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03 março 2016

O ROUBO DAS JOIAS DA BARONESA DE ÁGUA BRANCA-AL


O ROUBO das jóias da Baronesa de Água Branca-AL por LAMPIÃO e seu bando, em 1922.

Essa foi uma das primeiras ações criminosas do bando que teve grande repercussão na mídia nordestina.

Acima, vemos a Baronesa com as joias originais que foram subtraídas, através do assalto, bem como, no detalhe, o famoso CRUCIFIXO, todo de ouro e pedras preciosas.


Também, as sete "voltas" de ouro, as quais MARIA BONITA fazia questão de usá-las.

Sabonete entregando joia à Maria Bonita

Existe, até, uma foto do cangaceiro Sabonete entregando-as à rainha do cangaço para se ornamentar.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Ilustração: José Mendes Pereira

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O CANGACEIRO ADOLFO MEIA NOITE


Em 1877, quando Antonio Silvino tinha apenas 2 anos de idade, Adolfo Meia-Noite já dominava a região como cangaceiro. Ele com seus dois irmãos Manoel e Nobelino, por uma questão de honra, tiveram que se armar contra o desafeto conhecido como padre Quaresma (apelidado de padre, não se sabe por quê) - um comissário de polícia, subdelegado naquela época. A razão dessa animosidade: uma paixão amorosa.

Adolfo era o galã da vila, disputado pelas garotas da localidade e, por inveja, o subdelegado traiçoeiramente o prendeu na localidade Varas, enviando-o à Ingazeira.

Como não havia segurança nas cadeias daquela época, é colocado em um tronco. Quinze dias se passaram sem que seus familiares soubessem, porque o mesmo se achava incomunicável. Através de um conhecido foram informados que Adolfo tinha sido fichado como ladrão de cavalo e que, se não o libertassem, ele iria morrer. A essa altura Adolfo não sabia qual a razão de estar preso, até que o tenente responsável por sua prisão lhe disse:

- Você conhece Padre Quaresma?

- Sim, disse o preso.

- Pois ele mandou um presente.

Ele respondeu:

- Nada tenho a receber de um homem que me botou aqui sem eu merecer.

Então o tenente lhe deu vinte lapadas com uma vara de espichar couro. A partir daquele momento ele ficou sabendo por quem e por que estava preso. E veio o desejo de vingança que tanto prejuízo causou a si e à família.

A partir daí a vingança prevaleceu, sendo o comissário a primeira vítima e, em consequência, sua família se viu obrigada a se mudar.

Por mais de cinco anos Adolfo e seus cangaceiros dominaram o Pajeú. Não só por esse trio era formado o grupo; Oiticica - cangaceiro de destaque - que também era seu parente, tombou em combate contra os “Quicés” que moravam no sítio Tamanduá e foram testemunhas contra Adolfo, quando foi preso. Nesse combate os ‘Quicés’ perderam dois membros da família. Eram eles parentes de Praxedes José Romeu, muito valente.

Sob o comando de Praxedes cercaram a fazenda Volta e, por não encontrarem Adolfo, assassinaram o seu irmão Pacífico, que além de criança era retardado. Daí por diante o “granadeiro” falou.

Adolfo chegou a comandar dez cangaceiros. Não se registrou nenhuma Vila ou Cidade que ele não tivesse assaltado. Mas, ainda se vê no distrito de Jabitacá suas tradicionais trincheiras construídas de pedras soltas. As que mereceram mais atenção foram as da serra do Brejinho.

Sobre aos nomes dos seus cangaceiros pouco se sabe, a não ser o de “Manoel do gado”, antigo marchante; e Almeida, filho natural da serra da Colônia, assassino frio que matou um primo do sítio Extrema por uma simples rapadura.

Adolfo não estava presente e censurou essa atitude.

Era Almeida de inteira confiança do chefe. Num certo dia pediu para visitar a família e quando retornou vinha “peitado” para matar Adolfo. Mas, foi mal sucedido, ganhando a morte pela infidelidade.

Adolfo foi considerado a ovelha negra da família.

