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23 outubro 2020

"A MORTE DO CANGACEIRO CALAIS PELO VOLANTE TEÓFILO PIRES"

 Por João de Sousa Lima

- ESSE É UM DOS CAPÍTULOS DO NOVO LIVRO DO HISTORIADOR, ESCRITOR E COLECIONADOR DE PEÇAS SOBRE O CANGAÇO, João De Sousa Lima, "LAMPIÃO, O Cangaceiro!

"Teófilo Pires do Nascimento nasceu em 25 de fevereiro de 1919, no povoado São José, Chorrochó, Bahia. Era filho de: João Pires do Nascimento e Vitalina Pires do Nascimento.

No povoado São José, em 1932, Lampião, Corisco e mais alguns cangaceiros assistiram missa na igreja fundada em 1912.

Foto do ex-soldado volante junto ao pesquisador: joaodesousalima.blogspot.com

Teófilo entrou para a volante de Zé Soares, em 1932, ainda garoto, com apenas 13 anos de idade.

Calais

Uma das principais tarefas de Zé Soares era perseguir o cangaceiro Calais. O cangaceiro era conhecido por suas escapadas e tinha a fama de se “envultar” pelo poder das fortes orações. Por muitas vezes, Calais escapou das perseguições e dos tiroteios, deixando os soldados que vinham em seu encalço atordoados com seus repentinos desaparecimentos. O sargento armou várias emboscadas para Calais, porém ele sempre escapava. O esquivo cangaceiro ficou famoso por enganar os soldados com pistas falsas.

No tiroteio com os soldados Agenor e João Manoel o cangaceiro Calais perdeu sua primeira mulher que tinha o nome de Joana, e ele conseguiu fugir ileso, mesmo sendo alvo de vários tiros. Joana foi presa em Uauá sob o comando do tenente José Petronílio. Tempos depois Calais apareceu com outra cangaceira, chamada Delmira. Essa sua segunda companheira foi morta em uma trama impetrada entre o coiteiro Totonho Preá e os civis armados Belo Cardoso Morais e Júlio.

Armaram uma emboscada e Júlio atirou em Calais atingindo-o levemente em uma das mãos.

Delmira foi atingida no abdômen por Júlio e levada ferida para Santa Rosa de Lima. Depois de diagnosticada pelo médico Antônio Gonçalo, chegou-se a triste conclusão que o ferimento era fatal. Delmira foi enterrada ali mesmo na cidade.

Em uma segunda feira, dia 22 de dezembro de 1937, os soldados Teófilo Pires do Nascimento, Grigório Silvino do Nascimento, João Crisipa e Raimundo Soares (Mundô) entraram Raso da Catarina adentro e próximo à fazenda Marruá viram algumas pegadas e resolveram segui-las. Os soldados se espalharam diante das várias veredas. Depois de longos minutos seguindo rastros diversos Teófilo ouviu umas pancadas e achou que podia ser o cangaceiro escavando uma batata de umbuzeiro. O soldado retornou, reencontrou os amigos e falou do barulho que estava ouvindo chamando-os para cercarem o local de onde vinham as batidas. O soldado Grigório, que vinha chefiando o grupo, não deu atenção a Teófilo e eles continuaram seguindo dispersos os rastros. Teófilo seguiu seu instinto e se dirigiu na direção de onde vinha o som. Sua desconfiança o levou na direção de um frondoso umbuzeiro. Teófilo viu o cangaceiro Calais sentado com um cavador improvisado nas mãos. O cangaceiro cavava com uma espécie de lajota. Dava uma escavada e olhava para os lados, tirava a areia do colo, ajeitava o mosquetão entre as pernas e dava uma breve olhada pra ver se não estava sendo observado ou seguido.

Teófilo aproveitou o barulho da escavação e foi se aproximando. Teófilo queria na verdade, pegar o cangaceiro a mão e prendê-lo. Enquanto o cangaceiro batia a lajota no chão, Teófilo dava um passo coincidindo com o barulho do impacto da rocha com o solo. Quando Teófilo estava há uns onze passos do cangaceiro, Calais bateu as mãos nas pernas tirando a terra e pegou o mosquetão, ao tempo em que foi olhando para o lado e apontando a arma na direção de um dos soldados que vinha distante. O cangaceiro não viu Teófilo que estava bem próximo dele. Teófilo sacou a pistola e atirou no rosto do cangaceiro que caiu pra trás com o impacto do disparo. Vários tiros soaram. Teófilo correu na direção do cangaceiro pra recolher o espólio de guerra. Todos afirmavam que o cangaceiro era um homem rico, que andava com muito dinheiro. Enquanto Teófilo vasculhava os bornais quase vazios do cangaceiro, alguns tiros passaram raspando seu rosto, Teófilo olhou pra trás e viu um dos companheiros atirando de ponto em sua direção. Teófilo revidou os tiros e o soldado parou de atirar. Teófilo partiu na direção do soldado e o escorou com o mosquetão dizendo-lhe umas verdades. Teófilo lembrou que um dos seus companheiros havia dito que tivesse cuidado, pois ele podia ser traído por um dos companheiros, pois em uma discussão que houvera com outro parceiro de farda, resultou no desligamento do desafeto do grupo, o comandante o dispensou e esse novo inimigo de Teófilo falou que pagaria um valora quem matasse Teófilo.

