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21 janeiro 2016

OS ANIMAIS TAMBÉM MERECEM SER TRATADOS COM CARINHO

Por José Mendes Pereira
extra.globo.com

Nem todos nós amamos de verdade os nossos animais de estimação como: gato cachorro, papagaio, arara, periquito etc, mas os criamos no nosso meio como se fizessem parte da nossa família. Um animal que é mais paparicado pelo homem é o cavalo, simplesmente pela sua beleza, pelo o que ele faz quando ensinado, deitar-se, a maneira pela qual ele levanta as patas dianteiras, agradecer com um gesto impressionante, o seu galopar, enfim, a sua beleza completa. Devemos amar todos os animais, porque se um dia os homens acabarem com todos os animais do planeta, eles também não permanecerão vivos, sentirão solitários, e entrarão em depressão, e morrerão com suas próprias mãos. 

E como garantia de ter que serem respeitados, para isso, existem os direitos dos animais, criados pelo Brasil e os países-membros da ONU são signatários da declaração abaixo, proclamada em uma assembleia da UNESCO em Bruxelas, Bélgica, em 27/01/1978, os quais seguem abaixo:

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

Art.1o - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência.

Art.2o - Cada animal tem direito ao respeito. O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar sua consciência a serviço de outros animais. Cada animal tem o direito à consideração e à proteção do homem.

Art.3o - Nenhum animal será submetido a maus-tratos e atos cruéis. Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia.

Art.4o - Cada animal que pertence a uma espécie selvagem tem o direito de viver em seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático, e tem o direito de reproduzir-se. A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a esse direito.

Art.5o - Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito.

Art.6o - Cada animal que o homem escolher para companheiro, tem direito a um período de vida conforme sua longevidade natural. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Art.7o - Cada animal que trabalha tem direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade de trabalho, a uma alimentação adequada e ao repouso.

Art.8o - A experimentação animal que implique sofrimento físico é incompatível com os direitos dos animais, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra. As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.

Art.9o - No caso de o animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto, sem que para ele resulte em ansiedade e dor.

Art.10o - Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Art.11o - O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida.

Art.12o - Cada ato que leva à morte um grande número de animais selvagens é um genocídio, ou seja, delito contra a espécie.

Art.13o - O animal morto deve ser tratado com respeito. As cenas de violência em que os animais são vítimas devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como foco mostrar um atentado aos direitos dos animais.

Art.14o - As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter uma representação junto ao governo. Os direitos dos animais devem ser defendidos por leis, como os direitos humanos.

(Resolução aprovada pela ONU)
Fonte: Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres)

Mas com todos estes direitos que têm os animais, ainda existem seres humanos que não querem nem saber que têm leis para protegerem os animais, e continuam judiando com surras e até os matando, e exterminando os que ainda tentam salvarem as suas espécies:

Diz que um sujeito caminhava em uma avenida sobre o seu jumentinho, que mesmo com saúde, não tinha forças para suportar tamanho peso que naquele momento carregava sobre o seu lombo. E quanto mais o seu dono o surrava, mais ele não queria seguir a viagem, porque não tinha tanta força para suportar aquele peso sobre seu lombo.

Um sujeito que passava naquele momento e tomando as dores que estava recebendo o jumentinho, disse para o perverso homem:

- Não faça isso com o jumentinho, senhor! Não ver que esta carga ultrapassou o peso da capacidade da sua força?

- Que lhe importa? Você por acaso o alimenta todos os dias?


- Não senhor! Tenho certeza que é o senhor mesmo  que o alimenta. Só que o tamanho desta carga ele não irá chegar no local que o senhor quer que ele chegue. E tem mais! O senhor deve saber que este jumentinho foi o que Jesus Cristo o filho de Deus andou nele. 

- Foi mesmo? Ainda bem que Jesus Cristo só andou neste, porque se tivesse andado nos outros, teria desgraçado todos! 

A palavra "desgraçado" que o homem se referia era porque Jesus Cristo não surrava o jumentinho que ele andava, imagina se Jesus tivesse andado em todos da mesma espécie, assim,  todos eles estavam mal acostumados. Foi isso que se referiu o perverso homem, não no intuito de ferir Jesus Cristo. 

