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03 março 2016

O LOCAL DA MORTE do traidor PEDRO DE CÂNDIDO


O LOCAL DA MORTE do homem que traiu o rei "Lampião" PEDRO DE CÂNDIDO que denunciou ao Tenente João Bezerra, o esconderijo do cangaceiro, facilitando o seu assassinato e de mais 10 cangaceiros e um volante policial, na Grota do Angico em 28 de Julho de 1938.

Pedro foi assassinado alguns anos depois, no local abaixo (cidade de Piranhas no Estado de Alagoas), pelo adolescente SABINO, que nas altas horas da madrugada escura, vendo-o vestido com um capote, pensou se tratar de um lobisomem, e, enfiou-lhe uma faca no peito.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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02 março 2016

CURIOSIDADES SOBRE O CANGAÇO - LAMPIÃO CABRA MACHO.

João Cândido da Silva Neto

Nunca vi um Capitão fazer tanto Coronel estremecer. Melhor dizendo, vi sim: Lampião. Sim, ele mesmo, o rei do cangaço.

Desde que o padre Cícero, então prefeito de Juazeiro do Norte, Ceará, outorgou ao cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva a patente de Capitão – mesmo sem ele nunca ter sequer sentado praça - muitos coronéis do sertão nordestino passaram a pensar duas vezes antes de praticar qualquer desatino contra fulano ou sicrano.

Bonzinho ele não era, não senhor. Empesteado talvez definisse melhor o seu temperamento. E era brabo. De uma brabeza que só vendo...

Os macacos – assim os cangaceiros chamavam os policiais que os perseguiam – sabiam muito bem que tal fama tinha sólidos fundamentos. Macaco nenhum cometia o atrevimento de subestimar a fama de Lampião. Mas nem a poder de reza!

A cada investida de Lampião e seus asseclas a Polícia tentava arregimentar homens e formar uma força volante para sair no encalço dos cabras. Mas a fama de Lampião já se propagara por muitas léguas, alcançando o povoado seguinte.

Homens corajosos, com os quais se podiam contar para os trabalhos mais estafantes, preferiam descascar um dente de alho e introduzir entre as nádegas, para fazer subir a temperatura do corpo até parecer uma febre altíssima e assim justificar a impossibilidade de participar de tais empreitadas suicidas. No amanho da terra, com todo o sacrifício, ainda era melhor continuar vivo. “Posso ir não, conterrâneo; tenho meus filhinhos pra dar o de comer”.

Sobre o túmulo de Lampião alguém poderia ter colocado a seguinte inscrição: “Fez da Caatinga o seu mundo e do seu mundo essa catinga”.
Mas, na verdade, o mundo dos cangaceiros era tão ruim que só a muito custo Lampião conseguiu piorá-lo. Pouca coisa, mas piorou.

Meu avô que, certa vez, acolheu Lampião e seu bando para um almoço, aliás, preparado às carreiras por minha avó – Deus os tenha em bom lugar -, não era homem de acoitar cangaceiro, de jeito nenhum. Mas, quando o próprio chefe, de rifle às costas, se apresenta à frente do bando e pede comida para todos, é melhor relevar sua postura crítica pelo menos um bocadinho e liberar as penosas para o almoço. Vida de cangaceiro é muito sacrificada, carece de se alimentar com sustância. (E quem é que não sabe disto?)

Convencida da veracidade de tal assertiva e ainda esconjurando o último bando de ciganos que tinha reduzido visivelmente a taxa de ocupação demográfica do seu galinheiro, minha avó não poupou esforços para agradar “aqueles excomungados mortos de fome”.

Foi um almoço tipicamente domingueiro: feijão de corda, farinha de macaxeira e galinha, muita galinha. E melancia de sobra para o arremate. Repasto pra Coronel nenhum botar defeito.

Mas um negro do bando desfeiteou. Disse que era uma pena ela ter se esquecido de “botar sal na galinhada”. Viche! Pronto, foi o quanto bastou! Cabra safado! Onde já se viu? Se o oficial Capitão comeu calado e apreciou, que direito tinha aquele peste de emitir opinião pouco lisonjeira sobre a graciosa atitude da dona da casa (minha vó, já disse) que, mesmo de pernas bambas, atendera a todos com extremada generosidade. Deixa estar, esse negro vai ver...

