Wikipedia

Resultados da pesquisa

06 novembro 2020

PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES. LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS PELOS COLECIONADORES.

 Por José Mendes Pereira


A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. 


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assunto que dá gosto a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

05 novembro 2020

15 DE JUNHO DE 1927: PASSAGEM DE LAMPIÃO EM LIMOEIRO DO NORTE (ENTREVISTA)

 Por Alex Chaves Monteiro

https://www.youtube.com/watch?v=dQaha7poED4&ab_channel=AlexChavesMonteiro

Algumas das melhores fotos que se tem do bando de Lampião foi tirada em Limoeiro, na frente de uma farmácia, de frente para a igreja. Conforme o professor Irajá Pinheiro, quem fotografou foi um homem chamado Francisco Ribeiro. "Ele bateu a foto e pegou a bicicleta para revelar em Mossoró". 

Nessa cidade potiguar, cada um da foto foi reconhecido pelo cangaceiro Jararaca, aprisionado pelos mossoroenses durante a batalha em Mossoró. Até os reféns do bando estão no registro fotográfico. Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", teria sido morto em 1938 (há quem fale em 1939), 11 anos após sua passagem por Limoeiro. Em Anjicos, o cangaceiro foi pego de surpresa e decapitado, juntamente com o seu bando. 

O bandido ou herói virou, reconhecidamente, mito. "Costumo dizer que Lampião foi um homem que tomou a decisão de ser cangaceiro e arcou com todas as conseqüências até o fim sem meias palavras, sem meios gestos", define Angirlene Lima (estudante do curso de História da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - Fafidam).

https://www.youtube.com/watch?v=dQaha7poED4&ab_channel=AlexChavesMonteiro

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

04 novembro 2020

OS MORTOS NO FOGO DA MARANDUBA

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=Q0gcyV94pSM&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3uki1Kb0IRsWzHQ-W-iGpOOrlgPBcrYbHdNFAMMIQRMzWRBJrxV8GbrsA&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Esse é considerado pelos pesquisadores/escritores o segundo maior combate entre Lampião e a Força Pública.

https://www.facebook.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

02 novembro 2020

CHUVAS DE OUTUBRO

  Clerisvaldo B. Chagas, 2 de novembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.410

Entramos no início da safra do caju e da manga que se estica até, aproximadamente, fevereiro. Com o litro de castanha vendido a 50,00 reais, as recomendações médicas ao produto viram coisa de rico.

Mês de outubro sempre foi o mês mais seco em nosso sertão alagoano, porém, no dia 27 último, aconteceu muita chuva no Sertão e Alto Sertão do nosso estado. Alegria e riqueza para o sertanejo que, logo no dia seguinte já estava com as ferramentas da roça para o planto de milho, fava, feijão-de-corda, melancia, abóbora e outros cultivares. A chuvarada veio beneficiar a safra da manga e do caju. Além disso, a chuva que veio acompanhada em alguns lugares, com raios e trovões, mostra a antecipação das trovoadas que beneficiam o semiárido com água no prolongamento da primavera/verão. Ajuda ao sertanejo a chegar ao próximo inverno com água nos barreiros e nas barragens, engordando o gado, melhorando a pastagem, duplicando a produção leiteira.

Com certeza teremos o nosso prato típico de volta com força: galinha de capoeira com feijão-de-corda e manteiga de garrafa.

Quando chove assim, de início sobressaem no comércio as casas de material agrícola, mas as outras se retraem com a diminuição da família rural na cidade durante à semana e em feira-livre. A família não pode perder tempo na cidade em troca da lida no campo. Porém, após a safra dos seus produtos, novamente o agropecuarista retorna ao comércio trazendo os familiares. Circula o real em todas as bibocas e as palestras puxam as bocas de orelha a orelha.

Deus pinta uma Natureza dinâmica desde os primeiros pingos de chuva. O boi, alegre cava o chão, o peixe dá lapadas no açude, O quero-quero faz festa pelas manhãs, o carão rodeia a lagoa e os sapos orquestram nos banhados. O chefe da casa corrige a biqueira, a velha da fazenda acende o cachimbo de coco catolé e o azulado da fumaça faz corrupio no oitão.

Quando as abelhas rasgam o espaço em busca das floradas, o escritor se irmana ao sertanejo e diz: “O paraíso voltou”.

