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12 setembro 2024

O PÁSSARO HUMANO O JURITI, VOOU, VOOU, MAS FINDOU CAINDO NO ALÇAPÃO DO PERVERSO E VINGATIVO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA - O SARGENTO DE LUZ.

Por José Mendes Pereira

O cangaceiro Juriti

O cangaceiro baiano Manoel Pereira de Azevedo, descendente do lugarejo chamado Salgado do Melão, incorporou-se ao bando do afamado e sanguinário capitão Lampião, com o nome de guerra Juriti, mas o velho guerreiro propôs trocá-lo por Maçarico, mas ele rejeitou o novo nome, por considerá-lo afeminado e impõe a sua vontade de permanecer sendo chamado de Juriti. O capitão, que sempre admirou homens de personalidade e temperamento fortes, concordou, e a partir daquele momento Manoel Pereira de Azevedo ficou no esquecimento.

Era um rapaz de corpo atlético, esguio, louro, cabelos finos, gestos elegantes, boas maneiras,  genioso e perverso ao extremo. As desgraças criminosas e malditas do cangaceiro foi vasta e recheada com muito sangue e muitas dores para as vítimas e familiares. Já famoso, Tempos depois, levou para a sua companhia a jovem Maria, uma filha de Manoel Jerônimo, vaqueiro da fazenda Picos.

Maria de Juriti - créditos escritor João de Sousa Lima

Na madrugada do dia 28 de julho do ano de 1938, no momento da chacina aos cangaceiros, lá na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente pertencente à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, o cangaceiro Juriti e a sua companheira Maria tiveram a sorte e conseguiram ludibriar o cerco policial, juntamente com tantos outros que estavam acoitados na Grota do Angico. Naquele triste amanhecer do dia, onze cangaceiros foram abatidos, inclusive o rei Lampião e a sua rainha Maria Bonita, além do volante Adrião Pedro de Sousa.

Adrião é o da esquerda - Créditos p/escritor Antônio Vilela de Souza

Após alguns meses do combate de Angico o cangaço quase todo fora enterrado juntamente com o rei Lampião, ficando apenas o bando de Corisco e de Moreno. E cada um tomou o seu destino, e a maioria foi para Jeremoabo, na Bahia, para se entregar às autoridades policiais.

Lampião e Maria Bonita

Mesmo sem a presença do rei Lampião e a rainha Maria Bonita, o cangaceiro Moreno continuou o seu movimento até o dia 2 de fevereiro de 1940, quando resolveu abandonar o cangaço, e sem ser identificado por muitos anos, Moreno deixou a vida de bandido e passou a ser homem da sociedade.

Cangaceiros Durvalina e Moreno.

Já o cangaceiro Corisco resolveu abandonar a vida de bandoleiro, mas não teve sorte. Mesmo já tendo deixado os horrores para trás, foi baleado pelo Tenente Zé Rufino no  dia 25 de maio de 1040. E não resistindo, veio a óbito.

Corisco e Dadá.

O capitão Aníbal Vicente Ferreira, comandante geral das forças de combate ao banditismo, resolveu o problema dos remanescentes de Lampião com o coração, enterrando a razão.

Foto do capitão Aníbal Ferreira gentilmente cedida para o nosso blog pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

Ofereceu uma nova vida aos cangaceiros, assinou todos os documentos necessários à soltura, dando-lhes garantia de liberdade, encaminhando-os para se incorporarem novamente à sociedade.

Juriti foi um deles, que juntamente com Maria e o cangaceiro Borboleta (este sendo irmão do assecla Sabonete), entregaram-se às autoridades, sendo liberado. Mas o Juriti não sabia que alguém o procurava.

Sargento Deluz

Na década de quarenta, por má sorte de Juriti o delegado de Canindé era o Amâncio Ferreira da Silva, um militar mais famoso daquela região, o sargento Deluz. Mesmo ele sabendo que o movimento social de cangaceiros havia acabado, procurava com prazer os remanescentes de Lampião, só para exterminá-los.

