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22 janeiro 2019

ILHA DE MARAJÓ

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.044

  Lembrando o velho mestre da Geografia, Alberto Nepomuceno Agra, vamos à Ilha de Marajó no estado do Pará. A maior ilha fluviomarítima do mundo faz parte do Arquipélago de Marajó com mais de 40 kme também conta com mais de 530 mil habitantes. Bastante conhecida na história pela sua produção artesanal em argila – cerâmica marajoara – concorre essa fama com o grande criatório de búfalos calculado em 600 mil cabeças. Recentemente algumas reportagens sobre a Ilha de Marajó, ressaltam a qualidade única do seu queijo de búfalas e o Modus vivendi do seu se sempre a mesma de dia e de noite. Entretanto, detalhes sem fins não são abordados num todo sobre o arquipélago (grupo  de ilhas) que permanece como paraíso desconhecido.

ILHA DE MARAJÓ. (FOTO: GOVERNO FEDERAL/DIVULGAÇÃO).

        Somente a ilha de Marajó, possui doze sedes de municípios como: Santa Cruz do Arari, Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira de Arari, Chaves, Curralinho, Muaná, Porto de Pedras, Salva Terra, São Sebastião da Boa Vista e Soure. A imensa área do arquipélago está sobre Proteção Ambiental composta por várias reserva
povo. Nesse lugar, cuja pluviosidade passa dos 2.000 mm por ano, a temperatura alta é quas. Há muito são mostradas nos livros de história, fotos da cerâmica marajoara com seus desenhos indígenas que impressionam. Mas a ilha também vive da pesca, da cultura da mandioca e, como já foi dito, do imenso rebanho bubalino nos seus banhados. Não é tão simples sair de Belém para o arquipélago cuja viagem leva mais de três horas sobre águas. Como se vê, muitas coisas ainda podem ser descobertas naquela área, principalmente pelos amantes da Natureza.
       Com o progresso do Brasil nas últimas décadas, proliferam estradas asfaltadas para todos os recantos brasileiros. Aumentando o turismo também se aumenta o conhecimento das Cinco Grandes Regiões Brasileiras, antes isoladas pela falta da infraestrutura. Mesmo assim, alguns pontos do Brasil continuam como isolados santuários com acesso para poucos. Exemplos são as chapadas e serras importantes que concorrem com a beleza de qualquer parte do mundo. Por outro lado, chamamos a esses lugares de paraíso, mas nem todos os viventes apreciam esses tipos de paraíso. Cada roseiral com seus espinhos. E o conceito geral de paraíso, depende do gosto de cada um. Mas que o Arquipélago de Marajó deve ter incontáveis belezas escondidas para a maioria dos brasileiros... Nenhuma dúvida.
       Vai? Boa Viagem.


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21 janeiro 2019

RÁDIO CORREIO DO SERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.043
RÁDIO CORREIO DO SERTÃO. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).
          Mantendo a tradição em Santana do Ipanema, Alagoas, ainda funciona plenamente a Rádio Correio do Sertão. Surgiu depois dos movimentos sociais dos anos 60 em busca de energia elétrica nos quais a cidade passou quatro anos no escuro. Com o surgimento da rádio clandestina Candeeiro à cabeça das ações para deixar as trevas o objetivo foi alcançado. Entretanto, tempos depois, além da energia de Paulo Afonso, talvez o saudosismo da Rádio Candeeiro (que deveria estar no museu) fez fundar a Rádio Correio do Sertão em 29 de janeiro de 1979.  E se a clandestina Candeeiro demonstrou força e trouxe a luz para Santana, imaginem a cidade com a bravura de uma rádio oficial com sua potência dominando os sertões. Foi com sua importantíssima cooperação que Santana do Ipanema fez clarear inúmeros órgãos públicos que fizeram desenvolver o núcleo.
          A Rádio Correio do Sertão teve início à Praça Senador Enéas Araújo, penúltima casa da esquina com a Rua Nilo Peçanha. Sendo a pioneira da região sertaneja, muito contribuiu com o Sertão inteiro, diariamente informando, mandando recados e divertindo a zona urbana e rural. Constavam programas de forró, repentistas, aboios e tantas outras atrações que cativavam seus ouvintes. O cantor, desenhista e radialista Adeilson Dantas (falecido em desastre automobilístico) foi um dos primeiros da Rádio, criando seu nome regional. Outros locutores também se tornaram famosos com a Rádio Correio do Sertão virando escola, pois, dali saíram vários profissionais para emissoras de outras plagas.
       Posteriormente a Rádio Correio do Sertão passou a funcionar à Praça Alberto Nepomuceno Agra com a Avenida Coronel Lucena, onde atua até os presentes dias. Venceu inúmeras crises internas, mas vem resistindo, mesmo com suas concorrentes que se instalaram na mesma cidade. O radialista Rânio Costa está à frente desses trabalhos, sendo um veterano formado nessa escola desde a condição de auxiliar. A Rádio Correio do Sertão fez história e é a própria história da terra de Senhora Sant’Ana.
          Quanto ao equipamento da Rádio Candeeiro (se ainda existir) poderia ser doado ao Museu Darras Noya com amplo histórico de uma das páginas mais bonitas escritas pelo povo santanense. A juventude tem que saber e se orgulhar da combatividade do seu município.
  