CHUVA NO SERTÃO (FOTO: B. CHAGAS)


http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/11/chuvas-de-outubro-clerisvaldo-b.html

29 outubro 2020

LUIZ GONZAGA TOCA EM ICHU BAHIA NO ANO DE 1967. UMA PEQUENA CIDADE DO SERTÃO BAIANO, QUE FICA ENTRE OS MUNICIPIOS DE SERRINHA, TANQUINHO E RIACHÃO DO JACUIPE.

A consagração do município de Ichu ao Sagrado coração de Jesus e a apresentação de Luz Gonzaga em Ichu.

Há exatamente 50 anos atrás ...

Em 1967 o PAPA Paulo VI através da revista mensageiro do sagrado coração de Jesus fez um apelo ao mundo para se consagrar ao Sagrado Coração de Jesus. O apostolado das oração de Ichu, obedecendo a igreja, lançou a ideia da qual foi aceita por todos. A senhorita Águeda Oliveira Carneiro secretária do Apostolado, foi a coordenadora do evento.

Com a ajuda do Pe. Lucas de Nuzza iniciaram os trabalhos de preparação. Enviaram um ofício ao prefeito Municipal o senhor Renato Cedraz, solicitando o seu apoio. O mesmo enviou a Câmara Municipal de vereadores e o projeto foi aprovado com muito entusiasmo. Eram vereadores da época, Abelardo Cedraz, Oscar Cedraz, Hamilton Ferreira da Silva, José André de Almeida, Rosalvo João Carneiro, Luiz Júlio Carneiro, Edson Ferreira da Silva e Álvaro trabuco de Lázaro.

Uma equipe foi a Feira de Santana convidar o senhor Bispo Dom Jackson Berenguer Prado, para ser o orador oficial e dar a Sua permissão. O prefeito convidou seus colegas das cidades vizinhas. Todos se envolveram nos preparativos, Pe. Lucas passou o novenário em intensa atividade : missas, terço, bênção do Santíssimo Sacramento, palestras etc...

Eis que chegou o grande dia!

As 4 horas da manhã o serviço de Alto falante do Lony Real circo , fez a Alegre alvorada, dando a entender a todos o início de um dia festivo, juntos ao repique dos sinos e muitos fogos! A cidade neste dia apresentava um aspecto todo especial.

As 10 horas da manhã, teve início a missa, que pela primeira vez foi concelebrada no nosso município . Presidiu a celebração Pe. Lucas e concelebrou Pe. Hélio da paróquia de Riachão do Jacuípe e Frei Antônio da paróquia dos Capuchinhos de Feira de Santana.

Após a celebração o prefeito Renato Cedraz ofertou a coroa em nome de todos os Ichuense. Benta a coroa por Pe. Lucas ela foi entregue a dois jovens um representando o papa Paulo VI e o outro o primeiro papa São Pedro. E os mesmos coroaram o Coração de Jesus com estas palavras :

“ Recebeu senhor Jesus, Deus do universo, criador de todas as coisas, a coroa que vossos filhos Ichuense vos oferece. Reinai senhor sobre este município e seus habitantes. Guiai-lhes os governantes para que governem com justiça e paz! Abençoe esta gente que em sua simplicidade, procura fazer a vossa vontade. “

A frase era cortada aos ecos de vozes que acalmava o Cristo Rei.

O show de Luiz Gonzaga

A pequena cidade de Ichu, com apenas 5 anos de Emancipação Política já tinha a honra de receber o Rei do Baião e criador do Forró puro e autêntico Luiz Gonzaga

Seu Antônio de Roque, homem simples e de bom humor é uma das pessoas que sempre conta histórias e guarda ainda na lembrança esses momentos inesquecíveis que estarão sempre presente na memória de todos daqueles "anos dourados da música".