Em 1941, Deluz era proprietário de uma fazenda denominada Araticum. E nessa madrugada, Juriti estava em Pedra D'água de rede armada e cachimbo aceso na casa de um amigo, o Rosalbo Marinho. Assim que tomou conhecimento da presença de Juriti em Pedra Dágua, Deluz resolveu ir aprisionar o pássaro humano.

Juriti lhe disse que era um homem já liberado pela justiça e não podia ser preso, uma vez que o capitão Aníbal havia lhe dado documento de soltura. Mas o delegado Deluz não quis saber disso. Prendeu-o e juntamente com os seus capangas, levaram o assecla com destino a Canindé, nas terras do Estado de Sergipe, arrastando o pássaro humano que logo iria morrer. Juriti sabia que não havia milagre, e não se cansava de chamá-lo de: "Covarde".

Ao chegarem a uma fazenda denominada Cuiabá, Deluz deixou a estrada e entrou na caatinga. Em uma capoeira, chamada Roça da Velhinha, fizeram uma fogueira.

Fogo pronto, os perversos jogaram o ex-bandido dentro do língua de fogo. As chamas famintas principiaram pelas vestes. Juriti sentindo as labaredas assando o seu corpo gritava de dor e ódio:

"Covardee!... Covarde!... Covard...! Cov...!" A sua voz foi sumindo como um eco bem distante, e em pouco tempo, o fogo assou o Juriti, consumindo as suas carnes vivas.

Mas as maldades do Deluz contra o Juriti ele pagou caro conforme Alcino Alves Costa, De Luz foi executado em uma tocaia encomendada por seu sogro, em 1952.

Fonte da minha pesquisa: Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico.

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11 setembro 2024

FOI UM DOS DIAS MAIS TRISTES...

Foi um dos dias mais tristes, que se teve notícia em toda, Chapada Diamantina, 16/05/1931 saindo para aliviar o calor após jantar, o Coronel Horácio Queirós de Mattos, sai com sua filhinha, Horacina de Mãos dadas, quando recebe dois tiros, pelas costas, efetuados pelo guarda civil, Vicente Dias dos Santos, este alegou que foi por vingança, lógico que um bode expiatório, vou colocar um texto a seguir, erros de nomes, mas vale apena ler....O Assassinato do Coronel Horácio de Mattos.

16 de maio de 1931, no “A Tarde”: Numa explosão de ódio, um guarda civil mata a tiros o cel. Horácio de Mattos, tradicional chefe sertanejo Declarações attribuídas ao criminoso que não se arrepende do que fez No Largo 2 de Julho fora um homem assassinado! E correu gente para o local. Phisionomias assustadas indagavam o nome da victima.

A reportagem policial d’A TARDE movimentou-se chegando ao local do crime minutos após. O facto se dera precisamente ás 7 horas e 30 minutos da noite. Uma onda enorme de curiosos fechava em circulo o cadaver do coronel Horacio de Mattos, tradicional chefe politico sertanejo. estava deitado de bruços sobre o leito da linha de bondes, que vae da rua Democrata, antiga do Hospicio, no local entre o Armazem Novo elegante e a rua do Areial de Baixo, tinha o pescoço retorcido, vendo-se com segurança um filete de sangue que escorria de sua bocca semi-aberta, onde brilhava uma fila de dentes de ouro. Caído ao lado estava o seu chapéo de feltro, preto. A fio comprido, junto a sua mão direita, encontrava-se a sua inseparavel bengala de bastão de ouro.

Vestia um terno preto, tendo preso entre os botões do collete o seu relogio que marcava 7 horas e 40 minutos. Desfigurado embora, na crispação da morte, reconhecemos a figura do cel. Horacio de Mattos.

