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25 fevereiro 2023

JOÃO MENDES DE OLIVEIRA

 Por Beto Rueda

No dia 04 de março de 1926, Lampião e seus cangaceiros entraram na cidade de Juazeiro do Norte (CE). Muitos curiosos se concentraram nas ruas e praças por onde passava o Rei das Caatingas e seus bandoleiros. Rumaram diretamente para a casa de João Mendes de Oliveira, comerciante e poeta popular.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/06/sobrado-do-poeta-popular-joao-mendes-de.html

Lampião recebeu as visitas com cortesia e seu ar imponente. Deu algumas esmolas e jogou moedas para os meninos na rua. Estava gostando da estadia. Concedeu até entrevista ao médico Otacílio Macedo contando as suas aventuras e apresentou os seus homens.

João Mendes de Oliveira

REFERÊNCIAS:

CHANDLER, Billy Jaynes. Lampião, o rei dos cangaceiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

MACIEL, Frederico Bezerra. Lampião, seu tempo e seu reinado. Vol. III. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1986.

LUCETTI, Hilário. Histórias do cangaço. Crato: Encaixe, 2001.

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23 fevereiro 2023

JATI, PRESENTE NA HISTÓRIA DO CANGAÇO.

 Por Luís Bento



Foto, calçada da antiga Capela Senhora Santana do então distrito Macapá hoje Jati. Acervo Luis Bento.



Jati, corredor de Cangaceiros e Volantes,

caminho de Almocres, Padres e Romeiros.

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22 fevereiro 2023

UM ABRAÇO DE LONGE

  Clerisvaldo b. Chagas, 22 de fevereiro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.842

TAMANDUÁ (CRÉDITO ONDREI PROSICK/NATURE PHOTO).

O tamanduá albino mostrado na mídia dos últimos dias, deu para emocionar quando das suas perambulações pelos verdes campos. Aí é quando o sertanejo diz que “uma coisa puxa outra” e vamos lembrando do lugar Tamanduá, povoado quilombola de Poço das Trincheira, cortado pela BR-316.  Antes, algumas casas bem recuadas no barro vermelho do local, hoje, um progressista, simpático e tranquilo povoado, que mantêm seu nome tradicional de quatro séculos, como Alto do Tamanduá. Temos quase certeza de que a totalidade da sua população nunca viu ao vivo o bicho que lhe empresta o nome. Mas é óbvio que esses animais maravilhosos habitaram a região e que também deram origem ao lugar vizinho, mas já em território santanense, Baixa do Tamanduá que também é conhecido como Lagoa do Mijo.

Do Alto do Tamanduá, você rapidamente alcança as cidades de Poço das Trincheiras, Maravilha e Ouro Branco, redondeza que possui seus atrativos como as serras do Poço a serra da Caiçara, o museu de antropologia de Maravilha, as estátuas em ruas e praças de mastodontes encontrados na região e os banhos no rio Capiá e Ipanema se for tempo de cheias moderadas. Você pode escolher uma dessas três cidades como base de suas incursões pelos arredores e gozar amplamente do clima sertanejo. Quanto ao tamanduá de verdade, você não vai mais encontrá-lo em lugar nenhum do Sertão porque já foi extinto. Das suas andanças ficaram apenas os formigueiros que persistem em todos os lugares rurais do Brasil. E por falar nisso, as mulheres do povoado Alto do Tamanduá, voltaram a produzir panelas de barro que sempre marcaram àquela comunidade.

O tamanduá se alimenta de formigas e sua figura é diferente de todos os outros animais que a gente conhece. É um bicho pacato, mas pode até matar outros bichos grandes a humanos, quando se vê ameaçado, graças as garras enormes e seu abraço em que as garras penetram na vítima. O gesto de defesa ficou conhecido como “abraço de tamanduá”, que pode ser referência aos falsos abraços de amigos traidores. E se um tamanduá já é atração, imagine um tamanduá albino soltos na natureza! Viva o Sertão do meu estado!

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21 fevereiro 2023

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS, LENDAS E FATOS DA CACHOEIRA.

 Por José Cícero

Visitando a histórica Casa da Pedra, a nascente do Pinga da Lapinha, bem como o lajedo do sangue e os poços do Torem e da Cobra. Com o mateiro sr. Bodim, e os amigos:Tota Fidelis e Roberto Gomes da dvc.

- O poço da Cobra.