Minhas Simples Histórias

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JORNAL O ESTADO Fortaleza-CE A reconciliação com meu padim sexta-feira, 15 de janeiro 2016

Por Barros Alves

Ao pesquisador atento, desvestido de preconceitos com a religiosidade popular e que saiba exercitar a contextualização dos episódios estudados no devido cenário histórico, não custa compreender a grandeza moral e, sobretudo, a excelsa espiritualidade do Padre Cícero Romão Batista, que em vida já era venerado pelas virtudes taumatúrgicas que os céus lhe concederam.

Padre Cícero, o “Meu Padim Pade Ciço” da fala simples e piedosa dos romeiros que afluem a Juazeiro do Norte, foi exemplo fidedigno de obediência às determinações da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, dela não divergindo nem nos momentos mais dolorosos em que a injustiça bateu à sua porta e o aguilhão da intolerância do bispo Dom Joaquim feriu em profundidade o seu coração de sacerdote. Claro que o sofrimento do humilde pároco da aldeia foi maior porque a injustiça foi praticada exatamente pela ação insensata e cruel de alto clérigo representante da hierarquia temporal daquela que é Mater et Magistra.

Agora, no apagar das luzes do ano de 2015, passados mais de cem anos dos fenômenos conhecidos como “o Milagre da Hóstia”, em que foram protagonistas o padre e a beata Maria de Araújo, quando a sede papal é ocupada por um bispo latino-americano, dito “Papa da Misericórdia”, eis que assoma a sabedoria da Igreja, revelada em documento do Vaticano, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. Neste documento, ainda que não definitivo e eivado de expressões diplomáticas ditadas pela imensa prudência que caracteriza a Igreja, está claramente definida a nova postura do Vaticano em relação ao Padre Cícero.

O Vaticano, segundo o assentado por um dos seus mais altos dignitários, cujas expressões indubitavelmente contêm a chancela do papa Francisco, reconhece que o Meu Padim ocupa o coração de milhões de fiéis católicos, os quais se põem genuflexo diante da Igreja exatamente em face da pregação sempre viva do Santo do Nordeste. Padre Cícero foi exemplo de acolhimento, de perdão e de misericórdia. 

Por isto, diz o documento em tela: “Não deixa de chamar a atenção o fato de que estes romeiros, desde então, sentindo-se acolhidos e tendo experimentado, por intermédio da pessoa do sacerdote, a própria misericórdia de Deus, com ele estabeleceram – e continuam estabelecendo no presente – uma relação de intimidade, chamando-o na carinhosa linguagem popular nordestina de PADIM, ou seja, considerando-o como um verdadeiro padrinho de batismo, investido na missão de acompanhá-los e de ajudá-los na vivência de sua fé.”

Para mim, basta este parágrafo para se afirmar sem medo, ao contrário de alguns que ainda titubeiam, que, definitivamente, a Igreja Católica reconciliou-se com o injustiçado Padre Cícero. A Igreja, pela palavra segura e legítima de alto purpurado do Vaticano, reconhece finalmente, que “a própria misericórdia de Deus” estava contida nas ações do Meu Padim. Roma locuta, causa finita!

Barros  Alves
Jornalista

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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O VALENTÃO E A QUIROMANCIA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2016 - Crônica Nº 1.499

Recordando personagens do Sertão, uma coisa puxa outra. Revejo pelo tempo o senhor José Menezes, que vendia redes, aos sábados, na feira de Santana. Aos domingos, aquele homem branco e sério, desfilava pela Rua Antônio Tavares – onde residia – muito duro, rifle surdo às costas e bornal atravessado. Mas esse não é o alvo da história.

(mdemulher._abril.com.br).

Vizinho de terras de meu avô morava um valentão, arruaceiro e assassino que também andava com rifle às costas e punhal na cinta. Cismou com um dos meus tios, homem pacato, sábio e trabalhador. Rondava-o constantemente.  Certo dia em que o meu tio fora dar água ao gado no açude, o valentão o esperava na porteira da barragem, armado como sempre. Meu tio completamente, desarmado, usou a sua força espiritual, passou pelo valente, deu água aos bichos, retornou sem que o bandido esboçasse nenhuma reação.