E o criminoso? Era a pergunta que faziam todos os presentes. As hypotheses formuladas sobre a figura do autor da morte eram as mais desconcertadas. De arma em punho, conseguira evadir-se ladeira do Areial a baixo, perseguido pelo clamor publico.

Com a chegada dos legistas Arthur Ramos, que se encontrava de plantão, e Estacio de Lima, aquelle perito de lapis e papel em punho procurou fazer ali mesmo um schema do local do crime e outros apontamentos para a descripção da perinecroscopia. A camisa de listra do cel. Horacio de Mattos estava manchada de sangue no lado esquerdo, na altura do peito aberta a mesma constataram se dois ferimentos por bala um na ponta do mamillo, com a sua destruição e outra a 5 ou 10 centimetros mais a cima.

Neste momento, o delegado Tancredo Teixeira, que não se fizera esperar tomava todas as providencias necessarias, não só para a identificação do criminoso, como tambem a sua captura. Varias pessoas apontavam como testemunhas do facto os emprgados do armazem Novo Elegante. Um rapazinho de nome Gonçalo Braga levado á presença da autoridade, explicou:

- Vi o assassino. Era um homem alto , cheio de corpo, todo de escuro e chapéo de palha. Atirou contra o cel. Horacio de Mattos, de frente, fugindo em seguida, ladeira abaixo, de arma em punho.

Come esta declaração do rapazinho, mil conjecturas foram feitas pelos presentes. O prof. Estacio de Lima, neste momento, providenciava a remoção do corpo para o Instituto Nina Rodrigues. Do cadaver fora tirado um revolver “schimidt” com 6 balas intactas e a importancia total de 5:020$200.

A reportagem d’”A TARDE” avida por colher notas para o noticiario de hoje, interrogava os presentes. Ninguem sabia ao certo como se dera o crime, mas affirmavam que o criminoso atirara de frente, com segurança, quando o cel. Horacio de Mattos passava em frente ao Areial de Baixo. Ao longe, ficaram vendo-o tres moças e uma menor.

As moças eram as suas cunhadas Amerina, Ayda e Maria e, a menor, a sua filha Horacina. Ao verem os disparos, aquellas moças entraram com a menor, apenas indo até junto ao corpo a de nome Amerina, a quem o guarda civil ali presente pediu que se retirasse. O cel. Horacio de Mattos morava actualmente com a sua familia na residencia do seu compadre e amigo o ex-deputado dr. Arlindo Senna, á rua Accioly, 17. Depois de ter jantado saíra para ver a sua cunhada de nome Arlinda que se encontrava doente. Mal sabia que ali perto, na esquina da rua do Areial, a morte o esperava traiçoeiramente.

Foi preso o assassino! O assassino entregou-se á prisão!

Foram estas as primeiras palavras que se ouviu, quando o corpo do cel. Horacio era posto no caixão. O delegado Tancredo Teixeira juntamente com algumas testemunhas do facto, dirigiu-se para a Secretaria de Policia. O criminoso ia ser identificado. Quem seria? Porque matara? era inimigo da sua victima ou agira sob alguma influencia extranha? Pairavam duvidas. Emquanto isto o legista Arthur Ramos, de vela em punho, examinava o local do crime, procurando as capsulas das balas.

Chegada a caravana na Secreataria de Policia e conhecido o autor do crime, foi geral a estupefação. Era elle o guarda civil 97, Vicente Dias dos Santos, que servira ha dias na Delegacia da 2ª Circumscripção. Era tratavel com todos e tinha com comportamento.

Como explicar o caso? Elle, entretanto, mostrava-se de uma calma apparente. De quanto em quando esboçando um leve sorriso, sorriso amarello, dizia: - Foi um bandido que desappareceu...

O delegado Tancredo Gteixeira a esta sua primeira phrase, deitou-o incommunicavel. - Era preciso - disse a autoridade - ia ouvil-o sob sigillo.

Aquella determinação do delegado Tacredo Teixeira foi o bastante para augmentar a curiosidade de todos.

