro, depoimentos daquelas pessoas que viveram o cangaço. Ineditamente... Veremos o inimigo nº 1 de Lampião, Zé Saturnino, dando uma entrevista e dizendo se tinha 'medo' ou não do "Rei Vesgo", assim como outras personagens ligadas diretas a História do Fenômeno Cangaço. Veremos também, como inicia-se a era lampiônica nos tabuleiros do Sertão do Pajeú.

Bons estudos!

Ótimo documentário para aqueles que estudam o tema.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Ofício das Espingardas

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JOÃO LUCAS...

Por Vinício Feitosa Neves

João Alves de Barros (João Lucas), nasceu aos 23 de outubro de 1894, filho de Benvenuta Benigna de Barros e Lucas Alves de Barros (Lucas das Piranhas). Neto materno de Praxedes Nunes de Barros e Ana Benigna das Virgens, irmã de Sinhô Pereira, filha de Manuel da fazenda Passagem do Meio. Praxedes filho de João Nunes de Barros Nogueira e Joaquina Manoela Pereira, filha do Coronel Francisco Pereira da Silva. João Nunes era filho de Manoel Barbosa Nogueira (Capitãozinho) e Úrsula Maria das Virgens. Certa vez João Nunes nutriu inimizades com Andrelino Pereira (Barão) mandou arrancar pela raiz todos os pés de pereiro da fazenda Preces dos Nunes. 

João Lucas casou com Rosa Ribeiro de Barros, filha de Edmundo Albuquerque e Aurélia Ribeiro, na véspera de seu casamento dia 02 de julho de 1917, seu tio Sinhô Pereira e Luiz Padre cercaram as fazendas Piranhas, Umburanas e Várzea do Ú, tocaram fogo em tudo e mataram os animais, a lua de mel foi pegar em armas e perseguir os inimigos, só retornou para Serra Talhada 17 dias depois. João Lucas foi Advogado e Prefeito Serra Talhada entre os anos de 1925-1928. Foi pai de 7 filhos.

Venicio Feitosa Neves
Pesquisador

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13 janeiro 2016

HISTÓRIAS DE ONÇAS

Por José Mendes Pereira

Todas as noites, sentado sob o telheiro da velha e desmoronada casinhola, seu Galdino Fantasias esperava a visita do Leodoro Gusmão, para lhe contar histórias de onças. Vizinhos de longos anos, quando haviam comprado propriedades no mesmo ano, e por sinal, compadres de batismo, quando na igreja de Santa Luzia em Mossoró, seu Galdino apadrinhou o filho mais novo do Leodoro Gusmão.
          
Entre os dois vizinhos havia uma amizade mútua, e até uns diziam em boca de cumbuca, que seu Galdino gostava muito de fazer visitas a dona Gertrudes só quando ele não estava em casa. Pois àquela visita era devido um antigo e duradouro relacionamento amoroso que ele mantinha com a Gertrude, a esposa do Leodoro.
       
Outros afirmavam que não. Dona Gertrude era uma senhora honrada, e jamais deixaria o seu nome cair em patotas de devoradores de honras, ou mesmo em reuniões de vizinhos nas calçadas. Mas como ninguém tinha certeza das conversas que circulavam na redondeza sobre o engodo amoroso do casal, apenas conversavam entre os dentes outras infidelidades da Gertrude.
       
Há dias que o Leodoro não aparecia na residência do seu Galdino, pois em companhia da Gertrude havia se ausentado do lugar, e juntos, abalaram-se às terras cearenses, para fazerem visitas a uma filha que morava em Juazeiro do Norte. Um passeio formidável e merecido, para matarem as saudades; pois já fazia cinco anos que pais e filha não se viam de perto.
       
Como o retorno do casal iria demorar Leodoro deixara a propriedade sobre os cuidados do compadre seu Galdino, e este sendo zeloso, cuidava dos afazeres rotineiros.
        
Um mês depois Leodoro retornou à velha morada, pois afirmara que já estava com saudade das belas histórias de onças, todas contadas por seu Galdino.
        
Nessa noite o Leodoro chegou à boquinha da noite à casa do seu Galdino.
       
- Abanque-se compadre, abanque-se. – Ordenou-lhe seu Galdino.
       
