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16 fevereiro 2016

PARECE QUE FOI ONTEM - LUTO NO PALCO

Por Mário gerson

Tristeza. É esse o sentimento externado por toda a categoria artística de Mossoró pela morte da atriz Ludmila de Melo Albuquerque, que faleceu na terça-feira, 15. Amigos, familiares, integrantes de grupos teatrais da cidade e admiradores do Pessoal do Tarará, grupo do qual fazia parte, estiveram no velório e acompanharam o sepultamento da artista, que aconteceu às 16h30 de ontem, 16, no Cemitério São Sebastião, Centro. "Ludmila faz parte de um grupo que ressuscitou o teatro de arena em Mossoró. É uma grande perda para a cultura local", lamentou, pela manhã, durante o velório na Capela de Perpétuo Socorro, o ex-presidente da extinta Fundação Municipal de Cultura, Gonzaga Chimbinho.

Durante todo o dia, o velório recebeu atores e atrizes que trabalharam ou acompanharam a carreira de Ludmila. "Certamente uma grande perda para a arte teatral, ela que era talentosa e que se iniciou no teatro, segundo me disse numa entrevista, depois de ver nossos ensaios", falou Nonato Santos, diretor do grupo Escarcéu.

Amigos externaram a dor da perda da atriz talentosa e pessoa especial. Por quase um minuto, todos os que estavam na capela aplaudiram-na, como num último ato. Alguém, da porta, ainda gritou: bravo!, fazendo menção a uma forma de elogio utilizada no teatro e as palmas continuaram, sob forte comoção. "Não sei como apresentaremos A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró sem a personagem Roxana. Existe uma grande tristeza em nossos corações e, sinceramente, ainda pensamos que tudo isso não seja verdade", comentou Antônio Marcos, um dos integrantes do grupo.

Na parte interna da igreja, cartões com a imagem da atriz e uma exposição fotográfica mostrando os principais momentos de sua carreira faziam parte das muitas homenagens que lhe foram prestadas durante todo o dia. Além das fotos, a roupa e a sombrinha que Ludmila usava na peça A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró também estavam expostas. Mesmo emocionado, Dionizio do Apodi, diretor do grupo e esposo da atriz, pediu palmas para Ludmila, que o acompanhou desde a fundação do grupo, em 2002. 

Entre os presentes, também estavam autoridades locais, como a prefeita do município, Maria de Fátima Rosado, o chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, Gustavo Rosado, além de Francisco Carlos de Carvalho, secretário da Cidadania e da vereadora Cláudia Regina. Todos lamentaram a perda da atriz. A direção do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, por exemplo, afixou uma faixa de luto em um dos acessos ao prédio.

LUDMILA DE MELO ALBUQUERQUE — Nasceu a 12 de novembro de 1980. Vem de uma família que ama as artes. E foi com esse mesmo amor que abraçou, em 2002, um grupo de teatro que tem feito a diferença quando o assunto é popularizar a cultura ao maior número de pessoas, sem que estas tenham que pagar para isso.

Disciplinada, como bem lembrou a gerente de Cultura do município, Clézia Barreto, Ludmila se descobria no palco, onde encantava em personagens que marcaram a trajetória do grupo O Pessoal do Tarará.

Sua primeira participação veio com Sanduíche de Gente, texto do poeta Crispiniano Neto, encenado na Praça da Catedral e que ganhou a estrada do interior do Estado, para chegar a outros públicos. Com a peça O Inspetor Geraldo, inspirada na obra do dramaturgo russo Gogol, ela abrilhantou ainda mais seu caminho como atriz.

A coroação veio com o espetáculo A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró, onde se destacou nos palcos como Roxana, a amada de Severino. Interpretando essa personagem ganhou, em setembro de 2008, o prêmio de melhor atriz no XV Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

O GRUPO — O Pessoal do Tarará foi fundado em 13 de novembro de 2002, em Mossoró (RN), com o objetivo de fazer um teatro popular, onde a experimentação, a ousadia e a qualidade pudessem estar sempre presentes. 