- Porque teria o guarda morto o cel. Horacio de Mattos?

No entanto, a reportagem da A TARDE assim que teve conhecimento do nome do accusado, desvendou todo o mysterio. O guarda civil 97, pelo que parecia tinha um odio de morte do cel Horacio. A ninguem elle negava a sua magua. Conta o criminoso que a sua familia, que era de Morro do Chapéo, de onde é filho, foi bastante perseguida pelo cel. Horacio. Que o que elle fizera fora apenas “tirar uma fera do sertão”.

O cel Horacio de Mattos, proseguiu, de uma feita mandara espancar o seu irmão de nome Pedro Dias dos Santos, garimpeiro do cel. Aurelio Goudim. Que o povo de Horacio depredou fazendas do seu pae, denominadas “Alagoinhas” e “Duas Barras”, que fica no Morro do Chapeu. Que elle proprio fôra jurado pela gente da sua victima, não podendo ir áquelle municipio. O crime não premeditara. Encontrava-se no local, accidentalmente, quando viu o seu inimigo passar. Teve logo uma repulsa medonha, comettendo o crime e fugindo, indo esbarrar numa casa á rua da Gameleira, onde se entregou a Cicero Mullulo e o seu collega de n.27. A sua arma comprara por 40$ em mão d eum soldado revolucionario.

É do conhecido publico o modo porque foi preso o accusado. O sr. Olival Salles Pontes, empregado do Archivo criminal, conta que ao ver passar o acusado deu o alarma com um apito.elle, porem, não se intimidou, e apezar de grande numero de pessoas que corriam ao seu encontro foi esbarrar na casa 17, á Gamelleira casa do sr. Eusebio dos Santos, onde procurou occultar-se. Foi ali - disse a testemunha Cicero Mullulo que fui buscalo-o. Elle entregou-se a mim e ao guarda 27 sem a menor relutancia. Queria apenas que garantissemos a sua vida. Chamado um auto de praça foi elle transportado para a Secretaria de Policia. Alem do revolver, Vicente estava armado com um punhal que foi tambem entregue ao delegado Tancredo Teixeira.

Pela manhã de hoje, foi procedido o exame de necroscopia pelos legistas Egas Muniz e Arthur Ramos.Notaram logo elles tres orificios de entrada e dois de saída. O primeiro orificio de entrada no 7° espaço intercostal esquerdo, a 4 centimetros á esquerda da columna dorsal; trajecto: transfixiando a massa pulmonar esquerda, lesando ligeiramente o ventriculo esquerdo, saindo ao nivel da região precordial (4° espaço intercostal esquerdo). Segundo orificio de entrada na região axillar direita, atravessando o pulmão direito, lesando a aorta ascendente, e saindo na 3ª costella, fracturando-a ao nivel da articulação chondro-esternal, á esquerda. Hemorrhagia fulminante, 3 litros de sangue liquido e coagulos na cavidade pleural. 3° orificio de entrada ao nivel do acromio esquerdo, encontrando-se um projectio de chumbo (de revolver) encravado no omoplata esquerdo. Em suma: foram 3 disparos de traz para diante e da esquerda para a direita. Morte por hemorrhagia fulminante, por lesão larga da aorta ascendente.

O cel Horacio de Queiroz Mattos era de côr branca, casado com d. Augusta Medrado de Mattos, negociante fazendeiro, era residente em Lençóes e encontrava-se nesta cidade preso sob palavra. Deixou cinco filhinhos menores Horacina, Tacio, Judith, Horacio e Ruth. O seu corpo, ás 12 horas de hoje, foi removido para a residencia do sr. Arlindo Senna, á rua do Accioly de onde sairá o enterro para o cemiterio do Campo Santo.

FONTE - http://cariricangaco.blogspot.com/ (crédito das fotos Horacina já Adulta, Historiador e professor, Rubens Antonio, Horacina no velório do pai, ainda criança, Jornal a tarde).

https://www.facebook.com/adelsomota.mota

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10 setembro 2024

EM NOME DA POESIA...

