Wikipedia

Resultados da pesquisa

26 janeiro 2016

ANTONIO SILVINO ERA PAI DE ANTONIO ERMÍRIO DE MORAIS OU NÃO?

Por José Mendes Pereira
O ex-cangaceiro Antonio Silvino

Vamos devagar para entendermos bem o que o escritor José Bezerra Lima Irmão fala sobre uma possível paternidade de Antonio Silvino sendo o pai do empresário da "Votorantim" Antonio Ermírio de Morais.


No livro "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" na página 52, o autor José Bezerra Lima Irmão não afirma,  diz que quem afirmava isso, eram os sertanejos, que o cangaceiro "rifle de ouro", Antonio Silvino seria o pai do empresário Antonio Ermírio de Morais. 


Olhando bem para as fotos dos dois famosos um cangaceiro e o outro um dos maiores empresários do Brasil, ligeiramente como costumamos dizer, há uma certa semelhança entre eles, mas isso não quer dizer que eles têm sangues próximos. 

Vendo a biografia do empresário Antonio Ermírio de Morais ele nasceu em São Paulo, no dia 04 de junho de 1928, neste período o ex-cangaceiro Antonio Silvino ainda continuava cumprindo pena na Casa de Detenção em Recife, no Estado de Pernambuco, porque havia sido preso em Taguaritinga (PE), em 28 de Novembro de 1914. Então não há nenhuma possibilidade do ex-cangaceiro Antonio Silvino ser pai de Antonio Ermínio de Morais.

O pai de Antonio Ermínio de Morais  o engenheiro  José Ermírio de Moraes era Pernambucano, e a sua mãe Helena Rodrigues Pereira, era natural de Boituva, no Estado de São Paulo, teve quatro filhos com José Ermírio, dos quais Antônio Ermírio foi o segundo.

Mesmo o pai do empresário sendo Pernambucano não havia nenhuma possibilidade de Antonio Ermínio de Morais ser filho do cangaceiro, pois a sua mãe era paulista, e tenho real certeza que ela era uma senhora de alto respeito, jamais iria trair o seu esposo com homem nenhum, muito menos com cangaceiro que não tinha compromisso com ninguém. 

Esta é a minha opinião, e lembrando ao leitor que em nenhum momento o escritor afirma isto, ele diz no seu maravilhoso trabalho que quem dizia eram os sertanejos.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

CRIANÇA CHINESA DE 5 ANOS TOCANDO PIANO GENIAL

https://www.youtube.com/watch?v=RrTEVdvz0Dw

CRIANÇA CHINESA DE 5 ANOS TOCANDO PIANO GENIAL

Publicado em 4 de set de 2013 - Criança gênio de 5 anos tocando piano.
Categoria - Música - Licença padrão do YouTube

Informação: Estamos com dificuldades para fazermos postagens com textos maiores.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

O CARA NÃO TOCA, HUMILHA!

https://www.youtube.com/watch?v=DQuF_BQRIe4

Enviado em 21 de nov de 2011
O cara toca violão pra CARAMBA!
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

LIBERATO DE CARVALHO - ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Por Rubens Antonio

Documento da Assembléia Legislativa da Bahia:
Dep. Liberato de Carvalho
:: Dados Pessoais
Nome: Liberato Matos de Carvalho
Profissão: Militar e Médico
Nascimento: 13 de agosto de 1903, Vila Serra Negra, Pedro Alexandre-BA
Filiação: Pedro Alexandre de Carvalho e Guilhermina Maria
Cônjuge: Carmem Siqueira de Carvalho
Filhos: José Carlos, Liberato José (in memorian)
Falecimento: 16 de março de 1996

:: Formação Educacional Cursou o Primário e o Secundário em Aracaju-SE. Estudou na Escola Militar na Academia de Agulhas Negras, Rio de Janeiro-RJ. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador-BA.

:: Atividade Profissional
Tenente-coronel por decreto de 16 de dezembro de 1932, para comandar as Forças de Operação do Nordeste dos Estados - FONE.
Promovido a Coronel, 1935.
Nomeado Comandante da Polícia Militar da Bahia, 23-02-1935 a 11-11-1937.
Foi antecedido pelo Coronel João Felix de Souza, que comandou a Polícia Militar de 20-11-1931 a 23-02-1935, e sucedido pelo Cel Tito Coelho Lamêgo , que comandou a Polícia Militar de 11-11-1937 a 28-03-1938.
Comandante do Batalhão do Exército, Recife-PE;
capitão da Infantaria do Exército Nacional, reformou-se como General de Brigada. Secretário estadual de Segurança Pública e do Interior do estado de Alagoas.


