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19 janeiro 2023

LAMPIÃO DESISTE DE ATACAR A CIDADE DE CUSTÓDIA

 Do acervo do José João Souza

Lampião estava decidido atacar o município de Custódia, no Sertão pernambucano, o cangaceiro mandou um garotinho até a cidade para verificar quantos soldados havia no quartel ou na delegacia. Ao voltar, o menino anunciou: "No quartel, só tem cem". Temeroso com o grande número de macacos, maneira pela qual chamava os guardas, Virgulino desistiu da invasão. O que ele não sabia é que Cem era o apelido do único soldado presente no quartel naquele dia.

Do livro:

Flores, Campos, Barros e Carvalho - Olhando para o passado até onde a vista alcança

De: Maria Stella Barros de Siqueira Campos.

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18 janeiro 2023

LIVRO

    Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


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Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

Ou com o autor através deste:


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17 janeiro 2023

VAI TER ESPETÁCULO - GRUPO DE XAXADO CABRAS DE LAMPIÃO

 Acervo do Bruno Yacub

A prefeitura de Brejo Santo, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos, com apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste, recebe no próximo sábado, 21 de janeiro, o Espetáculo com o Grupo de Xaxado Cabras de Lampião.

A ação cultural será realizada na Praça Padre Cícero, em frente ao Museu Municipal Historiadora Marineusa Santana, à partir das 19h.

SOBRE O GRUPO:

O grupo de xaxado Cabras de Lampião trouxe os cangaceiros para frente das luzes e o cangaço se transformou num show de arte com uma nova e revolucionária imagem do Rei do Cangaço. É um espetáculo que conduz o expectador a um mergulho no mundo mágico e místico do sertão. Com músicas ao vivo - sanfona, triângulo e zabumba - e um repertório do cangaço, MPB e uma indumentária semelhante a dos cangaceiros, A Saga de Lampião é mostrada em uma forma envolvente e de singular beleza.

Participe!

Brejo Santo.

Cidade de Todos.

Cultura para Todes.

#brejosanto

#brejosantoce

#brejosantocidadedetodos

#prefeituradebrejosanto

#culturaparatodos

#culturaparatodes

#ccbnbcariri

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16 janeiro 2023

APAPUÁ

  Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2022.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.827 

Muito gostoso falar sobre essa pequena abelha da nossa terra que não tem ferrão, mas bota para correr até cabra valente. Pode ser chamada de arapuá aqui no sertão, mas o seu nome indígena – que significa mel redondo – possui uma grande variação conforme as regiões, como irapuã, arapuã, aripuã, aripuá, arapu, axupé, cupira, urupuca e várias outras. Referindo-se à abelha no masculino como falam os sertanejos, o Arapuá faz a sua colmei na parte externa dos galhos de árvores, que se tornam um monte arredondado, daí o “mel redondo”, formato do seu enxu ou inxu também assim denominado no sertão, toda colmeia grande ou pequena. Essa minúscula danadinha gosta muito de árvores frutíferas e seus galhos mais altos, como a mangueira, por exemplo.

Nem precisa ir diretamente atrás do inxu, tirar o mel, basta chegar por perto, subir na árvore para pegar uma fruta nas proximidades das abelhas. Isso chega a ser muito divertido por quem assiste a cena de uma perseguição em massa por conta das pequeninas. O bando ataca, principalmente, o cabelo, onde se enrosca e morde por todos os lugares, com risco de penetração nos ouvidos, e nariz. Enquanto isso, a vítima parece louca, apavorada, tentando descer da árvore e se livrar da arapuá nos cabelos. Imita um boneco de mola enlouquecido, ligado na tomada. Muitos e muitos risos pelos arredores.  “Corra, cabra velho, que o que elas querem é distância entre você e o inxu”. Geralmente, tudo acaba bem e o sujeito sai de cara feia olhando para trás e que mais a frente ele próprio estará rindo e contando a presepada.

O tamanho de um inxu de arapuá é visto de longe, chama muita atenção até para os acostumados sertanejos. Poderíamos aqui falar em detalhes sobre a abelha arapuá (Trigona spinipes) mas o amigo ou amiga talvez não estejam interessados (as) em minúncias, sendo o foco do tema as brincadeiras que essas simpáticas abelhas pretas pequenas e lustrosas fazem para botar o cabra para correr quando se sentem ameaçadas. Representam mais um encanto e coisas engraçadas do sertão nordestino. Mas existe também uma abelha chamada inxuí, que por ser muito pequena, bem como sua colmeia, foi até motivo de nome de lanchonete minúscula na cidade de Arapiraca, com ideia do escritor Zezito Guedes.


