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17 abril 2023

O ATAQUE DE SINHÔ PEREIRA AS FAZENDAS PIRANHAS E UMBURANAS,DOS CARVALHOS.

 Por Luiz Ferraz Filho

Geograficamente falando, no inicio do século XX não havia possibilidade nenhuma de frequentar a léndaria Vila de São Francisco (antigo distrito de Villa Bella - Serra Talhada-PE), sem passar nas terras das familias Pereira ou Carvalho. E foi exatamente nesse epicentro das antigas questões que estive visitando. A vila era na época um arruado de comercio pujante. Muitas habitantes frequentavam o povoado que crescia rapidamente as margens do Rio Pajeú. 

Clássica foto de Sinhô Pereira e Luis Padre

Qualquer sertanejo da Vila de São Francisco que desejasse visitar a cidade de Serra Talhada pela estrada velha, teria que passar nas fazendas Barra do Exu, Caldeirão, Escadinha, Varzea do Ú, Piranhas, Três Irmãos, Surubim e Umburanas, todas redutos de familiares dos "Alves de Carvalho". Esse grande número de habitantes fez prosperar essas localidades e conseguentemente da famosa vila , fundada na metade do século XIX por Francisco Pereira da Silva, patriarca dos "Pereiras".

Região rica, tal como todo o solo encontrado nas fazendas do oeste serratalhadense, a Fazenda Umburanas surgiu atraves de um dote recebido pelo fazendeiro Manoel Alves de Carvalho (filho de Jacinta Maria de Carvalho e João Barbosa de Barros - o Janjão da Quixabeira) pelo casamento com a prima Joana Alves de Carvalho, herdeira desta parte de terra que pertencia ao seu pai, o coronel José Alves da Fonseca Barros, que morava do outro lado do Rio Pajeú na Fazenda Barra do Exu. 

Marca de bala na Umburanas...

Deste quartel-general dos "Carvalhos das Umburanas", nasceram os celebres irmãos Jacinto Alves de Carvalho (Sindário), Enoque Alves de Carvalho, José Alves de Carvalho (Zé da Umburana) e Antônio Alves de Carvalho (Antônio da Umburana), e posteriomente os outros irmãos Isabel (Yaya), João de Cecilia (falecido jovem), Aderson Carvalho, Enedina e Adalgisa (Dadá). Foi lá, nesta fazenda, que esses celebres irmãos enfrentaram a questão com os primos Sinhô Pereira e Luis Padre.

Aparentados do major João Alves Nogueira, da Fazenda Serra Vermelha, e de Antônio Clementino de Carvalho (Antônio Quelé), que na época já enfretavam questão com Manoel Pereira da Silva Filho (Né Pereira), era somente questão de tempo e de proposito para que os irmãos Carvalhos (vizinhos da vila São Francisco, onde morava os Pereiras) aderissem a essa questão familiar. E o estopim foi justamente o assassinato de Né Pereira, em outubro de 1916, na Fazenda Serrinha, cerca de 6km da Fazenda Umburanas, dos Carvalhos.

Né Pereira, assassinado em outubro de 1916 pelo jagunço Zé Grande, que levou e entregou o chapéu e o punhal para os familiares dos Carvalhos.

O crime foi cometido pelo ex-presidiario Zé Grande (natural de Palmeira dos Indios-AL), que segundo os Pereiras, era ex-jagunço dos Carvalhos e havia fugido da cadeia para em sigilo incorpora-se ao bando de Né Pereira com a intenção de assassina-lo traiçoeiramente. Após matar Né Pereira quando ele tirava um conchilo, Zé Grande levou o chápeu e o punhal do morto para entregar aos Carvalhos, na Fazenda Umburanas, como prova do crime cometido. Revoltado, Sebastião Pereira e Silva (Sinhô Pereira - irmão de Né Pereira) entra na vida do cangaço ao lado do primo Luis Padre, que teve o pai assassinado em 1907, na Fazenda Poço da Cerca, cerca de 6km para as Umburanas.

Casa velha da Fazenda Umburanas, antiga propriedade de 
Manoel Alves de Carvalho e filhos. 
Francisco Batista da Silva (Chico Julio), 67 anos, morador antigo das fazendas Umburanas e Piranhas relembrando alguns episodio e mostrando as casas 
que foram incendiadas.

