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22 novembro 2023

" PRESO O CANGACEIRO DO REALENGO "

  Por : Helton Araújo

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1942 ( sábado ). Matéria do jornal " A Noite "
Iniciamos nossa viagem nas páginas do periódico A Noite, onde a matéria nos apresenta a detenção do " CANGACEIRO DO REALENGO ", obviamente quando falamos de " cangaciero " logo nos vem a mente os cabras que infestaram o sertão nordestino, porém esse suposto cangaceiro foi preso no Rio de Janeiro, e daí já poderíamos descartar sua ligação com o cangaço que tanto estudamos, mas é preciso calma, algumas informações na matéria merecem uma atenção especial. Primeiro vamos seguir conhecendo melhor nosso personagem principal.
José Ferreira de Brito, conhecido como o " Cangaceiro do Realengo ", nasceu em Garanhuns, Estado de Pernambuco e na data da publicação da matéria ( 1942 ) contava com 35 anos, calculando as informações o mesmo teria nascido no ano de 1907.
Revelou ao periódico ser primo do afamado cangaceiro ANTÔNIO SILVINO e prosseguiu dizendo que o mesmo o visitava no Realengo.
Chegou ao Rio de Janeiro em fins de 1931, foi para o exército de onde teve baixa recentemente. Precisando se manter, vivia de agiotagem, trabalhando para um capitalista, sua fama de valente o elevou ao cargo de " homem de cobranças ".
Revelou também ser fã de armas, principalmente as de fogo, dizendo investir todo seu dinheiro em aquisição das mesmas. E de fato, a polícia aprendeu em seu barracão algumas delas : Duas Mauser e um Parabellum, farta munição, além de muitas indumentárias usadas por cangaceiros, como chapéu de couro, cartucheiras, um afiadíssimo facão entre outros objetos que estavam em sua posse. ( como vocês podem ver na imagem 4 da postagem ).
Sobre os assaltos que praticou, onde arrecadou significativa quantia, disse não ter feito nada planejado e confessou que agiu só. O comissário Djalma Braga com apoio do detetive Moreira foram os responsáveis por sua prisão.
Ao chegarem no local tomando todas as medidas de segurança que se faziam necessárias, prenderam o salteador que não ofereceu resistência, apenas se levantou, ficou imóvel e depois seus olhos de encheram de lágrimas. De cabeça baixa acompanhou a autoridade até a delegacia.
Observações : Cabe aos pesquisadores buscarem mais informações sobre esse suposto grau de parentesco de José Ferreira Brito com Antônio Silvino, como por diversas vezes é citada nas 3 páginas que foi dedica a essa matéria do jornal A Noite.
Imagem 1 : Recorte da página principal sobre a apreensão do " Cangaceiro do Realengo "
Imagem 2 : O " Cangaceiro do Realengo " entre seus capitores.
Imagem 3 : O senhor José da Motta Oliveira, uma das vítimas do " Cangaceiro do Realengo ", conta o dinheiro que lhe foi roubado, e agora tendo a quantia de volta entregue pelas autoridades.
Imagem 4 : Chapéu de couro, cartucheiras, armas, munições entre outros objetos apreendidos como o " Cangaceiro do Realengo ".
Deixo claro que todas as informações são de total responsabilidade do Jornal A Noite, apenas transcrevi de maneira mais resumida.
Fonte : Jornal A Noite
Edição Arquivo Digital Helton Araújo

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20 novembro 2023

𝑬𝑿-𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪𝑬𝑰𝑹𝑶 𝑪𝑼𝑹𝑰𝑶

  Por Guilherme Velame Wenzinger

Fotografia do ex-cangaceiro Curió concedendo uma entrevista. 11 de Outubro de 1977.

Foto do arquivo público de Pernambuco, pertencente ao Museu da Imagem e do Som, disponível na internet, em sua página 26.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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17 novembro 2023

DOIDO É DOIDO, AMIGO LEITOR E LEITORA!