- Sim senhor! – Fez o Leodoro se sentando num velho banco de tábua de aroeira, plainado pelo carpinteiro Dodoca.
       
- E o passeio compadre, foi bom? – Quis saber o seu Galdino.
       
- Muito bom, compadre! Muito bom! Conheci alguns lugares daquela terra cearense. No Juazeiro vi de perto a estátua do meu Padim Pade Ciço, como o chamava o bandoleiro Lampião. Isso é uma imensidão de estátua com vinte e sete metros de altura, compadre. O senhor se cansa só em olhar para cima. Depois de Juazeiro conheci o Crato (terra do amigo Manoel Severo, editor do blog Cariri Cangaço), que me deixou abismado com as suas belezas. O dia seguinte, me levaram até Barbalha, e quanto mais meu olhar via as belezas de lá, mais ele queria ver coisas fantásticas. Além dessas que eu já citei compadre, fiz visita às pressas à Missão Velha, e outras e outras cidades da região cariri. Fui bem recebido por todos de lá. Por onde eu passei compadre, só conheci gente hospitaleira e decente, e ponha decência nisso como é o povo do Ceará.
       
- Compadre, e Canindé o senhor o conheceu. – Perguntou-lhe seu Galdino.
       
- Não compadre! A nossa viagem estava programada para Juazeiro e não para o Canindé de São Francisco...
       
- Ah, sim!... E... 
       
Ali sentados sob o telheiro os compadres conversaram muito sobre a maravilhosa visita às cidades cearense feita por Leodoro. E num momento, o Leodoro que já fazia mais de mês que não ouvia histórias de onças contadas por seu Galdino, quis saber sobre as suas caçadas e façanhas.
       
Seu Galdino como gostava de contar as suas aventuras, sem menos pensar, saiu com uma novinha em folha. Esticou-se um pouco sobre o assento, enquanto fabricava um cigarro de fumo Arapiraca. Em seguida disse-lhe:
       
- Ultimamente compadre, eu tenho caçado muito pouco. Como o senhor sabe, as minhas cercas estão todas precisando de reparos, e se eu não as reparar, com certeza o milho que está para ser quebrado, as criações dos nossos vizinhos irão devorá-lo..., mas a semana passada – continuava ele - eu passei uma coisa que tenho certeza que ninguém quer para si.

- E o que foi que aconteceu com o senhor, compadre Galdino? – Perguntou-lhe Leodoro em tom de piedade.
       
- Para que o senhor entenda o que aconteceu comigo eu tenho que lhe contar desde o começo. Na semana passada, bem cedo, eu saí beirando cerca – dizia ele colocando uma mão atrás da outra, fazendo o gesto de caminhar - no intuito de reparar as cercas, isto é, amarrar alguns arames que estavam soltos das estacas. E segui fazendo este trabalho. Eu havia levado aquela espingarda “marca-bombo” que o senhor muito bem a conhece...
       
- Sim Senhor! – Confirmou o Leodoro.
       
- Como eu já estava decidido para ir consertar as cercas, a noite anterior eu preparei o meu bornal com chumbos, espoletas, pólvoras e buchas de mororó...
       
- Sim senhor! – Fez o Leodoro.
         
- E saí para cumprir a minha missão de reparar as cercas. Bem perto do “Riacho Negro” eu me deparei com um tamanduá enorme. Fiquei pensando. Mato-o ou não o mato o pobre infeliz...
       
- Que sorte compadre, essa sua de ainda ter encontrado nestas matas um tamanduá.
       
- Muita! Pois sim..., ele estava montado sobre um galho de um jucá. Quando ele me viu, quis descer. Mas eu com aquela dúvida mato-o ou não o mato, fiquei afiando a foice, no intuito de dar uma única foiçada no miserável.  Distraí-me. E quando cuidei, ele já havia descido do galho e foi saindo lentamente, como se fosse fugindo para se esconder de mim. Assim que eu me aproximei dele, eu não tive mais coragem de matá-lo.
       
- Mas por que compadre Galdino, o senhor não quis mais matá-lo?
       
- Compadre, o que ele fez diante de mim me deixou penalizado. Ele ficou de pé como se estivesse me pedindo: -Não me mate seu Galdino! Não me mate seu Galdino! Mas o senhor sabe que quem é pobre é assim mesmo.
       