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BASTIÃO DE TIMBÉ, O ANIVERSÁRIO DE UM GRANDE SERTANEJO E RENOMADO VAQUEIRO

*Rangel Alves da Costa

Hoje Bastião de Timbé, seus familiares e amigos, estão em festa, pois a comemoração de seus 79 anos de idade. Sem dúvidas que um grandioso dia para felicitar e abraçar este filho de Francisco Alves dos Santos (Timbé) e Conceição Marques que ainda está entre nós e que por toda a existência soube tão bem construir uma história de honradez, luta e tenacidade.
Atualmente morador da cidade, sempre encontrado entre amigos na sua calçada na Praça da Matriz de Poço Redondo, no sertão sergipano, certamente distanciado daquele seu outro tão vivenciado nas suas lides de homem da terra, da fazenda, do gado, da vaqueirama, da pega-de-boi. Bem assim mesmo, pois Bastião notabilizou-se principalmente como vaqueiro, e um dos maiores de todo o sertão sergipano.
Foi com o seu pai Timbé, também grande vaqueiro e amante dos currais e da lida com o gado, que Bastião começou a tomar gosto pelas coisas dos sertões catingueiros e cheirando a boi brabo, traquina e corredor. As fazendas Capela e Lagoa da Mangabinha, de seu pai Timbé, foram seus primeiros berços de aprendizado. O passo seguinte foi se tornar vaqueiro em outros locais, nas fazendas grandes de renomados senhores.
Antes disso, porém, prestou serviços temporários na grande e afamada Fazenda Cuiabá, de Hercílio Brito, onde ajudava o recém-falecido Rivaldo de Janjão no tangimento de rebanhos e na pega de boi valente. Foram lições primordiais para o seu aprimoramento das coisas da vaqueirama. Tanto assim que o seu nome logo chegou ao conhecimento de outros portentosos donos de fazendas. Piduca Alexandre (irmão de João Maria de Carvalho da Serra Negra), dono de muitas propriedades nas terras sertanejas de Poço Redondo, logo viu no jovem Sebastião a pessoa ideal para tomar conta de seus pertences de gado e terra. Assim o convidou para ser vaqueiro na Barraca dos Negros, uma de suas grandes propriedades.


Quando esta propriedade foi vendida aos Honorato, o passo seguinte foi ser transferido para a Baixa Verde, também de Seu Piduca, onde permaneceu até adquirir seu próprio pedaço de chão, lá pelos idos dos anos 70. Mesmo não podendo ser comparada às grandes fazendas em extensão e rebanhos, mas a sua Pia da Barriguda passou a se constituir o seu imenso mundo e a ser seu orgulho maior.
Em 2017, mais por pedidos familiares do que por desejo próprio, Bastião deu adeus ao curral, aos bichos de cria, despediu-se da moradia, fechou a porteira e foi morar de vez na cidade. Vendida a Pia da Barriguda, certamente que sua memória ainda convive com todo o seu passado de vaqueiro, de homem do mato, de destemido em cima de um cavalo alazão. Sempre ladeado de netos, filhos, parentes e amigos, um encanto de pessoa em atenção e proseado. A verdade é que fez fama e continua reconhecido como um dos maiores de toda a história sertaneja.
Em seu livro Vaqueiro, Cavalo e Boi (ainda não publicado), o saudoso Alcino Alves Costa, primo de Bastião, tece algumas considerações sobre sua vida vaqueira, e diz: “Sebastião de Timbé era um extraordinário conhecedor de rastros, mateiro que sabia distinguir a pegada de uma rês fosse ela qual fosse... Montado em seus cavalos, o Meladinho ou o Escurinho, Bastião de Timbé não temia boi. Era vaqueiro de vanguarda e detentor de grande conhecimento da caatinga. Era um daqueles que se costumava dizer: ‘este não dá corda pra ninguém’... Nos campos do sertão sergipano o gado era quase selvagem. Está na história de Poço Redondo a odisseia do gado brabo de Mané do Brejinho; assim como o heroísmo dos notáveis vaqueiros de Poço Redondo, especialmente representados pelos incomparáveis Abdias, Tião de Sinhá, Rivaldo de Janjão, Sebastião de Timbé e Elias de Tonho Gervásio...”.
Hoje ali na sua calçada, muitos que passam talvez nem conheçam sua fama e sua história. Mas, sem dúvidas, um dos maiores nomes da história vaqueira de Poço Redondo. Parabéns, Bastião. Feliz aniversário e muitos anos de vida abrilhantando ainda mais o grande livro sertanejo.

Escritor
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20 janeiro 2019

FAMÍLIA PEREIRA DO PAJEÚ DAS FLORES.



