Wikipedia

Resultados da pesquisa

02 janeiro 2016

MOSSORÓ E A REGIÃO ADJACENTE PERDEM O MAIS VELHO DA CIDADE COM 143 ANOS

Por José Mendes Pereira

A cidade de Mossoró e as cidades vizinhas receberam a notícia do seu falecimento com tristeza. Faleceu  hoje, aos 143 anos, quem mais informou aos Potiguares, o jornal O MOSSOROENSE, pois deixará de circular na região. O jornal O Mossoroense irá continuar as suas atividades somente na versão online.

Pêsames

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOÃO MALAMANHA

Por José Mendes Pereira

João Malamanha era do mundo, sem naturalidade registrada em nenhum cartório brasileiro, apenas escondia-se às margens do Rio Mossoró, próximo ao clube ACDP

 
jotamaria-recreativo.blogspot.com
  
Era negro e de cabelo enroscado ao crânio, feioso, magro, nenhum dente natural; usava uma prótese fabricada ainda quando havia surgido a dentadura. Só a sua altura dava medo em ver, tendo mais de 2 metros de altura. Mas apesar de ser magrão seus braços eram como de lutador de luta livre, e bastante longos. De mãos gigantes, além do normal.

Ninguém se atrevia em lhe dizer uma palavra que o incomodasse. Todo mundo o temia, todos lhe tinham respeito, todos curvavam-se diante dele. Era um verdadeiro agigantado animal.
  
Vivia de consertar automóveis, mas não dos bons, rinzote. Mesmo sendo um péssimo mecânico era procurado pelos proprietários de carros. Como Mossoró estava começando a vida, qualquer um mecânico era bem-vindo, desde que fizesse o automóvel partir sua hélice.

Uma vez matara um sujeito só com um cocorote aplicado em seu crânio pela sua maldita e deformada mão. Outra vez, fez um sujeito beber um litro de creolina, quase de um gole só. O homem baixou hospital, mas por sorte, não morreu, porque vomitou o ofensivo líquido de uma só vez.

E outra vez, capou um sujeito por ter cantado uma de suas sobrinhas. Quando este chegou à casa da moça, ao estirar a mão para cumprimentá-la disse-lhe: "-Pegue na minha". A moça sentindo-se desrespeitada, contou para João Malamanha, que de imediato cuidou de encontrar o miserável, levando-o até ao matagal, e lá, fez o horroroso serviço. João Malamanha era assim mesmo. Bruto, perverso, de cara fechada...

www.pintodibujos.com

Quem mais sofreu com os seus malditos castigos foi o Leandro, um ajudante de mecânica da sua oficina, que media um pouco mais de 1;30 centímetros. Meia volta e volta e meia, o Leandro era castigado com socos, pontapés, humilhações, cuspidas, e até o batia em suas costas com chaves inglesas, macacos... Isto sem escolher o lugar de bater.

Certo dia, o Leandro resolveu não mais apanhar do João Malamanha, e decidiu que naquele dia, caso ele tentasse açoitá-lo, sua vida seria findada.

Mas o Leandro que tivesse cuidado, e muito cuidado! O homem era um verdadeiro desumano, era um animal. E se tentasse matá-lo, e se os seus planos não dessem certos, poderia sair na pior, ou estaria morto.

Ao chegar à oficina o homenzarrão estava feito um leão, abusadíssimo, jogando as ferramentas para o ar, chutando pneus, e com pensamentos piores do que os de Leandro.

Antes de começar a tarefa do dia, o homenzarrão ordenou que o Leandro pegasse um motor com suas forças, e o levasse até à bancada. Não podendo com aquela peça, Leandro disse-lhe que não tinha forças para levá-la até lá.

O homenzarrão partiu com gosto de gás para cima do Leandro. Levou-o a uma bancada, colocou-o sobre ela. Mas quando tentava enforcá-lo, Leandro retirou da sua cintura uma amolada e pontiaguda faca, enfiando-a no pescoço do homenzarrão.

