30 de nov. de 2019

CERTIDÃO DE ÓBITO DE ANTÔNIO SILVINO

Acervo do José João Souza

REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
ESTADO DA PARAÍBA SEDE DA COMARCA
Município de Campina Grande

1°. CARTÓRIO — Avenida Floriano Peixoto
R E G I S T R O D E Ó B I T O
Severino Cavalcanti Júnior
Escrivão do Registro Civil
Hélio Cavalcante Albuquerque
Escrivão Substituto
Certidão de óbito de Manoel Batista de Morais
(Antônio Silvino)


Certifico a pedido de pessoa interessada que, revendo em meu cartório o livro de registros de óbitos número 27, folhas número 55, sob o número de ordem 16.195, consta o termo do teor seguinte: "Aos vinte e nove dias do mês de julho de mil novecentos e quarenta e quatro, nesta cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba, em cartório compareceu Manoel Severo da Costa, motorista, exibiu uma guia de óbito firmada pelo médico Dr. Bezerra de Carvalho, exibiu uma guia, digo, atestando ter falecido ontem às dezenove horas, à rua Arrojado Lisboa, nesta cidade, em consequência de glomerulonefrite crónica — Uremia, MANOEL BATISTA DE MORAIS, sexo masculino, cor branca, com setenta e dois anos de idade, fazendeiro, pernambucano, residente nesta cidade, solteiro, também conhecido por ANTÓNIO SILVINO, nada deixa para inventário, deixa oito filhos naturais de nomes seguintes: José, Manoel, José Batista, José Morais, Severino, Severina, Isaura, Damiana; era filho de Pedro Rufino de Almeida e Balbina Pereira de Morais; naturais de Pernambuco e ambos falecidos; e o cadáver será sepultado no cemitério desta cidade. Para constar mandei lavrar este termo que lido e achado conforme assina o declarante. Eu, Severino Cavalcanti Albuquerque, Oficial do Registro o subscrevo, (a) Manoel Severo da Costa. Era o que se continha em dito termo e foi datilografado em seu inteiro teor. O referido é verdade. Dou fé.

Campina Grande, 26 de setembro de 1969
Severino Cavalcanti Júnior
Escrivão do Registro Civil

Do livro: HISTÓRIA DE FREI MIGUELINHO - O BANDOLEIRO, A FONTE E O FRADE
De: Severíno Rodrigues de Moura



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26 de nov. de 2019

“O TIRO QUE MATOU LAMPIÃO”

Por Sálvio Siqueira

Desde o ano passado, depois do lançamento do livro “APAGANDO O LAMPIÃO - Vida e Morte do Rei do Cangaço”, da autoria de MELLO, Frederico Pernambucano de. 1ª Edição, Editora Globo, São Paulo, 2018, que se gerou uma grande polêmica, ou mais uma para variar, em torno da morte de Virgolino Ferreira no dia 28 de julho de 1938.

Depois de mais de 80 anos da morte do chefe bandoleiro, ainda encontrando dúvidas, fantasias e invenções sobre os fatos, alguns até não tendo nem por que debatermos, pois são totalmente sem projeções físicas ideológicas, vem que surge a surpresa do renomado pesquisador nas entrelinhas de sua obra sobre a pessoa que deu o tiro primeiro naquela fatídica manhã exatamente em Lampião.

Segundo o pesquisador e autor do livro, em entrevista, sua busca por esse pessoa iniciou-se desde 1970 quando soube através do coronel Audálio Tenório que o Cel. José Lucena, da PM das Alagoas, havia lhe confidenciado, por volta de 1955 em seu apartamento no Recife, que o matador do chefe cangaceiro não tinha aparecido até aquele momento. Ainda segundo o pesquisador, após ter recebido o nome daquele suposto autor da façanha, procurou-o e por diversas vezes foi recusado a dar-lhe qualquer entrevista. Um jornalista amigo do pesquisador, procurando ajudar, entrou em contato com o remanescente, porém, sem êxito total. Anos passaram-se e só, da capital paulista é que o próprio sandes entra em contato com o pesquisador e diz que, após receber a informação que está com uma doença crônica cerebral, resolveu contar-lhe o que havia feito no riacho Angico na fazenda Forquilha. Essa ligação e o encontro com o personagem, segundo o autor, foi em 2003 o qual foi a óbito no ano seguinte.