Os outros companheiros foram chegando e cercando o cangaceiro que mesmo estando com o rosto completamente desfigurado ainda respirava.

Teófilo e os companheiros ficaram ali olhando o cangaceiro com o rosto todo empapado de sangue e que teimava em não morrer e observou no peito do cangaceiro um “patuá” pendurado em uma corrente no pescoço de Calais. Teófilo arrancou o patuá, e aí o cangaceiro morreu. Geralmente os patuás trazem orações com fechamento de corpos, símbolos religiosos, ervas e pós que atuam como proteção para quem usa.

Assim que o patuá foi arrancado de Calais o corpo ficou como se tivesse morrido há muitos minutos.

Os soldados pegaram um burro que encontraram, colocaram Calais amarrado no lombo da alimária e o transportaram até Macururé. Na cidade, a população se aglomerou no centro pra ver o famoso e valente cangaceiro, agora inerte e sem vida, transportado por seus algozes.

O comandante Zé Soares parabenizou seus comandados pela morte do cangaceiro e a cidade pôde ter um pouco mais de calma.

Teófilo teve que contar por inúmeras vezes sua façanha. Ele foi também um dos maiores vaqueiros da região. Homem sério, honesto, forte, decidido, amigo e leal.

Teófilo esteve em Fortaleza, no inesquecível encontro entre dois ex-combatentes do cangaço (ele e Antônio Vieira) e três ex-cangaceiros: Moreno, Durvinha e Aristéia. Esse encontro foi registrado pela Rede Globo, no Jornal Nacional.

O sonho de Teófilo que era conhecer a Grota do Angico, local onde morreu Lampião e Maria Bonita. Fizemos o trajeto e na trilha da Grota do Angico, Teófilo já nonagenário, percorreu a trilha aos poucos e com dificuldades, chegando ao ponto do último ato de Lampião.

Tive muito orgulho de privar da amizade de Teófilo e sua família e estive em seu sepultamento no dia 29 de setembro de 2014, no povoado São José, Chorrochó, Bahia. Lateral ao cemitério onde jaz Teófilo fica a igreja onde Lampião assistiu uma das primeiras missas em território baiano e onde estão enterrados os pais de Teófilo.

Guardo na lembrança o som de sua voz firme, seus depoimentos bem ajustados e a saudade do seu aperto de mão, de sua companhia em vários momentos. Teófilo resistiu até os 96 anos de idade, forte como a aroeira, árvore símbolo da região que tantos homens destemidos pisaram".

- Obs - esse é um dos capítulos do novo livro de João de Sousa Lima, chamado Lampião, o cangaceiro! sua ligação com os coronéis baiano, Raso da Catarina e outras histórias. Lançamento previsto para setembro.

João de Sousa Lima é historiador e Escritor. Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso - cadeira 06.

Fonte: facebook

Página: Sálvio Siqueira

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22 outubro 2020

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"

  

Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.

Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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21 outubro 2020

CONFESSO A MINHA IGNORÂNCIA

 Por Zozimo Lima

Preciso, mais uma vez, dar satisfação aos meus leitores. Muitos, por aí, jovens e velhos, sábios e ignorantes, me têm na conta de intelectual.

Não o sou. E, por essa falsa convicção, sou, às vezes, citado, nomeado, mencionado, causando indignação aos nossos eminentes homens de letras, que, em Sergipe, atualmente, vicejam como capim gordura nos pastos e baixadas dos engenhos de fogo morto.

Ora, às vezes, dou opinião sobre escritores que aparecem, na imprensa, discorrendo sobre assuntos literários, em prosa e verso, que não contam com a minha aprovação, os meus aplausos.

Daí aparecerem os seus autores, muito ilustres, preparados, mas que dão cincadas loucas. Os gênios também pecam nas suas atitudes filosóficas. Eu, embora cego em coisas da literatura, discordo com argumentos fracos. Por isso que, em consequência da minha fundamental ignorância, acabo aumentando o número de adversários, de inimigos.