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15 janeiro 2023

LIVRO

    Por José Irari

Prezados confrades estudiosos e pesquisadores do tema nordeste e cangaço!! Novo livro do renomado escritor José Bezerra Lima Irmão!! Desta vez sobre Maria Bonita, recomendo sem medo de decepcionar... escritor de pesquisas honestas e fundamentais para estudos do tema. Adquirir meu exemplar via professor Francisco Pereira Lima. Desde já, parabéns nobre amigo José Bezerra Lima Irmão. 

Que venham outros trabalhos!

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14 janeiro 2023

LAMPIÃO UMA VIDA MARCADA POR MUITAS DECEPÇÕES E GERALMENTE, VINGADAS.

  Por José Mendes Pereira - (Crônica 76)

No dia 28 de julho de 2022, completaram 84 anos que o homem mais procurado do Nordeste Brasileiro, e conhecido no mundo inteiro, o pernambucano lá da Villa Bella, atualmente denominada de Serra Talhada, o Virgolino Ferreira da Silva - alcunhado “Lampião”, deixou o nosso planeta, partindo para outra esfera (suponhamos) depois de tantas crueldades praticadas por ele e seus comparsas, que viajaram juntos, num total de 11 delinquentes.   

Benjamin Abraão Botto, Maria Bonita e o capitão Lampião

Lampião repousava na Grota do Angico, nas terras de Porto da Folha, atualmente pertencem à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, e lá, ele e a sua rainha Maria Bonita estavam protegidos pela sua malta, no seu coito, e se sentindo seguro, enfiado em sua famosa "Central Administrativa". 

Os calendários da humanidade indicavam o dia 28 de julho de 1938, e os relógios do mundo inteiro, marcavam mais ou menos  5:30 da madrugada desse dia, quando ele, Maria Bonita e sua cabroeira, foram atacados e abatidos; mais um policial de nome Adrião Pedro de Souza (total de 12 mortos na Grota do Angico), chacinados pelas volantes policiais, comandadas pelo tenente João Bezerra da Silva, da gloriosa Polícia Militar do Estado de Alagoas.

Segundo alguns pesquisadores, naquele coito, o capitão Lampião se sentia seguro, achava muito difícil que uma suposta volante chegasse ali, e que somente eles, sabiam muito bem chegarem naquele lugar,  porque, habitualmente, eram conhecedores de todos os terrenos que ofereciam difíceis acessos nas caatingas do nordeste brasileiro.  

O cangaceiro Corisco

Mas o valente cangaceiro Corisco, duvidava que aquele coito tinha segurança, porque, ele chegou a dizer que ali era como uma ratoeira, caso fossem atacados, seriam pegos, só existia uma entrada, e que ela também seria a saída para que eles se livrassem de um possível ataques de policiais. E se caso as volantes descobrissem que a Grota só tinha uma saída, com certeza, todos os cangaceiros estariam ferrados.

Grota do Angico em Poço Redondo-SE.

Com exceção dos que ganhavam dinheiro do rei do cangaço, o nordeste brasileiro vibrou e bateu palmas com a sua morte, com o seu fim, porque, muitos que estavam marcados para morrerem, e outros que,  mesmo não estando na lista de morrer,  se livraram de passar pelas mãos vingativas do sanguinário, perverso Lampião e seus comandados.

Enquanto outros não gostaram nem um pouquinho do seu extermínio, porque viviam exclusivamente dos favores que faziam ao rei e a rainha do cangaço, como também prestavam os seus serviços à toda sua cabroeira, e a recompensa era valiosa, mesmo arriscando as suas vidas, valia muito mais prestarem serviços a um bando de feras humanas, do que ficarem do lado da polícia militar, porque, nada ganhavam, ao contrário, eram maltratados para que eles entregassem o rei Lampião, Maria Bonita e seus homens, indicando o lugar dos seus coitos na caatinga. 

EM ALGUM MOMENTO NA VIDA TERIA LAMPIÃO SE ARREPENDIDO DO QUE FEZ E CONTINUAVA FAZENDO?