 Por José Mendes Pereira

Assim que o Jerônimo Malfeitor saiu do hospício onde estava internado desde o ano anterior, foi direto para casa dos seus pais. Fez um lanche e, em seguida, fez um cigarro brabo, pegou uma faca afiadíssima, colocou-a em uma bainha, em seguida enfiou-a na cintura, saiu fora da casa, e ao ver um homem que vendia pães em um balaio sobre a sua cabeça, fez carreira atrás dele.

O vendedor de pães nem esperava que um dia fosse obrigado a correr e perder todos os seus pães, que procurava vendê-los naquele momento, carreira esta, pressionada por um amalucado que conduzia uma faca em uma das suas mãos.

O ambulante comerciante fez de tudo para salvar a sua vida. Na carreira, o vendedor de pães ia e vinha, sempre mudando de direção, no sentido de não ser atingido pela faca que o perseguia, dominada pelo juízo de um amalucado, e com isso, aos poucos, foi perdendo os pães, que vez por outra, saiam do balaio e caiam sobre o chão.

Infelizmente, nem mais um pão estava dentro do balaio, foram todos perdidos no momento em que ele corria. O amalucado encurralou o comerciante sem lhe dar nenhuma chance de sobrevivência.

O vendedor de pães estava totalmente frito. Uma faca nas mãos de um amalucado, 1% apenas de chance para não morrer. Parou recantado ao pé de um muro aos gritos, pedindo socorro a tudo que era de viventes. E de imediato, disse ao amalucado:

- Você me venceu, homem! Não tenho como escapar da sua afiada faca. Você está maluco...

O amalucado admirou-se do que o comerciante lhe dissera e em seguida, perguntou-lhe:

- E quem irá te matar?

- Pelo o que eu vi até agora, só pode ser você, que me obriga a correr com esta faca na mão. - Respondeu-lhe o vendedor de pães trêmulo e se benzendo.

- O senhor está é maluco! - Disse o amalucado.

- E para que você correu atrás de mim com esta maldita faca em sua mão?

- Amigo, nem passou pela minha cabeça de te matar. O que eu quero é apenas isto.

E aproximando do comerciante, bateu com uma das mãos em seu ombro três vezes, e em seguida disse:

- O que eu quero é te dá tique, tique e tique....

E foi-se embora o amalucado homem sem olhar para trás, mas sempre dizendo em voz alta: "- Tique, tique, tique....!!!

O comerciante acalmou o seu coração e agradeceu a Deus por ter sido salvo, já que a intenção do amalucado não era matá-lo, e sim, apenar ter o prazer de bater nele e lhe dizer: Tique, tique, tique...

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Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Se você gosta de ler histórias sobre “Cangaço” clique no link abaixo:

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16 novembro 2023

CORAÇÃO DE PASSARINHO

 Por Hélio Xaxá


Um passarinho me acordou
Cantando no meu ouvido baixinho
Depois bateu asas e voou
Deixando-me um recadinho:
Viver é correr atrás do sol
Levanta e corre para o jardim...
Deixe o sonho sob o lençol
Poe suas asas e segue a mim...
Vem ver o mundo sem porteiras
O horizonte não tem fronteiras
Quem anda em paz deve sentir...
Olhe tudo com olhos de crianças
O amor te mandou lembranças
Só quem ama pode me seguir.
Coração de alegre menininho
Voa livre feito passarinho
Como é bom sentir a nuvem me roçar...
De esperança é meu caminho
O vento é um suave carinho
Dedos de Deus no rosto a me acariciar...


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15 novembro 2023

A HISTÓRIA E LAMPIÃO.

  Por Antônio Corrêa Sobrinho.

A meu ver, presta desserviço, um desfavor à história, como ciência responsável por retratar o passado, pela interpretação e tradução, quem assenta Virgulino Ferreira da Silva, o célebre cangaceiro Lampião, nos extremos da genialidade do bem ou na genialidade do mal.