  Por José Di Rosa Maria

Em nome da poesia,

Pelo bem da profissão

Voei acima da terra,

Andei por baixo do chão.

Por baixo fui de metrô,

Acima fui de avião!


Autor: José Di Rosa Maria

Editora IMEPH, na bienal internacional do livro de São Paulo-2024.

Livro vendido para Goiânia-GO.

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=pfbid0bZRrDAtDCr8SCYTD4DyrCjtxkjADrv1eSKqBq7ZGYhccQNG4wLm3iVyPbSXpEDG9l&id=61564845901292&comment_id=375581722269657&notif_id=1725964293508954&notif_t=feed_comment&ref=notif

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09 setembro 2024

𝑹𝑨𝑹𝑰𝑫𝑨𝑫𝑬 𝑭𝑶𝑻𝑶𝑮𝑹𝑨́𝑭𝑰𝑪𝑨

 Do Acervo do Jaozin Jaaozinn

Raro registro onde aparecem personagens influentes na política da cidade de Camutanga, dentre eles, um ícone da historiografia cangaceira. Vamos para a identificação!

(Da esquerda para a direita)

José Freire Chaves, Murilo Tavares de Melo, Itamar Montenegro, Pedro de Albuquerque Uchôa, Adalberto Batista Chaves, Lindolfo Bezerra Cavalcante, e o Cabo Esbelcio; todos presentes em um evento político daquele tempo, que ocorrera na sede da Sociedade Beneficente Monsenhor Uchôa.

Isso mesmo! Dentre os senhores, se encontra Pedro Uchôa, o homem que estava presente no dia 04 de março de 1926 em Juazeiro do Norte/CE, e que redigiu a "Patente de Capitão" para o temido cangaceiro Lampião. O agrônomo pernambucano, que naquele tempo exercia a função de Inspetor Agrícola na Terra do Padre Cícero, por ser considerado o único "federal" que poderia preparar a papelada, fora logo "pegado", ainda à noite, para o serviço.

Não só ficou famoso na história do Brasil como também em sua terra natal. No final da década de 1940, Seu Paizinho Uchôa, como era conhecido, juntamente com os presentes na fotografia, contribuíram na tentativa de emancipação de Camutanga/PE, que antes pertencia a Itambé/PE. O prefeito João Nunes vendo que iria perder seu povoado, acaba inviabilizando o sonho do município para cidade.

𝐶𝑅𝐸́𝐷𝐼𝑇𝑂𝑆: 𝐿𝑒𝑑𝑎 𝑆𝑖𝑙𝑣𝑒𝑖𝑟𝑎; 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 𝐶𝑎𝑚𝑢𝑡𝑎𝑛𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑜𝑠𝑠𝑎 𝐼𝑛𝑓𝑎̂𝑛𝑐𝑖𝑎.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=431393646616100&set=gm.2512445508964378&idorvanity=179428208932798

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07 setembro 2024

LUIZ GONZAGA - E O TRAJE CANGACEIRO..

 Por Luiz Gonzaga é do povo

O cangaço e os trajes Nordestinos, ficaram marcados na vida de seu Luiz, sertanejo puro nunca deixou que a fama e o convívio com os sulistas mudasse seu jeito do Nordestino autêntico.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2519990231543239%2C2519120698296859%2C2519117794963816%2C2519933454882250%2C2517380211804241&notif_id=1725317119797685&notif_t=group_activity&ref=notif

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03 setembro 2024

PROFESSORA FALA A VERDADE QUE NINGUÉM QUER OUVIR

  Por Aparício Fernando

https://www.youtube.com/watch?v=vzPBrbUL2OI

Professora Luitgarde desabafa verdades na comissão de educação que o governo insiste em esconder da população do Estado do Rio de Janeiro.