Liberato de Carvalho aparatado, na sua ação como volante. - Fonte da imagem: livro "Derrocada do Cangaço", de Felippe de Castro.



Liberato e sua volante, em Jeremoabo:


:: Mandato Eletivo:
Eleito deputado estadual Constituinte pela União Democrática Nacional - UDN, 1947-1951.

:: Filiação Partidária
UDN.

:: Atividade Parlamentar
Na Assembléia Legislativa, titular da Comissão de Polícia Civil e Militar (1947-1950).

Setor responsável: Diretoria Parlamentar / Divisão de Pesquisa
ALBA - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA
Palacio Dep. Luis Eduardo Magalhaes, 1a avenida, 130, CEP: 41.745-001, CAB, Salvador-Bahia


Liberato de Carvalho na época da sua participação no combate de Maranduba.

Sepultura no Cemitério Jardim da Saudade - Salvador - Bahia



Atualmente existe a Praça General Liberato de Carvalho, em Pedro Alexandre, Bahia.


Extraído do http://cangaconabahia.blogspot.com do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2016/01/liberato-de-carvalho-atualizacao-de.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

25 janeiro 2016

CORONEL ISMERINO BADARÓ CONTA TUDO (E DEPOIS CHORA. E DEPOIS MORRE)

Por Rangel Alves da Costa*

Coronel Ismerino Badaró, Senhor da Coivara Grande e arredores, era homem de poucas palavras. Só abria a boca para ordenar. E o mando saído de sua boca era coisa de ser cumprida e comprovada. Muita orelha e dedo - e até cabeça - já chegaram à sua presença como prova do serviço feito, e bem feito. Corria o risco de perder orelha, dedo e cabeça aquele jagunço que fielmente não cumprisse as ordens do patrão.

Mas seu silêncio era igualmente perigoso. Quem o avistasse cabisbaixo, ou mesmo mirando as distâncias das terras sem fim, andando de lado a outro, logo imaginava que coisa boa não estava sendo matutada. E que também não demoraria muito para que o chamado desvendasse o mistério, pois certamente uma ordem seria dada. E para ser desempenhada antes que o cuspe secasse. O pior é que nada de bom se esperava daquele que era o mais potentado entre todos que ostentavam a patente de mando na região.

Quando o Coronel Ismerino gritou por Carniça, o seu mais confiado jagunço, este logo riscou a seus pés igual a cavalo adestrado, manso. Mas era uma fera. E o matador, depois de colocar o chapéu sobre o peito e engolir o cigarro de palha que restava no canto da boca, logo perguntou em que podia servi-lo. Na sua mente, a pergunta certa era sobre quem deveria morrer daquela vez. Mas a resposta ouvida fez surgir um espanto descomunal. “Dessa vez não vai ter tocaia, emboscada, nem tiro nem sangue. Só quero que me acompanhe até a varanda para ouvir algumas coisas que tenho a dizer. Venha sem aperreio que dessa vez o inimigo é outro, e coisa que eu mesmo resolvo”.

Seguiram até a varanda, ou um grande alpendre descendo das paredes térreas do casarão, onde o sombreado era garantido a qualquer momento. Ali, geralmente ao entardecer, o coronel se amoitava assuntado sobre a vida e a morte. Sentado numa cadeira de balanço ou em pé batendo na madeira com uma bengala adornada de pedrarias, o poderoso senhor nordestino chamava ao seu destino aquilo que desejava como sina. Era quando abria os velhos baús para espalhar fantasmas e recordações.