Eu acho que sim. Lampião ainda continuava no cangaço, porque era constantemente perseguido pela polícia, e ele como rancoroso, vingativo, perverso e sanguinário, não iria se humilhar à autoridade nenhuma. Suponho eu que se as autoridades tivessem dado-lhe uma oportunidade, perdoando o que ele tinha feito antes, muitas vidas de sertanejos e de alguns pequenos fazendeiros teriam sido poupadas, porque, Lampião  se intercalaria à sociedade, e cuidaria de construir um lá com a sua companheira Maria Bonita.

Assim como os demais que foram cangaceiros e beneficiados com o indulto do presidente da república Getúlio Vargas, nenhum deles voltou ao antigo passado, e assim, o rei também mudaria de pensamentos, caso tivesse sido beneficiado.

O que passou, passou, e daquele dia em diante, Lampião gozaria de proteção, foi assim que aconteceu com os seus comandados, que mostraram que eram capazes de viverem em sociedade.

Somente Severino Garcia Santos, o ex-cangaceiro Relâmpago, que era funcionário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.", do afamado Lampião, apesar de sua idade, com 83 anos, o Relâmpago fora preso por esfaquear o agente de trânsito do Detran "Jorge de Oliveira Ribas", de 66 anos, após uma discussão sobre o preço de uma cabeça de peixe num bar na Praça Tiradentes. Na época, o ex-cangaceiro se vangloriava dizendo que, quando vivia no sertão, tivera 12 mulheres e matara mais de 20 pessoas com Lampião. (Confira esta informação clicando no link abaixo da foto do ex-cangaceiro Relâmpago).

O cangaceiro Relâmpago - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2013/11/o-globo-19-de-abril-de-1991-ex_2.html

Não sou analista sobre nada, mas acho que Lampião, quando se deitava um pouco, em sua "Central Administrativa", sozinho no seu “eu”, muitas vezes, pensou que um dia poderia ser um homem da sociedade, e não nômade criminoso e desordeiro como era. Mas o destino foi cruel com Lampião, não lhe deu uma oportunidade na vida. E penso eu que, sempre passou no seu “EU”. E quem sabe, tenha pensado isto ou semelhante o que segue:

“Eu não sei porque a vida preparou para mim um mundo tão triste, tão cheio de decepções. Entregou-me uma agenda só com coisas ruins que eu terei que cumprir ou passar por elas. Matar os meus semelhantes, matar gado e criações de proprietários que não querem me aceitar nas suas terras, e procuram me eliminar do sertão; roubar, odiar, vingar, depredar, incendiar fazendas e cercados, só horrores terei que fazer. Mas será que eu não sou filho também de Deus? 

Às vezes me ponho a imaginar as grandes crueldades que fiz com várias pessoas sertanejas, e muitas delas, estavam pagando um preço caro, e nem mereciam passar pelas minhas mãos vingativas, ou de meus comandados. Lembro como foi assassinado o Briô, na mais triste morte. O cangaceiro Vulcão. Os que eu autorizei, que os meus cangaceiros os capassem, outros que ficaram sem orelhas, mulheres ferradas, Rosinha do meu amigo da velha guarda Mariano Laurindo Granja, ordenei que a matasse na mais covarde morte. Cristina do cangaceiro Português, só pelo fato dela tê-lo traído. Foi morto também o Sabiá que estuprou uma jovem, mas este era merecedor. Lá no Rio Grande do Norte, em São Sebastião, eu assassinei um jovem maluco, só porque ele não obedeceu as minhas ordens. E assim, tudo que eu tenho feito de ruim, eu culpo a natureza, que não teve um tico de dó de mim.

Lembro que o Santo da Fazenda Mandassaia, empregado do fazendeiro Manoel do Brejinho, foi morto pelo cangaceiro Corisco, e quem causou a sua morte, fui eu. O vaqueiro guardava em sua casa uma quantia em dinheiro que o Manoel do Brejinho tinha mandado para o Corisco, cuja, solicitada pelo mesmo. Ao chegar ao meu conhecimento, fui até a sua casa e pedi que me entregasse a quantia que eu acertaria com Corisco, porque eu estava precisando daquele valor. E assim ele fez, me entregando toda quantia em dinheiro do Corisco. Mandei pedir outra quantia ao Manoel do Brejinho, que seria para devolver ao Corisco, que eu havia pego aquela primeira, e foi honrado o meu pedido por ele. Se ele fez cara feia, eu não sei, mas enviou a quantia pelo Santo, e com esta em seu poder, aguardava a chegada do Corisco para entregá-la. Mas dois policiais patenteados, tomaram conhecimento da quantia em poder do Santo. Foram alta hora da noite, e um deles se fez ser o Corisco. Pediu que trouxesse o dinheiro, mas não precisava abrir a janela, bastava entregar por uma fresta, pois tinha pressa. Dias depois, Corisco vai à casa do Santo, pegar o dinheiro. Santo não tinha mais, porque a quantia já tinha sido entregue a ele, assim pensava o pobre vaqueiro que tinha sido ludibriado pelos policiais desonestos. Corisco enlouqueceu, dizendo que ele estava querendo enrolá-lo, e findou assassinando-o, sem merecer o pobre vaqueiro Santo da Fazenda Mandassaia.

