Por José Mendes Pereira
- Um inferno surgiu em minha cabana assim que o meu filho “Piatã” engrossou a voz, o pescoço e braços! - Dizia o velho “Kauê”.
- Sim senhora, estou!
Por José Mendes Pereira
Por Aderbal Nogueira
ANA FRANCISCA PONZIO - ESPECIAL PARA A FOLHA
Hoje dona Sila tem medo de cobra e sapo. Nem parece a cangaceira que, há quase 60 anos, participou do bando de Lampião, o mito das caatingas, misto de bandido e justiceiro, que morreu em uma emboscada em 1938.
Costureira aposentada, Sila é viúva de Zé Sereno, homem de confiança de Lampião. Foi ele quem a sequestrou, quando ela tinha 14 anos, para transformá-la em companheira e cangaceira.
Os dois tiveram quatro filhos e ficaram juntos até que um enfarte o matou, em 1981. Na época, já viviam em São Paulo, para onde vieram em 1945, após a anistia concedida por Vargas aos cangaceiros sobreviventes.
Alheia às versões sobre o cangaço, Sila está lançando um livro de memórias.
``Sila - Memórias de Guerra e Paz" narra as experiências da autora desde a entrada no cangaço. ``A partir de meus depoimentos, foi lançado um livro sobre minha vida, em 84. Como a assinatura era de outra pessoa e nunca vi a cor do dinheiro, resolvi contar minha história para que meus netos saibam que fui uma mulher corajosa e batalhadora".
Na verdade, Sila é o apelido que Ilda Ribeiro de Souza ganhou na infância. Nascida na cidade de Poço Redondo, interior de Sergipe, era filha de um fazendeiro. Com oito irmãos, ela perdeu a mãe aos seis anos e o pai aos 13.
Aprendeu a costurar e bordar -habilidade que continuou praticando no cangaço, durante os curtos períodos de trégua policial. Apesar da aridez do sertão, os cangaceiros gostavam de vestir roupas enfeitadas, além de usar jóias.
Andar perfumado era outro hábito dos homens e mulheres do cangaço. ``Ganhávamos perfumes estrangeiros dos fazendeiros que nos protegiam. Banho era mais difícil, só tomávamos quando parávamos em algum lugar seguro."
Ao contrário do que já se disse, os homens do cangaço não costuravam. ``Esta era uma tarefa das mulheres. Cozinhar, sim, era costume dos cangaceiros", diz Sila.
Ela conta que teve um filho um ano após se juntar a Zé Sereno. ``Maria Bonita foi a parteira". Como não eram permitidas crianças no cangaço, Sila entregou o filho, que chamou de João do Mato, aos cuidados de conhecidos de sua família. Muitos anos depois, ela soube que o bebê morreu com poucos dias de vida. ``Era uma vida sacrificada. Só cangaceiro aguentava, os soldados não".
Sila acompanhou o bando, ainda que contrariada com Zé Sereno por tê-la raptado. No segundo dia de cangaço, após muita caminhada, ela presenciou o primeiro confronto entre o bando de Lampião e os mocas, ou macacos, como eram chamados os soldados. ``Com o tempo, a gente vai se acostumando com o que é bom e o que é ruim", comenta Sila, na casa em que mora com o filho mais novo, Wilson, no Butantã (zona oeste de SP).
Sila nunca entendeu bem os porquês do cangaço. ``Não havia muito tempo para conversa".
Contudo, ela guarda boas lembranças dos antigos companheiros. ``Éramos uma família. Todos eram iguais e as mulheres sempre foram muito respeitadas. Os soldados é que faziam barbaridades e botavam a culpa em Lampião."
O rei do cangaço, afirma Sila, era calmo, leal, honesto, valente, tinha senso de justiça e despertava respeito. Já Maria Bonita, era mais espevitada, na opinião de Sila. ``Sempre foi brincalhona."
Na noite anterior à tragédia que abateu o grupo de Lampião, em Angico, em Sergipe, Sila avisou Maria Bonita de que luzes estranhas piscavam ao longe. ``Ela disse que deviam ser vaga-lumes. Na verdade, eram os macacos, já posicionados para nos matar."
Boa corredora, Sila escapou ao cerco que matou Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, cujas cabeças decepadas foram exibidas em cidades do Nordeste. Alguns meses depois, Sila e Zé Sereno se renderam para enfrentar a legalidade no sul do país. ``Naquela época, nunca pensei que um dia relataria essa história."