Localizada no epicentro da questão "Carvalho" e "Pereira", o comercio da Vila de São Francisco regredia devido a infestação de bandos armados. Em julho de 1917, Sinhô Pereira e Luis Padre, juntamente com mais 23 jagunços, resolveram fazer sua maior vingança com os "Carvalhos", cercando e atacando as Fazendas Piranhas e Umburanas. 

Os proprietarios Lucas Alves de Barros (da Fazenda Piranhas), Antônio Alves de Carvalho (da Fazenda Umburanas) e Jacinto Alves de Carvalho (da Fazenda Varzea do Ú) resistiram ao ataque, juntamente com os Pedros - jagunços e moradores da familia - em um combate épico que durou duas horas. O cabra Manuel Paixão, do bando de Sinhô Pereira, morreu ferido na calçada quando tentava entrar na casa velha da fazenda. "Tomamos a casa do Lucas, que fugiu para a casa de Agnelo (Alves de Barros - irmão de Lucas das Piranhas), bem perto. Depois chegaram mais jagunços, amigos dele. O combate durou quase duas horas. Manuel Paixão e outros três ficaram feridos. Um foi preciso a gente carregar. Era Antônio Grande. Por isso, tivemos que nos retirar. Dizem que morreu um deles e dois ou três ficaram feridos", revelou Sinhô Pereira, em entrevista nos anos 70.


Sindário Carvalho, que juntamente com os irmãos Zé e Antônio das Umburanas, resistiu ao ataque de Sinhô Pereira e Luis Padre as fazendas Piranhas e Umburanas
Casa velha da Fazenda Piranhas, propriedade de Lucas Alves de Barros e filhos.
Escombros da casa de Antonio Alves de Carvalho (Antonio da Umburanas), morto em um duelo com Sinho Pereira. 

Furioso, Sinhô Pereira pôs fogo nos roçados e nas cercas das fazendas, como também, queimou 13 ou 14 casas de moradores e agricultores que trabalham na terras dos Carvalhos, situadas bem próximas uma das outras. Depois, Sinhô Pereira, ainda matou algumas criações, cortando o couro para não ser aproveitado, e "arrombou" os pequenos açudes para os peixes morreram sem água. "A casa grande das Umburanas foi incendiada, como (também) as (casas) das Piranhas, e a minha casa nesta fazenda. Atualmente ali não reside ninguém", falou o fazendeiro João Lucas de Barros (filho de Lucas das Piranhas), em entrevista nos anos 70. 

Após esse ataque de Sinhô Pereira, os Carvalhos abandonaram suas moradas e vieram residir em Serra Talhada (PE), onde devido a influência com a politica da época, se aliaram aos militares e iniciaram uma tenaz perseguição ao bando de Sinhô Pereira e Luis Padre. Iniciava assim a fase mais obscura de uma guerra de vindictas familiares que culminaram na morte de Antônio das Umburanas e a ida de Sinhô e Luis Padre para o sudeste brasileiro. "A impunidade em Vila Bela (Serra Talhada) teve o auge em minha juventude", lamentou Sinhô Pereira, em entrevista meio século depois dos acontecimentos. 

Luiz Ferraz Filho, pesquisador - Serra Talhada,PE
(FONTE): (FERRAZ, Luis Wilson de Sá - Vila Bela, os Pereiras e outras historias) - (LORENA, Luiz - Serra Talhada: 250 anos de historia) - (MACEDO, Nertan - Sinhô Pereira, o comandante de Lampião) -  (AMORIM, Oswaldo - Entrevista de Sinhô Pereira ao Jornal do Brasil em fev.1969) - (FEITOSA, Helvécio Neves - Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras)

http://cariricangaco.blogspot.com/2017/12/o-ataque-de-sinho-pereira-as-fazendas.html