Depois desta data, quando ainda havia muitos daqueles sobreviventes ainda vivos, o pesquisador nada escreveu sobre os fatos narrados pelo ex volante. Após a morte de todo aquele que fez parte da tropa que atacou o acampamento cangaceiro e dos cangaceiros que estavam no momento, é que vem a tona um livro com as informações prestadas por Sandes.

Sem haver mais ninguém que contestasse a versão do ex volante, só restou aos demais pesquisadores recorrerem a provas físicas periciais que indicassem a veracidade dos fatos, confirmando-os ou não. Sem auxílio das pesquisas científicas, apenas por estudarmos as pesquisas históricas, confrontando as narradas com as escritas, chegamos a conclusão de que não havia ter um pingo de verdade naquilo que o ex volante contou ao autor.

Porém, como se trata de algo importante, pois são fatos históricos aonde envolve pessoas de várias famílias as quais ainda hoje vivos estão seus descendentes, fora pedido através do governo de alagoas um perícia nos em parte dos espólios do chefe cangaceiro para ver se, fisicamente, metodologicamente exata, existia alguma forma, jeito ou razão, para darmos créditos a versão do ex volante. Esse, desde o princípio disse que seu trabalho, após o cessar fogo, foi de cortar a cabeça de Lampião e de outros cangaceiros abatidos. Para nós, ação muito mais comprometedora do que ter sido aquele que atirou e matou Virgolino.

No último final de semana, entre os dias 22, 23 e 24 de novembro do corrente, tivemos em Campina Grande, PB, um evento sobre os fatos ocorridos durante o cangaço imposto por Lampião, I Cangaço Campina Grande 2019, no sítio Vila de São João, do ilustríssimo João Dantas, inclusive com a presença e participação de descendente do ‘Rei do Cangaço’.

Aderbal Nogueira, pesquisador afinco e que levou a vida inteira em busca de narrações de remanescentes, comparando as citações, investigando as supostas inverdades, ao saber que estaria presente um ex Perito da Polícia Federal, médico/pesquisador científico, Dr. Antônio Fonseca, solicitou uma entrevista sobre o caso da morte de Lampião e conseguiu gravar o excelente depoimento do mesmo.

Já de posse de outros depoimentos sobre o mesmo assunto de outro perito, de uma palestra com o pesquisador Ivanildo Silveira e relato de remanescente, nos presenteia com a, para nós, solução definitiva sobre o que realmente aconteceu.

Mais uma produção Aderbal Nogueira.


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23 de nov. de 2019

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

FRANPELIMA@BOL.COM.BR

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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13 de nov. de 2019

LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS


Você leitor, e eu, vamos participar do casamento de José Ferreira da Silva (Santos) com a dona Maria Sulena da Purificação (Maria Lopes) pais dos irmãos Virgolino Ferreira da Silva, Antonio Ferreira da Silva , Levino Ferreira da Silva e Ezequiel Ferreira Silva? 

Vamos chegar devagarinho! Pés às alturas, como se nós estivéssemos flutuando em um picadeiro de circo, silêncio total, sem pigarrearmos em momento algum, para vermos o que irá acontecer durante esta união familiar. Não se preocupe, os irmãos Ferreiras não estão aqui entre nós, eles ainda irão nascer, primeiro Antonio Ferreira, depois Levino Ferreira, depois Virgolino Ferreira e por último (dos homens) Ezequiel Ferreira da Silva.