Outra versão sobre Adolfo Meia-Noite - “Era considerado um homem manso e romântico. Seu grande pecado foi a paixão que tinha pela prima, filha de um rico e poderoso fazendeiro daquelas ribeiras que, não achando ser o negro merecedor da donzela, mandou prendê-lo e açoitá-lo ao tronco colonial.

Quando foi liberado do castigo, seu pai, sabendo do ocorrido, recusou-lhe a bênção porque ele não havia lavado sua honra com o sangue do tio. Na mesma noite, Adolfo esgueirou-se para dentro da casa do tio e o matou, fugindo em seguida para o vale do Rio Pinheiro.

Como havia matado pessoa influente na região, virou foragido da justiça tendo que passar o resto de sua vida a fugir da polícia, levando consigo os irmãos Manuel e ‘Sinobileiro’.

Apesar de ter se tornado cangaceiro, Meia-Noite era tido como homem justo e pacífico. Isto ficou evidenciado num episódio em que ele e seu bando prenderam o negro Periquito, que levara consigo alguns bens do seu patrão.

O bando pressionava Periquito, querendo o dinheiro que este levava, quando Adolfo colocou-se contra aquela situação, dizendo aos companheiros:

- Vocês não vêem que se ele leva dinheiro, este não lhe pertence?

E dirigindo-se ao escravo pergunta:

- Levas dinheiro contigo?

- Sim, senhor - respondeu periquito.

- Levo 500 mil réis do Sr. Paulo Barbosa.

Ao ouvir esta resposta o bando se excita, mas o cangaceiro os repele:

- Vá embora. Se precisar de alguma quantia, irei tomá-la do seu senhor, e não de você, que não é dono, pois se eu o fizer, certamente seu amo não irá acreditar na sua estória, e irá castigá-lo."

Adolfo morreu na Paraíba, em confronto com a polícia. [O cangaceiro era neto do inglês Richard Breitt, traduzido logo pela gente da terra como Ricardo Brito, (embarcadiço, que chegando ao Recife, com 11 anos, no início do século XIX, internou-se pelo interior, no lugar Volta e não mais regressou. Ligou o seu destino ao de uma sertaneja, da família Siqueira Cavalcanti, conforme informações, e, segundo outras, a uma descendente do mameluco Amorim, que provinha dos índios da serra de Jabitacá. Richard Breitt depois de muitos anos foi convidado a regressar a sua terra, Londres, para receber grande fortuna, de herança que lhe pertencia. Por amor à família tudo renunciou. Chegou a ir até o porto da capital, mas lembrando os filhos, foi tirando os troços de volta já na hora da partida). Chegou à decadência devido a um dos seus netos - o temido Adolfo Rosa Meia-Noite (filho de sua filha Riqueta com Leandro) ter se tornado cangaceiro.]

Esse é da minha cidade: afogados da ingazeira..
Ivanildo Silveira - 31 de julho de 2009 
VALEU JOÃO:

MUITO BOA ESSA POSTAGEM FEITA POR VOCÊ, LOGO ACIMA.

Um abraço.
IVANILDO

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MORRE TIHANY, O CIRCO CHORA

Por Rangel Alves da Costa*

Respeitável público, o circo chora! E sofre pela perda de um de seus maiores expoentes: Franz Czeiler, o Tihany, falecido nesta quarta-feira, dia 02, aos 99 anos, o húngaro que veio para o Brasil e fez o país delirar de alegria. E agora, entristecidas, fecham-se as cortinas de mais um ato da vida.

Gerações e mais gerações cresceram ouvindo falar nas maravilhas do Circo Tihany, um dos grandes representantes do maior espetáculo da terra. E o seu criador, ilusionista, mágico, adepto do palco circense, um sonhador que semeou alegria já desde mais de sessenta anos. E desde então até se aposentar, abriu suas lonas pelo mundo inteiro. A diversão continua, eis que o Circo Tihany ainda apresenta seus espetáculos, mas já há algum tempo sem a presença de seu idealizador.

Está no circo a verdadeira arte de encantar. Nos palhaços, nas bailarinas, nos encantadores, nos mágicos, nos trapezistas, nos domadores, nos acrobatas, nos equilibristas, nos ilusionistas, nos saltimbancos e mambembes de todos os caminhos, a verdadeira arte popular.