O João Malamanha só deu tempo para dar um assustador grito, e o sangue jorrou sobre peças e carros que estavam dentro da oficina, caindo sobre uns pneus  encostados a uma parede.

Vendo que tinha vencido o homenzarrão Leandro fez carreira sem destino certo. Nunca mais se viu o assassino do João Malamanha..

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

Fonte:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/09/joao-malamanha.html

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com 

FOTOS INÉDITAS DE PLUTÃO


Até recentemente, tínhamos uma visão limitada de Plutão; os cientistas tinham mais perguntas do que respostas. Finalmente conseguimos tirar algumas dúvidas em julho desse ano, quando a sonda espacial New Horizons fez um sobrevoo pelo ex-planeta, enviando à Terra incríveis imagens de alta resolução de Plutão.

As fotos forneceram com um tesouro de informações sobre as características geográficas do planeta-anão: cadeias de montanhas, uma planície em forma de coração chamada Sputnik Planum, gelo fluindo por vales, e muito mais. Também vimos de perto a maior lua de Plutão, Caronte.

Carone e Plutão

New Horizons foi lançada em 2006 e fez um sobrevoo em torno de Júpiter em 2007. Depois de passar por Plutão, a sonda agora está a caminho de nos oferecer um olhar igualmente sem precedentes do Cinturão de Kuiper, em algum momento de 2019.

http://professorjosecosta.blogspot.com.br/2015/12/10-grandes-manchetes-da-ciencia-em-2015.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jomendespereirapotiguar.com.br

OS ÚLTIMOS DIAS DE FERNANDO DA GATA

Publicado em 09/12/2009 por Airton Chips

O maior bandido que já pisou o ‘sul das geraes’, foi morto com um tiro no peito, antes de chegar à cidade de Santa Rita.

O meliante solitário dominava cães ferozes nos quintais, nas quebradas da noite, invadia mansões de ricos empresários, roubava suas joias e estuprava suas esposas e filhas e desaparecia durante o dia.
     
Seus crimes colocaram dezenas de policiais em sua sombra e ele acabou morrendo com apenas um tiro no lado direito do peito, nas margens do rio Sapucaí na fazenda do Huet Moreira.
     
Mesmo depois de morto ele continuou dando trabalho à polícia que o exibiu como troféu e fez seu velório na delegacia.
    
Três semanas depois de sua morte, ele fez sua primeira e única viagem de avião… da morte, para ser sepultado sem os dedos, sob aplausos da população do vale do Jaguaribe, no Ceará, onde se tornou herói.
    
Conheça a história do terror dos ricaços, que passou como um vendaval por Pouso Alegre, levando joias, honra e uma tenra vida, até ser baleado por um policial que o encarou sozinho, ao pé da noite, num matagal.
     
Acesse “Direto da Policia” e saiba como foram os “últimos dias de Fernanda da Gata”.

https://valeindependente.wordpress.com/2009/12/09/os-ultimos-dias-de-fernando-da-gata/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.com.br

UMA PRAÇA CHEIA DE RECORDAÇÕES PARA MUITOS QUE ESTUDARAM NA ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO UNIÃO CAIXEIRAL

Por José Mendes Pereira
Foto de Florina Escóssia

Quem estudou na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" de Mossoró desde as primeiras décadas do século XX, estendendo-se até a década de 90, do mesmo século, com certeza guarda muitas e belas recordações desta Praça da Redenção, localizada no centro da cidade, e durante o dia, ela acolhia os alunos desta escola, os quais estudavam "ginásio", e ao anoitecer, a praça da Redenção ficava completamente lotada de futuros contabilistas de Mossoró.

http://blogdetelescope.blogspot.com

Eu frequentei esta "Praça" porque no ano de 1968 eu era aluno desta escola, no curso ginasial, que a "União Caixeiral" mantinha em seu prédio, e posteriormente, em 1976, eu retornei a esta “Praça e escola", e desta vez, eu era acadêmico do curso de letras da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. A minha sala do curso de letras ficou neste estabelecimento, devido ao enorme número de alunos que foi aprovado no vestibular, e a universidade resolveu matricular todos aprovados, talvez para não escolher alunos por cara, tomando emprestado uma sala na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral". Mas, posteriormente nós fomos transferidos para o Campus da FURRN em Mossoró.