Apontou uma cadeira ao jagunço e este não pensou duas vezes, mas antes mesmo de se ajeitar no assento foi logo perguntando se o patrão já estava decidido a mandar matar o Coronel Licurguino, seu desafeto maior por aquelas bandas. Esperou uma resposta que veio mais que demorada. E antes de responder mandou que o seu cabra de confiança lhe trouxesse uma garrafa de cachaça adormecida nos anos. O coronel se serviu de dose e meia e disse ao outro que não se acanhasse de beber o quanto quisesse. Depois acendeu um charuto, estendeu a ferrugem dos olhos a qualquer lugar no meio do tempo, então começou a falar:


“Hoje não vou lhe chamar de Carniça. Seu nome é Aniceto e é assim que foi vou lhe tratar. Pois bem Aniceto, eis aqui um velho homem incompreendido. Um homem patenteado de coronel pelas forças políticas, dono de terra de não acabar mais, influente em tudo que pela região ponteia, fazedor de deputado e governante, amigo dos de lá de riba, mas um pobre coitado. Sim Aniceto, um pobre coitado. Quando herdei isso aqui do meu velho pai e fui alargando minhas terras por todo lugar, eu pensei apenas em ser um homem de posses. Mas a danada da riqueza acaba chamando tudo o que não presta para o seu lado. Logo me viram como o homem mais poderoso da região e tantos e mais tantos logo quiseram tirar proveito da situação. E gente grande, do meio político e do mando lá em riba. Entonce passei a ser usado por essa gente falsa e aproveitadora. Coronel pra cá, coronel pra lá, naquela conversa de bajular pra se aproveitar. Quando o povo me chamava assim eu não me incomodava não, mas com gente do poder era diferente. O povo chamava por ignorância, mas eles por esperteza. Mas o pior foi quando me deram um papel confirmando o coronelato, com poder de vida e morte na região, e em troca eu tendo de dar apoio político. E daí em diante comecei a maltratar as pessoas, coisa que eu não fazia antes. E passei a maltratar para que o medo tornasse todo mundo cativo no voto. Mandava ameaçar, prender e bater, de modo que o povo nem pensasse duas vezes em atender minhas ordens. Se era pra votar num candidato, então tinha de votar, a todo custo. Mas também, principalmente em época de eleição, despejava comida na casa de qualquer um, oferecia esmola, caixão de defunto e tudo o mais. Fazendo assim, não só colocava a pobreza como num curral, encabrestado, como evitava que pendesse para o lado dos inimigos, também poderosos e agindo do mesmo modo. E foi para manter o povo encabrestado e lutando contra os inimigos, que aos poucos fui me tornando um desalmado, um bicho com todas as armas na mão...”.

Parou um instante, tomou outra dose e prosseguiu. Apenas ouvindo, sem entender o porquê de o patrão estar relatando aquilo tudo a um jagunço, Carniça ficava imaginando aonde ele queria chegar. E ouviu:

“Foi pra manter o poder, pra dizer quem mandava aqui, que passei a ordenar que o sangue jorrasse. Como vosmicê bem sabe, mandei matar coronel intrometido, mandei matar jagunço de outro mando, mandei matar todo aquele que ousasse me desafiar. E até inocente morreu. E pra que tudo isso Aniceto, pra que tudo isso? Pelo voto, pelo mando, pra ter cada vez mais terra, pra eleger político da capital e lá de riba, e depois viver sem qualquer prazer na vida. E como fazer uma fera voltar a ser gente depois de tanta judiação?...”.

A voz embargada, os olhos marejando, o coronel chorava. Não prosseguiu. Puxou um lenço do paletó de linho branco, levou aos olhos, e em seguida gesticulou para que o jagunço saísse dali. As sombras da noite chegavam. Tudo num estranho silêncio ao redor. No alpendre do casarão apenas o vulto do coronel ainda sentado na cadeira. E assim amanheceu, porém sem vida. E que coisa mais estranha ser encontrado um rosário em suas mãos.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ANTONIO SILVINO NAS PÁGINAS DO "ESTADÃO" - PARTE II

Por Antonio Corrêa Sobrinho
O cangaceiro Antonio Silvino

Mais informações sobre o afamado cangaceiro rifle de ouro Antonio Silvino


PARAÍBA

O bandido Antônio Silvino, na madrugada de hoje, entrou na vila do Pilar, com um grupo de cangaceiros, atacando a cadeia local, de onde soltou os presos.

Em seguida saqueou as casas comerciais e a estação da arrecadação estadual.

02.03.1907

OS CANGACEIROS DE SILVINO

Continua Antônio Silvino a plantar a desolação no seio da família sertaneja do Estado.

