31 de out. de 2019

A GRANDE SECA

Uma das vítimas da Grande Seca, Ceará, 1877. Foto de Joaquim Antônio Correia, “Vítimas da Grande Seca”, Albúmen - Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil.

A última grande seca ocorrida nas chamadas 'Províncias do Norte' tinha ocorrido há mais de 30 anos, entre 1844 e 1845. Nessa época, nada pôde ser feito para amenizar suas consequências, o Nordeste era uma região muito pobre em engenharia e recursos.

Na seca de 1877, até as famílias mais abastadas partiram em busca de refúgio junto a parentes que habitavam as serras e o litoral. Os adultos iam montados nos cavalos seguidos pelos carros e bois cheios de mulheres, crianças e bagagens, tendo na retaguarda os vaqueiros e os ajudantes conduzindo o que restara do gado. Os pobres seguiam a pé, na poeira das estradas, os adultos levando as crianças menores, puxando o que restava do rebanho de cabras ou vacas e geralmente o cachorro de estimação ia atrás. Esses eram os retirantes, que eram perseguidos e expulsos quando estacionavam nas vizinhanças de um povoado.

Flagelados da seca de 1877, na estação ferroviária do município de Iguatu, aguardando o trem para Fortaleza.

Os moradores temiam os saques nos comércios e armazéns, como rotineiramente acontecia. As cidades, além dos vales férteis, ficavam apinhadas de flagelados. Aracati, que contava com cinco mil habitantes, passou a abrigar mais de 60 mil pessoas. Fortaleza converteu-se na capital do desespero: de 21 mil habitantes pelo censo de 1872, passou a ter 130 mil. Muitos dos retirantes morriam nas veredas e estradas. Os que alcançavam os centros urbanos chegavam à beira do colapso e impressionavam pela desnutrição.

A economia provincial, já abalada pela crise do algodão, quase acabou de vez. Os escravos eram vendidos para o sudeste; os rebanhos, salvo algumas cabeças conduzidas pelos retirantes, eram dizimados pela ação das zoonoses, furtos, extravios, fome e sede. A flora e fauna praticamente desaparecem; as lavouras exterminadas. Para agravar o quadro de tragédia, um surto de varíola dizima milhares de pessoas. Mulheres se prostituem em troca de comida, multiplicam-se os casos de roubo, furto e estupros.

Na seca de 1877, o Ceará foi a região mais afetada das províncias do Norte e perdeu o equivalente a um terço de sua população. Estima-se que 200 mil pessoas morreram e outras migraram para outras regiões.

A peste e a fome matavam mais de quatrocentos por dia. O escritor Rodolfo Teófilo escreveu, horrorizado com o que assistia; parado numa esquina, que em pouco tempo viu passarem vinte cadáveres. “E as crianças que morrem nos abarracamentos, como são conduzidas! Pela manhã os encarregados de sepultá-las vão recolhendo-as em um grande saco: e, ensacados os cadáveres, é atado aquele sudário de grossa estopa a um pau e conduzido para a sepultura”. As notícias incomodavam a Corte, onde o imperador chegou a dizer: “Não restará uma joia da Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome”.


Em razão da situação calamitosa do Nordeste o governo imperial enviou, no período 1877 a 1879, uma comissão de engenheiros que determinaram a perfuração de poços, a construção de estradas de ferro e de rodagem e o armazenamento de água. Os resultados dos estudos na região ainda indicaram a construção de barragens ou açudes. O Açude do Cedro foi umas das primeiras grandes obras de combate à seca realizadas pelo Governo Imperial. A ordem de construção foi dada pelo imperador D. Pedro II em decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877, porém o início das obras deu-se durante os governos republicanos entre 1890 e 1906.