Era mês de outubro. Apareceu no sítio um estrangeiro quiromante, cujo apelido era Alemão. Leu a mão de todos os que estavam na casa – menos a de meu pai que se encontrava ausente – falando do início, presente, futuro e final da vida de cada um. Todos os tios tiveram o final profetizado pelo estrangeiro.

Quanto ao tio marcado pelo inimigo, disse-lhe o Alemão: “No mês de novembro não passe do terreiro de casa; no mês de dezembro não saia de dentro de casa nem para o terreiro; aguarde a notícia do mês de janeiro que seu perseguidor irá desencarnar”. Assim procedendo, meu tio aguardou.

Em janeiro, aquele valentão acostumado a acabar a feira de Olho d’Água das Flores, cortando a pulso e à faca, os cabelos dos feirantes, recebeu um convite do major Lucena Maranhão. Integrou-se numa volante e numa suposta diligência para os lados de Maravilha e ali deixou a Terra.
Não só no fabrico de peças e motores, mas também na Quiromancia, alemão é garantido.

Nem tudo é engodo e safadeza.

Fui.



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FAZENDA JILÓ.wmv - Aderbalvídeo


Acima veremos mais um sensacional trabalho do incansável Aderbal Nogueira, nosso "Benjamin' da atualidade, sobre o que levou Lampião a massacrar 12 pessoas na Fazenda Gilo. Os roubos dos animais, por Horácio Novaes, a ida ao Estado do Ceará em buscas dos animais... a carta feita por Horácio para incriminar, Manoel de Gilo, o dono da fazenda. A vinda e a batalha em volta da casa.

Até na escolha da trilha sonora o pesquisador dar um show.
Mais uma produção Aderbalvídeo.

Fonte II: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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20 janeiro 2016

SEU GALDINO, A ONÇA E O MEL.

Por: José Mendes Pereira

- Compadre Galdino, a sua novilha já pariu? – perguntou seu Leodoro sentado sobre uma cocheira no estábulo, enquanto fabricava um cigarro de fumo bravo.

- Ainda não, compadre. Ainda não. E eu não estou querendo soltá-la no pasto, para que eu possa acompanhar o seu parto de perto. E eu tenho medo que as onças comam o bezerro quando nascer. Ela está com um úbere que faz gosto de ver. E me parece que vai ser uma boa vaca leiteira.

www.pecuaria.com.br 

- Foi à caça hoje, compadre Galdino?

- Fui. Mas não foi totalmente uma caça. Apenas eu sabia onde tinha uma colmeia de abelhas italianas, e como aqui em casa já estava quase sem mel, eu fui obrigado a ir tirá-la.

 
andriollicosta.com.br

- Onde foi que o senhor encontrou esta colmeia?

- No Riacho do Pai Antonio – dizia seu Galdino apontando a direção.

- A colmeia estava gorda, compadre Galdino?

- Não tão gorda assim, pois eu esperava mais... Mas ainda me rendeu uma lata de mel, aliás, mel e cera.

- É, compadre, nesse período elas não estão tão gordas. Só quando chegar a primavera, período das flores e dos frutos.

- Mas compadre, eu acho que Deus sempre me acompanha em minhas andanças.

- Sim senhor! – fez seu Leodoro.

- Assim que terminei o trabalho, isto é, da tirada do mel, eu não quis mais demorar pelas caatingas. Lá no Riacho do Pai Antonio, o senhor conhece muito bem aquele baixio... eu estava na barreira, na parte alta, pelo lado de lá, tentando adquirir fôlego para enfrentar a viagem para casa. Fiz um cigarro e quando o levei à boca para acendê-lo, fui surpreendido por uma onça vermelha.

www.carlaomaringa.com.br

- Uma onça vermelha compadre, nessa mata?! – atalhou seu Leodoro se admirando.

- Sim senhor! Ela estava trepada em uma árvore, que se eu não tivesse levantado a vista, ela tinha me pegado e me estraçalhado de uma só abocanhada. Ela estava bem pertinho de mim, com os olhos aboticados me observando. De arma, eu só tinha meu facão. Tomei posição para enfrentá-la, mas tive medo, porque ela poderia tomar da minha mão o meu facão só com uma tapa. Mas veja o que passou por cima de mim...

