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29 fevereiro 2016

O HOMEM QUE COLOCOU LAMPIÃO NA HISTÓRIA


(Quando Lampião foi informado de que se tratava de uma coluna de civis, sofredores iguais a eles, se prestou a cumprimentar e pedir desculpas ao Carlos Prestes.) "Aparentemente sem ter recebido a carta de Bartolomeu, Lampião cuida de seus interesse pessoais em Pernambuco. Invade a fazenda de um antigo inimigo, mata dois, fere dois e incendeia a casa. Saindo desse ataque, no mesmo dia, tem um combate com a coluna, mas pensa que está lutando com a polícia, em 1927" (Antonio Amaury C. de Araújo). Saiba mais no link abaixo.


Fonte: facebook
Página: Breno Dos Santos
Grupo: O Cangaço

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COLUNA PRESTES X LAMPIÃO


Não são poucos os que veem Lampião um Robin Hood nordestino. "Ele foi bandido, mas também teve atitudes de distribuir o que tomava", diz o pesquisador Antônio Amaury C. de Araújo, de São Paulo, que escreveu seis livros sobre o cangaço. Ex: em 1927, o bando entrou em Limoeiro do Norte (CE) jogando moedas para as crianças. Cena semelhante acontecera em Juazeiro, quando, Lampião foi convocado para combater a Coluna Prestes.

A coluna Prestes foi um movimento entre os anos de 1925 e 1927, encabeçado por líderes tenentistas.  

Os tenentistas foi um movimento que ganhou força entre os militares de médio e baixa patente, durante os últimos anos da República Velha. Nesse movimento se mostraram favoráveis às tendências políticas republicanas liberais. Entre outros pontos reivindicavam uma reforma constitucional capaz de trazer critérios mais justos ao cenário político nacional. Exigiam que o processo eleitoral fosse feito com o uso do voto secreto e criticavam os vários episódios de fraude e corrupção que marcavam as eleições.  Eram favoráveis à liberdade dos meios de comunicação.

A coluna Prestes fez grandes jornadas para o interior do país, procurando fazer insurgir o povo contra o regime oligárquico vigente durante a presidência de Artur Bernardes, ainda no período da República Velha. A Coluna Prestes ainda pregava ao povo a necessidade da destituição do presidente e a imediata reformulação econômica e social do país, pregando a nacionalização das empresas estrangeiras fixadas no Brasil e o aumento de salários de trabalhadores em todos os setores rurais e industriais. Em suas jornadas, que se estenderam em uma distância de por volta de 25.000 quilômetros.

A coluna Prestes ganhar muita força, as tropas do governo começam a pedir reforço a todos até mesmo ao bando de Lampião.

Janeiro: o bandido é convocado

Com a coluna se aproximando do Ceará, Floro Bartolomeu, deputado federal do Estado, recruta uma força de defesa, os Batalhões Patrióticos, e vai com ela para Campos Sales (CE). Prepara uma carta convocando Lampião e a manda para o Padre Cícero endossar. Um mensageiro vai atrás de Lampião. Enquanto isso, Bartolomeu, adoentado, segue para o Rio.

Fevereiro: confusão entre inimigos

Aparentemente sem ter recebido a carta de Bartolomeu, Lampião cuida de seus interesses pessoais em Pernambuco. Invade a fazenda de um antigo inimigo, mata dois, fere dois e incendeia a casa. Saindo desse ataque, no mesmo dia, tem um combate com a coluna, mas pensa que está lutando com a polícia.

Março: defensor público por pouco tempo

Lampião recebe a carta e segue para Juazeiro. Acampa com 49 homens perto da cidade e mais de 4 000 curiosos vão vê-lo. No dia 5, se encontra com o Padre Cícero e recebe uma patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, assinada, acredite, por um funcionário do Ministério da Agricultura. Mais tarde esse homem diria que, naquelas circunstâncias, assinaria até exoneração do presidente. Todos os cangaceiros recebem uniformes e fuzis automáticos. No dia 8, Floro morre.