- É verdade compadre. É verdade. – Confirmou o Leodoro.
       
- E naquela confusão mato-o ou não o mato, findei me decidindo, e larguei a foice sobre o seu pescoço.  Em seguida o coloquei em meu bornal e fui-me embora, isto é, corrigindo as cercas.  Lá pelas tantas me veio a fome. Eu já estava no riacho da “Espera do Padre”, e lá, eu fiz rancho embaixo daquele frondoso e viçoso pé de juazeiro, o qual o compadre o conhece muito bem.
       
- Muito, muito! – Reforçou o Leodoro.
       
- Quando eu estava colocando a comida no prato, o leite e cuscuz de milho, mais rapadura e duas tapiocas que a Dionísia havia feito para o meu lanche, mais gergelim pisado e coisa e tal..., sabe o que me apareceu de repente em minha frente, compadre?
       
- Compadre eu não tenho a mínima ideia. – Respondeu-lhe o Leodoro.
       
- Duas enormes onças!


- Duas enormes onças compadre, naquela mata? – Perguntou-lhe o Leodoro se admirando.
       
- Sim senhor!  E me parece que ambas eram irmãs, porque o tamanho de uma era o mesmo tamanho da outra.
       
- E o que o senhor fez para se livrar das onças, compadre?
       
- De início nada. Não tinha o que fazer mesmo. Quando eu as vi, me benzi logo. Dois búfalos daqueles na minha frente, com certeza eu estava frito.
       
- Espera-me meu compadre, eram duas onças ou dois búfalos?
       
- Eram duas onças, compadre! Eu disse búfalos, imaginando o tamanho das duas feras famintas. As duas eram pra mais de quarenta arroubas.
       
- Meu Deus! – Exclamou o Leodoro.   Em seguida perguntou-lhe: - Mas compadre, e por que o senhor não atirou logo nessas onças?
       
- Primeiro que tudo eram duas. Segundo por que eu não tinha mais pólvora, pois ao passar o “Riacho da Espera do Padre”, a água molhou o polvorinho e as espoletas, e com isso fiquei sem condições de atirar em qualquer vivente. E terceiro, se eu ainda tivesse munição, e se eu chegasse a atirar em uma delas, com certeza a outra me devoraria em questão de segundos.
       
- É verdade, compadre! É verdade! – Reforçou o Leodoro.
       
- Mas como sempre tem algo que protege a gente – continuou ele -  e acredito que é mandado por Deus, eu tive a seguinte ideia:
       
- E qual foi essa ideia, compadre? – Perguntou o Leodoro querendo adiantar a conversa.


- Lá elas estavam de cócoras olhando para mim. Como eu tinha morto o pobre e infeliz tamanduá, tirei-o do bornal, o abrir, deixando as carnes expostas, e o joguei em direção a uma delas. Eu já tinha imaginado que se eu jogasse o tamanduá para uma, e se a outra me atacasse, eu iria lutar com ela, com a minha foice até vencê-la. E assim fiz. Joguei o tamanduá para uma, e com isso, a outra não querendo ficar sem carne, logo as duas se atracaram. Lá onde elas se atracaram, tem uma ladeira. Elas agarradas, saíram de ladeira abaixo. Como as duas estavam descendo na ladeira, isto é, de cima para baixo, eu pequei o tamanduá e fiz carreira por dentro da mata, correndo, correndo, correndo e até que saí em minha casa. E graças a Deus salvei a minha pobre e estimada vida. E por isso eu estou aqui lhe contando essa história.
       
- Quer dizer compadre, que o senhor além de ter se livrado das duas onças, ainda recuperou o tamanduá?
       
- E eu brinco, compadre!? – Fez seu Galdino se gabando.
         
- Bem pensado, compadre! Bem pensado!...
       
- Isso é que se chama inteligência, compadre Leodoro! – Dizia seu Galdino batendo a sua mão na cabeça.
       
- E ponha inteligência nisso, compadre!
      
Ali, Leodoro se admirava da inteligência do compadre. E minutos depois resolveu ir embora.
       
- Eu vou embora compadre Galdino, porque já passa da meia noite e pode ser que uma dessas suas onças apareça lá em casa. Gertrude está sozinha e a porta da minha cozinha está muito fraca.., e acredito que se uma dessas onças que o senhor viu se acertar a minha  casa, só com o peso das suas patas botará a porta dentro, e irá devorar a pobre Gertrude.
       