Além de belíssima como atrativo natural do Cariri a Cachoeira de M. Velha possui também uma vasta narrativa de causos e lendas. Algumas sobre a sua própria origem ancestral transmitidas desde os seus primeiros habitantes da etnia dos indios Cariri até agora. Lendas e contos que, desde então se perpetuaram ao longo dos anos de geração em geração, dentre as quais, as que tentaram explicar no imaginário popular, por exemplo, o surgimento da "pedra da Glória", do "goelão", do "lajedo do sangue" etc.

Cachoeira de MV na direção da Lapinha onde ficam os lendários poços do Torem e da Cobra.

Nesta mesma linha podemos incluir ainda, toda a casuística de fatos igualmente lendários chegando a beirar inclusive, o chamado "realismo fantástico'. Coisas e acontecimentos surreais contados ainda hoje pelos ribeirinhos, principalmente os pescadores e antigos moradores do lugar.

À margem do rio descendo para o poço da Cobra.

A Cachoeira, assim como toda a extensão do rio Salgado possui uma série de "poços" que, nunca secam, nem mesmo nas grandes secas que se abateram sobre a região. São pequenas depressões naturais que existem ainda hoje, mesmo com o acelerado processo de assoreamento do manancial ao longo do tempo. Locais onde se concentram muitas espécies de peixes endêmicos do bioma salgadiano. Fazendo assim a alegria dos pescadores.

Além do próprio "goelão" localizado logo abaixo da primeira queda dágua, existem ainda dois desses 'poços' que se tornaram muito conhecidos e por isso mesmo detentores de histórias lendárias: o Triste(antes da construção das piscinas), do Torem e o da Cobra. O primeiro marcado, conforme as narrativas de antigos pescadores, pela aparição de um velho índio, um chefe tribal de nome homônimo. O segundo, pelo avistamento de uma enorme cobra, que de acordo com os ribeirinhos ainda agora protegem noite e dia o referido local.

E aqui destaco dois dos episódios a mim contados por antigos habitantes do sítio Cupim, que fica nos arredores da Cachoeira.

O fato mais antigo ocorreu provavelmente no início da década de vinte quando um pescador foi morto e engolido pela serpente após ter mergulhado para desenganchar seu anzol. E ali mesmo desapareceu. O segundo caso, mais recente aconteceu possivelmente a menos de uma década, quando outro pescador sentou para descansar à beira do poço sobre um balceiro. De repente, ouviu o roncar da grande cobra levantado todo o arbusto onde o mesmo estava sentado. A serpente estava por baixo do balceiro. Ao sentir o tremor ele saiu às pressas do local. Porém, o pescador ainda a viu entrando n'água. "Era enorme. Sua cabeça era do tamanho da, de um bezerro", segundo afirmou o ribeirinho.

ENTREVISTA:

Nestes dias irei entrevistar e registrar num vídeo para esta página, o dito senhor, testemunha ocular de tais fatos ora narrados.

Histórias e Estórias que ouvir contar.

José Cícero

MV.

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20 fevereiro 2023

FAZENDA SUSSUARANA: TEMA PARA NOSSO MODESTO VÍDEO

 Por Antônio José

O dicionário Online registra que “preservar a história, é perpetuar valores; é permitir que as novas gerações não vivam sob as trevas do anonimato”



“Preservar a história não significa viver do passado, muito menos barrar o desenvolvimento tecnológico, mas conservar o conhecimento dos nossos ancestrais, nos ajuda a lembrar de onde viemos e de quem viemos, tudo isso nos ajuda a saber quem realmente somos” – https//www.pensador.com..................



Por isso, estamos nesta tarde de 19 de fevereiro de 2023, na fazenda Sussuarana fotografando e filmando a casa centenária (aproximadamente 120 anos) que pertenceu ao patriarca da família Fagundes, João Fagundes de Araújo nascido na segunda metade do século XIX, e faleceu em 24 de setembro de 1932, um dos filhos de Antonio Joaquim de Araújo e de Virgínia Maria de Jesus, esta, descendente do Português Bernardo da Silva, - o fundador da Cidade de Serrinha.



João Fagundes, casou-se com a então jovem Eulália, da Fazenda Caldeirão, terras do “arraial” de Retiro. Após o nascimento de dois filhos, Eulália faleceu, e Fagundes contraiu matrimônio com a então jovem Ana Rosa, filha de Antonia Maria de Jesus e de Antonio José de Jesus, então Sacristão da Igreja de Serrinha, sob a liderança sacerdotal do Padre Marcolino.



A partir do segundo matrimônio, o casal passou a residir na casa, – assunto da nossa matéria, que Fagundes já havia construído, onde ali vieram a nascer oito filhos desse segundo convívio. Com o falecimento do patriarca e esposa, assumiu a referida residência, a filha Francisca Fagundes, (Dona Chiquita) casada com José Vicente de Araújo, filho de Joaquim Vicente e Otacília Maria de Araújo (Dona Nô).