 José Ferreira da Silva e Maria Sulena da Purificação

O casamento destes famosos e futuros pais de 4 cangaceiros você irá adquirir toda história no livro: "Lampião a Raposa das Caatingas", do escritor José Bezerra Lima Irmão - a partir  da página 70. 

Esta maravilhosa obra você irá encontrá-la através deste e-mail: franpelima@bol.com.br, com Francisco Pereira Lima, o professor Pereira, lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba. 

A maior obra já escrita até hoje sobre cangaço e sobre a família Ferreira do afamado Lampião.

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11 de nov. de 2019

O locutor mais antigo (não pela idade) que conheci no Sertão alagoano foi o José Pinto. Conhecido como Zé Pinto Preto ou Pinto Preto, distinguia-se do, então, funcionário do IBGE, José Pinto de Araújo, que é branco. Pinto Preto era filho do senhor Elói, conhecido como o grande marcador de quadrilha junina; irmão de Walter Pinto, também marcador e conhecido em Santana do Ipanema como Walter da Geladeira, da qual era técnico em refrigeração. Pinto Preto casou com a filha de Seu Gaia, zelador conhecido da igreja de São Pedro, no mesmo Bairro. Seu Gaia já enfrentara nos primórdios, tiroteio com Virgulino Ferreira, na região do atual Ouro Branco.

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.213

O locutor mais antigo (não pela idade) que conheci no Sertão alagoano foi o José Pinto. Conhecido como Zé Pinto Preto ou Pinto Preto, distinguia-se do, então, funcionário do IBGE, José Pinto de Araújo, que é branco. Pinto Preto era filho do senhor Elói, conhecido como o grande marcador de quadrilha junina; irmão de Walter Pinto, também marcador e conhecido em Santana do Ipanema como Walter da Geladeira, da qual era técnico em refrigeração. Pinto Preto casou com a filha de Seu Gaia, zelador conhecido da igreja de São Pedro, no mesmo Bairro. Seu Gaia já enfrentara nos primórdios, tiroteio com Virgulino Ferreira, na região do atual Ouro Branco.

SANTANA, ESCOLA CENECISTA. (FOTO: B. CHAGAS).

Ainda não havia as rádios no Sertão e, Pinto Preto era locutor de um programa de divulgação da prefeitura de Santana, “A Voz do Município”, criado na gestão do prefeito Dr. Hélio Cabral de Vasconcelos. O informativo da prefeitura tinha a sede no primeiro andar da CARSIL e ficava no ar por algumas horas, duas vezes por dia. Além de informar sobre os movimentos da prefeitura, dava outras notícias e era recheado com bastante música, como as de Nelson Gonçalves, Ivon Curi e outros famosos da época. Alguns autofalantes ficavam distribuídos em postes nos pontos estratégicos da cidade. Havia um autofalante no Bairro São Pedro, na parte de cima, defronte a fábrica de calçados do senhor Elias; outro na esquina do beco estreito defronte ao antigo Grupo Estadual Ormindo Barros e outro aparelho, não em poste, mas imediatamente abaixo do telhado do “sobrado do meio da rua”, lado oeste do prédio.
Não vêm à lembrança outros pontos de autofalantes. Pinto Preto, mais tarde, resolveu ingressar em política e chegou a exercer mandato de vereador. Seu slogan era: “Não vote em branco, Pinto Preto para vereador”. O filho de seu Elói, salvo engano, mais tarde foi locutor também da primeira rádio sertaneja, “Correio do Sertão”.
Quanto a problema de idade, o mais velho na terrinha deve ter sido Humberto Guerrera, irmão do, então, Bispo Diocesano de Palmeira dos Índios. Não sabemos se é verdade, mas dizem que a “pioneira” Rádio Correio do Sertão” cerrou às suas  portas.