E se levantando do velho bando, Leodoro despediu-se do compadre dizendo:
       
- Até amanhã, compadre! Até a manhã! – Repetiu ele.
      
- Até compadre! – Respondeu-lhe seu Galdino dizendo bem baixinho zombando do Leodoro. Deixa que quem vai continuar devorando a Gertrude, sou eu, e não as onças! Fora camaradas onças!             
      
Mas enquanto caminhava, o Leodoro dizia consigo mesmo: 

-Mas que lapa de compadre mentiroso eu tenho! Nossa!

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/06/historias-de-oncas.html

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SEU GALDINO CONTA HISTÓRIA AO SEU LEODORO NA DEBULHA DE FEIJÃO EM SUA CASA.

Por José Mendes Pereira

Nessa noite os convidados para a debulha de feijão na casa do seu Galdino eram poucos. O vaqueiro do fazendeiro Lili Duarte, este acompanhado da esposa; outro casal das suas amizades, acompanhados dos seus dois filhos com as suas  esposas,´mais ele e sua esposa dona Dionísia. Mas para seu Galdino,  de todos, os mais importantes naquela debulha de feijão era seu Leodoro Gusmão, seu melhor amigo e compadre de muitos anos, mais a  sua esposa Gertrudes, uma paixão incondicional do seu Galdino.

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A conversa no meio da debulha do feijão continuava animada, e o vaqueiro do Lili Duarte contava as suas aventuras na derruba de gado, que nunca havia perdido nenhuma rês, quando decidia botar o seu famoso cavalo (o Tango, como era chamado), em cima de uma delas qualquer, só parava quando o animal já estava totalmente dominado. Mascarava-o, e o tangia em busca da fazenda.


Outras e outras histórias interessantes e até engraçadas surgiram no período da debulha. Mas ainda faltava a mais fantástica e famosa história que iria ser contada pelo o dono da debulha do feijão, seu Galdino, que desde muito cedo, já havia a preparado para contá-la no meio da debulha do feijão.

Sentado sobre um tamborete fabricado com madeira de pereiro, e coberto com couro cru de rês, ajeitou-se um pouco sobre ele, virou o rosto para um dos lados, acendeu um cigarro feito com fumo fabricado em Arapiraca, cuspiu, e em seguida iniciou a sua história.

- Em uma das minhas caçadas pelos cerrados, acompanhado do Rodolfo, um dos meus vizinhos e amigos, mais os nossos invejados cães de caças (o leão e o poty), perdemos-nos na Serra do Mel, e não entendemos porque havíamos se perdido ali naquela mata, lugar que nós tanto  frequentamos de olhos vedados.

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- Como nós já estávamos cansados e necessitávamos de um repouso, continuava seu Galdino, resolvemos  arriar a bagagem, cuidar de um fogo para fazermos um delicioso café e alimentarmos os nossos intestinos, porque quando a noite chegasse,  a caminhada nos tabuleiros seria pesada em busca de alguns pebas, tatus, tamanduás e outros viventes... O Rodolfo apoderou-se de um facão, afirmando-me que iria tirar umas cascas de mororó para fazer buchas para a sua espingarda, e nessa saída, Rodolfo deparou-se com umas pedras semelhantes grutas, e vendo uma fenda entre uma e outra, desejou ver o que as pedras escondiam ali. E sem calcular o tamanho da fenda, deitou-se ao chão, enfiou a cabeça, que para este fim, não foi difícil. Mas o Rodolfo não levou sorte. Ao forçar a cabeça no pequeno espaço das pedras para olhar para dentro, infelizmente não conseguiu mais sair dali, ficando com a cabeça presa, sem condições de se livrar da fenda.

- Meu Deus! - fez seu Leodoro.

- Sim senhor! O sol já pendia muito para o poente. Eu preocupado com o não retorno do Rodolfo, fiquei gritando, imaginando que ele poderia ouvir os meus gritos por onde se encontrava. Mas o Rodolfo não respondia ao meu chamado. E sem outra solução, saí à sua procura, até que o encontrei enganchado na fenda das pedras.

- Nossa senhora! - Fez a Gertrudes, esposa do seu Leodoro.