O tal cabra foi morto por ordem do Capitão logo após se retirarem. Que fique o exemplo: hierarquia é pra ser respeitada, jamais abjurada!

Contam no Nordeste uma história que aqui vai relatada com alguns acréscimos, imitando um costume popular bastante difundido.

Lampião chama um cabra:

- Muriçoca!

- Apois sim, meu Capitão.

- Conhece o Coronel Fortunato?

(O cabra põe o rifle na posição de tiro).

- Não senhor, meu Capitão, mas já tô com raiva dele!

- Não é nada disso, cabra. Vá lá com alguns cabras buscar as armas e a munição que ele prometeu arrumar. Vá num pé e volte no outro. Se avexe...

O cabra vai saindo; Lampião o chama.

- Se ele não tiver as armas e a munição... traga a cabeça dele no embornal. Se avexe...

O cabra argumenta:

- Se o meu Capitão me permite, não foi a filha desse Coronel que mandou recado pro meu Capitão? O meu Capitão não quer mandar dizer nada pra donzela?

- Tá bestando, cabra! Maria Bonita me capa se cismar que eu ando de cochichos e arremates com filha de Coronel! Já se esqueceu da última enrascada em que você me meteu, já? Pois eu não! Ainda sinto o frio da peixeira dela, pra lá e pra cá, roçando-me as bo... Se avexe! Vá num pé e volte no outro!...

Lampião era um cabra decidido. E de uma brabeza que só vendo...


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UM SIMPLES BOATO PROVOCAVA MEDO AOS SERTANEJOS

Foto/Imagem: Jornal “A NOITE”. Edição nº 7.030 de 22 de junho de 1931.

Um simples boato sobre uma provável aproximação de Lampião e seus comandados já era o suficiente para que moradores de povoados, fazendas e outras pequenas localidades abandonassem suas casas e partissem em busca de refúgio nas cidades mais desenvolvidas próximas a sua região.

Esse artifício provocava o ódio e a fúria dos bandoleiros que em represália tocavam fogo nas casas e plantações, além de matar as criações daqueles que fugiam de suas casas para se protegerem.

Na imagem acima, podemos ver uma família de “fugitivos” da localidade chamada Várzea da Ema, refugiada na cidade de Uauá/Bahia no ano de 1931.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço - Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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O BATIZADO DE "VIRGULINO"


Naquele tempo, os pais pouco davam importância de registarem os filhos em cartório.

Isso dar uma tremenda dor de cabeça aos pesquisadores que seguem a senda de um personagem histórico.

As pessoas davam mais vazão para o Batismo, para que seus filhos não ficassem pagãos.

A mortalidade infantil era tanta, que muitos batizados só tinham o objetivo do filho não morrer “Pagão”.

Às vezes os pais eram ‘moradores’ de determinado latifundiário, coronel, e o mesmo apoiava determinada pessoa nas eleições. Então, o patrão se 'acercava' dos moradores e impunha seus votos. Os adolescentes já taludos eram mandos aos cartórios para que fossem registrados, porém, a data do nascimento que se colocava no documento, tinha que dar certo para que o registrado pudesse dar seu voto.

Isso causou uma desordem nas idades das pessoas muito séria. Mas, fazer o quê? Mandavam os poderosos, os mandados, com juízo e sem coragem, aceitavam.

Os registros do batizado de Virgulino estão lavrados no Livro de Termo de Batismo da Paróquia de Floresta - PE, que faz parte da Diocese de Pesqueira – PE. Ou pelo menos, na época fazia.


Assim reza o escrito no livro paroquial: “Certifico que, revendo os livros de termos de batizados realizados nesta paróquia, foi encontrado o teor seguinte: Livro 15; fls. 146, do ano de 1898, a três de setembro do mesmo ano, na Capela de São Francisco. Batizei solenemente a Virgulino, nascido a 04 de junho de 1898, filho legítimo de José Ferreira e Maria Vieira da Soledade, desta freguesia. Foram padrinhos: Manoel Pedro Lopes e Maria José da Soledade. Do que mandei passar este termo que assino: Pe. Cônego e vigário Joaquim Antônio de Siqueira.” (Lampião – Memórias de um Soldado de Volante – LIRA, João Gomes de.)

A Capela de São Francisco, onde Virgulino foi batizado, hoje, encontra-se submersa pelas águas da barragem da Serrinha, no município de Serra Talhada – PE, onde, com os amigos Edinaldo Leite e Marcos Brito, fomos pescar por diversas vezes.