Aos 70 anos, a antropóloga Luitgarde recebe homenagem da Cátedra

A pesquisadora se aposenta após 40 anos de docência; sem as obrigações do trabalho, pretende ler mais livros e produzir artigos sobre suas paixões: o sertão e Padre Cícero
Por Roberto Bueno Mendes
Luitgarde não aceita desaforo. Criada no sertão de Alagoas, desde sempre foi atrás de seus sonhos. Autodidata, aos quatro anos já sabia ler. Levou um choque ao chegar à Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro, e ver como os alunos daquela instituição sabiam -- ou nada sabiam --, sobre o Nordeste e as personagens da região. Daí começou uma militância para mostrar ao mundo as histórias do sertão e dos seus protagonistas.

O "Painel evocativo dos 70 anos de vida da antropóloga Luitgarte Oliveira Cavalcanti Barros" realizado pela Cátedra contou com a presença de amigos e admiradores da intelectual, que destacaram as contribuições da homenageada à antropologia e à valorização da identidade regional.

Destacam-se as apresentações de Magali do Nascimento Cunha, professora do PósCom da Metodista, que contou a trajetória da pesquisadora; Leonildo Silveira Campos, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade, que destacou a contribuição da professora sobre a imigração de moradores da região Nordeste para a região Sudeste como um dos fatores responsáveis pela ampliação das igrejas pentecostais; a doutoranda Sonia Jaconi, relatando os outros desafios de Luitgarde, como o de "ser mulher e ser do sertão"; por fim o mestrando Iury Parente Aragão, do PósCom, que se refere aos estudos da antropóloga sobre santificação não-canônica de fieis e religiosos, ou seja, a canonização feita pelo povo. Ao final do painel, Luitgarde fala sobre a sua dedicação de 30 anos aos estudos do Padre Cícero, e a sua relação com a religião, a família e os amigos.
Percurso
Nascida em Santana de Ipanema, Alagoas, em 1941, Luitgarde tem um papel importante nos estudos da religiosidade do brasileiro, especificamente na dos moradores da região Nordeste. Estudou em Maceió -- capital de Alagoas -- e depois cursou faculdade no Rio de Janeiro, na antiga Faculdade Nacional de Filosofia, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ao se aposentar, não pretende deixar de produzir, porém, o bom é que agora não terá mais a "obrigação" de quem é ligado a uma instituição. Pretende ler os livros que ainda estão intactos em sua biblioteca e elaborar artigos sobre os assuntos que gosta.
A sua família era moradora do "polígono da seca", mas proprietária de uma fazenda e de uma mercearia; Luitgarde aprendeu a ler praticamente sozinha, ao pegar, escondida, os livros dos irmãos mais velhos, os quais já iam à escola. No fim dos anos 1960, sofreu um grande impacto ao chegar à Faculdade Nacional. Lá, ela foi hostilizada pelos alunos e, mesmo perseguida por ser nordestina e por suas convicções religiosas - ela é católica - , não desistiu de sua empreitada.

Devido a sua origem, os trabalhos de Luitgarde sempre foram voltados à religião na sociedade brasileira, principalmente, a da região Nordeste do país. Os estudos dela foram norteados pelos escritos de Antonio Gramsci e divulgados através de livros, como "A Derradeira Gesta: Lampião e Nazarenos Guerreando no Sertão", cujo texto mostra os caminhos percorridos por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o mais famoso cangaceiro do Brasil e do irmão dele, que acabou se tornando religioso.

Luitgarde ainda fez críticas a alguns jornalistas que se aproveitam dos trabalhos acadêmicos, escrevem biografias de personagens importantes e não revelam os pesquisadores que às vezes dedicam suas vidas ao estudo de uma personalidade. Para ela, "pode ser comunicador, mas não pode mentir".

https://www.youtube.com/watch?v=vzPBrbUL2OI

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01 setembro 2024

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE

 Por Kydelmir Dantas

Uma ideia surgida há 15 anos acaba de se tornar realidade. O professor e historiador Kydelmir Dantas lançou no final do ano passado, na capital potiguar, durante a II edição da Feira de Livros e Quadrinhos, o título "Luiz Gonzaga e o Rio Grande do Norte", no ano do centenário de nascimento do "Rei do Baião", data celebrada em todo o país com uma série de atividades.