Acontece que, com essas antipatias que carrego, me sinto satisfeito, porque, por outro lado, cidadãos de boas letras e leituras, daqui e de outras províncias, onde se lê muito e muito se escreve, me mandam cartas de aplausos.

Vocês, meus amigos, não são tão burros, que me julguem portadores de competência asinina. Mas pensarão, porventura, que eu fico indignado com os doestos que me atiram?

Não pensem em tal, como eu. Reconheço as minhas insuficiências mentais, literárias, filosóficas. Não sou como certas cavalgaduras que por bajulação ingressaram no juizado, nas academias de letras, e, por isso, fazem roda de auto importância como perus. Desses me rio à socapa.

Voltaire considerava Shakespeare como um selvagem e Carlyle revidou, um século depois, chamando Voltaire de louco. É o que leio em Henry Thomas.

Mas há muito burro por aqui, burro togado, burríssimos, de cabresto que fazem discursos e até lavram acórdãos.

Consideram-me ateu. Não sou tal. É calúnia. É vingança de castrados que me não suportam. Eu os perdoo. Sinto não ter uma medalha para mais os engordar.

Tobias Barreto dizia que o ateu é um idiota. É verdade, que ele, às vezes, mudava de opinião. Atribuo tal reviravolta teológica ao mau funcionamento do fígado e às misérias porque estava passando, à falta de dinheiro para manter-se com família numerosa.

No seu espírito Kant destruiu Deus, mas, dizia, o criara no coração. E afirmava mais o filósofo que se não pode basear a religião sobre a ciência, pode-se estribá-la na moral.

Não tenho, com segurança, inabalável, fé profunda, ética absoluta, a qual Kant chamava de “imperativo categórico”, mas, como Tobias, acredito em qualquer coisa que não posso bem explicar.

Tudo, como nas letras, consequência da minha ignorância. Se pertenço a uma Academia de Letras é por boa vontade, camaradagem de alguns amigos. Os sábios andam por aí às canadas e toneladas. Eu sou apenas o reverso deles.

Gazeta de Sergipe – 30/12/71

https://www.facebook.com/photo?fbid=3188293321299522&set=a.290440857751464

Adquiri no facebook, página de Antônio corrêa Sobrinho.

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20 outubro 2020

LIVROS DO ESCRITOR.

 João de Sousa Lima


Se você quiser adquirir estes livros do escritor João de Sousa Lima irá encontrá-los na SUPRAVE ou diretamente com o autor: 

75-988074138.

https://www.facebook.com/joao.desousalima.92

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19 outubro 2020

APAGANDO O LAMPIÃO...

 


Para adquiri-lo entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail:

franpelima@bol.com.br

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18 outubro 2020

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"

 


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.

Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

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15 outubro 2020

O AVIÃO DE LAMPIÃO.

 Por João Filho de Paula Pessoa

A Fama de Lampião e de seus assombros nos sertões nordestinos era notícia em todo o Brasil. Em 1931 surgiu no Estado do Rio de Janeiro um oficial do exercito, o Cap. Aviador Carlos Chevalier, que anunciou um plano mirabolante para liquidar Lampião, seu plano consistia em invadir o Nordeste brasileiro com equipamentos sofisticados, canhões, metralhadoras, um grande contingente de homens por terra e ele pelo céu, num avião. Com isto, ganhou os holofotes da imprensa, passou a dar uma série de entrevistas e divulgar seu plano de invadir o Nordeste e capturar Lampião, apresentava seu plano como infalível e já contando vitória. Afirmava que lideraria a missão pelo céu, num avião do exército, modelo 1930, e que desta forma, não havia como Lampião escapar. No entanto, foram passando os dias, as semanas e os meses, e o capitão aviador ainda continuava no Rio de Janeiro dando entrevistas, até que este silenciosamente desapareceu da vista de todos, circulou informações na imprensa que o Governo Federal não apoiou seu plano e não disporia recursos financeiros para aquela espetaculosa empreitada, pois além de ser de um custo elevadíssimo, não havia nenhuma garantia de êxito e ainda o Capitão Aviador e pretenso herói, era acusado de falcatruas em sua carreira. Assim, a pretensão de combater Lampião e vence-lo com um avião não passou de um devaneio extravagante, de um plano imaginário e lunático por parte de alguém que sequer conhecia o Sertão Nordestino, muito menos o Cangaço e sua capacidade. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce., 14/10/2020.

Obs: Nossos Contos também são contados em vídeos no YouTube - Canal Contos do Cangaço. https://www.youtube.com/channel/UCAAecwG7geznsIWODlDJBrA

https://www.facebook.com/groups/508711929732768

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LUIZ PEDRO FICOU DOIDO COM A MORTE DE NENÉM.

   Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...