Segundo informações do Sr. Antônio de Roque, Luiz Gonzaga veio se apresentar em um circo chamado Palácio do Riso , tendo como proprietário Supapo e trouxe muita animação para o público cantando e tocando lindas canções que são até hoje imortalizadas na memória dos brasileiros, principalmente dos nordestinos. Este circo muito famoso trouxe como muitas apresentações a exemplo do mágico Ione, a dupla de trapezistas Zezito Lucena e Eva Lúcia e o palhaço Tampinha, e salario mínimo, tudo sem as malícias de hoje, além de atrações musicais, tudo isso conseguia atrair grande público. Seu Antônio aproveita para lembrar ainda de um caso bem engraçado que aconteceu: "a iluminação da cidade ainda era a motor de óleo diesel e eu era o responsável para "abastecer o motor", mas o interessante é que fiquei tão empolgado com a vinda do Rei do Baião que acabei esquecendo de colocar a reserva de óleo na máquina, deixando Gonzaga no escuro, mas felizmente me dei conta do problema a tempo e tudo voltou ao normal"- conta seu Antônio de Roque as gargalhadas. Seu Antônio de Roque julga que a música “ forró no escuro “ foi feita diante de fato.

O senhor Irineu do Barro Vermelho também conta essa história detalhada: "era a Festa da Consagração do Município ao Sagrado Coração de Jesus e desde cedo que o Serviço de Alto Falante já tocava a música Asa Branca, avisando que Gonzaga vinha para Ichu e ao mesmo tempo o locutor convidava o povo para ir para o Show; o interessante é que quando se ouviu a linda música Asa Branca no Serviço de Alto Falante através dos discos de vinil (os famosos bolachões ou Lps) todos mundo dizia: "Olha Luiz Gonzaga já chegou, já chegou vamos lá para ver que ele já está cantando".

Uma moradora do povoado de Casa Nova disse na Semana da Cultura deste ano o seguinte: "Gonzaga era muito humilde e com grande diferença da maioria dos cantores famosos de hoje não tinha orgulho; ainda me lembro que ele passou lá por Casa Nova dirigindo seu carro e me perguntando com toda educação onde era a estrada que ia para Ichu, ele mesmo vinha dirigindo, trazia sua grande sanfona branca no banco do carro também mostrando sua simplicidade, mesmo com sua fama que tinha em todo o Brasil".

Nesta oportunidade sendo festa de Consagração do Município a comunidade ichuense não poderia ter melhor presente artístico como a presença do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Gonzagão realizou um grande show no palco do circo e até hoje muitos ichuenses que estiveram na apresentação relembram com saudade.

Temos a certeza que Gonzagão nas nossas lembranças permanece dando show de alegria com suas músicas que serão relembradas nas noites de São João e e de todo o Brasil. Fonte: Iradilson Lúcio Carneiro , Antônio Oliveira Carneiro , Irineu Renato Carneiro, Antônio Gomes Carneiro, Lucineia Gordiano. Vemos duas fotos da festa da consagração e atrás da igreja vemos o circo. Texto publicado na página Hô Sertão! De Edcarlos Almeida.Hô Sertão! N*13

A consagração do município de Ichu ao Sagrado coração de Jesus e a apresentação de Luz Gonzaga em Ichu.

Há exatamente 50 anos atrás .....

Em 1967 o PAPA Paulo VI através da revista mensageiro do sagrado coração de Jesus fez um apelo ao mundo para se consagrar ao Sagrado Coração de Jesus. O apostolado das oração de Ichu, obedecendo a igreja, lançou a ideia da qual foi aceita por todos. A senhorita Águeda Oliveira Carneiro secretária do Apostolado, foi a coordenadora do evento.

Com a ajuda do Pe. Lucas de Nuzza iniciaram os trabalhos de preparação. Enviaram um ofício ao prefeito Municipal o senhor Renato Cedraz, solicitando o seu apoio. O mesmo enviou a Câmara Municipal de vereadores e o projeto foi aprovado com muito entusiasmo. Eram vereadores da época, Abelardo Cedraz, Oscar Cedraz, Hamilton Ferreira da Silva, José André de Almeida, Rosalvo João Carneiro, Luiz Júlio Carneiro, Edson Ferreira da Silva e Álvaro trabuco de Lázaro.

Uma equipe foi a Feira de Santana convidar o senhor Bispo Dom Jackson Berenguer Prado, para ser o orador oficial e dar a Sua permissão. O prefeito convidou seus colegas das cidades vizinhas. Todos se envolveram nos preparativos, Pe. Lucas passou o novenário em intensa atividade : missas, terço, bênção do Santíssimo Sacramento, palestras etc...