Hoje calcula-se que morreram cerca de quinhentas mil pessoas em consequência da seca de 1877. O engenheiro André Rebouças, abolicionista, negro, respeitado por suas ideias progressistas, calculava em mais de dois milhões as pessoas atingidas pela seca, ainda em novembro de 1877. Dos mortos de 1877 a 1879, calcula-se que 150.000 faleceram de inanição e 100.000 de febres e outras doenças, 80.000 de varíola e 180.000 de fome, alimentação venenosa e sede. Acredita-se que a Grande Seca que ocorreu de 1877 a 1879 ceifou a vida de mais da metade das 1.754.000 pessoas que residiam na área atingida pela tragédia. Esse foi de longe a maior catástrofe gerada por fenômenos naturais que ocorreu no país.



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26 de out. de 2019

O BELMONTENSE QUE MATOU CORISCO, O DIABO LOIRO

Por Valdir José Nogueira - pesquisador / escritor
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Pernambuco, meca dos volantes, paraíso das grandes vinditas, é o Estado natal daquele que pode ser considerado o maior dos comandantes de volante, o célebre José Osório de Farias, o lendário Zé Rufino. Nascido a 20 de fevereiro de 1906, na cidade de São José do Belmonte, seus pais se chamavam Osório Gomes de Farias e Maria Rufino da Conceição. Família egressa da fazenda “Vai Querendo” próxima do Jati terras bravias do Ceará, vitimada por velhas e perigosas pendengas com os Bezerras, gente forte que os obrigara a abandonar seu solo e procurar vida nova nas regiões sertanejas do grande Estado nordestino.

José Osório de Farias, o Tenente PM “Zé Rufino”, ou melhor “Zé de Rufina” grafia correta para o seu nome, notabilizou-se como o Comandante de volante que mais liquidou cangaceiros em toda a história do cangaço. Tendo adentrado a Força Pública do Estado da Bahia e assentando praça em 2 de janeiro de 1934, em seguida passou a compor as Forças em Operação no Nordeste. Notadamente em todo o ciclo do cangaço, foi um dos maiores e terríveis inimigos de Lampião. Entre aqueles cangaceiros que eliminou, Zé Rufino destacou em entrevista, Azulão, Barra Nova, Canjica, Catingueira, Maria Dórea, Mariano, Meia-Moite, Pai Velho, Pavão, Sabonete, Zabelê, Zepellin e Corisco (o “Diabo Loiro”, braço direito do bandoleiro Lampião). A história relata sobre este último, que no dia 25 de maio de 1940, estando escondido numa casa na cidade de Barra do Mendes (BA) foi descoberto pelo tenente José Rufino, que lhe deu chance de se entregar. Preferindo, contudo, a resistência, Corisco foi atingido na barriga por uma rajada de metralhadora, vindo então a falecer. Naquele mesmo conflito, Dadá sua companheira, foi atingida na perna, porém, teve a vida poupada e foi capturada viva, vindo mais tarde a ter a perna amputada em conseqüência do tiro. Corisco, o “Diabo Loiro” foi enterrado em Jeremoabo, na Bahia. Com a sua morte o cangaço se extinguiu no Nordeste. A bravura e a crueldade de Corisco foram celebradas pelos cineastas: Glauber Rocha no filme “Deus e o diabo na terra do sol” e Rosemberg Cariry no filme “Corisco e Dadá”.

O Tenente José Rufino, pernambucano de São José do Belmonte, junto a outros guerreiros combatentes destemidos da Polícia Militar, adentraram as selvas nordestinas a caça de facínoras que aterrorizavam o povo do nosso sofrido sertão nordestino. Já como Coronel da PM, o bravo José Rufino, vitimado por um infarto no miocárdio faleceu no dia 20 de fevereiro de 1969 em Jeremoabo (BA), cidade em que residia. Sobre ele falou um escritor: “Zé Rufino é um daqueles que fazem parte da gloriosa dinastia dos bravos guerreiros da história sangrenta, daqueles que de um lado ou de outro se enfrentaram na guerra sertaneja. É um dos lendários titãs cujos bacamartes faziam todo o sertão apequenar debaixo de suas duras ameaças.”


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23 de out. de 2019

NOTA DE PESAR!