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15 abril 2023

AS BRIGAS DE LAMPIÃO E CORISCO O REI DO CANGAÇO E O DIABO LOIRO

  Por Histórias da Vida Real

https://www.youtube.com/watch?v=WTZdPuJU2zU&ab_channel=Hist%C3%B3riasdaVidaReal

Veja as AS BRIGAS DE LAMPIÃO E CORISCO O REI DO CANGAÇO E O DIABO LOIRO, Lampião e Corisco eram muito amigos, mas o rei do cangaço e o diabo loiro, tinham suas desavenças, pois Corisco era irresponsável, e as vezes desobedecia a lampião. Então depois de tantas desavenças, a amizade dos dois azedou, e Corisco e lampião nunca mais voltariam a ter a mesma amizade, Lampião já não confiava mais no velho amigo de tantas batalhas.... é vida que segue. SEJA MEMBRO, AJUDE O CANAL: APENAS 5 REAIS POR MÊS:    / @historiasdavidareal   #historiasdavidareal #historiasdelampião Contato: artehoraciomoura@gmail.com

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14 abril 2023

LIVRO

   Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


https://www.facebook.com/profile.php?id=100005229734351

Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

Ou com o autor através deste:


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13 abril 2023

MARIA: MÃE E FILHA

  Por Hélio Xaxá


No teu ventre o amor fez morada

Por obra do Espírito Santo.

Da tua fé, A Luz, foi gerada

Que fosse para todos, portanto.


Por tua Luz, a paz nos foi ensinada

Tanta sabedoria causava espanto...

Na tua dor, a vida nos foi revelada:

Jesus, o teu sorriso e o teu pranto.


Oh, Virgem de Nazaré!

Oh, Mãe Pura e santificada!

Fomos salvos por tua fé

Fé por Deus inspirada...


Oh, Maria, Mãe de Jesus!

Oh, Filha Predileta de Deus!

Tua fé é a nossa Luz

Jesus nos caminhos meus.

https://www.facebook.com/helio.xaxa

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12 abril 2023

VIRGULINO, RECEBE A PATENTE DE CAPITAO E SE PREPARA PARA COMBATER A COLUNA PRESTES!!

  Por Geraldo Júnior

Por convite de Padre Cicero, Lampião aceita a comenda de capitão do exército e ele acompanhado de cerca de 50 cangaceiros se torna capitão do exercito, documento assinado por representante federal no Ceará, Pedro Albuquerque Uchoa.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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11 abril 2023

POETA DAS QUEIMADAS

Autor: José Di Rosa Maria

01
Ontem pela madrugada
Depois da morte do sono,
Busquei a inspiração
No baú de Deus é dono,
Pra compor uma canção
Falando de Fabião,
Poeta que não destrono.
02
E afoguei os meus olhos
No mar da biografia
Do poeta que tocava
Rabeca, porque sabia
Que cedo ou tarde cantando
Terminaria pagando
O preço da alforria.
03
A biografia diz
Que em mil e oitocentos
E quarenta e oito, nasce
Ele, sem conhecimentos
Mas com o dom evidente
De encantar sua gente
Cantando seus sentimentos.
04
E em Lagoa de Velhos
Seu torrão, sua cidade
Lá na fazenda Queimadas,
Com dez anos de idade,
Fabião já trabalhava,
Já cantava e já sonhava
Com a luz da liberdade.
05
Ao fazer catorze anos
O seu primeiro instrumento,
Foi comprado com o saldo
Do seu próprio sofrimento
Na sua pacífica guerra
Tentando extrair da terra
O seu suado sustento.
06
Mas foi cantando bonito
Que Fabião encantou
O coronel Zé Ferreira
Que encantado passou
A dar incentivo a ele
Porque dava pra ver nele
A luz do dom que ganhou.
07
Com permissão do seu dono
O poeta instrumentista,
Rabequeiro e cantador
Ganhou fama de artista
E passou o romanceiro
A cantar pra fazendeiro
Preludiando a conquista.
08
Consta também na história
Que foi guardando quantias
Que Fabião conseguiu
Pagar pelas alforrias
Da mãe querida, que tinha
E também duma sobrinha
Com quem casou noutros dias.
09
A mãe custou 100 mil reis
E o poeta pagou.
E quatrocentos mil reis
A sobrinha lhe custou;
Três liberdades compradas...
Três pessoas libertadas,
O trio que mais se amou.
10
E mesmo sem saber ler
Bilhete nem telegrama,
Quem cresceu lavrando a terra
Sentindo cheiro de rama,
Depois fazendo sarau
Com O BOI DA MÃO DE PAU
Conseguiu respeito e fama.
11
Esse romance foi lido
Por Luiz da Câmara Cascudo
E publicado num livro
Para servir de estudo
Pra muita gente formada
Saber que quem não lê nada
Compõe para quem lê tudo.
12
Está no famoso livro
Vaqueiros e Cantadores
Do maior dos folcloristas,
Também dos pesquisadores
Que nossa Pátria conhece
Então, Fabião merece
Méritos pelos seus valores.
13
Ariano Suassuna
Recriou a sua obra
Sem sombra de dúvida alguma
Com competência de sobra
E pelo talento dele
Mais homenagens a ele
Lagoa de Velhos, cobra.
14
A besta de Joana Gomes
Foi um romance vistoso,
A vaca lisa vermelha
E o cavalo fogoso,
Que o povo ainda aprecia
Também são da autoria
Do romanceiro famoso.
15
Fabião por levar cartas
Ao povo da região,
Recebeu o cognome
De carteiro do sertão
Por ter sido tão coeso
Mais um destaque de peso
Na vida de Fabião.
16
A grandeza do poeta
Me deixou admirado,
Porque sem televisão,
Rádio e jornal, no passado
Ele de alma dileta
Conseguiu como poeta
Tornar-se famigerado.
17
Sem formação acadêmica,
Sem diploma, sem dinheiro,
Apenas com seu talento
De cantador Rabequeiro
Querido e solicitado,
Deixou um grande legado
De poeta romanceiro.
18
Fabião Hermenegildo
Ferreira da Rocha, fez
Essas obras e mais outras
Antes de chegar a vez
De para sempre partir
Pra cantar pra Deus ouvir
No reino da sensatez.