- E a partir daquele instante, só foi sofrimento para nós. O Rodolfo tentou todas as maneiras, mas quanto mais procurava se livrar das pedras, mais enganchado ficava. O sangue já descia pelo o corpo abaixo, saindo por pequenos cortes feitos pelas pedras.  Eu imaginei voltar ao acampamento improvisado, para apanhar uma picareta para quebrar parte de uma das pedras, mas não havia como usá-la ali, porque qualquer pancada que eu desse sobre uma delas, iria machucar o Rodolfo. Sem solução, eu e os cachorros ficamos a noite toda ao seu redor.

- E deu para o senhor dormir, compadre Galdino?

- Eu nem imaginei dormir, porque o Rodolfo não deixava. O tempo todo invocava todos os Santos..., a noite se foi, e ao clarear do dia, o estado de saúde do Rodolfo não era bom; passara a noite em vexames, não dormiu, porque a posição da sua cabeça entre as pedras não lhe favorecia dormir. Eu não sabia mais o que fazer para salvar o Rodolfo. Foi-se o dia e novamente chegou a noite. O Rodolfo não tinha como sair dali. Durante estes dois dias preso entre as pedras, o Rodolfo não comeu e nem bebeu. Já no terceiro dia, ele me liberou, dizendo-me que fosse embora. O fim dele era ali mesmo, enganchado naquelas pedras. Que eu desse lembranças à esposa, aos filhos, parentes e amigos. Para procurar o corpo de bombeiro em Mossoró não seria tão fácil, já que eu teria que enfrentar a pé mais de 40 quilômetros, e com certeza, ao retornar, eu não encontraria mais o Rodolfo vivo naquelas matas. Despedi-me do amigo e saí lentamente acompanhado pelos cachorros, com um arrocho em meu coração, por eu não ter conseguido livrar o amigo daquelas pedras.


Mas ao sair, já com mais de 200 metros caminhado, lembrei-me que o Rodolfo tinha muito medo de onça. Resolvi voltar para tentar o último recurso e ver se salvava o meu amigo. E aproximando-me do Rodolfo, cuidadosamente esturrei como onça. Mesmo já debilitado, com medo, o Rodolfo puxou a cabeça de vez, e com isso, livrou-se das malditas pedras que há três dias o conservavam preso pela a cabeça. 

- Que sorte, hein compadre Galdino, teve o Rodolfo! -  exclamou seu Leodoro.

- Foi muita sorte! Muita! Mas em compensação as suas orelhas ficaram entre as pedras. Mas é melhor vivo lambi do que morto com as orelhas. - disse seu Galdino com deboche.

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INALDA CABRAL..


A Professora Inalda Cabral Rocha nasceu no dia 25 de janeiro de 1925, no Sítio Riacho do Meio, município de Pau dos Ferros, Estado do Rio Grande do Norte, a Professora Inalda Cabral Rocha; filha de seu Pedro Alves Cabral e dona Antônia Neri Cabral. 

Ela iniciou seus estudos aos oito anos de idade, no Grupo Escolar Joaquim Correia, em sua cidade natal, tendo como primeira professora dona Carmelita Rocha, onde passou apenas dois anos nesta Escola; depois, migrou para Mossoró no final de 1934, onde passou a estudar no Ginásio Sagrado Coração de Maria em 1935, se formando em 1942. No ano seguinte passou a estudar na Escola Normal de Mossoró, pois não havia o Segundo Grau, no Colégio das Irmãs. A colação de grau de Inalda Cabral foi realizada no dia 12 de dezembro de 1944. Em 1978 prestou vestibular para Pedagogia, pela UERN e passou com muito êxito. 