Sempre cuidadosos com o texto, com a forma e o aprimoramento constante, O Pessoal do Tarará é uma das mais representativas companhias de teatro da cidade, tendo recebido diversos prêmios, tanto no Estado quanto fora dele.

Além disso, possui um importante trabalho de integração sociocultural na comunidade onde está instalada a sede, a Baixinha. 

A partida de Ludmila Albuquerque deixa uma lacuna no cenário teatral da cidade e um espaço vazio no palco iluminado que sempre foi a bela história do grupo O Pessoal do Tarará.

(Matéria publicada no Jornal Gazeta do Oeste - 17/02/2011)



Enviado pelo poeta e escritor José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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15 fevereiro 2016

LIVRO QUE ESTÁ NO FORNO....." AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA - PE "

Por Marcos De Carmelita Carmelita

O que torna o livro As Cruzes do Cangaço - Os Fatos e Personagens de Floresta, um trabalho de pesquisa tão especial? 

O livro está sendo elogiado por pesquisadores e escritores dos mais renomados em historiografia Sertaneja e Cangaceira, do Nordeste e do Brasil, como Frederico Pernambucano, João de Sousa Lima e Leonardo Ferraz Gominho. O livro apresentará além de histórias inéditas, uma coleção de fotografias nunca vistas no mundo do cangaço. O próprio comandante do Cariri Cangaço, Manoel Severo, leu o episódio da Chacina da Tapera com mais de quarenta páginas e por celular via Mensager ele comentou: SEM PALAVRAS!!!! EXCELENTE!!!!!

Na fotografia abaixo, os escritores Marcos e Cristiano colocam frente a frente, Cláudio Correia (segundo no alto, da esquerda para a direita) e Dona Luzia de Garapú . Ela, com 96 anos, assistiu a morte de seu pai, o Caboclo Garapu, e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá (que erradamente está escrito que morreu em Serrote Preto) e Cláudio era vizinho e confidente de Zé Freire, ex - volante que estava na linha de frente no combate, acontecido no Riacho do Mundé em 1927.

A nossa satisfação é enorme, saber que todos aqueles esforços, perdas de sono, fome, sede, angústias, incertezas, chegou no patamar que almejávamos, a realização de um sonho de dois matutos aventureiros. Sem as armaduras de couro do vaqueiro, mas com a garra e a coragem típica dos Florestanos, nos embrenhamos nas caatingas virgens e quase intransponíveis da nossa terra, e como vaqueiros da história seguimos os passos do Rei do Cangaço, o Capitão Lampião, por trilhas e antigas veredas. Encontramos personagens totalmente lúcidos e que nunca foram entrevistados por nenhum outro pesquisador e por pouco não passaram despercebidos na história. 

Obrigado a todos os amigos que curtem, comentam e compartilham as nossas publicações. Obrigado pela força.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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LIVRO BEATOS E CANGACEIROS.......DIGITALIZADO...UNIVERSITY OF FLORIDA ..


Caros amigos:

Segue para quem ainda não conhece o link do livro completo (250 páginas) do pesquisador e escritor Xavier de Oliveira, BEATOS E CANGACEIROS, escrito no ano de 1920.


Há algum tempo que tenho esse link da UNIVERSITY OF FLORIDA DIGITAL COLLECTIONS. Como esse livro foi parar lá ninguém sabe, mas o mais importante é que está à disposição do público. Também o imprimi e encadernei, pois ainda não possuo o original que custa em torno de R$ 250,00 a 300,00 nas vendagens via internet.


A pesquisa que gerou o livro BEATOS E CANGACEIROS trata-se de um misto de estudo de psicologia social, história real, observação pessoal do autor e impressão psicológica dos então beatos mais famosos e alguns dos mais celebres cangaceiros do Nordeste, obviamente, antes de 1920, ou seja, antes da era de Lampião.