Lampião parte decidido a cumprir o combinado, mas é perseguido em Pernambuco, o que o desaponta. Volta para falar com o Padre Cícero. Como este não o recebe, interrompe sua carreira de defensor público e retoma a rotina de crimes.

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28 fevereiro 2016

FAMÍLIA DOS CANGACEIROS MORENO E DURVINHA


DURVINHA E MORENO COM SEUS 5 FILHOS MINEIROS, ESSA FOI A NOSSA PRIMEIRA FOTA DA NOSSA VIDA... NESSE ÉPOCA AGENTE VIVIA LA NO PÉ DA SERRA EM AUGUSTO DE LIMA MG.

Fonte: facebook
Página: Lili Neli

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Marcos De Carmelita Carmelita e Cristiano Ferraz...


Não esqueçam destas duas feras !!! Apaixonados pelo sertão e pelo seu chão, valorosos embaixadores do Cariri Cangaço, irmãos mais que queridos e que vão simplesmente ARREBENTAR no Cariri Cangaço Floresta...PE, ...Inclusive, vão lançar um LIVRO baseado numa pesquisa profunda que fizeram.


Valeu irmão Marcos De Carmelita Carmelita e Cristiano Ferraz.

Imperdível Cariri Cangaço Floresta e AS CRUZES DO CANGAÇO !!!
26 A 28 DE MAIO... Tá chegando...

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FEITOSA DOS INHAMUNS

Por Nertan Macêdo

Quando êle chegou em casa 
Seu pai botou-lhe a bênção. 
Deu-lhe um abraço e lhe disse: 
Meu filho do coração, 
Serás como teu avô, 
Que cento e tantos matou, 
E nunca foi à prisão. 

"História do Capitão Lampião" 
Autor anônimo

SE O PARENTESCO com Antônio Silvino foi uma invenção do povo, não o era certamente a consanguinidade que vinculava os Ferreira de Vila Bela aos valentes Feitosa do São João dos Inhamuns, no Ceará. Um velho amigo e vizinho dos Ferreira, cuja casa de morada não se distanciava cem braças da de Virgulino, como ele, também, afeito ao artesanato do couro, o vila-belense Venâncio Barbosa da Silva, sabia desse parentesco com os Feitosa. 

Venâncio morava numa fazendola, chamada Cipós, ao lado dos Ferreiras. A crônica mais antiga corrente nas redondezas, rezava que o bisavô paterno de Virgulino viera de Tauá, na serra do São João dos Inhamuns, bater com os costados em Vila Bela. Ali casara ou amancebara-se com uma parda, de nome Maria Jacosa, filha, talvez neta, de índios do sertão pernambucano. 

Trazia o bisavô um nome famoso, de guerra: Feitosa. E a tradição oral dessa descendência perdurou entre as gentes do lugar. É provável mesmo que esse antigo Ferreira fosse um Feitosa bastardo, dos muitos nascidos das índias preadas pelos poderosos senhores dos sertões cearenses. Ou fosse um Ferreira Ferro, fugido à sanha de um Monte ou da justiça do rei. De qualquer forma, um Feitosa, como se deduz do que a respeito desse ramo legou à posteridade o doutor Pedro Théberge, do Icó. 

Diz Théberge que o tronco Feitosa havia se passado do Engenho Currais de Serinhaém, Pernambuco, para os sertões do Ceará. Essa retirada se dera em virtude da participação profunda dessa gente de Serinhaém na Guerra dos Mascates, no Recife. Perseguidos ali, perseguição que se estendia no tempo a quantos brasileiros se houvessem metido naquele movimento, escaparam para o sertão cearense, fixando-se nas cercanias do Icó. 

O chefe, Lourenço Alves Feitosa, tomou, no Ceará, o título de Alferes Comissário. Ele havia casado com uma irmã do vigário de Goiana, no seio de uma família importante, Gondim. Outro seu cunhado era pro vigário do Recife. 