Uma das coisas que mais me irrita, é ser excluído pelos meus irmãos (de modo geral), que nunca me viram com bons olhos. Eu faço parte da mesma comunidade humana, e por que quase todos os meus irmãos me odeiam? Enquanto eles riem de mim, pelo mundo que recebi da natureza, caladamente eu choro, choro e choro muito, choro, e choro muito forte, por não ter tido a mesma sorte  que tiveram todos os meus irmãos fraternos, e que fazem o bem. 

Se me dessem uma oportunidade, eu abandonaria o mundo do crime e me intercalava novamente à sociedade dos homens, e iria praticar só o bem. Mas os meus crimes foram maiores do que o coração da sociedade, e ninguém me ver com bons olhos. Por onde eu ando e tento um apoio, pelo menos para o meu cansado corpo repousar e descansar um pouco, mas todos viram as costas para mim, e com medo da minha pessoa, fogem para as matas como se eu fosse o maior animal feroz do mundo. Não tenho culpa, foi a natureza que errou quando me fez, e assim, sou um dos erros do mundo. 

Infelizmente, o sol não nasceu para mim. Será que eu sou filho de Deus ou do Diabo? Perseguiram tanto os meus pais que minha mãe não suportando as pressões dos poderosos, infartou e dias depois veio a óbito, e um mês depois, os policiais que eram comandados pelo tenente José Lucena, invadiram  a residência de José Ferreira dos Santos, o meu pai, e o assassinaram, que nada tinha a ver com as nossas brigas. E minhas irmãs sofreram o que o diabo rejeitou. Todo tipo de perseguição, elas foram vítimas. 

Quando você quiser desejar o mal a um inimigo seu, deseja o mundo que eu herdei da natureza, porque, não tem outro mundo pior do que o que eu ganhei".

Há 84 anos findava a carreira criminosa de Virgolino Ferreira da Silva o Lampião, onde foi localizado na Grota do Angico, no Estado de Sergipe e executado com mais dez cangaceiros, pela volante comandada pelo Tenente João Bezerra da Silva, da PMAL, no dia 28/07/1938.

Informação ao leitor: 

O que eu escrevi, não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, e não tem problema se você discordar. Lampião nunca disse isso.
Você leitor, poderá me perguntar: "E se não tem valor para a literatura lampiônica e por que você escreve?" 

Eu escrevo o que penso sem atrapalhar o que já escreveram os escritores e pesquisadores. São apenas as minhas inquietações assim dizia o saudoso escritor Alcindo Alves Costa o caipira de Poço Redondo.  

Eu escrevo para aqueles que gostam de ler, e também para  me divertir com este tema tão polêmico que é “Cangaço”, principalmente quando se trata de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião e sua companheira Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita. Os meus escritos não atrapalham os pesquisadores e nem os escritores.

Eu sempre chamo a atenção do leitor para não usá-los na literatura lampiônica. 

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13 janeiro 2023

MORRE ÚLTIMO EX-COMBATENTE DA SEGUNDA GUERRA DE MOSSORÓ

 

Morreu na noite desta quinta-feira (13) em Mossoró/RN José Rodrigues da Silva, 101 anos. O idoso era o último ex-combatente vivo da segunda guerra mundial de Mossoró. E era conhecido como Zé Marinheiro.

Segundo a família, José estava internado no Hospital São Luís em Mossoró e foi a óbito vítima de infecção generalizada. Zé Marinheiro deixou uma viúva Valdenora Martins de Souza, 92 anos, e teve 18 filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Depois que ele voltou da guerra, trabalhou embarcado aqui nas salinas.

Durante o velório agentes do Tiro de Guerra e do Corpo de Bombeiros prestaram homenagem ao ex-combatente.

TCM

https://www.passandonahorarn.com/2023/01/morre-ultimo-ex-combatente-da-segunda.html

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LUIZ PEDRO FICOU DOIDO COM A MORTE DE NENÉM.

   Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...