 Antônio da Graça Machado - 1974 - www.azougue.org

Nesta escola fui aluno dos seguintes mestres: Um professor que lecionava matemática e que passou por lá durante o período em que eu estudava na "União Caixeiral - ginásio", foi o saudoso Antonio da Graça Machado, que infelizmente não teve a sorte de continuar a sua vida como educador, e que foi assassinado muito jovem ainda, por um delinquente, e segundo a sua nora Ariane Machado me informou que o seu falecimento aconteceu  no dia 04 de julho de 1982, em Tremembé, no Estado do Ceará.
  
Dr. Genivan Josué Batista

Também foi meu professor na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" o doutor Genivan Josué Batista, médico odontológico, e atualmente é um dos maiores e mais sucedidos empresários de Mossoró. Não me recordo qual disciplina ele lecionava neste estabelecimento de ensino, mas me parece que era ciências.

Dr. José Araújo, ex-diretor da "União Caixeiral, Aluízio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte, Maysa Almeida Costa, Elza Senna, Irmã Socorro, Sueli Freire e a professora Sergina Leão. 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba235.html

Além destes, tive a honra de ser aluno de uma das professoras mais rígidas de Mossoró, a professora Sergina Leão, que não dava se quer, a menor chance ao aluno para usar as suas espertezas, no que se refere à cola. Dona Sergina era rigorosa, e quando ela começava falar sobre o "Oiapoque e o Arroio Chuí", ela não queria mais parar este assunto. Exímia conhecedora disto, e quando a pessoa domina um determinado assunto, o bom mesmo é retalhá-lo vez por outra.

Não tenho o dia, mês e ano que a Praça da Redenção foi fundada, apenas informação adquirida em um dos artigos do jornalista Geraldo Maia do Nascimento, sobre a Estátua da Liberdade. Diz o jornalista: "- A Estátua da Liberdade fica na Praça da Redenção, em frente ao prédio da União Caixeiral. Foi inaugurada no dia 30 de setembro de 1904, por iniciativa do dr. Sebastião Fernandes de Oliveira, na época promotor de Justiça de Mossoró, sendo o mesmo o orador oficial da solenidade, proferindo vibrante discurso na ocasião".

http://www2.uol.com.br/omossoroense/0905/geraldo.htm

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://jomendespereirapotiguar.com.br 

01 janeiro 2016

GRANDE CABO CATÔTA!

Por José Mendes Pereira
www.letrascomcafeina.com.br

O ofício de tanger gente para uma delegacia policial na finalidade que o sujeito responda pelos seus erros praticados, não é dos melhores, e para ocupar esta função, tem que jurar diante da corporação policial, afirmando que prenderá homens e mulheres, mesmo que façam parte da sua generosa família, como pai, mãe, irmãos, tios... É um ofício perigoso, pois a qualquer momento o policial poderá deixar de ser perseguidor para ser perseguido.


Tenente Clodoaldo e o cabo Catôta - Fonte - Lindomarcos Faustino‎ - Relembrando Mossoró

O cabo Catôta era um policial de Mossoró, e que não gostava de ser perseguidor de ninguém, muito menos perseguido. Fazia tudo para não se envolver com nada que o colocasse contra a alguém, pois o melhor mesmo para ele era uma vida tranquila, tendo um bom relacionamento com as pessoas, andando pelos bairros de Mossoró despreocupado, sorrindo entre amigos, vez por outra, ingerir uma bela pinguinha, não por vício, mas por divertimento. Mas como era policial e respeitado na corporação, sempre ele era incumbido pelo delegado que comandava a polícia militar de Mossoró, para resolver alguns probleminhas. Mas ele estava sempre disposto às solicitações do dirigente do batalhão de polícia, mesmo contra vontade.

www.azougue.org  - Tenente Clodoaldo - 1987

Certa feita, o tenente Clodoaldo que foi muitos anos delegado da cidade de Mossoró, homem de moral e suas ordens eram vistas com bons olhos para uns mossoroenses, mas que na verdade, tinham alguns que eram contrários; ordenou ao cabo Catôta que fosse até a casa de um senhor, tido como valente, e o intimasse, e logo em seguida, o prendesse, levando-o preso para a cadeia.