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9 de nov. de 2019

PARA EMBELEZAR O MEU BLOG COM A BELDADE DA MINHA PRIMA

Do acervo da Ana Cleide Câmara

Houve vezes em que só coloquei 20 reais de gasolina no meu tanque, outras vezes 50 reais... Algumas vezes tive apenas 10 reais para me alimentar, mas também já tive 200 para sair e comer. Eu tive uma casa cheia de comida e também a tive vazia. Já estive nas lojas pagando sem preocupações e também tive que colocar as coisas de volta na prateleira. Paguei contas na sua totalidade e tive outras que paguei mais tarde, atrasando. Eu já dei dinheiro e também tive que pedir emprestado.

Todos nós temos altos e baixos na vida, alguns sem dúvida mais do que outros, mas todos nós estamos tentando fazê-lo.

Ninguém é melhor do que ninguém e tenho pena daqueles que pensam que são melhores do que os outros... Não importa quão grande seja a sua casa, o quão novo que é o seu carro, ou quanto dinheiro você tem na sua conta bancária... Todos sangramos vermelho e todos morreremos algum dia. A morte não tem discriminação, também não deve tê-la a sua vida.

Algumas pessoas fingem que te amam, mas irão te deixar sozinho em todas as tempestades, mas existem aquelas verdadeiras, que estarão sempre ao seu lado...

Seja gentil com o próximo, estamos todos aqui para servir. Seu ego aumentado não te leva a lugar nenhum e nem sempre as pessoas têm o mesmo coração que você...

Se chegou até aqui, então te desafio a copiar e colar este texto junto a uma foto sua. A maioria das pessoas não irá fazer isso... Irei entender!!

Ame a si mesmo e lembre-se que ninguém pode te machucar.


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7 de nov. de 2019

OPINIÃO

LAMPIÃO ANALFABETO?!

O pesquisador e confrade Luiz Ruben compartilhou um recorte em que o jornalista e meu conterrâneo Ancelmo Gois, em sua coluna do Jornal do Commércio de Recife, edição de 16 de Dezembro de 2012, publicou a seguinte "nota":



Um conceito demasiado. Faltou especificar, completar o adjetivo com o termo "Funcional". Virgolino, mesmo limitado, sabia ler, "escrever" e contar. E não são as imagens que nos fazem duvidar ou acreditar em tal habilidade. São testemunhos de ex companheiros e até mesmo dos seus oponentes, disponíveis na literatura. 

Vejamos o que localizei no livro de memórias do tenente João Gomes de Lira, conterrâneo e inimigo de Lampião que tem um capitulo sobre o aludido assunto:

Apesar de sertanejo inculto, vivendo em meio atrasado, José Ferreira procurou dar aos filhos a educação básica. O menino Virgolino Ferreira, assim como os seus irmãos Antonio e Livino receberam os primeiros conhecimentos no ano de 1907.  
Residindo no Riacho São Domingos distrito do município de Vila Bella (Serra Talhada), enviou os três filhos mais velhos à casa do senhor Raimundo Gago, em Pitombeira, próxima a cidade de Vila Bella, afim de que os meninos frequentassem a escola pública do professor Auxêncio da Silva Viana... 1.
Os pesquisadores Antonio Amaury e Vera Ferreira em sua obra "De Virgolino a Lampião" ainda indicaram um outro professor chamado Justino de Nenéu 2

 Um outro autor bastante consultado, o pernambucano Frederico Bezerra Maciel, também dedicou um capitulo sobre este período.

Os métodos pedagógicos que fizeram época foram de inegáveis resultados positivos: O sertanejo que se interessou, aprendeu a ler soletrando e cantando as 26 lições da famosa "Carta do ABC" de Landelino Rocha, que continha apenas 16 páginas. E da tabuada cantada ritmicamente em comum pela classe, com palmatória.
O professor Justino de Nenéu viera ensinar Virgolino e seus irmãos na casa da Fazenda Serra Vermelha, de Manuuel Ferreira de Lima bem perto da fazenda deles, a Ingazeira.3
 