Os Gondim eram aparentados com os descendentes de André Vidal de Negreiros e assinala Théberge, "com uns Ferreira Ferro, moradores em Penedo, e por parentesco tão íntimo que um membro da família Feitosa sempre tomou até hoje este nome de Ferreira Ferro. 

Fugiu Lourenço para o Ceará na companhia de três irmãos, Francisco Alves Feitosa, o coronel Pedro Alves Feitosa e Manoel Ferreira Ferro. No Ceará, radicou-se Lourenço numa fazenda denominada Cachoeirinha, a seis léguas do Icó, molhada pelas águas do riacho Cariúzinho. 

A luta contra os Monte, com os quais se haviam ligado por um casamento, teve origem numa rixa familiar, de cunhado a cunhado, acrescida mais tarde de urna disputa feroz por terras, situadas na ribeira do riacho Jucá, afluente do Jaguaribe. 

O caráter dos Feitosa era marcado de orgulhosa altivez. Deles fala o doutor Théberge como sendo ricos, não menos orgulhosos que os Monte, mais práticos, mais civilizados, acostumados que eram a corromper as autoridades reinóis, ante as quais sabiam todavia, curvar-se, quando achavam oportuno; muito unidos entre eles e dominando, com mão de ferro, os índios Jucás, Caiús e Inhamuns. 

Dá-nos o mesmo cronista notícia de um oficial das milícias do tempo, de nome João Ferreira da Fonseca, que se reuniu aos parciais dos Feitosa e a um troço de oitocentos índios jenipapos, com os quais entrou a percorrer o interior roubando e massacrando os Montes e seus sequazes, praticando contra eles as violências das mais atrozes sem atenção nem a sexo nem a idades. Quase todo o ano de 1724 foi assinalado por estes atentados que se estenderam por todo o interior da Capitania. 

Com o passar dos anos, os Monte foram entrando em decadência, sepultando no esquecimento a crônica belicosa da família. 

Os Feitosa, não. Continuaram, diz o cronista, a viver a sós consigo mesmos, sem relação nem comunicação com o resto da população, e conservando sempre grande séquito de malvados, que acoitavam contra as perseguições da autoridade. Tinham os Feitosa uma parentela numerosa, não apenas no Ceará, como em Pernambuco, principalmente no Recife e no Icó. Na vila do Penedo do Rio São Francisco moravam primos célebres dessa gente, os capitães Manoel Ferreira Ferro e João Ferreira Ferro, sendo todas pessoas ligadas por laços de consanguinidade ou de afinidade, escreve o doutor Théberge, assim terminando a sua narrativa: "A família Feitosa ainda existe nos Inhamuns, na mesma ribeira do mesmo rio Jucá, quase no mesmo pé que seus antepassados, ligando-se pouco com outras famílias, e conservando ainda quase sem alteração os seus costumes de prepotência, riqueza e valentia". 

Virgulino Ferreira tinha assim por quem puxar. A ser verdadeira a doutrina tradicionista, que afirma ser a alma uma transmissão genética. Herdara do sangue português a coragem e o gosto pela solidão. Do índio, de língua geral, mais provavelmente de língua travada, ficou-lhe a astúcia, a rebeldia e o nomadismo guerreiro.(*) (**) 