- O que compadre, passou diante do senhor? - interrompei Leodoro.


- Uma macaca, compadre! Uma macaca prego com um filhote sobre às costas. Ela vinha dependurada em um cipó. E quando se aproximou de mim, soltou o cipó, e com o impulso do seu próprio corpo, caiu do outro lado do riacho. Mas antes de soltar o cipó, eu ouvi uma voz que dizia assim: "- Salve-se, seu Galdino! Salve-se! Dependura-se no cipó e passe para o outro lado do córrego!"

- A macaca falou, compadre? – Quis duvidar seu Leodoro.


- Se não foi ela compadre, foi Deus! E eu que não sou besta, agarrei o cipó e me mandei dependurado nele, e só o soltei quando eu já estava do lado de cá com os pés em terra firme.

- Já vi compadre Galdino, o senhor tem razão em dizer que Deus lhe protege. Acontecer desta macaca passar dependurada no cipó, e soltá-lo para o senhor se salvar das garras da onça. Só pode ser milagre. Não é isso mesmo, compadre?

- E apois, compadre! – confirmou seu Galdino  se gabando.

- Nesse momento que o senhor passou pro outro lado do riacho perdeu o mel, mas ganhou a vida. - quis saber seu Leodoro,

- Quem lhe disse que eu perdi o mel, compadre Leodoro?

- O senhor voltou pro outro lado do riacho  para apanhar o mel, diante da onça, que com certeza ainda estava lá? 

- Não senhor! O cipó que a macaca havia deixado para eu passar dependurado nele pro outro lado do córrego, tinha um gancho no final da ponta dele, e no momento em que eu o agarrei,  passei sobre a lata do mel, o gancho enganchou no arame da lata, e se mandamos nós dois juntos, isto é, eu e a lata do mel.

- O senhor é guiado por Deus mesmo! Ah, se eu tivesse essa mesma sorte que o senhor tem, compadre Galdino!

- Graças ao meu bom Deus, compadre Leodoro. Se não fosse aquela macaca de me aparecer naquele momento, hoje eu seria um finado naquelas matas do Pai Antonio! Sim, senhor!!!

- Vou embora, compadre Galdino. A Gestrudes é muito medrosa e está só..., até mais tarde, compadre.

- Até, compadre Leodoro! Vai-te corno! Dizia seu Galdino consigo mesmo. A Gestrudes não tem medo de onça. Ela tem medo é de você, sua peste. Um homem ignorante que nem falar sabe direito!

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013_06_22_archive.html

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BAR E FORRÓ DA PAULISTINHA - CUIDADO O IBAMA!

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Dona Dolores. Só. Não tenho conhecimento do seu verdadeiro nome. Era uma senhora magra, sem beleza física, bastante morena, no bom sentido, negra e de branco somente os dentes quando sorria. Cabelos enroscadinhos.  Mas era uma pessoa muito humana, que gostava de ajudar as pessoas carentes. Menos bebidas e entrada para o seu forró. Só bebia e só dançava se pagasse adiantado.

Ela afirmava que era paulista de corpo e alma. Mas outros diziam que a dona Dolores não sabia nem para qual lado ficava São Paulo. E havia nascido em terras mossoroenses. Se era ou não paulista, fundou um bar com o nome de fantasia "Bar da Paulistinha", e posteriormente  um famoso forró no grande Alto de São Manoel, e por lá, vivia sem muitas dificuldades, comprando e pagando os seus estoques de bebidas que sustentavam o forró nos finais de semana. Era famoso o seu forró. Aos sábados, o ambiente ficava lotado de dançadores e dançadoras.

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João Caio apesar de ser perseguido pela mulherada devido ser um grande dançador de forró, era solteirão, e vivia de consertar automóveis. Sendo muito econômico, não fumava e nem bebia, trabalhava a semana inteira, e aos sábados, sem exceção, encontrava-se no forró da dona Dolores para gastar o que havia ganhado no seu ofício de mecânico.