Cabo Catôta de imediato acatou o que dissera o tenente Clodoaldo, e com dois policiais, seguiram em direção à casa do suposto valente, encontrando-o em repouso sob uma Castanhola que frondeava alegremente sobre a calçada da sua residência.

Fazendo as suas perguntas com algumas pessoas da rua em que morava este, foi informado que o valentão era pedreiro, e sabendo que peito a peito ele e os dois soldados não tinham condições de levar aquela fera até a delegacia, arquitetou um bom plano para conseguir dominar o homem até aos pés do delegado; e ao chegar à sua presença, disse-lhe que o delegado estava precisando dos seus serviços de pedreiro, e queria fazer uma parede na cadeia pública de Mossoró.

O homem estava orgulhoso, recebera uma solicitação dos seus serviços, logo de quem, de um delegado, e para ele seria uma grande honra aquele convite. Com certeza, o delegado já tinha conhecimento dos seus bons trabalhos.

E ali saíram os 4 em direção à cadeia pública de Mossoró. E quando o cabo Catôta se achou seguro dentro do prédio do presídio, olhou para o valentão e lhe disse:

- Teje preso, seu elemento!!

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

JURITI SANGRA ZÉ JOAQUIM


Naquele tempo, Poço Redondo – SE, torna-se um ‘poço’ abastecedor das fileiras do cangaço.

Roceiros, vaqueiros, limpadores de mato... enfim, todo jovem que tinha uma profissão ou aprendia uma, debandeia-se para o lado negro e tenebroso do cangaço.

Estar ao lado de Lampião, naquela época, era ter dinheiro, respeito e status para o jovem sertanejo. Não prestava serviço algum a nenhum dos latifundiários, donos de roças de variadas espécies... eram os donos de ‘tudo’, faziam suas leis e estavam com o mito maior das quebradas do sertão. A coisa ficou de uma maneira que vemos em literaturas, que se faziam ‘festa’, forró, em comemoração daqueles jovens que estavam para ingressarem no Cangaço. Triste e inocente ilusão, que levaram a perda de inúmeras vidas naquele, e em outros, rincões.

Uma das coisas que sempre seguiu as trilhas da história do Fenômeno foram à traição, a invenção, a inveja e a mentira. Todas as citadas, infelizmente, levaram a perdas de vidas.

Certa feita, estando alguns rapazes, filhos dos rincões de Poço Redondo, João Preto, Tonho Paulo, João Mulatinho, Augusto, Gumercindo e Du, as vésperas de suas adesões, festeja-se a noite inteira... no outro dia, todos ressacados, três deles são chamados por Zé Sereno e Juriti.

O cangaceiro Zé Sereno

Os três, João Preto, Tonho Paulo e Augusto são incumbidos de realizarem sua primeira missão.Teriam que procurarem um cidadão chamado Zé Joaquim, dizer ao mesmo que fosse na casa do coiteiro chamado Gracinha, que lá estavam esperando por ele para festejarem sua volta. Já que há muito estivera ausente daquele pedaço de chão.


Assim fizeram.

Apesar de o corpo reclamar por descanso, Zé Joaquim se dispõe, no mesmo instante, de acompanhar aqueles rapazes. Todos eram seus conhecidos. Desde sua infância que se conheciam, e achando ser uma afronta não aceitar, partiu com seus ‘amigos’.


Lá chegando, notou logo que de festa nada por se parecia...

Adília encontrava-se presente e ele dirige-se ao seu encontro e vai cumprimentá-la, abraçá-la e, sentando-se ao seu lado, começam a prosear. 