Popular porque indo até o povo está. E não há povo que não goste de circo, que não aprecie seus grandiosos espetáculos, ainda que seja apenas uma tenda armada na beira de estrada, em remoto lugar. Porque tem palhaço, tem pipoca, tem alegria, tem diversão para a família inteira.

No passado e ainda na atualidade, nomes de circos grandiosos: Circo Imperial da China, Cirque d’Hiver, Circo Oz, Circus Krone, Cirque du Soleil, Circo Royal, Circo Di Roma, Acrobáticos Fratelli, Patifes e Paspalhões. E quem não se lembra do Circo Vostok, do Orlando Orfei, do Circo de Moscou, do Circo Garcia e do Circo Tihany?

Quem já não ouviu falar em Carequinha, Arrelia, Torresmo, Piolin, Picolino e Pimentinha? Simplesmente os maiores palhaços do Brasil, aqueles que ao entrar no picadeiro possuíam o dom de transformar toda tristeza em alegria, toda seriedade em diversão. Os gestos, os narizes vermelhos, os cabelos desengonçados, as roupas coloridas folgadas, os rostos pintados, a arte sem igual de encantar multidões.


E Tihany, o mesmo criador que emprestou seu nome ao circo, durante gerações levantou suas tendas, suas lonas, seus picadeiros e suas luzes, criando um mundo onde reinava somente o mágico, o espetacular, o extraordinário. Um circo grandioso, imenso, com diversidade de espetáculo, mas sempre no intuito único de fazer desabrochar a alegria nos corações.

Verdade que a realidade atual do circo é muito diferente daquela dos tempos idos. Nos dias atuais, se tornou raridade encontrar um circo com suas lonas erguidas e suas tendas espalhados ao redor. Nem nas grandes cidades ou capitais os circos são facilmente encontrados. Apenas um ou outro que chega para ligeiras temporadas. Somente os parques de diversões ainda são avistados com frequência em épocas festivas e de final de ano.

Os que ainda sobrevivem com o nome de circo tiveram que se transformar em verdadeiras parafernálias tecnológicas, o Cirque de Soleil sendo o exemplo maior. As tecnologias fizeram desaparecer os espetáculos frente ao público, pedindo sua participação. Sumiu a espontaneidade dos palhaços, também desapareceram suas atrações inconfundíveis: a mulher barbada, o atirador de facas, a dançarina de palco (rumbeira), o palhaço traquina.

Não havia cidade interiorana que não se encantasse com a chegada de um circo. Bastava o anúncio e tudo era motivo de rebuliço festivo. Contudo, não se vê mais aquele cortejo tão esperado, com carros carregando em segredo as grandes atrações. O que se tem, e quando ainda é possível encontrar, são trupes empobrecidas que vagueiam pelos interiores muito mais em busca de meios de sobrevivência, de qualquer ingresso adquirido que ajude a subsistir.

Os grandes circos continuam com seus espetáculos, mas suas famas ainda são aquelas alcançadas no passado. E de um passado tão grandioso, belo e comovente, que também não se esquece de quem tanto lutou para que o público ouvisse o “hoje tem espetáculo!”, e mais tarde fosse cumprimentado com o “respeitável público!”. E Tihany foi um de seus expoentes maiores.

Poeta e cronista
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O LOCAL DA MORTE do traidor PEDRO DE CÂNDIDO


O LOCAL DA MORTE do homem que traiu o rei "Lampião" PEDRO DE CÂNDIDO que denunciou ao Tenente João Bezerra, o esconderijo do cangaceiro, facilitando o seu assassinato e de mais 10 cangaceiros e um volante policial, na Grota do Angico em 28 de Julho de 1938.

Pedro foi assassinado alguns anos depois, no local abaixo (cidade de Piranhas no Estado de Alagoas), pelo adolescente SABINO, que nas altas horas da madrugada escura, vendo-o vestido com um capote, pensou se tratar de um lobisomem, e, enfiou-lhe uma faca no peito.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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02 março 2016

CURIOSIDADES SOBRE O CANGAÇO - LAMPIÃO CABRA MACHO.