(*) "Manuel Ferreira Gondim. E esse quem era? Em todos os atos públicos onde figura o seu nome encabeça a lista dos assinantes. Devia pela idade provecta e pela atuação respeitável merecer êste privilégio. Sabemos ser oriundo da estirpe pernambucana dos Gondins de Goiana, filho de um irmão do Sargento-Mor Francisco Ferreira Pedrosa, sobrinho de D. Antônia de Oliveira Leite, mulher do Comissário Lourenço Alves Feitosa e do Padre José Ferreira Gondim, Vigário de Goiana e Vice-Vigário do Recife. Sua mãe, Luzia Monte, pelo lado materno (Isabel Monte), e Feitosa, pelo lado paterno (Cel. Francisco Alves Feitosa), vinha dos tempos da dominação. Situado no rio do Umbuzeiro, onde possuía terras nas fazendas "Aroeiras", "Gameleira" e "Araras", tinha como vizinhos o Sargento-Mor Leandro Custódio Bizerril e o parente próximo Capitão-Mor José Alves Feitosa. Foi no Centro-Oeste cearense patriarca no verdadeiro sentido. Por tôda parte parentes seus têm destaque em todos os ramos de atividade humana. Desaparecendo aos 31 de dezembro de 1833, uma récua de filhos chorou a sua morte. Dez legítimos um natural, ao todo onze. Já na Bíblia encontramos Abraão, o patriarca de Israel, o preferido de Deus, também constituindo família com uma concubina —Ismael foi o produto destes amores, como JOSÉ FERREIRA o era do patriarca dos Inhamuns. Nos autos de inventário de Manoel Ferreira Gondim e sua mulher Isabel Alves está escrito: "Ajuntem os meios dotes e somem e repartam pelos onze herdeiros, incluindo o herdeiro José Ferreira, filho natural do falecido velho Gondim, que na regra de direito é herdeiro de seu falecido pai por isso que deve entrar na meação". A figura bíblica do homem de Hur identifica-se nos mesmos anseios com o Gondim das "Aroeiras". O mesmo destino a que ficam sujeitas as pessoas marcou-lhes, em sentido diverso, a passagem pela terra. O filho de Abraão, banido para o deserto, foi ter ao vale de Meca, o de Manoel Ferreira Gondim, na procura dos favores de parentes importantes, perdeu-se nos sertões agrestes de Pernambuco. De Ismael, descende Maomé, o místico que ainda reina nos corações de milhares de asiáticos. De José Ferreira, rezam as tradições, provém Lampião, o famoso bandoleiro que reinou nos sertões". — Gomes de Freitas, Novos Subsídios para a História dos Inhamuns, edição de "O Povo", Fortaleza, Ceará, 21-12-63. 

(**) "Filhos do português João Alves Feitosa, casado, como já ficou dito, com uma filha do Coronel Manoel Martins Chaves: 

1 — Comissário Lourenço Alves Feitosa, casado com Antônia de Oliveira Leite, irmã do Padre José Ferreira Gondim, Vice-Vigário do Recife e do Vigário de Goiana; 

2 — O Coronel Francisco Alves Feitosa, casado, em primeiras núpcias, com Isabel do Monte, irmã do Capitão-Mor Geraldo do Monte; em segundas núpcias com Catarina Cardosa da Rocha Resende Macrina, descendente da família Cavalcanti e Albuquerque, de Pernambuco, e, em terceiras núpcias, com Isabel Maria de Melo. 

Estas três mulheres eram viúvas e traziam filhos dos seus leitos anteriores. Dos filhos do primeiro casamento de Isabel do Monte, descendem grande parte dos Pinheiros, dos Meios e dos Fernandes Vieira, conforme o testemunho do Dr. Helvécio Monte ("Unitário", n. 2.168, de 4 de junho de 1916). 

Dos filhos do primeiro casamento de Catarina Cardosa da Rocha Resende Macrina, segundo uma tradição que sempre circulou, no seio da família Feitosa, descendem os Pereiras de Pajeú de Flôres.

— "O Coronel Francisco Alves Feitosa fundou a sua primeira fazenda no lugar Barra do Jucá, em terras do Rio Jaguaribe, à margem direita deste, cerca de uma légua de sesmaria abaixo da atual vila de Arneiroz, construindo ali uma Capela de taipa, e, por isso, com a edificação da Igreja de Arneiroz, por um neto do mesmo Francisco Alves Feitosa, ficou aquela fazenda com o nome de Igreja Velha (esta denominação já desapareceu com a demolição dos prédios antigos). 