Por Lindomarcos Faustino

O Relembrando Mossoró acaba de receber agora a noite a notícia do falecimento de Bastião, figura folclórica ligada ao Baraúnas. Vítima de infarto enquanto caminhava. 

Meus sentimentos aos familiares e amigos.


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21 de out. de 2019

FLORES EM VIDA

*Rangel Alves da Costa

As flores têm o poder de encantar, de aproximar os relacionamentos, de dizer além da palavra. Não há olhar que não se encante nem sentimento que não se enobreça ante um buquê florido.
Mas as flores precisam ser ofertadas em vida. As flores precisam ser recebidas por aqueles que as merecem. Rosas, jasmins, violetas, gerânios, girassóis, hortênsias, alecrins, todas as flores, mas sempre em vida.
Não torne o amor sentido em guirlanda de último adeus. Não transforme a afeição sentida num buquê de saudades. As flores são para a vida, para o instante, para o brilho no olhar e o perfume da alma.
Contudo, não apenas as flores dos jardins, das floricultoras, dos caqueiros, das praças ou dos campos floridos devem servir como buquês de reconhecimento e veneração. Nem sempre as flores exóticas ou raras possuem mais valor sentimental que uma florzinha nascida miúda debaixo de uma janela.
O perfume da flor precisa ser sentido com outro olfato. Igualmente perfumam, aromatizam e encantam as flores das palavras, dos gestos, das atitudes. Há um arco-íris florido em cada gesto que provoca uma sensação de beleza e contentamento no outro ser.
Flores da amizade sincera, flores da palavra amiga, flores do aconselhamento bom, flores do abraço, flores do conforto, flores do carinho e da presença em momentos difíceis. Tais são as flores que merecem ser cultivadas e doadas em vida. Em teu lábio há um jardim, então diga uma bela palavra.
Em teus braços há um abraço tão florido quanto uma rosa vermelha e perfumada. Em teu afeto, em teu dengo e cafuné, há um jardim inteiro de pétalas vivas. Estenda a mão e doe flores.
Aja como se no teu gesto estivesse um belo buquê. Não precisa dizer quais as flores que leva. O perfume é sentido e absorvido por aquele que reconhece o valor de um lírio do campo chegado na simples presença.
E uma primavera inteira se abrirá em mil cores de amor, de respeito, de amizade. Em vida, na vida e para a vida, as flores permanecem sempre belas e perfumadas bem dentro do coração.

Eis que do jardim
chegou-me uma fragrância
e em tão belo florido
que logo imaginei
ser a mais bela flor
brotada na primavera
mas não
era apenas ela
ela que chegava bela
e num abraço
deu-me um buquê de amor.

As flores do amor. As flores do amar, da presença, do carinho e do afeto. E tudo tão perfumado como uma primavera chegada no olhar, na voz, no abraço e no coração.

Escritor
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19 de out. de 2019

VASSILI ZAITSEV, A MÁQUINA DE MATAR SOVIÉTICA


Conheça o ex-pastor de ovelhas que virou um atirador e eliminou 100 alemães numa batalha

REDAÇÃO PUBLICADO EM 19/10/2019, ÀS 09H00

Em 1942, a guerra reduziu a cidade de Stalingrado a escombros. A abundância de prédios em ruínas, perfeitas para servir de esconderijo, fez os soviéticos notarem que o local era o cenário para a atuação de atiradores de elite.

Logo trouxeram reforços de diversas partes do país. Um deles era o pastor de ovelhas Vassili Zaitsev, que aprendera a atirar com o avô aos 5 anos de idade. Sem nenhuma arma, por causa da falta de recursos do Exército Vermelho, ele apanhou o rifle de um companheiro morto.

Representação de Vassili / Crédito: Divulgação

Com o objeto em mãos, acertou que manejava uma metralhadora a mais de 100 m de distância. A cena foi vista por um oficial, que deu a Vassili um rifle com mira telescopia. Nos 10 primeiros dias com ela, o ex-pastor liquidou 40 alemães.