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Por José Mendes Pereira
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Por José Di Rosa Maria
Por Robério Santos
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Por Lindomarcos Faustino
EM 17 DE JANEIRO DE 1924 - Nasceu o cidadão Francisco de Souza Revoredo, na comunidade de Barreiros, localizada no município de São Gonçalo do Amarante, na época, pertencente à Macaíba/RN. Era o 5º filho da prole de 07 (sete) filhos de Manoel de Souza Revorêdo e Maria Dalila Revorêdo. Dr. Revorêdo ou Cel. Revorêdo, como era conhecido, casou-se em 1946 com Dona Francisca de Sá Revorêdo; ao todo o biografado teve 07 filhos: Ligia Maria Revorêdo Bezerra, Jackson Luiz de Sá Revorêdo (in memoriam), Tanise Revorêdo Ribeiro, Cássia Marone Revorêdo Maciel, Cassisa Murelli de Sá Revorêdo, Carlos Mallet de Sá Revorêdo e César Virgílio de Souza e Silva.
A infância e o início da adolescência foram de trabalho na agricultura e estudo nas escolas públicas disponíveis nas localidades mais próximas.
Ao completar 18 anos, em 1942, ingressou na Polícia Militar do RN no posto de soldado. Ao longo do período militar, fez curso preparatório para Oficial da corporação, período este em que o mesmo residia em Natal/RN, depois foi delegado no Município de Jardim do Seridó/RN e, posteriormente, nomeado delegado da cidade de Mossoró/RN, em 1955, quando inicia um grande vínculo com esta cidade. Mas formou-se no Curso de Direito na faculdade de Maceió/AL, em 1956.
Na cidade de Mossoró, além de Delegado, foi advogado e Diretor do Colégio Estadual Jerônimo Rosado, sendo nomeado o primeiro Diretor do Centro Educacional, onde no seu período foi implantado o Curso Científico, além de ter inaugurado o Ginásio de Esporte Tarcísio Maia e o Auditório Governador Dinarte Mariz. Candidato a vereador em 1958, ficou com a 1ª suplência; em 1962, elegeu-se Deputado Estadual pelo PSD, ocupando o cargo entre 1963 e 1967, no entanto, teve que se reformar, antecipadamente, no posto de Tenente Coronel na Polícia Militar.
Durante a legislatura, mostrou-se um deputado de imensa bravura ao negar-se a votar pela cassação do deputado comunista Floriano Bezerra e mais 04 (quatro) suplentes deste. Porém, não se desviou dos seus princípios democráticos, o apego à constituição e ao Direito. Inclusive foi no plenário o único voto divergente, conflitando com os demais 23 deputados da Casa, fato ocorrido em 1964, em plena ditadura militar, desrespeitando a ordem vinda da Comissão Militar da Revolução pela imediata cassação.
Após este mandato, não conseguiu a reeleição, ficando com a 1ª suplência. No ano de 1968, elegeu-se prefeito do município de Governador Dix-sept Rosado/RN e em 1969 ingressou na FURRN (Fundação Universidade Regional do RN), atual UERN, como professor da Faculdade de Direito, lecionando as disciplinas de Direito Penal e Constitucional. Interrompeu o seu mandato de prefeito um ano antes do término previsto para assumir a Diretoria Administrativa da CERN (Companhia Editorial do RN - Incluía o Jornal A República e o Diário Oficial) a convite do Governador Cortez Pereira (1972). Em seguida, assumiu a Diretoria da EMPROTURN - Empresa de Turismo do RN no governo de Tarcísio Maia (1975), porém, em meados de 1976, saiu desse cargo e voltou para Mossoró, onde passou a ocupar o cargo de Procurador Federal da ESAM, atual UFERSA. Como advogado, foi o precursor da implantação da OAB/RN, subsecção de Mossoró, sendo presidente várias vezes nos períodos de 1968/1969, 1981/1983, 1983/1985 e 1985/1986.
Aposentou-se como procurador federal (UFERSA), em 17/02/1994 e como professor universitário (UERN), em 28/12/1994. Faleceu em 30 de setembro de 2009, na cidade de Mossoró, aos 85 anos, onde viveu a maior parte da sua vida.
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Por Aderbal Nogueira https://www.youtube.com/watch?v=wVyLuS8rE8E Luiz Pedro e Zé Sereno vão a Alagadiço saber o que aconteceu com Zé baia...