Procedeu-se ao inventário do Coronel Francisco Alves Feitosa em Cococi; foi apenas uma partilha, porque não havia órfãos e o monte total orçou em NCr$ 12.000,00, isto é, perto desta importância, porque as avaliações foram muito baixas, conforme se vê, não havendo avaliações de posses de terra, e sim de sítios: um sítio São Nicolau, com 3 léguas de terra, avaliado por NCr$ 200,00; um sítio Figueiredo, com duas léguas, avaliado por NCr$ 400,00; o sítio Ôlho d'Águia do Urucu, por NCr$ 50,00; uma légua de terra, das extremas do Latão até a Estiva, por NCr$ 300,00; um sítio, com engenho, no lugar Engenho da Serra, por NCr$ 400,00; o sítio Pouco Redondo, com 3 léguas de comprimento e uma de largo para cada lado, por NCr$ 550,00, e assim por diante, outros sítios em Inhamuns, Quixelô, antiga Santana do Cariri e Rio de São Francisco, da Cachoeira de Paulo Afonso para baixo. Os bens semoventes tiveram as avaliações seguintes; um cavalo de fábrica, em Cococi, por NCr$ 5,00; as éguas, avaliadas a NCr$ 3,00; as vacas, a NCr$ 2,00; as novilhotas e novilhotes, a NCr$ 1,20; e os bezerros, a NCr$ 0,50. (Os escravos, de moleques a negros, tiveram avaliação de NCr$ 40,00 a NCr$ 80,00, mais disto um ou outro.) Esta partilha foi feita em Cococi, no dia 17 de junho de 1770, com assistência de todos os herdeiros e co-herdeiro do Capitão-Mor Arnauld de Holanda, casado com Francisca, neta do inventariado. 

Os bens inventariados, por morte do Coronel Francisco Feitosa, atualmente teriam valor para algumas centenas de contos de réis. Não nos constam os nomes dos estados do Coronel Francisco Alves Feitosa do primeiro casamento. Do segundo casamento constam-nos os nomes dos seguintes enteados: 1 — Antônio Pereira do Canto, casado com Antônia, filha de Antônio Barbosa Galvão; 2 — Leonor, casada com o português, a quem chamavam Marinheiro José da Silveira, que cultivava a Serra, que ficou com o nome de Serra do Silveira; 3 — D. Rosa, da Boa Esperança, não teve casamento e nem descendência. Do terceiro casamento do mesmo só nos consta ter dois enteados: 1 — O Sargento-Mor Francisco Ferreira Pedrosa, que já vimos casado com Josefa Alves Feitosa, filha do seu padrasto; 2 — O marido de Luzia, filha do primeiro casamento do Coronel Francisco Alves Feitosa, cujo nome ignoramos". — Leonardo Feitosa — TRATADO GENEALÓGICO DA FAMÍLIA FEITOSA. — Tipografia Paulina — 1952 — Fort. — CE.

Como se vê do livro de Leonardo Feitosa, os Pereiras do sertão pernambucano são parentes dos Feitosa do Ceará. Não seria sem razão que Virgulino Lampião começara sua vida de cangaceiro à sombra de Sinhô Pereira, acostado, assim, ao poderoso clã do Barão do Pajeú. Os mesmos Pereiras são também aparentados dos Alencares, outra importante família sertaneja cearense.

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O DOUTOR ERONIDES DE CARVALHO (1897-1969), MÉDICO E POLÍTICO SERGIPANO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

AMIGOS,

O doutor Eronides de Carvalho (1897-1969), médico e político sergipano, tornou-se, a meu ver, figura mais conhecida, destacada da história de Sergipe e do Nordeste por que não dizer, de certa forma, menos por ter sido por anos interventor do Estado, obviamente na época da ditadura Vargas, e mais pela resultante da imputação que a maioria dos pesquisadores e escritores do Cangaço lhe fez, de ter sido ele, Eronides, um nem sempre velado protetor de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso bandoleiro das terras adustas do meu Nordeste, Lampião, e mais, ter “o rei do cangaço”, sucumbido em terras sob o seu comando, inda mais, como agravante, morto por forças policiais do vizinho estado das Alagoas.