Eis que chegou o grande dia!

As 4 horas da manhã o serviço de Alto falante do Lony Real circo , fez a Alegre alvorada, dando a entender a todos o início de um dia festivo, juntos ao repique dos sinos e muitos fogos! A cidade neste dia apresentava um aspecto todo especial.

As 10 horas da manhã, teve início a missa, que pela primeira vez foi concelebrada no nosso município . Presidiu a celebração Pe. Lucas e concelebrou Pe. Hélio da paróquia de Riachão do Jacuípe e Frei Antônio da paróquia dos Capuchinhos de Feira de Santana.

Após a celebração o prefeito Renato Cedraz ofertou a coroa em nome de todos os Ichuense. Benta a coroa por Pe. Lucas ela foi entregue a dois jovens um representando o papa Paulo VI e o outro o primeiro papa São Pedro. E os mesmos coroaram o Coração de Jesus com estas palavras :

“ Recebeu senhor Jesus, Deus do universo, criador de todas as coisas, a coroa que vossos filhos Ichuense vos oferece. Reinai senhor sobre este município e seus habitantes. Guiai-lhes os governantes para que governem com justiça e paz! Abençoe esta gente que em sua simplicidade, procura fazer a vossa vontade. “

A frase era cortada aos ecos de vozes que acalmava o Cristo Rei.

O show de Luiz Gonzaga

A pequena cidade de Ichu, com apenas 5 anos de Emancipação Política já tinha a honra de receber o Rei do Baião e criador do Forró puro e autêntico Luiz Gonzaga

Seu Antônio de Roque, homem simples e de bom humor é uma das pessoas que sempre conta histórias e guarda ainda na lembrança esses momentos inesquecíveis que estarão sempre presente na memória de todos daqueles "anos dourados da música".

Segundo informações do Sr. Antônio de Roque, Luiz Gonzaga veio se apresentar em um circo chamado Palácio do Riso , tendo como proprietário Supapo e trouxe muita animação para o público cantando e tocando lindas canções que são até hoje imortalizadas na memória dos brasileiros, principalmente dos nordestinos. Este circo muito famoso trouxe como muitas apresentações a exemplo do mágico Ione, a dupla de trapezistas Zezito Lucena e Eva Lúcia e o palhaço Tampinha, e salario mínimo, tudo sem as malícias de hoje, além de atrações musicais, tudo isso conseguia atrair grande público. Seu Antônio aproveita para lembrar ainda de um caso bem engraçado que aconteceu: "a iluminação da cidade ainda era a motor de óleo diesel e eu era o responsável para "abastecer o motor", mas o interessante é que fiquei tão empolgado com a vinda do Rei do Baião que acabei esquecendo de colocar a reserva de óleo na máquina, deixando Gonzaga no escuro, mas felizmente me dei conta do problema a tempo e tudo voltou ao normal"- conta seu Antônio de Roque as gargalhadas. Seu Antônio de Roque julga que a música “ forró no escuro “ foi feita diante de fato.

O senhor Irineu do Barro Vermelho também conta essa história detalhada: "era a Festa da Consagração do Município ao Sagrado Coração de Jesus e desde cedo que o Serviço de Alto Falante já tocava a música Asa Branca, avisando que Gonzaga vinha para Ichu e ao mesmo tempo o locutor convidava o povo para ir para o Show; o interessante é que quando se ouviu a linda música Asa Branca no Serviço de Alto Falante através dos discos de vinil (os famosos bolachões ou Lps) todos mundo dizia: "Olha Luiz Gonzaga já chegou, já chegou vamos lá para ver que ele já está cantando".

Uma moradora do povoado de Casa Nova disse na Semana da Cultura deste ano o seguinte: "Gonzaga era muito humilde e com grande diferença da maioria dos cantores famosos de hoje não tinha orgulho; ainda me lembro que ele passou lá por Casa Nova dirigindo seu carro e me perguntando com toda educação onde era a estrada que ia para Ichu, ele mesmo vinha dirigindo, trazia sua grande sanfona branca no banco do carro também mostrando sua simplicidade, mesmo com sua fama que tinha em todo o Brasil".

Nesta oportunidade sendo festa de Consagração do Município a comunidade ichuense não poderia ter melhor presente artístico como a presença do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Gonzagão realizou um grande show no palco do circo e até hoje muitos ichuenses que estiveram na apresentação relembram com saudade.