Como todo sertanejo, pajeuzeiro, ou de outra localidade qualquer, ele foi batizado. Ninguém nasce ‘bandido’. Torna-se por ‘n’ razões ou, pior, o forçam a tornar-se... em outro lugar qualquer, mas, também nas quebradas do Sertão.

Fonte/foto Ob. Ct.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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O SANGUE DO CAIPIRA DE POÇO REDONDO

Alcino Alves Costa...!

UMA FOTO, até os dias de hoje, permanece viva na minha memória. Trata-se de uma visita que fiz em companhia do Mestre Alcino, há alguns anos atrás à FAZENDA MARANDUBA / Poço Redondo-SE (local de um dos maiores combates de Lampião). O mestre, ávido para me mostrar a geografia do local e, os detalhes do combate, se descuidou e, uma planta espinhenta o atingiu na mão. Perguntei-lhe, se necessitava de cuidados, se queria um auxílio. O mestre me disse: - "Sou acostumado com as coisas do sertão e, vamos em frente "... Essa lição está em minha mente até hoje e, continuará para sempre...

Que Deus o tenha em um bom lugar "caipira de Poço Redondo "...!

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POÇO DO NEGRO, SEGUNDA MORADA DE LAMPIÃO


Poço do Negro, segunda morada de Virgulino Ferreira da Silva Lampião, nos aguardem! Estamos chegando. CARIRI CANGAÇO FLORESTA 2016.


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JOANA GOMES DE JACARÉ OU MOÇA DE CIRILO? - ...DA SÉRIE “PERSONAGENS POUCO CONHECIDAS!”


O tema pelo qual nos apaixonamos é, por deveras, bastante complexo. Inicia-se nos longínquos idos de 1755/56, mais ou menos, com o “Cabra Cabeleira” na Zona Metropolitana da cidade do Recife.

Porém, por incrível que parece, a parte do Fenômeno Social mais estudada é a era lampiônica, que teve seu começo em princípios de 1917/18.

A maior dificuldade que os pesquisadores encontram para a realização de suas obras nas pesquisas, são o não registro das pessoas, fatos e locais do acontecido. Sabe-se muito por ‘ouvi dizer’, isso ou aquilo de determinada personagem que viveu e conviveu na história.

Há obras literárias publicadas quando ainda se vivia o Fenômeno e, pasmem, são onde encontramos as maiores controvérsias narradas sobre o mesmo.

Depois de determinado tempo, após o fim do cangaço, maio de 1940, podendo mesmo se dizer, atualmente, é que se tem feito, por parte dos pesquisadores, uma maior pesquisa, mais detalhada cientificamente. No entanto, ainda existe a sólida e intransponível barreira da falta de dados registrados, e o tempo não pára, deixando, com certeza, muito da verdade encoberta por ele. Há fatos e atos sobre o tema que jamais saberemos como realmente se deram.

Registrou-se, através da rede de comunicação em massa, existente na época, jornais e revistas, muito daquilo que se ‘queria’ mostrar. Vemos nitidamente a ‘intenção’ das matérias publicadas.

Então, meus caros amigos, esse detalhe também recai sobre as identificações das personagens que dele, o Fenômeno, fizeram parte.

Tomaremos como exemplo a passagem da senhorita Maria Gomes dos Santos pelas trilhas sinuosas e escorregadias do cangaço.

Ela, em determinadas literaturas é identificada como sendo a cangaceira Joana Gomes, companheira do cangaceiro Jacaré. Em outras, vem como a cangaceira “Moça”, companheira do cangaceiro Cirilo de Engrácia.


A falta de conjectura entre as informações, causa um ‘desmantelo’ na mente da gente, simples humanos leitores, que necessitamos de várias obras literárias para que se tenha uma noção positiva de que trata-se da mesma pessoa.

Ela nasceu em oito de fevereiro de 1912, numa casa do sítio Santo Antônio, próximo ao povoado de Várzea da Ema, no município de Chorrochó, no Estado baiano.

Era filha do casal de roceiros, Sr. Antônio Gomes dos Santos e de D. Joviniana Gomes Varjão. Desse casal, geraram-se nove filhos vivos, se teve abortos e/ou mortes prematuras, não dispomos de tais informações.