Em princípio deste mês, acompanhado de seus esbirros, o bandido assaltou o lugarejo (?) da Taboca, do município de Caruaru, tendo praticado ali dois assassinatos e obtido bastante dinheiro.

Além daquele povoado, os perversos estiveram em Mandaçala e Trapiá.

Teve notícia dos lamentáveis furtos o subdelegado de Carapatos, que possuindo somente sete praças no destacamento e mesmo para não ficar abandonado o seu distrito, deixou de seguir em perseguição dos assassinos e ladrões.

Silvino esteve hospedado em casa do jornaleiro José Alves da Silva e eleva-se o seu grupo a 30 cangaceiros, competentemente armados e municiados.

20.05.1907

RECIFE – O chefe de polícia desta capital recebeu um telegrama do juiz de direito de Timbaúba, dizendo que um grupo de cangaceiros, capitaneados por Antônio Silvino, atacou o engenho de Jussara, em 31 do mês último, matando um morador e conduzindo dois contos de réis, quatro cavalos selados e mercadorias.

Os malfeitores seguiram em direção à Serra de Mascarenhas, indo a polícia no seu encalço.

03.08.1907

UM BANDIDO BENEMÉRITO

Já se acha quase terminado o cemitério de Malhadinha, em Limoeiro.
Esse benefício deve-se ao bandido Antônio Silvino, que ali aparecendo há meses e sentindo mau cheiro que provinha de corpos em decomposição, intimou os moradores do lugar a darem melhores sepulturas aos cadáveres.

Logo no dia seguinte a ordem começou a ser executada, e homens, mulheres e crianças, temendo qualquer ataque do cangaceiro que há doze anos se constituiu o terror dos sertões de Pernambuco e dos estados vizinhos, atiraram-se ao trabalho com grande afinco, de forma que brevemente será inaugurado o aludido cemitério.

13.12.1907

RECIFE, 16 – No lugarejo Machados, distante duas léguas de Bom Jardim, onde estaciona numerosa força policial, o bandido Antônio Silvino, acompanhado de mais cinco celerados, assassinou, a 1 hora da tarde, cinco pessoas, inclusive um inspetor de quarteirão e feriu gravemente treze, saqueando depois todas as casas.

Os habitantes não reagiram.

Sobem a mais de sessenta os assassinatos cometidos pelo facínora Antônio Silvino e sua quadrilha nestes últimos anos.

São fabulosos e incalculáveis os prejuízos causados pelos bandidos desde 1897.

17.02.1908

RECIFE, 14 – Uma força de vinte praças da polícia pernambucana atacou em Araras, no estado da Paraíba, o grupo de Antônio Silvino.

Foram mortos dois bandidos. O resto fugiu, abandonando rifles e munições.

15.05.1908

PARAÍBA

Os cangaceiros – No termo de Princesa deu-se um terrível encontro entre os temíveis cangaceiros e uma força-policial comandada pelo alferes Augusto de Lima, nomeado delegado em comissão no interior do Estado.

Esses cangaceiros formavam um grupo que há muito tempo se achava homiziado no lugar denominado Tavares, do município de Princesa, de onde faziam correrias que traziam em constante sobressalto os moradores dos arredores.

O alferes Augusto Lima chegando à casa em que se achavam entrincheirados os bandidos que, sentindo-se cercados, romperam cerrado fogo contra a força, que respondeu também (...), durando o fogo, ininterruptamente, cerca de quatro horas.

Cessado o tiroteio ficaram no campo da luta, mortos, três cangaceiros, sendo preso três.

Da tropa morreu um soldado, ficando ferido mortalmente dois paisanos que auxiliaram a força.

E assim vai aos poucos sendo reprimido o banditismo que infelizmente procurou fixar seus (...) no interior do Estado, implantando o terror e cometendo toda ordem de atrocidades.

Diversos destacamentos volantes andam pelo interior a fim de capturar outros bandidos, inclusive o tristemente célebre Antonio Silvino, a cuja sanha estão ainda expostos os pacatos e laboriosos sertanejos, que, além de martirizados pela seca, inda se veem perseguidos pelo banditismo que campeia por todo o Estado.

Antônio Silvino – Consta-nos, diz “O Norte”, que esse chefe de salteadores ainda não saiu do município de Campinas, em cujos arredores anda pervagando com seu bando.

Do capitão Zacarias, consta que anda no encalço daquele cangaceiro, sem conseguir, porém, alcança-lo.