João Cândido da Silva Neto

Nunca vi um Capitão fazer tanto Coronel estremecer. Melhor dizendo, vi sim: Lampião. Sim, ele mesmo, o rei do cangaço.

Desde que o padre Cícero, então prefeito de Juazeiro do Norte, Ceará, outorgou ao cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva a patente de Capitão – mesmo sem ele nunca ter sequer sentado praça - muitos coronéis do sertão nordestino passaram a pensar duas vezes antes de praticar qualquer desatino contra fulano ou sicrano.

Bonzinho ele não era, não senhor. Empesteado talvez definisse melhor o seu temperamento. E era brabo. De uma brabeza que só vendo...

Os macacos – assim os cangaceiros chamavam os policiais que os perseguiam – sabiam muito bem que tal fama tinha sólidos fundamentos. Macaco nenhum cometia o atrevimento de subestimar a fama de Lampião. Mas nem a poder de reza!

A cada investida de Lampião e seus asseclas a Polícia tentava arregimentar homens e formar uma força volante para sair no encalço dos cabras. Mas a fama de Lampião já se propagara por muitas léguas, alcançando o povoado seguinte.

Homens corajosos, com os quais se podiam contar para os trabalhos mais estafantes, preferiam descascar um dente de alho e introduzir entre as nádegas, para fazer subir a temperatura do corpo até parecer uma febre altíssima e assim justificar a impossibilidade de participar de tais empreitadas suicidas. No amanho da terra, com todo o sacrifício, ainda era melhor continuar vivo. “Posso ir não, conterrâneo; tenho meus filhinhos pra dar o de comer”.

Sobre o túmulo de Lampião alguém poderia ter colocado a seguinte inscrição: “Fez da Caatinga o seu mundo e do seu mundo essa catinga”.
Mas, na verdade, o mundo dos cangaceiros era tão ruim que só a muito custo Lampião conseguiu piorá-lo. Pouca coisa, mas piorou.

Meu avô que, certa vez, acolheu Lampião e seu bando para um almoço, aliás, preparado às carreiras por minha avó – Deus os tenha em bom lugar -, não era homem de acoitar cangaceiro, de jeito nenhum. Mas, quando o próprio chefe, de rifle às costas, se apresenta à frente do bando e pede comida para todos, é melhor relevar sua postura crítica pelo menos um bocadinho e liberar as penosas para o almoço. Vida de cangaceiro é muito sacrificada, carece de se alimentar com sustância. (E quem é que não sabe disto?)

Convencida da veracidade de tal assertiva e ainda esconjurando o último bando de ciganos que tinha reduzido visivelmente a taxa de ocupação demográfica do seu galinheiro, minha avó não poupou esforços para agradar “aqueles excomungados mortos de fome”.

Foi um almoço tipicamente domingueiro: feijão de corda, farinha de macaxeira e galinha, muita galinha. E melancia de sobra para o arremate. Repasto pra Coronel nenhum botar defeito.

Mas um negro do bando desfeiteou. Disse que era uma pena ela ter se esquecido de “botar sal na galinhada”. Viche! Pronto, foi o quanto bastou! Cabra safado! Onde já se viu? Se o oficial Capitão comeu calado e apreciou, que direito tinha aquele peste de emitir opinião pouco lisonjeira sobre a graciosa atitude da dona da casa (minha vó, já disse) que, mesmo de pernas bambas, atendera a todos com extremada generosidade. Deixa estar, esse negro vai ver...

O tal cabra foi morto por ordem do Capitão logo após se retirarem. Que fique o exemplo: hierarquia é pra ser respeitada, jamais abjurada!

Contam no Nordeste uma história que aqui vai relatada com alguns acréscimos, imitando um costume popular bastante difundido.

Lampião chama um cabra:

- Muriçoca!

- Apois sim, meu Capitão.

- Conhece o Coronel Fortunato?

(O cabra põe o rifle na posição de tiro).

- Não senhor, meu Capitão, mas já tô com raiva dele!

- Não é nada disso, cabra. Vá lá com alguns cabras buscar as armas e a munição que ele prometeu arrumar. Vá num pé e volte no outro. Se avexe...

O cabra vai saindo; Lampião o chama.

- Se ele não tiver as armas e a munição... traga a cabeça dele no embornal. Se avexe...

O cabra argumenta:

- Se o meu Capitão me permite, não foi a filha desse Coronel que mandou recado pro meu Capitão? O meu Capitão não quer mandar dizer nada pra donzela?

- Tá bestando, cabra! Maria Bonita me capa se cismar que eu ando de cochichos e arremates com filha de Coronel! Já se esqueceu da última enrascada em que você me meteu, já? Pois eu não! Ainda sinto o frio da peixeira dela, pra lá e pra cá, roçando-me as bo... Se avexe! Vá num pé e volte no outro!...

Lampião era um cabra decidido. E de uma brabeza que só vendo...


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UM SIMPLES BOATO PROVOCAVA MEDO AOS SERTANEJOS

Foto/Imagem: Jornal “A NOITE”. Edição nº 7.030 de 22 de junho de 1931.

Um simples boato sobre uma provável aproximação de Lampião e seus comandados já era o suficiente para que moradores de povoados, fazendas e outras pequenas localidades abandonassem suas casas e partissem em busca de refúgio nas cidades mais desenvolvidas próximas a sua região.

Esse artifício provocava o ódio e a fúria dos bandoleiros que em represália tocavam fogo nas casas e plantações, além de matar as criações daqueles que fugiam de suas casas para se protegerem.

Na imagem acima, podemos ver uma família de “fugitivos” da localidade chamada Várzea da Ema, refugiada na cidade de Uauá/Bahia no ano de 1931.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço - Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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O BATIZADO DE "VIRGULINO"


Naquele tempo, os pais pouco davam importância de registarem os filhos em cartório.

Isso dar uma tremenda dor de cabeça aos pesquisadores que seguem a senda de um personagem histórico.

As pessoas davam mais vazão para o Batismo, para que seus filhos não ficassem pagãos.

A mortalidade infantil era tanta, que muitos batizados só tinham o objetivo do filho não morrer “Pagão”.

Às vezes os pais eram ‘moradores’ de determinado latifundiário, coronel, e o mesmo apoiava determinada pessoa nas eleições. Então, o patrão se 'acercava' dos moradores e impunha seus votos. Os adolescentes já taludos eram mandos aos cartórios para que fossem registrados, porém, a data do nascimento que se colocava no documento, tinha que dar certo para que o registrado pudesse dar seu voto.

Isso causou uma desordem nas idades das pessoas muito séria. Mas, fazer o quê? Mandavam os poderosos, os mandados, com juízo e sem coragem, aceitavam.

Os registros do batizado de Virgulino estão lavrados no Livro de Termo de Batismo da Paróquia de Floresta - PE, que faz parte da Diocese de Pesqueira – PE. Ou pelo menos, na época fazia.


Assim reza o escrito no livro paroquial: “Certifico que, revendo os livros de termos de batizados realizados nesta paróquia, foi encontrado o teor seguinte: Livro 15; fls. 146, do ano de 1898, a três de setembro do mesmo ano, na Capela de São Francisco. Batizei solenemente a Virgulino, nascido a 04 de junho de 1898, filho legítimo de José Ferreira e Maria Vieira da Soledade, desta freguesia. Foram padrinhos: Manoel Pedro Lopes e Maria José da Soledade. Do que mandei passar este termo que assino: Pe. Cônego e vigário Joaquim Antônio de Siqueira.” (Lampião – Memórias de um Soldado de Volante – LIRA, João Gomes de.)

A Capela de São Francisco, onde Virgulino foi batizado, hoje, encontra-se submersa pelas águas da barragem da Serrinha, no município de Serra Talhada – PE, onde, com os amigos Edinaldo Leite e Marcos Brito, fomos pescar por diversas vezes.

Como todo sertanejo, pajeuzeiro, ou de outra localidade qualquer, ele foi batizado. Ninguém nasce ‘bandido’. Torna-se por ‘n’ razões ou, pior, o forçam a tornar-se... em outro lugar qualquer, mas, também nas quebradas do Sertão.

Fonte/foto Ob. Ct.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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LUIZ PEDRO FICOU DOIDO COM A MORTE DE NENÉM.

   Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...