“Ao atingir 100 mortes, tornou-se o foco da propaganda soviética como o expoente máximo da resistência”, relata o especialista Thomas Bruner.

Era o inicio da glorificação soviética dos atiradores de elite. Zaitsev se tornou também instrutor, e logo as ruínas de Stalingrado estavam coalhadas de atiradores soviéticos. Circulava a informação de que um super-atirador viria de Berlim para dar cabo de Zaitsev.

O duelo entre ele e um major de nome König foi até retratado no filme Círculo de Fogo. Só não há registros do atirador alemão. O herói russo disse ter enfrentado experientíssimo, cuja posição só foi traída por um rápido brilho da luz do Sol na luneta de seu rifle. Zaitseve aproveitou e disparou em cheio a cabeça do inimigo. Virou lenda.

Saiba mais da participação da Rússia na Segunda Guerra Mundial:

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2. Notes of a Russian Sniper: Vassili Zaitsev and the Battle of Stalingrad, de Vassili Zaitsev (2017) - https://amzn.to/35ONESj
3. Memorias de un francotirador en Stalingrado, de Vasili Záitsev (2014) - https://amzn.to/31s4mDJ
4. O cerco de Leningrado: 900 Dias de Resistência dos Russos Contra o Exército Alemão na II Guerra Mundial, de Perre Vallaud (2012) - https://amzn.to/33MpqGS
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17 de out. de 2019

O LIVRO O FOGO DA JUREMA JÁ ESTÁ À VENDA COM O PROFESSOR PEREIRA


Se você está interessado no livro "O FOGO DA JUREMA" é só entrar em contato com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba,  que ele tem e está disponível aos amigos. 

São 318 páginas, preço R$ 50,00 com frete incluso.
Pedidos: franpelima@bol.com.br e fplima156@gmail.com

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15 de out. de 2019

LAMPIÃO NA CAPELA E O CANTADOR DA FEIRA

Por Raul Meneleu

Em minhas pesquisas a respeito da Revolução de 1930, em Sergipe, deparei com fatos que chamaram-me atenção, que foi a posse do Tenente Eronides de Carvalho, como Interventor, que se deu em 17 de outubro do referido ano e a tentativa malograda de Lampião invadir a cidade de Capela em Sergipe nos mesmos dias, aproveitando que na cidade não tinha soldados, que foram chamados a Aracaju, pelo Governador Manuel Dantas, que foi deposto.

Juntando os fatos históricos em consultas a arquivos nacionais, livros, artigos particulares e também por escritos de minha safra, sobre tal revolução, achei por bem focar e escrever sobre uma caso específico onde estou contestando parte da história envolvendo Eronides de Carvalho e Lampião.

Livro Ebook que pode ser lido em 30 minutos pois deixei-o com letras entre 20 e 22 de corpo o que torna fácil a leitura e não precisa nem de óculos.

Trago também o Cantador de feira, repentista, Manuel Serafim da Rocha, vulgo Manuel Pitombeiro, que andava por Capela alguns dias depois do ataque de Lampião, tomando conhecimento das ocorrências, da resistência de uns e das correrias de outros, logo, improvisando, espalhava as estrofes humoristicas, de verdadeiro valor histórico, que está registrado no livro HISTÓRIA DE SERGIPE (1575-1930) de J. P. Wynne.

Aproveitando, encontrei o ALMANAK LAEMMERT de 1929 que traz o histórico Comercial, Industrial, Agrícola, Profissional e Administrativo dos municípios de Sergipe.

A capa é uma pintura em azulejos feita pela saudosa historiadora Rosa Faria, a quem faço homenagem. Tive o prazer e privilégio de conhece-la em vida e visitar seu museu próximo à Catedral.