Consta que das andanças em entrevistas diversas o autor Xavier de Oliveira, também médico cearense e cronista de costumes, convivendo com os fiéis do Padre Cícero no Juazeiro do Norte, em 1915, teve o seguinte diálogo com o beato Vicente, lenhador de profissão:

Quis tirar-lhe o retrato. Não o consentiu.

- Isso é coisa da besta-fera, disse-me.

- Mas o Padre Cícero tira, ponderei-lhe, para convencê-lo.

- Sim, mas Cristo também andava sobre as águas e não se afogava. O meu padrinho pode até pisar em fogo e não se queima. Mas eu é que não quero que o "Capiroto" tenha lá o meu retrato.

Façam um bom proveito desse livro histórico. Eis o link:

Fonte: facebook
Página: Archimedes Marques
Grupo: O Cangaço

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AS ÚLTIMAS PASSAGENS DE LAMPIÃO POR ALAGOA NOVA - PARTE FINAL


Duas histórias são contadas como sendo as últimas vezes que Lampião esteve em Alagoa Nova. A primeira foi narrada por Sipriano Alves Ferreira

Joaquim Nicolau, o Quinca Niculau, do São Bento, tinha sua residência e terras nesse sítio, vizinhas ao Povoado. Ele já tivera alguns contatos com Lampião e gosava de sua confiança. Em uma de suas passagens ali, em 1926, o cangaceiro esteve em sua casa e pediu a Quinca que guardasse uma maleta e disse-lhe que não a entregasse a mais ninguém, pois um dia quando voltasse a queria de volta, em mãos. Quinca seguiu a instrução ao pé da letra. Em Patos, um certo “Senhor Salviano”, que deveria ter alguma autoridade, soube da história dessa maleta e mandou uma carta para Quinca comparecer urgente nos Patos. Chegando lá, Senhor Salviano disse que tinha um particular para conversar com ele, e seguiram de mata adentro. Ao andarem na mata, Quinca Nicolau virou-se para ele e pediu para que ele falasse; então ele disse: é que Lampião passou aqui e disse que o senhor me entregasse a maleta. Então Quinca ficou brabo e respondeu: Lampião me disse que eu não poderia entregar esta maleta para ninguém. Desconfiado, fez a volta, mandando que Salviano fosse à frente, o que foi obedecido. Ao chegar em casa, os cangaceiros de Salviano perguntaram se ele havia conseguido o objetivo.Ele respondeu: “Não me falem mais disso não, pois esse homem é uma fera, e quase me mata na mata. Quinca voltou para casa, onde viveu ainda alguns meses. No ano seguinte mudou-se para o Ceará. Dez anos depois, ao falecer, deixou a maleta com os filhos e Lampião nunca voltou para pegar.

Agda Vicente de Arruda – Em uma dessas saídas, registra-se a passagem do bando de Lampião, por Alagoa Nova.

Em um final de tarde de 1926, a tropa de Virgulino Ferreira fez parada nessa terra. Ao entardecer, já escuro, estava meu avô “tomando uma fuga” do cansaço do dia, deitado na frente da casa, junto à porta. Minha avó estava sentada na cadeira, quando chegou uma tropa montada de burro. Pelas vestimentas, Silva reconheceu o visitante e disse: “Apeie”. Desceram de suas montarias e tomaram água. Dª Agda preparou um jantar onde foi servido cuscuz, rapadura, leite e café, iguarias disponíveis da culinária da época. Ao partirem, os cangaceiros levaram panos amarrados em “trouxas”, contendo cuscuz e rapadura.

O bule de porcelana que Agda serviu o café (primeiro à esquerda).
A bandeja (acima) utilizada no casamento de Doca e Isabel, em São José, no ano de 1923.
Foto do Autor: Museu de Manaíra (2014)

A partir daí, o Sr. Manoel, esposo de Agda, por medo de ser morto, chegou a acompanhar os cangaceiros pelo período de 12 meses. Há quem diga que ele, simplesmente, teria “desaparecido” naquele período. Não se sabe, ao certo, o que ocorreu com ele[26].

[1] Existe divergência quanto à data dessa batalha.
[2] Os habitantes mais novos de Princesa e aqueles que fizeram boas pesquisas, discordam dessa versão. Existe, porém, vários dos mais antigos que afirmaram essa ocorrência. Até o velho “Nego Chico”, do Pelo Sinal, era enfático em afirmar: “Livino Ferreira era combinado com Zé Pereira”.
[3] Em 2013 foram levados três aparelhos GPS para fazer a aferição e constatou-se uma altitude de 1.138, sobre a pedra mais alta.
[4] Teria sido esse o momento em que Doca, Lampião e o parente, estariam conversando sobre a ajuda solicitada e que foram orientados a fugir para São José.
[5] Quelé residia em Alagoa Nova e dali administrava suas operações.
[6] Possivelmente, a partir daí, Lampião não estava, mas sim, Livino.
[7] Livino
[8] Livino.
[9] Livino.
[10] Era uma chuva forte.
[11] .Livino.
[12] Livino.
[13] Livino.
[14] intercedeu.
[15]  Segundo Marilourdes Ferraz, em seu Canto do Acauã, pág. 231, “A mercadoria roubada de Sousa e apreendida na casa foi entregue às autoridades paraibanas, que deram o recibo correspondente”. Quem seriam as “autoridades” que receberam a mercadoria? – As volantes paraibanas? Em Sousa ou outro lugar, não existem registros da devolução de nada.
[16] Cajazeiras (PB).
[17] Livino
[18] Ao que tudo indica, após a semana de tratamento em Triunfo – Vide Tiro no Pé - Lampião e Luís Pedro reintegram-se ao grupo.
[19] Próximo ao Pau Ferrado.
[20] Né Marcelino.
[21] Não foi Luís do Triângulo que morreu, mas um cunhado dele, de nome Chiquito.
[22] Luís do Triângulo organizou a defesa de Patos, com trinta homens bem armados, e não permitiu a entrada de Lampião. Com a morte de seu cunhado Chiquito, Luís e seu grupo iniciou longa perseguição aos cangaceiros, culminando com uma emboscada que destruíu boa parte desses bandoleiros.
[23] Existe nessa narrativa da luta do Gavião, uma dúvida quanto à exatidão da data.
[24] Enviado por Manoel dos Santos Diniz – Né Marcelino -, pai de João e Juvenal. João era um dos dois prisioneiros sequestrados.
[25] Esse cangaceiro foi ferido após longo tiroteio com a polícia, no sítio Tataíra. Foi protegido e cuidado por Manoel Lopes – o Ronco Grosso - que, posteriormente, em companhia do cangaceiro Tocha, o liquidaram, a mandado de Zé Pereira.

[26] Fato narrado por Maria Aparecida Rabelo (Gogóia), neta de Manoel Ferreira Rabelo (apelidado de “Silva”) e Agda Vicente de Arruda.

FIM.
http://www.manaira.net/canga%C3%A7o.html

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"O OLHO CEGO DE LAMPIÃO"


A versão de como Lampião teria ficado cego do seu olho direito. Em confronto com a volante, Lampião em pleno tiroteio se encontrava deitado, um soldado dispara contra um pé de quipá (planta espinhosa), que faz um dos espinhos cair dentro do olho de Lampião. Ao ficar cego dizia Lampião: - "Não me faz falta o olho cego, pois preciso fechar um para atirar". Isso aconteceu no ano de 1924/1925, nessa época lampião lutava contra as volantes do estado da Paraíba e Pernambuco.

Fonte: facebook
Página: Pedro Ralph Silva Melo

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LAMPIÃO: AS LENDAS E OS VERSOS

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Depois de morto, Lampião foi decantado em versos e prosas e foram inventadas estórias sobrenaturais misturando-o com demônios, bodes e fogo do inferno. Era um prato cheio para os versejadores nas feiras do nordeste. 
  


A veia sobrenatural escorria célere das gargantas dos cantadores e emboladores. Lampião tinha o corpo fechado e era cheio de maldade e ódio. Por está perto de águas, seu corpo abriu para as balas dos “macacos”.