João Caio recebera lá da Paraíba uma notícia que o seu pai havia falecido. Arrumou-se, pegou o ônibus e foi participar do velório do seu genitor. E durante os dias que lá ficou, e ao retornar, chegou totalmente sem dinheiro. Mas o falecimento do seu pai não o fez desistir de ir ao forró da dona Dolores, porque era viciadíssimo. Mesmo liso, saiu de casa na certeza que a dona Dolores o deixaria entrar para o forró, e pagaria as despesas feitas por ele na semana entrante.

saojoao.leiaja.com

Ao chegar, o forró já havia iniciado. Falou com o porteiro que o deixasse entrar, na semana seguinte pagaria o atrasado.  Mas o porteiro alegou que não era o dono do forró, isso só com ordem da dona Dolores.

Sem chance de entrar, pediu que ele a chamasse, pois tinha certeza que ela o deixaria entrar, já que era um freguês desde a primeira noite que o forró surgira.

Assim que a dona Dolores chegou à entrada do salão João Caio repassou para ela que estava sem dinheiro, porque o seu pai havia falecido, e foi necessário ele fazer uma viagem até a Paraíba, para assistir o sepultamento dele. Como havia chegado naquele dia, não fizera serviços de mecânicas, por isso estava sem dinheiro, e queria entrar para dançar. 

Mas a dona Dolores foi curta e sincera, afirmando-lhe que não aceitava de jeito nenhum, ninguém entrar em seu forró sem pagar. 

João Caio tentou novamente convencê-la para liberar a sua entrada. Mas ela usou as mesmas palavras.

Sem chance de participar do forró, João Caio disse-lhe:

- Quer dizer que a senhora não vai me deixar entrar para o forró esta noite, não é?

- É isso mesmo o que o senhor ouviu da minha boca. Não deixo ninguém entrar no meu forró sem pagar.

- A senhora tem razão - dizia João Caio - o forró é seu. Mas amanhã logo cedo, eu vou até ao  Ibama, e vou dizer lá, que tome as necessárias providências, porque aqui neste forró tem uma macaca solta.

vini66.blogspot.com 

A macaca que João Caio se referia era a dona Dolores, por ser magra, feia e mal arrumada, aparentava uma macaca.

Depois disso, o João Caio nunca mais colocou os seus pés no forró da dona Dolores.

Como o João dançava muito, tinha momento que os dançadores não caiam na dança, ficavam olhando o remelexo do homem com a sua parceira.

Com a ausência do dançador e a mulherada gostava de cair na dança agarrada a ele, o forró foi fracassando, chegou ao ponto de fechar as suas portas.

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
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A CABEÇA DE CORISCO

Texto: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Em 25 de maio de 1940, Corisco e sua companheira Dadá foram surpreendidos e cercados pela Volante comandada pelo Tenente Zé Rufino na Fazenda Pacheco em Barra do Mendes/BA. Durante o confronto Corisco foi alvejado mortalmente e Dadá teve sua perna direita atingida por um tiro de fuzil, tendo que ser amputada posteriormente.

Era o fim do último grande cangaceiro.

O corpo de Corisco foi levado para a cidade de Djalma Dutra (Atual Miguel Calmon/BA) onde foi enterrado e após 12 dias seu corpo foi exumado e sua cabeça e braço direito foram retirados e conduzidos para Salvador/BA, onde permaneceram durante aproximadamente três décadas expostos a visitação pública no Museu do Instituto Dr. Nina Rodrigues.

Devido o corpo de Corisco ter permanecido enterrado por vários dias e em condições favoráveis ocorreu com a cabeça um fenômeno denominado SAPONIFICAÇÃO que transforma as substâncias gordas da matéria em uma espécie de sabão em tonalidade amarelo-escuro ocasionado pelo estágio de putrefação do cadáver, causando uma aparência flácida.

No fotograma abaixo podemos ver a cabeça mumificada de Corisco quando se encontrava no Museu do Instituto Dr. Nina Rodrigues em Salvador/BA.

Fotograma: Documentário “MEMÓRIAS DO CANGAÇO” de Paulo Gil Soares.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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MORRE LINDOMAR CASTILHO, REI DO BOLERO CONDENADO POR FEMINICÍDIO.

  Por Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil Publicado em 20/12/2025 - 12:10 Rio de Janeiro Morreu neste sábado (20), aos 85 anos, o can...