Hoje o Museu de Arte e História Rosa Faria compõe uma das salas do Memorial de Sergipe. Foi criado em 1968 pela professora, pesquisadora e artista plástica Rosa Faria, em sua própria residência, funcionando inicialmente como “Galeria Rosa Faria”, e passou a ficar sob responsabilidade da Universidade Tiradentes (Unit) em 1997, ano de falecimento da artista. A instituição se comprometeu em proteger e divulgar o acervo, fonte de pesquisa de caráter histórico, que contempla desde óleos sobre telas, pintados no início da carreira da artista, até a vitrificação de barro e vitrôs, retratando fatos, locais e personalidades marcantes da história do Brasil e especialmente de Sergipe.

Como ficou pesado (401 MB) não dá para postar no arquivo do Grupo EBOOK CANGAÇO E NORDESTE . Aquele amigo que quiser uma cópia, mande-me mensagem in-box com nome, cidade e endereço de e-mail e terá o livro totalmente gratuito e se ler no celular facilmente.

Forte abraço a todos!


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CURA DA CLAU - VAMOS AJUDÁ-LA!


Pessoal, minha historinha, Por favor, leiam tudo tá? Rs. Alguns já sabem, outros não, e vou tentar resumir:


"A solidariedade de todos, movidos pela fé na luta contra o câncer . long Life Claudia segue tbm um link das contribuições e arrecadações https://www.vakinha.com.br/vaquinha/cura-da-clau".

No final de Maio/2019, após realizar exames de rotina, fui diagnosticada com Tumor (câncer) Neuroendócrino no Intestino com metástase no fígado e mesentério (região abdominal, abaixo do umbigo).

Em 11/06/2019 passei por uma cirurgia aqui em Bauru para retirara do tumor primário (retirei uns 15cm do intestino delgado) e era para tirar o do mesentério tb, mas não foi possível.

Em julho Iniciei um tratamento, com injeções mensais, para tratar dos tumores/nódulos que ficaram, uma terapia para “controle” desses tumores/nódulos.

Sempre confiante e com esperança de encontrar a CURA total, e graças os anjos que surgiram a todo momento na minha vida (e olha que apareceu tanto anjo nessa fase!), em 11/10/19 fui a um médico cirurgião oncológico em São Paulo, especialista em fígado e tumores neuroendócrinos.

Ele examinou com muito detalhamento meus exames e deu a notícia que eu esperava: que os nódulos podem ser ELIMINADOS através de cirurgia.

Isso significa ser CURADA. Significa tirar a sombra do aumento dos nódulos, de metástases. Tirar a sombra do sofrimento (meu e das pessoas que me querem bem), da dor e de uma morte precoce.

É uma cirurgia CURATIVA. 

O porém que acontece agora é a questão financeira. O médico atende particular em São Paulo, no Hospital 9 de Julho, e minha Unimed não cobre.

Investimento: R$ 80.000,00 - (equipe médica e hospital).

Vou procurar meios legais da Unimed pagar ao menos o hospital? Sim – mas, além de não ter garantias, nós conhecemos a morosidade do processo, e não tenho tempo a perder.

O tempo é importante, pq o nódulo da região do mesentério está bem próximo a um grande vaso sanguíneo do abdômen, e precisa ser retirado logo.

Então, após muito pensar e conversar, estou iniciando uma campanha para arrecadar esse valor. 

Peço sua ajuda, doando e divulgando aos conhecidos. Qualquer valor será muito, muito abençoado. 

Conto com a compreensão, conto com o carinho, conto com vcs para investir na compra de uma “cota” da minha vida longa e saudável...

CLAUDIA GOMES DE ARAGÃO - CPF 079044008-39
SANTANDER 03

Qualquer quantia que você enviar chegará na hora certa.


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13 de out. de 2019

CIRCO DO INTERIOR!