 Reprodução 
Disponivel no www.minharuatemmemoria.ning.com

Voltando as memórias de Gomes de Lira:
Naquela ocasião, tinha Antonio Ferreira, doze anos, Livino, 11 anos e Virgolino, 9 anos de idade. Em 1910, estudaram na "Escola" particular do Professor Domingos Soriano, na Serra Vermelha. 
Entenda-se a escola aqui não como um espaço físico. As aulas eram dadas ao ar livre embaixo de Juazeiros e Quixabeiras.
...Os alunos traziam de casa os banquinhos em que se sentavam para assistir às aulas à sombra das árvores. “O esforçado mestre não se furtava aos pedidos de pais residentes em outras fazendas das ribeiras adjacentes, os quais receberiam a rara oportunidade de poder proporcionar instrução aos filhos.
Hoje a escola Municipal de ensino fundamental e médio Domingos Soriano é um dos primeiros prédios públicos avistados pelos visitantes ao chegarem à Vila de Nazaré do Pico, distrito de Floresta em Pernambuco.

Outra referencial: Lampião – Cangaço e Nordeste de Aglae Lima de Oliveira nos traz mais informações.
Que o tempo de assistência com Domingos Soriano foi de apenas "90 dias". (Período em acordo com todos os depoentes). Que a mensalidade deste curso era de "dez tostões". Que o 'cabrinha' nunca havia levado os temidos bôlos ao ser testado em conhecimento de Tabuada e de algarismos romanos. E ainda sugere que o primeiro livro do qual Virgolino tenha explorado por completo foi o "Primeiro livro de leitura" de Felisberto de Carvalho4

 
 Reprodução
In: www.ler-e-escrever.blogspot.com.br

O objeto da foto comentada por Ancelmo não era mero enfeite, nem instrumento de abano. Pelo método de soletração de Landelino ou de Felisberto é fato que Virgolino aprendeu a ler. Mais tarde aplicaria seu conhecimento ao se deleitar com os jornais e revistas que chegaram até ele. 

Especialmente os que traziam manchetes sobre seus feitos. E, ainda que sem devida concordância, mas com uma caligrafia regular escreveu cartas. Hoje, documentos históricos preservados em museus e coleções particulares. Reproduções de alguns de seus escritos estão disponíveis em diversos livros e sites. 

Como esta carta abaixo, endereçada a um fazendeiro de nome Cantidiano Valgueiro dos Santos Barros, dono da propriedade Tabuleiro Comprido no município de Floresta, PE. Na carta, escrita na peculiar maneira de Lampião se expressar, ele pede a Cantidiano dois contos de réis, de forma extorsiva, a fim de serem evitados “prejuízos”.


Segundo o pesquisador Artur Carvalho, que utilizou os conhecimentos profissionais de um especialista em paleografia , a “tradução” é a seguinte;
“Ilmo. Sr Cantidiano Valgueiro,

Eu (ou “le”) faço esta para “vc” mandar-me dois “conto dereis”, isto sem falta, não tem menos, para “vc” saber se assinar em telegrama contra mim como “vc” se assinou em um com “Gome” Jurubeba. Eu ví e ainda hoje tenho ele. Sem mais, resposte logo para “envitar” muito prejuízo. Sem mais assunto.
Cap. Virgulino ferreira Lampião. [sic]” 5.
O pesquisador e colaborador Ivanildo Silveira teceu comentário em uma discussão anterior sobre este mesmo assunto: 
"O Rei Vesgo dominava, a grosso modo, o idioma pátrio, comunicando-se, de forma clara, precisa, apesar dos erros gramaticais que cometia. Inclusive, ás vezes, empregava pronomes de tratamentos de forma correta. A grafia de seus famosos bilhetes, era perfeitamente entendível".
E como vovó já dizia... 

"Estude meu fio, estude pra não ser que nem sua avó, que não sabe nem pegar numa caneta, que dirá assinar o nome, não faço um "O" com um copo".