O que me deixa extremamente admirado é a união dos filhos e filhas de Dona Chiquita e de Zé de Nô - Zelinho e mais sete, quanto a manutenção da fazenda, especialmente a preservação da casa-sede (Sussuarana) que, parece nova como fora construída por João Fagundes há muitas décadas, inclusive, o quarto do casal está arrumado como Dona Chiquita deixou antes de falecer em 1985; tudo intacto, sem nenhuma modificação.

VEJA A NOSSA SIMPLES FILMAGEM E A FOTO DA CASA.
Antonio José de Oliveira, 19 de fevereiro 2023.

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19 fevereiro 2023

A COLUNA PRESTES NO RIO GRANDE DO NORTE - II

 Tomislav R. Femenick – Membro da diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Os anos de 1920 formaram a década em que alguns oficiais de baixa patente promoveram uma seria de revoltas contra o governo federal e as oligarquias que governavam os Estados. As mais conhecidas deles foi a Revolta do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e a Coluna Prestes, formada por militares rebeldes principalmente de São Paulo e do Rio Grande do Sul e liderada por Luís Carlos Prestes, Juarez Távora e Miguel Costa. A Coluna percorreu cerca de vinte e cinco mil quilômetros pelo interior do país, fazendo uma “guerra de movimentos” e enfrentando as forças do governo.

Em suas andanças a Coluna Prestes passou pelo Rio Grande do Norte e atacou duas cidades do Alto Oeste potiguar: São Miguel e Luiz Gomes. Todavia, as notícias que antecederam os ataques inquietaram a população de vários outros municípios do Estado. Os escritores Raimundo Nonato (1966) e Itamar de Souza (1989) retrataram esse cenário de medo e as lutas propriamente ditas.

Mossoró, pela sua importância econômica e estratégica, foi um palco de agitação quando os revoltosos que estavam nas imediações da cidade de Jaguaribe, no Ceará, se preparavam para adentrar em nosso Estado. Diz Raimundo Nonato: Mossoró era “um porto aberto ao intercambio de vasta área do comercio nordestino, no negócio de algodão, sal, sementes de oiticica, cera de carnaúba, gesso [e com] agência do Banco do Brasil, não sendo despropositada a precisão de assalto, depois de longas travessias e combates, a um porto que oferecia vantagens múltiplas, inclusive o reaprovisionamento de tropa”.

Essa ameaça de ataque iminente espalhou o medo na população que procurou fugir da cidade. Um grande contingente de pessoas foi se refugiar em Areia Branca. A companhia Estrada de Ferro Mossoró-Porto Franco colocou diversos trens extras, porém não conseguiu atender a demanda e mais de 150 pessoas não tiveram como embarcar. Quem não conseguiu lugar nos trens, fugiu para qualquer lugar da vizinhança.

Na cidade se preparava a resistência. O deputado Juvenal Lamartine, o chefe da polícia (Dr. Silvino Bezerra), o comandante da polícia militar (Cel. Joaquim Anselmo), o intendente municipal (Cel. Rodolfo Fernandes, que um ano depois comandou a defesa da cidade contra o ataque de Lampião), o presidente da Associação Comercial (Cel. Cunha da Mota), o vice-presidente da intendência (Dr. Hemetério Fernandes) e muitos outros organizaram o esquema de defesa. Algumas das decisões tomadas foram: a distribuição de armas e munições fornecidas pelo Exercito Nacional, a formação de trincheiras em torno da cidade e na zona urbana e a vigilância da fronteira com o Ceará.

O Padre Mota, o novo vigário da Igreja de Santa Luzia, atuava em várias frentes. Ao mesmo tempo em que cedia o prédio do Ginásio Santa Luzia (onde hoje é a agencia central do Banco do Brasil) para servir de sede do “quartel general” da defesa da cidade, promovia reuniões entre os representantes do governo com as lideranças civis e procurava acalmar as famílias e evitar as fugas precipitadas, com seus sermões nas missas e, inclusive, com a publicação de um Boletim.

Os revoltosos não chegaram a Mossoró, como não chegaram a Areia Branca e Natal, aonde as notícias e boatos de ataques da Coluna Prestes também chegaram, com maior ou menos alarme que causaram na “capital do oeste”.

Nos próximos artigos abordaremos o clima nessas cidades e os ataques que integrantes da Coluna Prestes realizaram em São Miguel e Luiz Gomes.

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NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...