Não vejo como dizer fazer história quem não contextualiza, nem busca este personagem no banditismo do qual fez parte integrante como grande protagonista, cangaço, de causas e fatores múltiplos, econômicos, políticos, geográficos, sociais, em grande prejuízo às populações sertanejas, alimentado por violências de toda espécie, física, moral, emocional, psicológica; violência esta que, até hoje, marca, como lastimável traço cultural, a sociedade brasileira, manifesta em todas as épocas e lugares, hoje visualizada à farta por conta da internet, que nos exibe a cada instante vídeos mostrando gente se matando, sendo roubada, em vias de fato, sem falar da incontrolável violência no trânsito e a doméstica. Tudo isso somado às vistas grossas do Estado Brasileiro ao seu "interland" sertanejo, não tendo a Guerra de Canudos, décadas antes, infelizmente, com todo o sangue derramado e as milhares de vidas ceifadas, sido suficiente para, permitam-me aqui dizer, o Brasil do litoral avistar e reconhecer a grande nação, o Sertão Nordestino, e nele, desde então, atuar efetivamente com o objetivo de levar o bem-estar à sua gente carente. O Estado assim não procedeu, manteve-se como sempre o fizera desde os anos iniciais da colonização, ausente no seu interior, ali apenas formalmente presente, trasvestido nas vestes impróprias e parciais dos senhores da terra, mandatários locais.

Não fez nem fará história, reafirmo, quem sobre Lampião não utilizou nem utilizará métodos científicos, principalmente o dedutivo, este o caminho que leva aos pontos de melhor observação, de visibilidade das causas, dos fatos, das circunstâncias, das consequências; no caso aqui especificado, a estrada que leva ao mundo dos cangaceiros e, consequentemente, ao seu chefe Virgulino Lampião.

Centenas de pesquisadores, e não pesquisadores, enveredaram em busca de Lampião durante todos esses anos, mas, além de terem andado distante da metodologia científica, foram traídos pela ausência de imparcialidade no trato da questão, o que terminaram por comprometer seus trabalhos, ante a verdadeira história.

Entretanto, os modos ficcionais que costumeiramente são utilizados para dizerem de Lampião valem, porém, para a literatura, para o teatro, a televisão, o cinema etc.

O casal Lampião e Maria Bonita, mulheres no cangaço, Lampião imbatível, anos de correrias, tiroteios com as volantes, conluios de Lampião com poderosos - tudo isso inspirou e ainda inspira nossos versejadores e romancistas gastam horas criando e recriando o cangaço, onde Lampião nunca falou tanto. Prato cheio para as letras e para as artes, Lampião. Coisa que a verdadeira a história não conseguiu. Os jornalistas, por sua vez, deitaram e rolaram com este personagem; vendia-se menos jornais quando Lampião se ausentava, suas manchetes faziam sucesso. Foi o jornal que formatou a história que conhecemos de Lampião e do cangaço. Que foi se completando, a posteriori.

Eu compreendo bem tudo isso, e sei que assim seria, porque a história não é suficiente para dizer tudo sobre os que transcendem a própria história. Satisfaz a fome que temos de avaliar tudo, sinteticamente, simbolicamente, por mais que nos coloquemos diante do extraordinário, do inexplicável, do mistério, justamente do que está cheio o cangaço. Caso em que utilizamos a heurística, o processo cognitivo que nos permite obter explicação que nos atenda, a resposta que precisamos.

Meu objetivo com estas ligeiras e macarrônicas notas, é somente, se possível, alumiar o caminho de quem, nestes dias de fartas informações a respeito do cangaço principalmente o lampiônico, busca alcançar o quanto mais ângulos de observação melhor, do Lampião real, verdadeiro, acrescendo a recomendação: antes de se debruçar a fundo nalgum estudo sobre Lampião, verifique se o autor trata a questão de forma isenta, com imparcialidade, sem paixões, sectarismos, ideologias. A menos que você queira ler um livro tendencioso, afaste-se deste trabalho, porque, quem só tem olhos para uma vertente, termina indo pros lados, e o extremo, ao invés do meio, nem é o lugar mais próximo da verdade, portanto não deve o historiador residir.