Por se tratar de uma pessoa determinada passou por diversas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, vejamos: em agosto de 1945 passou a lecionar no Grupo Escolar Joaquim Correia; depois, no ano de 1947, era a gestora daquele Grupo Escolar; trabalhou no Grupo Escolar Padre João Maria, na cidade de Jardim de Piranhas, em 1951; Ambulatório Padre Dehon, em Mossoró; em 1957 foi transferida para a Escola Estadual Moreira Dias, sendo diretora da instituição; em 1961, passou por outra transferência para o Grupo Escolar 30 de Setembro; em 1963 foi transferida para o Grupo Escolar dos Excedentes, que ficava no município de Assu-RN; em seguida, retornou para o Grupo Escolar 30 de Setembro, onde permaneceu até o ano de 1966; Grupo Escolar Modelo; Escola Municipal Joaquim da Silveira Borges; Diretora de Educação do Município de Mossoró (Gerente Executiva de Educação), na gestão do então Prefeito Raimundo Soares de Souza; Escola Princesa Isabel; Escola Lions; Escola Estadual Solon Moura. Mais tarde, abriu uma escola particular, na Rua Mário Negócio, denominado de Educandário Nossa Senhora Aparecida, em 1970; foi nomeada em 27 de maio de 1971 como Chefe do II NURE, atualmente XII DIRED – Direção Regional de Ensino e Desporto, onde se aposentou nesta função; tempos depois passou a se dedicar ao seu Educandário Nossa Senhora Aparecida, mas surgiu o convite para assumir a Coordenação Municipal Mobral, nomeada pelo então Senhor Prefeito João Newton da Escóssia, em 09 de agosto de 1977, pela portaria 73/77, dispensando uma atenção maior a sua escola. 


Em 1947 casou-se com o senhor Pielson Dantas Rocha e desta união nasceram doze filhos: Luzia Maria Rocha, Teresinha, Judas Tadeu, Jacinta de Fátima, Maria Aparecida, Rocha Neto, Francisco Canindé, Lúcia de Fátima, Filomena e Maria da Conceição.

Em 20 de outubro de 1986, após dez anos de sua aposentadoria, recebeu uma justa homenagem em vida, do então Governador José Agripino Maia, quando da inauguração da Escola Estadual Professora Inalda Cabral, bairro Santo Antônio, nesta cidade, fazendo uma justa homenagem a esta grande professora que adotou Mossoró como sua cidade natal. Esta nobre cidadã também possui o título de Cidadão Mossoroense, outorgado pela Câmara Municipal de Mossoró, através do vereador Lupércio Luiz de Azevedo.

Fonte: facebook

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A EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE ESTÁ MUITO DOENTE!

Por José Mendes Pereira

Lembro-me quando eu ainda cursava o 2º. Grau diante de tantas dificuldades que me rodeavam, e que os meus passos sempre foram pisados sobre coisas que eu apenas sonhava em possuir.

Após a minha maioridade tive que tomar posse dos meus sofrimentos, das minhas tristezas, das minhas dores, do meu eu, e das minhas alegrias, se é que eu nem me lembro de ter passado por tempos fartos, tempos de bonanças no meu período de estudante adulto; e que ninguém mais estava ali para me ajudar a caminhar, enfrentar os problemas presentes e os futuros que deveriam me visitar.
Foi difícil me adaptar à nova vida sozinho, mas com bom censo, imaginei que eu tinha dois pés, e era com eles que eu deveria me deslocar em busca de coisas diferentes, de empregos, de cômodos para guardar os meus restritos pertences.

Assim que concluí o 2º. Grau caminhei para faculdade, uma escola que todos sonham em fazer parte dali, para preparar um futuro melhor, ser dono de uma casa bem mobiliada, com carro na garagem, ter dinheiro a todo o momento para solucionar os seus problemas, viajar para passar férias em outros Estados, ou até mesmo em outros países, poder receber os seus amigos, sem ter vergonha da sua residência.

www.atividadesebrincadeiras.com

Logo que terminei faculdade fui de encontro a uma sala de aula, e lá era aonde eu iria adquirir tudo o quanto eu sonhava, mas me enganara; a sala de aula é apenas um lugar que ensina, instrui, forma e informa, e não lugar para adquirir carros, casas... 

escolapraque.blogspot.com

O professor não é visto com bons olhos pelos governantes, mas ele é uma peça principal de uma nação, e sem ele, não haverá ensino, e nem ninguém será formado e informado.

Diante do péssimo salário que recebe um professor, que não dar para comprar livros, apostilhas com bons conteúdos, apresentar-se aos seus alunos bem vestido, que com certeza é um ato de respeito e consideração a eles, como poderá existir educação de boa qualidade, quando o mestre não dispõe de recursos para se vestir bem, ter excelentes livros de acordo com o seu conteúdo, e caminhar feliz em busca da sua sala de aula?