Lampião chegou ao inferno e destruiu um exército de negros, segundo José Pacheco, que em seu cordel “A Chegada de Lampião ao Inferno” que nos diz:


Morreram cem negros velhos,
Que não trabalhavam mais,
Um cão chamado Traz-Cá,
Vira-Volta e Capataz,
Tromba-suja e Bigodeira,
Um cão chamado Goteira,
Cunhado de Satanás.

O Cordelista Guaipuan Vieira, também nos fala da tentativa de Lampião entrar no céu:


Foi numa Semana Santa 
Tava o céu em oração 
São Pedro estava na porta 
Refazendo anotação 
Daqueles santos faltosos 
Quando chegou Lampião.


Mas Rodolfo Coelho Cavalcante diz que Lampião tentou ir para o céu   mas ganhou o purgatório e está lá até hoje para ser julgado.

Sobre sua maldade e valentia, muitas lendas correram de boca em boca nas esquinas das feiras e nas bodegas nordestinas. Pereira Sobrinho descreve o cangaceiro com toques de misticismo: 

Tinha todas as qualidades,
Que pode ter um vivente,
Era enfermeiro e Parteiro,
Falso, covarde e valente,
Fraco Igualmente ao sendeiro,
Astuto como serpente,
Matava por brincadeira!
Com pura perversidade,
Dava comida aos famintos,
Com amor e caridade,
Foi sanfoneiro e poeta,
De primeira qualidade.


Também sua maldade era lenda, contada por muitos poetas. Cordelistas e cantadores chegaram a contar que um dia o cangaceiro tentou matar seu filho por a criança chorar. Sabemos que Lampião não teve filhos, apenas uma filha que mora em Aracaju.

Além dos cantadores nas feiras das cidadezinhas do sertão nordestino, tinha o bando de Lampião alguns “cabras” versejadores, cantores e músicos.  No livro “Lampião: o homem que amava as mulheres: o imaginário do cangaço” de Daniel Soares Lins, nos conta que: 



“Às vezes, Lampião pedia a um companheiro para ler em voz alta os jornais ou os folhetos de cordel. O cangaceiro Gitirana, além de saber ler, era poeta e compositor, cantor — barítono — e dançarino renomado do bando. No sertão, nas noites de lua cheia, o céu eclode numa festa de estrelas. Excitados, os cangaceiros festejavam, através do canto e da poesia, o acordar dos sentidos energizado pela força da caatinga. Quando no silêncio da noite uma nostalgia de eternidade e uma vontade de amar atravessavam os corpos meio adormecidos dos cangaceiros, o Capitão, emocionado, ordenava ao poeta Gitirana que declamasse e cantasse, enchendo de uma alegria infantil o coração rude de homens e mulheres habituados a conviver com a morte que rondava apressada os recônditos da caatinga: 

Amor remexe com a gente
Chegando de supetão
Pior do que dor de dente
É sentir palpitação
Cabrocha pra ser bonita
Bonita como o amor
Basta um vestido de chita
E na cabeça uma flor!"

Tinha outro cangaceiro versejador, Labareda e também um tocador de gaita, Jandaia. Fora os sanfoneiros, inclusive Lampião, que também compôs seus versos. Dizem que em uma de suas fugas, deixou cair seu caderninho, encontrado pelos seus perseguidores.



As estórias são muitas, e muitas delas verdadeiras, mas a maioria delas são inventivas, criadas por mentes brilhantes em seus versos repentistas e cordelistas.


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MOSSORÓ DE TODOS OS TEMPOS COM JOÃO DE DEUS - PARTE 1


Publicado em 25 de agosto de 2014
Mossoró de Todos os Tempos dia 21/08/2014
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Publicado em 4 de setembro de 2014
Mossoró de Todos os Tempos dia 28/08/2014
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MORRE LINDOMAR CASTILHO, REI DO BOLERO CONDENADO POR FEMINICÍDIO.

  Por Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil Publicado em 20/12/2025 - 12:10 Rio de Janeiro Morreu neste sábado (20), aos 85 anos, o can...