Por José Mendes Pereira

O rei do baião Luiz Gonzaga do Nascimento era um homem positivo e gostava de fazer alguma coisa por aqueles que necessitavam de ajuda financeira, e segundo Roberto Amaral um dos que gostava de contar histórias sobre ele, e que certa vez quando retornava de um show em uma cidade do interior da Paraíba, lá do carro seu Luiz Gonzaga avistou um circo bastante humilde, isto é pano rodado, sem cobertura. E após observar enquanto o carro corria ele pediu para que o motorista se aproximasse mais um pouco para observá-lo bem de perto. E por um tempinho ficou lá de olhos arregalados observando a vida daquelas pessoas humildes que por intermédio do circo, faziam as outras sorrirem, tentando adquirir a sobrevivência.

Sem muita demora um senhor do circo o viu, veio até o carro e disse:

- O senhor é o rei do baião  Luiz Gonzaga?

E ele disse:

- Sim, sou eu mesmo!.

- E o que faz por aqui, seu Luiz? Perguntou o dono do circo, espantado!

Seu Luiz Gonzaga falou:

- Vim pedir pra você anunciar que, hoje à noite, Luiz Gonzaga, vai tocar neste circo!.

O homem, meio que sem jeito, disse:

- Seu Luiz Gonzaga, a gente não tem condições de pagar um artista do seu nível!

E Luiz Gonzaga o respondeu:

- Anuncie assim mesmo, homi, que Luiz Gonzaga vai tocar aqui esta noite! E mandou que o motorista tocasse o carro pra pista...

E assim fez o dono do circo anunciando a presença de seu Luiz Gonzaga em seu circo.

À noite, mesmo desestruturado o circo que nem cobertura tinha, estava lotado, só com a notícia de que Luiz Gonzaga iria ali se apresentar.

Ele procedeu como combinado e na hora acertada, apareceu, tocou e cantor por quase 1 hora!

No final, o dono do circo chegou para Luiz e falou, com toda honestidade de um sertanejo simples:

- Seu Luiz Gonzaga, divida o apurado como o Senhor achar justo!

Seu Luiz olhou para o bolão de dinheiro que ele segurava e lhe disse:

- Este dinheiro é teu, home! Agora, cria vergonha e compra uma lona nova por circo! Se eu passar por aqui de novo, não vou querer cantar ao relento! Esse dinheiro é pra você melhorar seu circo e também a tua vida!

Apertou a mão do novo amigo e partiu!

Esse era o velho Lua!

Fonte de pesquisa: http://www.luizluagonzaga.mus.br 
Roberto Amaral
http://www.luizluagonzaga.mus.br

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12 de out. de 2019

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail:
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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10 de out. de 2019

LIVROS SOBRE CANGAÇO


Eu acredito que estes livros sobre cangaço você os encontrará com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba, através deste e-mail: 

 franpelima@bol.com.br

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9 de out. de 2019

O FACÍNORA E SANGUINÁRIO CAPITÃO LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira

Afirmam os escritores, pesquisadores e historiadores  do cangaço que Lampião foi um dos cangaceiros mais inteligente, e além disso: amado, odiado, perseguido, perseguidor, traído, respeitado e respeitador, adorado por muitos e rejeitado por outros, exigente, vingativo, cruel, corajoso, destemido aos arrufos de qualquer um, respeitava as opiniões dos seus comandados, mas não admitia covardia, Traições de qualquer um, mesmo que fosse feitas pelos seus melhores amigos, pagava imperdoavelmente com a morte, coisa que ele não aceitava ser colocada na sua mesa de bandoleiro.

Viveu quase vinte anos nas caatingas nordestinas. Perseguido pelas forças volantes dos governos, mas  mesmo assim, Lampião conseguiu manter o seu desastroso movimento por  sete Estados do nordeste brasileiro, os quais foram: Pernambuco, sua terra natal. Paraíba, Alagoas, neste, Lampião resolveu atacar fortemente, protestando contra o assassinato do seu patriarca  José Ferreira  da Silva. Rio Grande do Norte, que no dia 13 de Junho de 1927, foi escorraçado de Mossoró, uma das maiores decepções que o rei Lampião passou, além dos Estados Ceará e  Bahia. Este último  ele viveu a sua segunda fase de bandoleiro. Mas o seu último coito foi armado na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, onde lá foi tocaiado e morto.