O curioso, razão inclusive desta postagem, é que o também capitão do Exército, Eronides de Carvalho, teve seu nome mencionado pela primeira vez num jornal brasileiro de grande circulação, bem antes de quando já ocupante da chefia do executivo sergipano. Aconteceu, salvo melhor informação, quando este ainda era um mero acadêmico na Faculdade de Medicina da Bahia, ainda muito jovem e longe de exercer, como quis o destino, principescamente o maior cargo político do Estado.

A matéria é a do “O Estado de S. Paulo”, edição de 25.12.1917, sita na página 2, que trago a seguir, dando conta de denúncia feita por Eronides de Carvalho das péssimas condições por ele vivenciadas, de um hospital de loucos em Salvador, onde ele fazia residência; ele, ali, já deixando brotar sua verve política.

REVISTA DOS ESTADOS - BAHIA

Imagens Internet

O que vai pelo Hospício de São João de Deus – Graves acusações feitas à sua direção e ao governo – Há tempos, o doutorando de medicina Eronides de Carvalho, que fora demitido a bem do serviço público do cargo de interno do Hospício de São João de Deus, da capital, fez, pelo “A Tarde”, gravíssimas acusações contra a direção daquele estabelecimento estadual. Dada a situação de acusador, a enérgica defesa interposta pelo diretor do Hospital, Dr. Plaguer, destruiu a impressão má deixada no espírito do povo. Entretanto, "A Tarde”, jornal que pusera as suas colunas à disposição do doutorando Eronides, tratou de averiguar com que se encontrava a verdade. Para isso, destacou um dos seus redatores para, acompanhado de um fotógrafo, fazer uma visita minuciosa ao Hospício. O resultado desse inquérito jornalístico foi simplesmente desastroso para a direção daquele manicômio: afirma a “Tarde” que tudo o que disse o doutorando Eronides foi ainda pouco em vista do relaxamento inqualificável, criminoso reinante no hospício. A descrição de cada um dos pavilhões pode ser resumida no seguinte: as condições higiênicas são as piores possíveis; a limpeza e a luz faltam em absoluto em todos os compartimentos, onde vivem na mais horrível e perigosa promiscuidade os loucos, que, além do mais, são obrigados a dormir em esteiras, sobre o pavimento ladrilhado, por não haver camas nem colchões. Há, porém, um pavilhão, o da Ronda, que se destaca, pelo seu estado de imundície: é um lamaçal de matérias pútridas, uma cuba de gazes mefíticos, de seis metros de comprimento por 5 de largura, que serve de cárcere a 10 infelizes, que ali aguardam o beribéri ou outra moléstia que os leve para o além. É simplesmente horroroso, como simplesmente horroroso é o seguinte fato, relativo à farmácia, narrado com a máxima singeleza por um empregado do hospício:

Um flagrante inacreditável. A farmácia do Hospício está aos cuidados de um louco, não excitado: o João Alcovia. Esse crime assim nos descreve um empregado do Hospício:


- O farmacêutico Emanuel de Santana tem cursos particulares e para não prejudica-los, pouco aparece na farmácia do Hospício. O seu ajudante, mais ou menos com juízo, é um preparatoriano de engenharia (?) que também não é assíduo à farmácia. João Alcovia é o verdadeiro farmacêutico, pelo menos o único assíduo. Mexe à vontade nas prateleiras onde estão alguns venenos violentíssimos, cuja ação letal bastaria para envenenar meia humanidade. O seu serviço de preferência é misturar remédios...


- E beber álcool com água, aparteia um guarda.

Essa tremenda acusação ao diretor do Hospício de São João de Deus, apresenta um caráter grave, para, em repetição, atingir diretamente o Sr. Secretário do Interior, o superior hierárquico do Dr. Plaguer, e a quem compete tomar as enérgicas providências, no sentido de fazer desaparecer essas graves irregularidades.

Fonte: facebook

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AFONSO SÁ E JOÃO GOMES DE LIRA


Senhor Afonso Sá, sobrinho legítimo de Mané Neto, e o senhor João Gomes de Lira filho do grande homem de Nazaré do Pico, Antonio Gomes Jurubeba.

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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...