Tem um escritor que diz que escrever é tirar palavras. De modo que você, leitor, pode fazer isso por mim.

Aracaju, 15.11.2023

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14 novembro 2023

13 novembro 2023

JOSÉ MARIA MADRID - RADIALISTA DE MOSSORÓ

  Por: José Mendes Pereira

Dom Gentil Diniz Barreto bispo de Mossoró, Alcides Belo ex-prefeito de Mossoró e o radialista José Maria Madrid - aparece de bigode - todos já falecidos. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Foi um dos melhores e mais competentes radialistas de Mossoró. Tinha uma voz assustadora, mas na verdade, só a sua voz. José Maria Madrid era uma verdadeira criança. Educadíssimo, amigo dos amigos.

Conheci o Zé Maria Madrid nos anos 70, quando ele veio trabalhar na Rádio Difusora de Mossoró. Enquanto ele era empregado na Rádio Difusora, eu trabalhava na Editora Comercial S/A, numa sociedade: Cine Caiçara, Cine Jandaia e Cine Miramar de Areia Branca, mais a Rádio Difusora e a Editora Comercial S/A, cujos sócios eram:

Renato Costa é o nº. (1). O nº. (2) é Bibil Gurgel - proprietário do Banco S. Gurgel em Mossoró - ambos já falecidos - Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

José Renato Costa, Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, irmão do primeiro, Milton Nogueira do Monte e José Genildo de Miranda; quatro homens que muito souberam respeitar os seus empregados. 


Carlos Augusto Rosado e José Genildo de Miranda, já falecido.
Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Nenhum de nós que teve a oportunidade de trabalhar com estes homens, se falar mal de um deles ou de todos, é porque gosta mesmo de denegrir a imagem de qualquer ser humano. Os 4 sócios, eram educadíssimos!

Dr. Paulo Gutemberg era um homenzarrão, de andar apressado, de olhos azuis, alto, de cor clara, aparentando o fundador de Brasília, o ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitscheck. Era advogado e chegou a ser promotor de justiça.

José Renato, filho de Renato Costa e sobrinho de Paulo Gutemberg - suicidou-se - Nilo Santos e Paulo Gutemberg - ambos faleceram de enfarto. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Renato Costa, Dr. Paulo Gutemberg e Genildo Miranda, os três, tinham um respeito enorme pela pessoa de seu Milton Nogueira do Monte, que era diretor sócio da sociedade, igualmente nós, operários. A paciência que ele tinha, a maneira que ele falava com qualquer ser humano, por mais ignorante que fosse o sujeito, ele evitaria ter qualquer desentendimento com seu Milton. 

Zé Maria Madrid como era chamado pelos seus amigos e por nós todos que trabalhávamos na sociedade, tinha uma facilidade para decorar os textos que seriam lidos na Rádio, no horário do jornal, ao meio dia. Bastava ele ler uma vez, já sabia tudo sobre o assunto, e nem precisava mais das laudas para ler as notícias.

Zé Maria gostava da diversão nos bares, e tive oportunidade várias vezes de participar da sua mesa, lá no bar da Dona Neci, na Rua Frei Miguelinho, com o cruzamento da Rua Tiradentes, vizinho a antiga Sambra, esta sendo uma algodoeira, onde hoje funciona um Chopp.

A SAMBRA funcionava neste prédio. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Nesse tempo, eu ainda era solteiro, e como havia saído da instituição escolar, a qual eu vivi oito anos, mas já estava vivendo de favores, por já ter passado dos dezoito anos, fui morar no Sindicato da Lavoura de Mossoró.
 
Geralmente, nós nos encontrávamos no bar citado acima. Eu já era freguês de meses, e Zé Maria Madrid, antes de começar o seu trabalho do meio dia, sempre estava no bar para ingerir algumas pingas, e vez por outra, o nosso patrão, Dr. Paulo Gutemberg nos visitava, fazendo parte do nosso almoço.

Faça uma visitinha a este site:
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LUIZ PEDRO FICOU DOIDO COM A MORTE DE NENÉM.

   Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...