Fontes:
[1] Lira. João Gomes deLampião, Memórias de um Soldado de Volantes 2006 (vol. 2) Companhia Editora de Pernambuco – CEPE. Recife/PE, 2007. PÁG20


[2] Vera Ferreira /Antonio AmauryDe Virgolino a Lampião, 1ª edição, Ideia Visual, São Paulo, 1999. PÁG. 52
[3] Maciel, Frederico Bezerra. - Lampião, seu tempo e seu reinado, | I : As origens : Por que Virgulino se tornou Lampião?  3ª Edição. Petrópolis, RJ : Vozes, 1992. PÁG. 90
[4] Oliveira, Aglae Lima de. Lampião – Cangaço e Nordeste. 3ª edição, O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1970. PÁG 22.
[5]  Rostand Medeiros  - Uma carta de Lampião e a história do soldado volante que se tornou ambientalista. Disponível em: http://tokdehistoria.wordpress.com/2011/10/12/a-carta-de-lampiao-e-a-historia-do-soldado-volante-que-se-tornou-ambientalista/
 Att Kiko Monteiro


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4 de nov. de 2019

JERÔNIMO DIX-HUIT ROSADO MAIA NA SUA FAZENDA EM GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO

Por José Mendes Pereira
Jerônimo Dix-huit Rosado Maia - Esta foto pertence ao acervo do Lindomarcos Faustino.

Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado Maia é o décimo oitavo filho de Jerônimo Rosado Ribeiro de uma prole de 21. Este último nome (Maia) Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado não mais usava, porque quando o Dr. Tarcísio Maia foi nomeado a governador do Rio Grande do Norte Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado o apoiou, e o acordo foi feito que, ao término do seu mandato, Tarcísio Maia o apoiaria para governador do Estado. Mas, em vez de colocá-lo no governo do Rio Grande do Norte, Dr. Tarcísio Maia apoiou o Dr. Lavoisier Maia para substitui-lo. 

 Ex-governador do RN Tarcísio Maia.

Mas não ficou só aí, e assim que o governo do Dr. Lavoisier Maia terminou Dr. Dix-huit Rosado não foi apoiado por nenhum dos dois, levaram o nome de José Agripino Maia às urnas, sendo este filho do Tarcísio Maia, tendo sido eleito pelo povo, com uma grande maioria de votos válidos. E a partir daí, surgiu a grande rixa entre os primos (Maias), fazendo com que o Dr. Dix-huit Rosado evitasse de qualquer forma usar em documentos o sobrenome (Maia).


Jerônimo Rosado Ribeiro pai da prole.


Dix-huit Rosado foi prefeito 3 vezes de Mossoró e foi considerado o melhor administrador que o município já teve. A sua família é conhecida pela família numerada de Mossoró. 


Jerônimo Vingt-un Rosado Maia


O último filho era Dr. Jerônimo Vingt-un Rosado Maia. Era escritor, agrônomo e historiador. Faleceu em 2005. Era o 21º. filho e último da prole de 21. 


Dos homens abastados de Mossoró se não for Rosado com certeza é Escócia. Uma casa outra não tem um Rosado ou um Escócia, e se voltar pela mesma rua, ou tem um Rosado ou tem um Escócia. Mas infeliz seríamos se não fosse Rosado em Mossoró, estaríamos ainda na beira do rio Mossoró pescando.

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2 de nov. de 2019

NO SERTÃO DE PERNAMBUCO Rei do Cangaço 'Lampião' é condenado em júri épico Projeto transportou o público à década de 30, para pre

Rei do Cangaço 'Lampião' é condenado em júri épico 

Projeto transportou o público à década de 30, para presenciar como seria o julgamento de Lampião.

Por G1 Petrolina

Um dos personagens mais conhecidos e polêmicos do Nordeste foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. O rei do Cangaço nunca foi julgado por seus crimes, pois foi morto em [28] de julho de 1938, em uma emboscada policial, na grota do Angico, em Sergipe. Pensando nisso, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, um projeto acadêmico realizou nesta quinta-feira (31) o ‘Juri Épico de Lampião’. A encenação, que teve recursos de um julgamento real, declarou Lampião, culpado.