Temos a certeza que Gonzagão nas nossas lembranças permanece dando show de alegria com suas músicas que serão relembradas nas noites de São João e e de todo o Brasil. Fonte: Iradilson Lúcio Carneiro , Antônio Oliveira Carneiro , Irineu Renato Carneiro, Antônio Gomes Carneiro, Lucineia Gordiano. Vemos uma foto da festa da consagração e outra do rei do baião, atrás da igreja vemos o circo. Texto publicado na página Hô Sertão! De Edcarlos Almeida.

 https://www.facebook.com/

Do acervo do pesquisador Guilherme Machado.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOS TEMPOS DO AÇÚCAR BRUTO

 Por Zozimo LIMA*

Recordo com saudade, outubro, início da botada dos engenhos de açúcar bruto. De usina, no meu tempo de menino, só se conhecia a do Topo e a Várzea Grande do Dr. Tomás. O resto, cerca de 60, era movido a vapor, cavalos e força hidráulica.

Eu ficava trepado na almanjarra, rodada a cavalo, do engenho Muquem, de seu Norberto, pai de Zé Ferreira, advogado em Aracaju.

Também fazia o mesmo no engenho Cotia do meu tio Ioiô Barbosa. O açúcar bruto era gostoso e eu o tirava da caixaria onde ficava exposto ao sol.

O cabaú era uma delícia. Às vezes, quando eu tirava, com os moleques, do tanque, encontrava um rato morto. Mas menino não estava ligando a essas porcarias.

Foto ilustrativa

O melado, fervendo, nas seis tachas, tinha cheiro especial. O mestre de açúcar, conhecedor do “ponto”, trazia-o para nosso apetite, cozinhado com pedaços de abóbora ou batata doce. A cana no “picadeiro” era empurrada nas moendas, por mulheres, para trituramento. Saía o bagaço do lado oposto.

E o caldo azedo, em cabaça, arrolhada com capuco de milho, era um regalo para o paladar e um veneno para o fígado de quem o tinha avariado.

O senhor de engenho de chapelão meio desabado, sapato roló, de couro de bode mal curtido, chicote curto à destra, fiscalizava o peso da cana na balança, indo, depois, auxiliar a marcação dos sacos com o nome do engenho e do proprietário. Fui pesador de cana no engenho Campinhos do finado Zé Ferreira, meu padrinho de crisma, quando por Sergipe, andou, em visita, o arcebispo D. Thomé.

Ficava ao lado do engenho o alambique, muito frequentado pelos amantes da “teimosa” e pelos comboieiros portadores de ancoretas camufladas para iludir a fiscalização. Havia comboieiros que vinham comprar mel para o fabrico da cachaça. Traziam borrachas de couro para condução do cabaú.

Era uma festa o início da moagem. Na casa-grande as matronas e sinhazinhas auxiliadas pelas cozinheiras, antigas escravas ou filhas destas, preparavam saborosos doces de todos os feitios para os visitantes, que eram muitos.

Se na casa havia moças bonitas, em idade de casar, os filhos dos vizinhos, senhores de engenho, apareciam constantemente, sempre bem vestidos, montando cavalos arreiados com apuro, de botas russianas, estribos, bridas e esporas de prata.

Era o namoro sem agarramento, à distância, na presença dos pais, tios e primos. A moça, de rosa nos cabelos, olhar magoado das heroínas dos romances de Feuilet, e o rapaz, bem-falante, desembaraçado, pernóstico, com verbos no plural e o sujeito no singular, contava histórias de trocas de cavalo, lobisomens, apojadura de bezerros de vacas leiteiras e projetos de aumentar os partidos de cana.

Bons tempos aqueles em que Sergipe tinha engenhos a cavalo, a vapor e à roda d’água. Nunca mais comi doce de coco, de leite, sequilhos, olhos de sogra e bom bocado fabricados por aquelas delicadas sinhazinhas dos engenhos que precederam a instalação das usinas devastadoras e absorventes.

Gazeta de Sergipe – 22.08.1973

*Jornalista e escritor

https://www.facebook.com/photo/?fbid=3209661555829365&set=a.290440857751464

Do acervo do pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...