Silvino substituiu o cangaceiro morto no tiroteio da fazenda Arara.

Dois outros bandidos entraram para o bando.

Há dias mandou Silvino um recado anunciando para breve uma visita ao Ingá, cujos habitantes o estão esperando armados até os dentes.

Pessoas vindas de Pernambuco dizem ser profundamente “diabólico” o plano da polícia daquele Estado para prender o célebre facínora, plano de cuja execução está encarregado o capitão Zacarias.

Cremos pouco nestes planos diabólicos, em se tratando do mais diabólico ainda Antonio Silvino. 

“O Município”, que se publica em Itabaiana, recebeu uma carta pormenorizada do recente ataque de Antônio Silvino à fazenda Muribeca, município de Campina Grande.

Eis a carta:

“No dia 7 do corrente, pelas 5 horas da tarde, Antônio Silvino chegou em casa do coronel Silvino, abriu a porta, entrou, cumprimentou-o e disse ser um oficial do estado de Pernambuco; em seguida perguntou o nome de uma pessoa, da baixa camada social, e deu voz de prisão. Feito isto, Antônio Silvino disse que o seu fim ali, já tendo entrado outros cangaceiros, era receber, de ordem do Dr. Afonso Campos, um conto de réis em pagamento da correspondência em que botou nos jornais chamando-o de bandido.

O coronel disse não ter dinheiro em casa; retorquindo Antônio Silvino que naquela casa existia dinheiro, então exigiu as chaves, fazendo-se acompanhar do coronel e sua mulher e por um cangaceiro de nome Tetéo, deu rigorosa busca em todas as gavetas e malas, tendo arrecadado pouco mais de dois contos e duzentos mil réis em dinheiro e cerca de um conto em joias.

Quando os cangaceiros chegaram, estavam em casa do coronel dois moradores, tendo chegado depois mais três ou quatro.

O bandido estragou os móveis, tratou mal o coronel e sua mulher, dizendo que só não os matava porque ele era um homem bom; intimou-o para se mudar dentro de 24 horas e mandou surrar dois ou três moradores presentes.”

27.06.1908

PARAÍBA

Do nosso colega do “O Norte”, tiramos a seguinte notícia:

“Morreu o célebre bandido Antônio Felix, vulgo Tempestade, companheiro de Antônio Silvino, nas imediações de Campina Grande.

O boato de sua morte corria ontem com insistência em Itabaiana.

Determinou a sua morte um ferimento de bala, que recebera num dos pés, no fogo havido na fazenda Arara, entre o grupo de Antônio Silvino e do capitão Zacarias das Neves.

Após o fogo, no qual salvara a vida a Antônio Silvino, fora tempestade tratar-se ocultamente.

Agora corre a notícia de sua morte, em consequência de gangrena do ferimento.

Tempestade era de extraordinária bravura e o melhor lugar-tenente do bandido Antônio Silvino.

Também foi preso um bandido que tinha o apelido de Jaçanã, por ser muito ágil e matreiro”.

Antônio Silvino – Andam no encalço do célebre cangaceiro, neste Estado, cerca de 200 praças da polícia de Pernambuco.

Com a prisão de Jaçanã e a morte de Tempestade deve estar muito reduzido o grupo de Silvino que, apesar disse, ainda há pouco apareceu numa cidade praticando mais de uma de suas proezas.

O capitão Zacarias está agora à frente de 40 soldados escolhidos.

Se ainda desta vez Silvino escapou é porque muito o protege a sorte...

11.08.1908

NOTAS E INFORMAÇÕES

No interior do estado da Paraíba, no lugar denominado Medalinha, houve um encontro entre a força comandada pelo sargento Couto e o grupo do bandido Antônio Silvino, tendo sido trocados, conforme notícias recebidas, mais de trezentos tiros.

Os bandidos conseguiram evadir-se.

Consta que morreu o dono da casa, onde esteve entrincheirado o grupo.
A força seguiu em perseguição do perigoso bando.

01.03.1909

O bandido Antônio Silvino – Uma carta do deputado Seraphico Nobrega.
PARAÍBA – Causou geral indignação aqui o fato de terem os jornais “Norte” e “União” publicado uma carta que o deputado Serafico Nobrega dirigiu ao “Jornal do Comércio” a respeito do bandido Antônio Silvino.