Os pais do Sr. Antônio Gomes, foram O Sr. Justino e D. Brasilina e de D. Joviniana, o Sr. Cláudio Cardoso Varjão e D. Tereza do Bonfim Varjão.

Dentre os filhos do casal Antônio Gomes e Joviniana, uns foram fazer parte da Força Pública, outros seguiram outras veredas e, especialmente, Joana, foi trilhar o caminho árduo e incerto do cangaço.

O local, a fazenda em que moravam, Várzea da Ema, era propriedade do coronel Petro, Petronilio de Alcântara Reis, homem que tinha traído Lampião até em questões financeiras. Devido à traição, o “Rei do Cangaço” passa a ferir o coronel naquilo que, talvez, tenha sido a principal causa de fazê-lo um traidor, seus bens. Passou a matar seus animais e incendiar suas fazendas. A Várzea da Ema foi, por vezes, atacada e incendiada pelo bando do chefe mor dos cangaceiros.

Joana Gomes se engraça do ‘cabra’ Cirilo de Engrácia. Homem rude, valente e destemido. Tem em seu funesto currículo, somando a varias outras, a morte de seu próprio irmão. Juntando-se a ele, vai aumentar o contingente do bando. Recebe como alcunha o apelido “Moça”.

Após quatro anos, mais ou menos, de vida nas brenhas sertanejas, em agosto de 1935, Joana Gomes, agora a cangaceira Moça, fica ‘viúva’. Como não era permitido ter-se mulher sozinha, sem companheiro, nos bandos de cangaceiros, ela se junta com o cabra chamado Adermórcio, que tinha o apelido de Jacaré.


Convive com o cangaceiro Jacaré por um determinado período e, quando o mesmo é abatido, Moça é mandada de volta para casa de seus pais.

“(...)"Moça (Joana Gomes dos Santos), de Cirilo de Engrácia (Cirilo Aleixo Ribeiro da Silva), e depois de Jacaré (Ademórcio)". Mais adiante, na página 379, o ilustre autor nos mostra, "(...) Quando um cangaceiro casado morria, a mulher geralmente se juntava a outro cangaceiro. Caso curioso foi o de Joana Gomes, que viveu quatro anos com o citado Cirilo de Engrácia e quando ele morreu se juntou com Jacaré(...)". ("Lampião - A Raposa das Caatingas", 2ª edição de 2014 - José Bezerra Lima Irmão)

Chegando a casa, agora Joana Gomes dos Santos, sente o prazer de estar em um lar. No aconchego de uma família.

Joana segue sua vida e vai morar na cidade de Uauá, BA. Passa grande tempo nesse lugar. Arranca dali e vai para o povoado do mocambo na Barra do Tarrachil, onde consegue trabalho em uma pensão. Dali vai para Bendengó, trabalhar em um hotel. Nesse lugar, Joana “junta-se” e vive como companheira de um Soldado de Polícia.

Há notícias de que Joana Gomes teve um filho, Petrônio, e que o mesmo fora enviado para um comandante da Força Pública, o comandante Gama. O mesmo aceita a criança e contrata para que cuide dela, da criança, a D. Arcanja.

(...)adoeceu e a doença lhe causava dores fortíssimas, tendo ela que ficar de cócoras pra aliviar-se. Descansou em um domingo, ás cinco horas da manhã do dia 26 de abril de 1953 (...)”. ( Lampião – O Cangaceiro!” - João De Sousa Lima)

Há, dentre os pesquisadores/escritores, uma atenção especial quanto a identificação da cangaceira citada, por determinadas imagens terem sido capturadas pelo Benjamin Abrahão Botto, em 1936/37, data essa que já se iam um ou dois anos da data da morte de Cirilo de Engrácia, agosto de 1935. Porém, mesmo entre os escritores há aqueles que desconhecem que Joana Gomes, Moça, teve o cangaceiro Jacaré como companheiro. Entretanto, em minha pesquisa, dentro dos escritos nas obras literáriAs de vários autores, cheguei, particularmente, a conclusão de que a cangaceira 'Moça" e a cangaceira "Joana Gomes" são a mesma pessoa, Joana Gomes dos Santos... que viveu com Cirilo e depois com Jacaré, nas quebradas do Sertão ardente.
Fonte Obs. Cts.

Foto Benjamin Abrahão
Lampiãoaceso.com

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira‎
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS

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O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

   Por José Mendes Pereira Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta...