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12 outubro 2018

NOVO LIVRO SOBRE O CANGAÇO NA PARAÍBA – SÉRGIO DANTAS LANÇA SEU QUINTO LIVRO SOBRE O TEMA


O livro ‘LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA’ não foi concebido com a intenção de se tornar uma obra revolucionária. O objetivo do autor foi apenas elaborar um registro perene e confiável sobre a atuação do célebre cangaceiro em terras paraibanas. Com 363 páginas e cerca de 90 fotografias de personagens envolvidas na trama – e lugares onde os episódios ocorreram -, o trabalho certamente será de grande utilidade aos estudiosos de hoje e de amanhã.
Dividido em 19 capítulos, com amplas referências e notas explicativas, tenta-se recontar, entre outros, os seguintes episódios:
“A invasão a Jericó; fazendas Dois Riachos e Curralinho; o fogo da fazenda Tabuleiro; os primeiros ferimentos sofridos por Lampião; as lutas com Clementino Furtado, o ‘Quelé’; combate em Lagoa do Vieira; Sousa: histórico do assalto e breve discussão sobre as possíveis razões políticas para a invasão da cidade; a expulsão dos cangaceiros do município de Princesa; combates em Pau Ferrado, Areias de Pelo Sinal, Cachoeira de Minas e Tataíra; o cangaceiro Meia Noite; Os ataques às fazendas do coronel José Pereira Lima; morte de Luiz Leão e seus comparsas em Piancó; confronto em Serrote Preto; Suassuna e Costa Rego; a criação do segundo batalhão de polícia; Tenório e a morte de Levino Ferreira; ataque a Santa Inês; combates nos sítios Gavião e São Bento; chacina nos sítios Caboré e Alagoa do Serrote; Lagoa do Cruz; assassinatos de João Cirino Nunes e Aristides Ramalho; Mortes no sítio Cipó; fuga de paraibanos da fronteira para o Ceará; confronto em Barreiros; invasão ao povoado Monte Horebe; combates em Conceição; sequestro do coronel Zuza Lacerda; o assalto de Sabino a Triunfo(PE) e Cajazeiras (PB); mortes dos soldados contratados Raimundo e Chiquito em Princesa; Luiz do Triângulo; ataques a Belém do Rio do Peixe e Barra do Juá; Pilões, Canto do Feijão e os assassinatos de Raimundo Luiz e Eliziário; sítios Vaquejador e Caiçara; Quelé e João Costa no Rio Grande do Norte; combates com a polícia da Paraíba em solo cearense; o caso Chico Pereira sob uma nova ótica; Virgínio Fortunato na Paraíba: São Sebastião do Umbuzeiro e sítios Balança, Angico e Riacho Fundo; sítio Rejeitado: as nuances sobre a morte do cangaceiro Virgínio”.
A obra certamente não abrangerá o relato de todas as façanhas protagonizadas pelo célebre cangaceiro no estado da Paraíba. Muito se perdeu com o passar dos anos. Os historiadores de ontem, em sua maioria, não tiveram grande interesse em dissecar os episódios por ele protagonizados no território do estado.
A presente obra busca resgatar o que não se dissipou totalmente na bruma do tempo.
Lançamento em Natal do livro de Sérgio Dantas “Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006)”.
LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, Polyprint, 2018, 363 pgs. Disponível em outubro de 2018.
Sobre o autor: Sérgio Augusto de Souza Dantas é magistrado em Natal. Publicou os livros Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada (2005), Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006), Lampião Entre a Espada e a Lei (2008) e Corisco – A Sombra de Lampião (2015).
PARA ADQUIRIR LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA,  VENDAS A PARTIR DE OUTUBRO DE 2018, SENDO REALIZADAS EXCLUSIVAMENTE PELO PROFESSOR FRANCISCO PEREIRA, DE CAJAZEIRAS, PARAÍBA, QUE ENTREGA PARA TODO O BRASIL PELO CORREIO.
CONTATOS ATRAVÉS DO E-MAIL fplima1956@gmail.com, franpelima@bo.com.br OU Whatsapp 55 83 9911-8286
https://tokdehistoria.com.br/2018/10/01/novo-livro-sobre-o-cangaco-na-paraiba-sergio-dantas-lanca-seu-quinto-livro-sobre-o-tema/
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11 outubro 2018

MARIA CELESTE ESTÁ ANIVERSARIANDO HOJE

Por Fernando Neeser

Hoje, Maria Celeste filha de Corisco e Dadá completa 81 anos. Parabéns a ela!


https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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10 outubro 2018

MAIS UM LIVRO

Por Francisco Pereira Lima

Mais um livro na praça: FLORO NOVAIS: Herói ou Bandido? De Clerisvaldo B. Chagas & França Filho. Este livro estará disponível a partir de amanhã no Cariri Cangaço São José do Belmonte e segunda feira dia 15/10 Para todo Brasil. Preço R$ 40,00 com frete incluso. 124 páginas. Franpelima@bol.com.br e fplima1956@gmail.com e Whatsapp 83 9 9911 8286.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2169108806691344&set=a.1929416523993908&type=3&theater&ifg=1
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08 outubro 2018

OS ELEITOS

*Rangel Alves da Costa

É neste domingo, dia 07 de outubro, dia de disputa eleitoral, e o pleito vai se estender até o entardecer. Depois disso, a divulgação das pesquisas de boca-de-urna, o disse-me-disse, as expectativas e, enfim, as apurações e o aparecimento dos primeiro resultados. Ante as novas tecnologias, não demora muito e toda a apuração já estará concluída. Muitas vezes, não há nem tempo de o candidato ir à farmácia comprar um turbilhão de calmantes ou adquirir lenços para as lágrimas doces ou amargas demais.
Com a primeira parcial apresentada em painel no centro de apurações, logo se terá o sorriso largo ou a tristeza apresada. As urnas são santas, dirão uns. As urnas são traiçoeiras, dirão outros. As mãos trêmulas tentam anotar números, resultados, fazer cálculos. Não conseguem. O nervosismo é demais. A vida do candidato está ali. Depois de meses e meses de porta em porta - mentindo descaradamente -, indo de canto a outro, prometendo muito e gastando pouco, agora a hora do tudo ou do nada.
Tem gente que não acredita no que avista e logo põe as mãos à cabeça em total desespero. Os saltos e os murros pelo ar são sempre sinais de números bons que acabaram de surgir. Num canto, um pleiteante está totalmente estático, paralisado. Não, aquilo não pode ter acontecido. Nenhum voto na seção que votam sua esposa e sua amante. Alguma coisa deu errada, lamenta-se enquanto refugia-se para o quase desmaiar. Um copo d’água não serve. Quer mesmo é morrer. Vai saindo de fininho e nem se lembra das dívidas que deixou para trás. Estava certo de pagar tudo antes mesmo de tomar posse. E agora?
As expectativas aumentam. As primeiras urnas sinalizam o destino dos candidatos, mas não define. Muita água ainda pode rolar debaixo da ponte, como chega um para esperançar um pleiteante já cabisbaixo e desiludido. Outro se aproxima para dizer que o berço eleitoral do candidato ainda não foi totalizado e que, por isso mesmo, ele pode dar a volta por cima. Já outro vai logo correndo atrás de fogos, já vai chamando o candidato de deputado, senador ou governador. E relembrando na hora aquele emprego prometido. O quase-eleito - e como sempre acontece - já mudou o discurso, já não força sorrisos, agora tanto faz aquela gentalha que nele votou.


Noutros idos, após o término da votação, logos os preparativos das festanças tomavam rumo. Numa disputa política local, num tempo de voto de cabresto e curral fechado, as lideranças locais se digladiavam não pela vitória de dois da mesma localidade para tomar assento na assembleia legislativa, mas pela vitória de um e a derrota do outro. A maior vitória do ferrenho opositor era a derrota do outro. O sucesso deste seria um fracasso total ao seu grupo político, que certamente se fragilizaria a partir da debandada de falsos amigos e eleitores.
Assim, terminada a eleição, o coronel Miguelino Cabreúva mandava matar cinco bois para a festança de comemoração do fracasso de seu opositor. Cinco bois, meio mundo de cajuína e aguardente, fogos de não acabar mais. Naquela eleição, ao invés de apoiar qualquer outro candidato de fora, esmerou-se mesmo em fazer política para tirar votos do inimigo. Onde soubesse que havia uma família propensa a apoiá-lo, logo era encaminhada uma comitiva de jagunços com dois contos à mão e um recado bem dado: Se votar no coronel Torquato não sobra nem pó!
Por sua vez, ciente de já estar vitorioso, o coronel Torquato Quixabeira preparava uma comemoração ainda maior. Ele queria porque queria mostrar a seu desafeto quem mandava ali. Ademais, o poder local não podia continuar dividido entre dois coronéis. E agora, sendo eleito deputado da região, forçaria a todo custo a queda do opositor. Por isso mesmo havia vendido de porteira fechada uma de suas tantas fazendas, redobrado o número de seus pistoleiros, e tudo para ganhar a eleição no dinheiro ou na bala. Vixe Maria, dizia o vigário Miguelino em meio à trincheira sangrenta.
Quem se deu melhor nessa disputa de mando? Tanto faz. Em política, quem é eleito nem sempre sai vitorioso, quem perde nem sempre sai totalmente derrotado. Na vitória há um fardo pesado demais a ser carregado. Ao menos para aqueles com algum compromisso ou seriedade. Não é nada fácil mostrar que valeu a pena ser votado, pagar promessas, não se desnortear muito daquilo que se mostrou enquanto candidato, mas principalmente continuar sendo respeitado pela população e eleitores.
Já os não eleitos, muitos destes se posicionam com pedras à mão e mirando determinadas janelas. E permanecerão derrotados acaso não façam do insucesso uma lição. Não adianta apenas fazer oposição. Tem que mostrar que poderia fazer melhor. Contrariamente ao que se imagina, oposição política exige demonstração de ação e capacidade para as futuras escolhas, e não apenas enlamear nomes, administrações e governanças.
Ao final deste domingo, os eleitos ou escolhidos para o segundo turno já estarão conhecidos. E certamente com fogos e lágrimas. Mas é o povo quem acende o pavio ou entrega o lenço. E assim deveria ser mais reconhecido, bem como suas motivações para eleger ou derrotar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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06 outubro 2018

NOVO LIVRO SOBRE O CANGAÇO NA PARAÍBA – SÉRGIO DANTAS LANÇA SEU QUINTO LIVRO SOBRE O TEMA


O livro ‘LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA’ não foi concebido com a intenção de se tornar uma obra revolucionária. O objetivo do autor foi apenas elaborar um registro perene e confiável sobre a atuação do célebre cangaceiro em terras paraibanas. Com 363 páginas e cerca de 90 fotografias de personagens envolvidas na trama – e lugares onde os episódios ocorreram -, o trabalho certamente será de grande utilidade aos estudiosos de hoje e de amanhã.
Dividido em 19 capítulos, com amplas referências e notas explicativas, tenta-se recontar, entre outros, os seguintes episódios:
“A invasão a Jericó; fazendas Dois Riachos e Curralinho; o fogo da fazenda Tabuleiro; os primeiros ferimentos sofridos por Lampião; as lutas com Clementino Furtado, o ‘Quelé’; combate em Lagoa do Vieira; Sousa: histórico do assalto e breve discussão sobre as possíveis razões políticas para a invasão da cidade; a expulsão dos cangaceiros do município de Princesa; combates em Pau Ferrado, Areias de Pelo Sinal, Cachoeira de Minas e Tataíra; o cangaceiro Meia Noite; Os ataques às fazendas do coronel José Pereira Lima; morte de Luiz Leão e seus comparsas em Piancó; confronto em Serrote Preto; Suassuna e Costa Rego; a criação do segundo batalhão de polícia; Tenório e a morte de Levino Ferreira; ataque a Santa Inês; combates nos sítios Gavião e São Bento; chacina nos sítios Caboré e Alagoa do Serrote; Lagoa do Cruz; assassinatos de João Cirino Nunes e Aristides Ramalho; Mortes no sítio Cipó; fuga de paraibanos da fronteira para o Ceará; confronto em Barreiros; invasão ao povoado Monte Horebe; combates em Conceição; sequestro do coronel Zuza Lacerda; o assalto de Sabino a Triunfo(PE) e Cajazeiras (PB); mortes dos soldados contratados Raimundo e Chiquito em Princesa; Luiz do Triângulo; ataques a Belém do Rio do Peixe e Barra do Juá; Pilões, Canto do Feijão e os assassinatos de Raimundo Luiz e Eliziário; sítios Vaquejador e Caiçara; Quelé e João Costa no Rio Grande do Norte; combates com a polícia da Paraíba em solo cearense; o caso Chico Pereira sob uma nova ótica; Virgínio Fortunato na Paraíba: São Sebastião do Umbuzeiro e sítios Balança, Angico e Riacho Fundo; sítio Rejeitado: as nuances sobre a morte do cangaceiro Virgínio”.
A obra certamente não abrangerá o relato de todas as façanhas protagonizadas pelo célebre cangaceiro no estado da Paraíba. Muito se perdeu com o passar dos anos. Os historiadores de ontem, em sua maioria, não tiveram grande interesse em dissecar os episódios por ele protagonizados no território do estado.
A presente obra busca resgatar o que não se dissipou totalmente na bruma do tempo.
Lançamento em Natal do livro de Sérgio Dantas “Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006)”.
LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, Polyprint, 2018, 363 pgs. Disponível em outubro de 2018.
Sobre o autor: Sérgio Augusto de Souza Dantas é magistrado em Natal. Publicou os livros Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada (2005), Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006), Lampião Entre a Espada e a Lei (2008) e Corisco – A Sombra de Lampião (2015).
PARA ADQUIRIR LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA,  VENDAS A PARTIR DE OUTUBRO DE 2018, SENDO REALIZADAS EXCLUSIVAMENTE PELO PROFESSOR FRANCISCO PEREIRA, DE CAJAZEIRAS, PARAÍBA, QUE ENTREGA PARA TODO O BRASIL PELO CORREIO.
CONTATOS ATRAVÉS DO E-MAIL fplima1956@gmail.com, franpelima@bol.com.br OU Whatsapp 55 83 9911-8286
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SEMPRE AO LADO (ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE)

*Rangel Alves da Costa

Parecendo o cenário da pintura “A Menina Doente”, de Edvard Munch, onde uma mãe está sentada ao lado de sua filha enferma, zelando pelos seus últimos instantes de vida. Na pintura, as faces esmaecidas da menina, num tormento de fim de vida, enquanto sua mãe pranteia internamente a sua dor. Uma representação triste, comovente e demasiadamente realista.
Desta feita, também um parente zelando pelos últimos momentos de um ser amado. Uma filha e uma mãe. Uma filha sofrendo a mesma dor da mãe, e uma mãe já sem forças para esboçar qualquer reação, senão através de palavras:
“Não chore assim, minha filha. Não chore que vou melhorar...”.
“Mas não estou chorando, mãe, não estou chorando. Só estou um pouco entristecida por tanto sofrimento que a senhora está passando e nada dessa doença ir embora...”.
“Oh filha, suas lágrimas chegam a cair sobre minha face...”.
“Aqui está muito quente e estou suada. Deve ser apenas isso. Deve ser apenas o suor respingando sobre a senhora...”.
“Já não tenho a idade das ilusões, minha filha. Lágrimas são lágrimas, respingos são respingos...”.
“Tá bem, minha mãe, tá bem. Não vou mais chorar. É que sofro tanto ao ver a senhora assim. Dia após dia e a senhora sem ter diminuição nessa febre, nessas dores...”.
“Oh filha, os tempos também chegam. As folhas perdem o viço e se vão com a ventania...”.
“Não fale assim, minha mãe. Por favor não fale assim. A senhora vai logo ficar bem. E não demora muito e faremos uma viagem maravilhosa...”.
“Viagem, viagem, é o que eu farei minha filha. O vento sopra, tudo em açoite. E logo virá a ventania...”.
“Tome aqui esse remédio. Já está na hora. E por favor não fale mais nessas coisas de vento, de ventania. Tudo isso me entristece e sei que a senhora vai ficar logo boa...”.


“Lembra-se de quantos dias, semanas e meses, que eu venho tomando esses remédios sem parar. Qual foi a melhora que eu tive?...”.
“Mas eu sinto melhoras sim. Talvez a senhora nem perceba, mas suas faces ficam mais cheias de vida e sua disposição aumenta quando toma os remédios...”.
“Sei que tudo faz para me encorajar, para fazer com que eu penso que estou melhorando. Mas também sei que os remédios não fazem mais qualquer efeito...”.
“Oh minha mãe, não diga assim. O médico mesmo veio aqui, examinou a senhora, prescreveu os mesmos remédios e disse que a senhora logo vai ficar curada...”.
“Está ouvindo, minha filha, está ouvindo?...”.
“O que minha mãe, ouvindo o que? Ouço apenas o cortinado se balançando pelo vento que bate de vez em quando. Apenas isso. Agora tente dormir um pouquinho...”.
“Não. É a ventania. Ouça!...”.
“Não se preocupe. Vou fechar a janela e ajeitar as cortinas. Não haverá mais nenhum barulho e a senhora não ouvirá mais qualquer som...”.
“Deixe-me apertar sua mão. Dê-me a mão, minha filha. Aperte bem a minha mão...”.
“Por que?”.
“Sou apenas uma folha. O outono chegou. Já não tenho forças para mais nada. Sinto a ventania, sinto a ventania. Estou sendo levada, minha filha...”.
“Mãe, mãe?...”.
Nenhuma palavra mais. Nenhum suspiro. O outono havia chegado. A ventania havia levado.

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05 outubro 2018

A GALEGA E O GALO

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de outubro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.991

Já ouvimos falar bastante do perigo de um guará choco. Quando o lobo- guará parte para atacar o homem, afirmam todos, o cabra tem que está armado, ser muito macho e pode até morrer no duelo. O cachorro é outro bicho que também ataca o ser humano nas ruas. Duas ameaças ferozes conhecidas. No caso do guará choco, tem até gravação de forró dizendo que não deseja absolutamente nada de mal ao inimigo, apenas um encontro casual com um guará choco. Muito bem, estando em uma unidade de saúde, chega uma galega alta, forte, sexagenária e falante, mão inchada, braço na tipoia e dedos quebrados. “O que foi isso, mulé?”. E ela responda sorrindo; “Foi galo”. A admiração é a mesma entre todos. A galega conta em voz alta à aventura.
ILUSTRAÇÃO; GALO DA MADRUGADA.
Ao passar em uma das ruas de Santana do Ipanema, um galo a atacou. Um galo de, aproximadamente, três quilos, viciado, provavelmente de briga. A galega defendia-se com uma sombrinha. O galo afastava-se, preparava novo golpe e partia voando em direção ao rosto da senhora como querendo arrancar-lhes os olhos. A galega defendia-se desesperadamente sob o riso de algumas pessoas que assistiam o duelo. O galo fez nova carreira e pulou nos peitos da mulher que não resistiu ao impacto, caiu por cima do braço e quebrou os dedos. Não pode se levantar. O galo afastou-se e ficou ciscando com ares de vitória. Somente aí a galega foi socorrida pelo povaréu. Talvez precise operar os dedos.
Aguardando o médico, a galega narrava à aventura – digna de ser filmada – com animação. Ao sairmos, a mulher nos abençoou e pediu a Deus para não encontrarmos um galo doido por aí. Quem ia chegando queria saber a história dos dedos quebrados, mão inchada e tipoia. Logo imaginamos que o acontecido daria uma crônica, pelo fato cotidiano da presepada. Aproveitamos e dissemos a mulher bem humorada. “Aproveite e jogue no bicho, minha senhora. Aposte no galo... Quem sabe!”.
A galega dos dedos quebrados desatou uma gargalhada.


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LUIZ PEDRO FICOU DOIDO COM A MORTE DE NENÉM.

   Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...