Olhando bem, a educação brasileira é um grande circo, coberto e edificado com barro, abstraindo a lona, mas com bons profissionais que fazem os seus espetáculos dentro dele, com interesse, mesmo sem incentivo, e oferecem a uma plateia desestimulada, devido a falta de interesse dos responsáveis pela a educação, e que muitos deles assistem as aulas em pé, por falta de carteiras. 

 
televisao.uol.com.br

Ninguém sabe dizer quando será que a educação brasileira deixará a UTI, ou se a tendência é piorar e chegar a óbito de uma vez por toda. 

Não adianta dizer que ela está bem, caminhando bem. A cada dia, ela corre risco de não ser mais aquela de algumas décadas passadas.

Noutros tempos, os dias de aula em uma escola eram 180, e o aluno aprendia mesmo, mas hoje, aumentaram para 200 dias e ninguém aprende nada. 

O motivo de 20 dias a mais foi apenas para não dar chance ao professor fazer greve, e desmontá-la, quando surgir uma. Assim prejudicando o próprio aluno,  que o deixa cansado, em passar 200 dias frequentando aulas.

Quando será que a educação deixará a UTI? Você sabe?

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013_08_09_archive.html

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12 janeiro 2016

O RESTAURANTE "UMUARAMA"

Por José Mendes Pereira

No final da década de 60 do século XX  estendendo até o  início da década de 70, um dos restaurantes que mais brilhou em Mossoró foi o "Restaurante Umuarama", de propriedade do senhor Cristóvão Frota, um dos empresários de Mossoró. 

Kinino um dos maiores empresários de Mossoró (já falecido), José Frota e Cristóvão Frota (também já falecido) – Rio de Janeiro – 1965 - Fonte da foto: Lindomarcos Faustino 

O Restaurante "Umuarama" funcionava no centro da cidade, em uma das esquinas da Rua Coronel Vicente Saboia,  com o cruzamento da Rua Alfredo Fernandes.

 Casamento de Noguchi Rosado/Neide - Amélia, Cristovam Frota, a garotinha Roberta Cláudia, Padre Huberto Brueing - 17/12/1970 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba34.htm

Lá era onde estava a "nata" mossoroense, e o sujeito poderia encontrar bebendo, almoçando, uma boa parte dos ricaços da cidade como: Jorge Pinto, proprietário do Cine Pax, José Morais, da Casa Morais, Vilmar Pereira - representante da VASP, Renato Costa - proprietário da Rádio Difusora de Mossoró, Paulo Gutemberg de Noronha Costa - proprietário dos cinemas: Caiçara, Jandaia e Miramar de Areia Branca, José Genildo de Miranda - diretor artístico da Rádio Difusora, Hugo Pinto - proprietário da Casa Pinto, Antonio Simão - proprietário da Super Loja Mossoró, Paulo Costa - proprietário da "Loja Comodoro" e outros tantos, além dos políticos e autoridades mossoroenses que frequentavam o restaurante.  

Restaurante Umuarama - 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba34.htm

Este restaurante durou por muitos anos, só deixando de funcionar no final dos anos 70, quando o proprietário Cristóvão Frota resolveu mudar de ramo, e juntamente com o seu filho, o engenheiro Cristóvão Frota Júnior,  criaram a empresa "Sequip" e passaram a prestar serviços à Petrobras.

José Frota, Josivan, Cristovam Frota e Kinino – 1965 -  Lembrando que esta foto possivelmente foi feita no Rio de Janeiro, devido a mesma camisa que o José Frota usa na foto acima, quando estava no Rio de Janeiro - Fonte da foto: Lindomarcos Faustino 

O Restaurante "Umuarama" foi um dos maiores restaurantes de Mossoró, e muito colaborou com o desenvolvimento da cidade, dando empregos para garçons, garçonetes, e outros mais...

Quem viveu  estas décadas em Mossoró sabe muito bem aonde o "Restaurante Umuarama" funcionava, e que o movimento de pessoas importantes no ambiente era diariamente, entendendo-se até altas horas da noite.

Minhas simples histórias

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MORRE LINDOMAR CASTILHO, REI DO BOLERO CONDENADO POR FEMINICÍDIO.

  Por Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil Publicado em 20/12/2025 - 12:10 Rio de Janeiro Morreu neste sábado (20), aos 85 anos, o can...