O cangaceiro Juriti

Naquele momento se aproxima Juriti e diz que Zé Sereno e Balão estão na cozinha querendo falar com ele. Levanta-se e vai ao encontro dos dois, seguido de perto por Juriti. Sem nem ao menos dar-lhe as boas vindas, Zé Sereno lhe diz diretamente:

“- Cabra, você sabi o qui a gente faz quando argúem anda dizeno aos macacos adonde a gente ta?”(LAMPIÃO ALÉM DA VESÃO – Mentiras e Mistérios de Angico”- COSTA, Alcino Alves. 3ª edição. Pgs 311 a 321. Gráfica e Editora REAL. Cajazeiras – PB,2011).


Naquele instante, Zé Joaquim nota aonde foi se meter. Sabia do que acontecia com aqueles que traiam o cangaço... sabendo não ter muita chance, tenta argumentar na tentativa de defender sua vida, pois, nunca tinha traído ninguém.

“- Num mi façam mal. Eu nunca dissi nada a ninguém. Eu nunca falei nada de vocês.”(Ob. Ct.)

“- Você tem uma língua muito grande – diz Juriti – e nóis vamu cortá-la. Só assim essa genti si imenda. Teje preso cabra. Se aprepare pra morrer.”(Ob. Ct.)

“- Pulo amor de Deus num mi mati. Eu sou inocente. Eu num fiz nada. Gracinha, peça a elis pra deixari eu viver, eu perciso criá meus irmãos. Gracinha, diga a elis qui eu sou inocente.”(Ob. Ct.)

O coiteiro, junto com os outros que tanto o conheciam, se acovardam e lhe dão as costas...

“- Num queremo saber de nada – responde Juriti – Num queremo cunversa. Você tá preso e vai morrer.”(Ob. Ct.)

“(...) O prisioneiro é carregado. Levam-no para os ermos da caatinga. Chega à beira do riacho do Braz. O bando está embriagado. Tem início uma brutal tortura. Aos gritos e deboches os facínoras montam no rapaz e o cortam de esporas como se o mesmo fosse um animal. O sangue do supliciado empapa a ribanceira do riacho. Era pouco. Desejavam mais. Rasgam e furam o seu corpo com as pontas agudas de seus punhais (...)”.

Após se divertirem bastante, sem darem ouvidos para os gritos do jovem, que implorava e dizia pra eles que era inocente, Juriti, saca de seu enorme punhal e o sangra sem piedade. A lâmina dura, fria, dilacera sua carne como se fosse um ferro em brasa. Alguns instantes depois, mais um filho daquela ribeira tinha sua vida ceifada pela brutal guerra cangaceira.

“(...) Os que transportavam numa rede os restos mortais daquele que foi em vida um exemplo de homem, não suportaram a dor de ver aquele corpo, agora frio e rígido, dilacerado pelas marcas da esporas e dos punhais dos brutais inimigos do sertão e do povo(...) Aquela gente sertaneja, caída e sem forças para suportar tanto sofrimeto, olhava vencida e desesperada, a marca roxa do punhal homicida de Juriti, que havia sangrado o pescoço de Zé Joaquim(...)Na tarde daquele mesmo dia, acompanhado pelos parentes e inúmeros amigos, o pobre rapaz foi levado até o pequenino cemitério, onde uma cova rasa o esperava(...)A brutal e injusta morte do filho de Dona Antônia é um marco triste e doloroso na história sofrida de Poço Redondo(...)Era Zé Joaquim um exemplo de homem, de amigo e de filho. A sua medonha morte foi uma das maiores injustiças praticadas durante toda a guerra e campanha cangaceira(...)”. (Ob, Ct.)

Zé Joaquim foi vítima duas vezes. Uma por ter sido envolvido em uma tremenda mentira, surgida por inveja e, a outra, sua triste morte pelo punhal do cangaceiro Juriti.

Fonte/foto Ob. Ct.
Benjamin Abrahão

2ª Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...