José Di Rosa Maria

Enviado pelo o autor.

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10 abril 2023

LIVRO

 


O destino de cada pessoa,
Na terra ninguém risca.
E nem se pode alterar.
E nem mudar a escrita.
O plano já tá traçado,
Cada um dar seu recado,
E na história ela fica.
Na malhada da caiçara,
No município de glória.
Ninguém jamais imaginou,
Que lá teria uma história.
Que ia ter uma dimensão,
E ia mecher com o sertão,
E espalhar no mundo afora.
Em mil novecentos e onze,
A oito de março nasceu.
Uma menina morena,
No sertão apareceu.
Numa casinha singela,
Uma menina bela,
Seus pais a recebeu.
Os seus pais não imaginava,
Que destino ela teria.
Se trazia com ela tristeza,
Ou se trazia alegria.
Isso o futuro ocultava,
Sua vida tava traçada,
E o tempo revelaria.
Maria Gomes de Oliveira,
Foi o nome que deram a criança.
Maria,nome da Santa,
Que Gera a esperança.
O nome da mãe de Jesus,
Que foi morto na cruz,
Ela recebeu por herança.
Ela cresceu ficou formosa,
E logo virou uma mulher casada.
E seu nome ganha um acréscimo,
Maria de Déa, era chamada.
Assim era conhecida,
Por vizinhos e amigas,
Assim era apelidada.
Mas ,o casamento não deu certo,
Ela para casa dos pais voltou.
Era para se cumprir o roteiro,
Que o destino traçou.
Um dia um cidadão,
Apelidado de lampião,
Em sua casa chegou.

Aqui começa um romance,
O qual o destino pois um laço.
Maria ganha outro apelido,
Ao lado rei do cangaço.
Maria bonita era chamada,
A sua história traçada,
No sertão tem seu espaço.

Sou um poeta amador.
Que gosta de fazer rima.
Quem conhece bem essa história,
E o escritor João de Sousa Lima.
Junto com outros escritores,
Que são pesquisadores,
Do cangaço da caatinga.

Autor.
Cleumir Ferreira

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O INFELIZ CANGACEIRO CHICO PEREIRA.

  Por José Mendes Pereira Colorizado pelo saudoso professor e pesquisador do cangaço Rubens Antônio. Diz o pesquisador e colecionador do can...