"Esse é o resultado de uma pesquisa de pelo menos 10 anos, que a realidade surgiu a partir de uma palestra na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), semente plantada em 1997 e que foi se desenvolvendo até transformar-se neste livro", conta Kydelmir Dantas.
Para concretizar o desejo de eternizar em uma obra a relação do compositor pernambucano com o Rio Grande do Norte, o historiador recorreu desde acervos pessoais a arquivos do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, em Campina Grande, Paraíba. "As pesquisas foram realizadas na bibliografia Gonzaguiana, com mais de 30 livros no meu acervo, e nos acervos de Raibrito, Lei de Câmara em Natal, e em viagens pelo interior do Nordeste", complementa.

No livro, Kydelmir Dantas aborda a afinidade das músicas do "Rei do Baião" com o RN, encontrada em canções como Asa Branca, 13 de dezembro, A volta da Asa Branca e ABC do Sertão. "Essa relação com o nosso Estado também é mostrada através das canções de compositores potiguares: Celso da Silveira (Renascença), Chico Elion (Ranchinho de Paia), Frei Marcelino (Meu Padim), Henrique Brito (Queixumes), Jandhuy Finizola (Jesus Sertanejo) e Severino Ramos (Ovo de Codorna). Sem deixar de citar os intérpretes do RN", destaca.

Para o escritor, o livro não representa apenas uma homenagem a Luiz Gonzaga, mas sim um documento que revela um capítulo da história do compositor popular. "Está além dessa homenagem. É um capítulo da história dele, sua ligação com nosso Estado potiguar", enfatiza. Apesar de não considerar seu livro apenas uma homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, Kydelmir Dantas avalia como muito positivas as atividades que estão sendo promovidas em alusão à data. 

"A meu ver, nenhum artista brasileiro foi tão homenageado no seu centenário quanto o 'Gênio da Música Popular Nordestina' e um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, Luiz Gonzaga, que levou o Nordeste pro mundo, através do 'Baião' bem que merece todas as homenagens. Um bom exemplo deste reconhecimento é o filme 'Gonzaga: de pai pra filho'. Mais do que um filme é uma história de vidas paralelas e unidas pelos laços de sangue e da música. E, após a gravação da 'Marcha da Petrobras', em 1959, talvez seja esta a primeira vez que a empresa apoia algo tão consistente em torno do "Rei do Baião". De parabéns estamos todo(a)s os seguidores e os fãs de Gonzaguinha e Gonzagão, por tão bela homenagem", conclui. 

Fonte: Jornal O Mossoroense - Redação
O Título Já está à venda na LIVRARIA NOBEL
Avenida Senador Salgado Filho, 1782 - Lagoa Nova  - Natal - RN
CEP - 59022-000
fone: (0xx) - 84 - 3613-2007
Parceiros potiguares

com verbetes:
Celso da Silveira, Chico Elion, Henrique Brito, Elino Julão, Frei Marcelino, Jandhuy Finizola e Severino Ramos.
Parceiros e intérpretes potiguares

com verbetes:
Ademilde Fonseca, As Potiguaras, Carlos Zens, Coral da Petrobras Mossoró, Khrystal, Marina Elali, Meirinhos, Mirabô Dantas, Nenem do Baião, Orquestra Sinfônica da UFRN, Orquestra Sanfônica de Mossoró, Paulo Tito, Roberto do Acordeon, Terezinha de Jesus, Trio Irakitan, Trio Mossoró, VINA e Zé Lima.

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NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...