O júri contou com uma defesa feita por advogados e defensores públicos. A acusação foi realizada por promotores do Ministério Público. Os juízes foram Marcos Bacelar, da Vara da Infância e da Juventude em Petrolina, e Elane Brandão Ribeiro, da Vara do tribunal do Júri do Recife.

Júri Épico de Lampião em Petrolina no Sertão de Pernambuco. 
Foto: Reprodução/ TV Grande Rio

O júri começou, por volta das 9h, no Centro Cultural Dom Bosco, em Petrolina. O réu Virgulino Ferreira da Silva foi acusado de assassinatos, estupro, extorsão, roubo e sequestro, segundo o recorte histórico. Os jurados foram escolhidos por sorteio. Os primeiros a serem ouvidos foram as vítimas sobreviventes. Depois de ser citado, o réu teve direito a resposta. No fim da manhã, as testemunhas de defesa começaram a ser ouvidas. O primeiro, foi o padre Cícero Romão. Em seguida, foram ouvidos Volta Seca e Corisco, cangaceiros do bando de Lampião.

A denúncia foi de uma ação de Lampião e do bando dele, em [Dores], município de Sergipe, em 1930, e que resultou na morte de José Elpídio dos Santos. Destemido, Lampião não se mostrou intimidado pelos juízes e nem pela acusação. "Entrei para o cangaço por justiça e por destino, tudo começou por uma briga de terra e criação".

O réu negou ser o autor do assassinado, mas admitiu ser o mandante do crime. " Eu precisava dar o exemplo, não podia tolerar desrespeito a mim, não. Não gosto de derramamento de sangue, mas infelizmente nesse caso, foi necessário", disse Lampião.

Centro Cultural Dom Bosco em Petrolina ficou lotado durante todo o dia para assistir ao júri. 
Foto: Reprodução/ TV Grande Rio.

O período da tarde foi destinado para aos debates entre acusação e defesa. Foram duas horas e meia para as alegações de promotores do Ministério Público e outras duas horas e meia para advogados e defensores. Só depois disso, os jurados seguiram para a sala secreta. Até que à noite, a sentença foi lida pelos juízes, declarando Virgulino Ferreira da Silva, culpado.

O Júri Épico é um projeto acadêmico que pretende integrar a ciência jurídica a outras disciplinas, além de transportar o público à década de 30, para presenciar como seria o julgamento de Lampião. A realização é do Ministério público de Pernambuco, da Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil, do Tribunal de Justiça de Pernambuco e de duas instituições de Ensino Superior.



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1 de nov. de 2019

( PEDRA DE LAMPIÃO.)

Por Luis Bento de Sousa

Fotos: Cachoeira do sossego = Rio Riacho dos Porcos Jati- Ce.


A pedra de Lampião localiza -se no sítio Sossego no Município De Jati - Ceará. Local de Difícil acesso. Refúgio e esconderijo muito seguro. 

Nesse coito Lampião e seus cangaceiros gozavam de muito sossego e tempo suficiente na cura dos enfermos. Além da tranquilidade que o referido local lhe oferecia para acampar, beneficiava-se com o líquido precioso (água), que jorrava de uma cachoeira (foto) e por outro lado, as correntezas do rio riacho dos porcos (foto). 

Era um ponto estratégico localizado a uma certa altitude com uma excelente visibilidade de observar qualquer movimento a longa distância principalmente aproximação de polícia. Lugar perfeito, ponto estratégico para um combate caso fosse necessário. Por várias vezes Lampião e seu grupo usufruíram da tranquilidade e das regalias que o esconderijo oferecia.

Antônio Inácio da Silva o cangaceiro (Moreno) antes de fazer parte do grupo de Lampião era um morador da região, conhecia pedra por pedra, vereda por vereda. Tudo indica ter sido ele o informante do referido esconderijo.










Pesquisador
Luis Bento de Sousa
( Luis Carolino)


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