26.05.1910

PARAÍBA, 30 – As forças que penetraram no interior do Estado para capturar o bandido Antônio Silvino, foram apanhadas de emboscada pela malta do terrível assassino.

Caíram mortos o alferes Antônio Maurício, comandante da força e um soldado de polícia.

Ficaram feridos mais três soldados.

O grupo de Silvino fugiu, não oferecendo combate como é seu costume.
31.05.1910

PARAÍBA, 3 (A) – Telegrama recebido nesta capital noticia que o destacamento policial se encontrou com o bandido Antônio Silvino, nas proximidades do município de Taperoá.

Foram mortos dois companheiros do famigerado facínora.

Vários contingentes da polícia estão espalhados pelo interior, a fim de capturar Antônio Silvino e o seu bando.

04.06.1910

PARAÍBA, 10 (A) – O governador determinou a organização de mais uma expedição policial que seguirá para o interior, a fim de perseguir o bandido Antônio Silvino.

11.06.1910

PARAÍBA, 10 (A) - O governo determinou a organização de mais uma expedição policial que seguirá para o interior, a fim de perseguir o bandido Antônio Silvino.

11.06.1910

PARAÍBA, 2

Um bandido célebre – As últimas façanhas de Antônio Silvino. – Parece que este terrível bandido vai tomando uma nova atitude, em sua carreira de crimes, os mais abomináveis.

Antônio Silvino, até agora, procurou sempre evitar a força pública; chegou a sustentar tiroteios, mas só quando foi surpreendido.

Agora, porém, o temível facínora tornou-se agressivo, de modo que dentro de poucos meses já enfrentou duas vezes destacamentos policiais, fazendo vítimas em ambas.

Da primeira vez foram mortas duas praças e agora a audácia de Silvino teve resultado mais lamentável e mais triste.

Em dias da semana passada, Silvino saíra do município de Patos para o de Batalhão, algumas léguas distante de Campina Grande.

Em Patos, Silvino declarou ter o propósito de assassinar o alferes Maurício, valente oficial da polícia paraibana, o qual há muito o persegue com uma tenacidade digna de louvores.

Infelizmente o bandido cumpriu a sua palavra.

Chegando nas proximidades de Batalhão, localidade populosa e próspera, Silvino mandou um emissário com a lista dos contribuintes e o quantum que lhe devia ser remetido.

Os habitantes de Batalhão responderam pela negativa, confiados no alferes Maurício, que ali se achava com 14 praças e que logo se pôs no encalço da quadrilha.

Em S. André o oficial teve notícias de Silvino e então dividiu a sua força, talvez imprudentemente, em duas patrulhas de 7 praças.

Com a patrulha comandada pelo alferes Maurício seguiu um paisano, incumbido de rastejar o bando de criminosos.

Caminhava essa força quando dentro do mato rompeu cerrada descarga, sendo imediatamente mortos o oficial e o rastejador e caindo um soldado gravemente ferido.

O alferes Maurício foi ferido por uma bala de rifle no ouvido.

O resto da força debandou e Silvino, saindo do mato, assassinou a punhal o soldado ferido e mutilou o cadáver do desventurado oficial, de cuja farda arrancou os botões.

Os cadáveres do alferes Maurício e das outras vítimas foram sepultados na vila de Soledade.

A situação do interior da Paraíba, diante desses acontecimentos, é quase de terror, esperando as respectivas populações as providências mais enérgicas do governo do Dr. João Machado.


14.06.1910
Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa Sobrinho
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br

PAI, MÃE E IRMÃOS DA RAINHA DO CANGAÇO MARIA BONITA


Na foto acima aparecem: 

Maria Joaquina Conceição de Oliveira (dona Déa -  a mãe de Maria Gomes de Oliveira, a cangaceira Maria Bonita). José Gomes de Oliveira (Zé de Felipe pai de Maria), e dois irmãos da cangaceira Maria, a companheira do temível e sanguinário Lampião. 

Foto cortesia (?)
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

http://blogdomendesemednes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

MORRE LINDOMAR CASTILHO, REI DO BOLERO CONDENADO POR FEMINICÍDIO.

  Por Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil Publicado em 20/12/2025 - 12:10 Rio de Janeiro Morreu neste sábado (20), aos 85 anos, o can...