Os parentes recepcionando Sebastião Pereira da Silva (Sinhô Pereira) cinquenta anos depois de deixar a sua Vila Bela (Serra Talhada-Pe) largando o cangaço e indo morar na região Centro Oeste do Brasil. Sinhô Pereira foi chefe do cangaceiro Lampião e dos seus irmãos, Antônio Ferreira e Livino Ferreira. 

À direita da foto, José Cassiano Pereira, meu tio avô, irmão da minha avó, Ana Pereira de Sá. 

Foto extraída do livro O Patriarca, do nobre parente Venício Feitosa Neves.


Adquira este livro com o professor Pereira lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba, através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1432021780187639&set=a.403796876343473.93818.100001394919228&type=3&theater

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18 janeiro 2019

BARRA DO IPANEMA: SAUDADES

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.042
NO CÂNION DO RIO IPANEMA COM A TV GAZETA. (FOTO: BASTINHO).
          Saudades do povoado Barra do Ipanema no município de Belo Monte. Emerge vez em quando no peito a preciosa monotonia da região ribeirinha, desde a nossa primeira visita e descoberta. Barra do Ipanema, ponto de encontro entre o rio Ipanema e o rio São Francisco, registrado na história há mais de seiscentos anos. Ponto de encontro de colonizadores, comerciantes e aventureiros que subiam de Penedo rumo aos sertões. Descoberta de ouro no último trecho do Ipanema faz parte das antigas narrativas pesquisadas. Foi ali onde fomos desembocar no dia 9 de janeiro de 1986. E na nostalgia do povoado, quantas histórias escondidas em suas águas passantes e terra seca de facheiros e mandacarus! Foi assim tudo anotado no livro “Ipanema, um rio macho”, editado no ano de 2011.
          E meus companheiros de incursão pelo rio Ipanema não mais existem. Para outra dimensão partiram o Benedito Pacífico, Wellington Costa e João Soares Neto. Também partiram outros personagens cujas fotos estão no livro, gente do próprio povoado. E depois da nossa expedição de 1986, ainda fui ali algumas vezes com alunos e outros companheiros. Novamente as subidas ao morro/ilha de Nossa Senhora dos Prazeres; os banhos no São Francisco; as fotos arrebatadoras e vazio enorme dentro do peito. Mesmo assim, a vontade aflora pedindo nova visita ao povoado para complementar a vida. Vou considerando a rodovia Batalha – Belo Monte com asfalto. Avaliando a idade, o companheirismo, a entranha da caatinga pesando tudo isso na balança do tempo, mapeando a vontade da volta.
           Não saem da cabeça as corredeiras do sítio Telha e o cânion do rio Ipanema naquele lugar impressionante que me marcou pelo resto da vida. Foi por isso que levei para a Telha a TV Gazeta que filmou pela primeira vez tão fantástico lugar. Voltar a Belo Monte sem visitar o cânion do Ipanema, não me parece atrativo, mesmo tendo que deixar a estrada principal e rodar por uma longa variante em dureção à serra das Porteiras. Amigo, saudade não tem dia, não tem hora, bate quando tem vontade de bater. Lê novamente o livro “Ipanema, um rio macho”, é deixar os olhos lacrimosos sem os companheiros para comentários.
          É doído retornar ao povoado Barra do Ipanema, em carne e osso.
          A vontade é muita, a coragem é pouca.


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17 janeiro 2019

ENTRELINHAS (COMPLETO)

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=T4QGJq9aIPo&feature=share&fbclid=IwAR2kptXyLTPuuUEosjlE_ESOJddftzIgJGR8EcKLU0PyDzNOczl-i0DHFYM

Publicado em 6 de dez de 2018
Participação minha no programa Entrelinhas juntamente com o amigo historiador Beto sousa. Pauta do programa foi o Combate de Angico.
Categoria

https://www.youtube.com/watch?v=T4QGJq9aIPo&feature=share&fbclid=IwAR2kptXyLTPuuUEosjlE_ESOJddftzIgJGR8EcKLU0PyDzNOczl-i0DHFYM



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15 janeiro 2019

VIRGULINO E SEU PAPEL...

Por Urbano Silva
Urbano Silva ao lado de Manoel Severo no Cariri Cangaço

Como nenhum outro personagem de sua época, Virgulino entendeu e definiu o seu papel no teatro social do nordeste, tendo com cenário a paisagem árida e os grandes vazios territoriais, espaço o qual ele soube preencher singularmente. Vaidoso, ostentava a auto denominação de Governador do Sertão, e assinava como Capitão, tendo como sua corte e exército seus fiéis cangaceiros. Conhecedor das estradas, atalhos e caminhos ocultos, era consciente da força de sua imagem para a posteridade, e tratou dela com todo o cuidado para as lentes do Benjamin. E foi sua vaidade que deu rosto ao Cangaço, fornecendo imagens que diretamente contribuíram para a sua implacável perseguição e morte.

Urbano Silva
Caruaru, Pernambuco

http://cariricangaco.blogspot.com/2015/



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O INFELIZ CANGACEIRO CHICO PEREIRA.

  Por José Mendes Pereira Colorizado pelo saudoso professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio. Diz o pesquisador e colecionador do can...