Nos anos trinta, do século XX, Lampião resolveu colocar em seu bando uma senhora, Maria Gomes de Oliveira, que no bando ficou conhecida como dona Maria quando falavam diretamente a ela, e ou dona Maria do capitão, esse último era quando falavam nela. Ela nasceu no dia  8 de Março de   1911 (existe uma outra data) em  uma minúscula fazenda em Santa Brígida, no Estado da Bahia. 

Era filha do sofrido casal José Gomes de Oliveira e Maria Joaquina Conceição Oliveira, tendo como irmãos:   

Benedita,  Antonia, Amália (não confundir com Anália que era irmã de Lampião, Joana, Olindina, Francisca, José, Arlindo, Ananias,  Isaías Ozéas todos sendo Gomes de Oliveira.

Aos 15 anos de idade, Maria Bonita resolveu se casar, tendo como marido, o sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Nené, que não levando sorte, durante o tempo em que viveram juntos, a sua vida foi infernizada pelo desastroso casamento, quando o sapateiro não a valorizava, e com isso, as brigas eram constantes no lar.
              
Apesar de ser cangaceiro os pais de Maria Bonita tinham admiração por Virgulino Ferreira da Silva (existem registros que afirmam que quando Maria Bonita se juntou a Lampião o seu pai debandou-se por aí, porque não queria tal união. O que sentiu Lampião por Maria Bonita foi sem dúvida, o tipo físico de mulher brasileira,  olhos e cabelos castanhos que fazia com que muitos a desejassem, por ser  considerada uma mulher interessante. A atração foi recíproca entre os dois que posteriormente Lampião a convidou para fazer parte do seu respeitado bando.                  
               
Após a entrada de Maria Bonita na empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia muitos asseclas levaram as suas amadas para as caatingas, como o cangaceiro Corisco que raptou uma jovem de 13 anos (mas existem registros que afirmam que Dadá não foi raptda, foi por espontânea vontade), para acompanhá-lo na mais perigosa vida, que é a de viver em correria dentro das matas, quando eram perseguidos pelas volantes.

Mas mesmo usando o seu malabarismo finalmente na madrugada de 28 de Julho de 1938, Lampião e mais dez cangaceiros foram  executados pelas forças volantes comandadas pelo tenente João Bezerra da Silva, e entre eles, estava a sua rainha Maria Bonita.

Uns dizem que Lampião havia chegado a sua hora. Outros dizem que Lampião foi envenenado. Outros afirmam que a morte do rei e da rainha aconteceu devido um bom cerco policial que o seu matador havia preparado. O certo é que o compadre Lampião chegou ao fim. Ninguém se esconde por muito tempo de ninguém. Um dia chegará a sua vez.

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8 de out. de 2019

FERREIRA DA GAZETA - SERESTEIRO

Por José Mendes Pereira
Ferreira da Gazeta

José Ferreira Filho nasceu em Mossoró no dia 15 de Agosto de 1946.  Quando criança fez de tudo para adquirir o sustento,  como por exemplos: levar feira, mala, dar recados, vender guloseimas, bombons e outros.

Começou a trabalhar em jornal muito jovem e no dia 10 de Junho de 2010, havia completado  cinquenta anos no ramo gráfico. Era uma das suas paixões e jamais deixou de fazer um bom trabalho; tinha interesse pelo jornalismo. Iniciou na tipografia   derretendo  o chumbo para alimentar as linotype.

Na continuidade dos seus trabalhos foi oferecido a oportunidade de aprender a operar uma linotype, máquinas que eram muito difícil para um principiante, mas sendo inteligente, logo passou a ser um dos operadores profissionais de uma delas no joranl O Mossoroense,  e foi um grande linotipista. Após sua saída do jornal "O Mossoroense" foi para a "GAZETA DO OESTE, a convite de seu fundador, Canindé Queiroz, em 1982.

E no dia  30 de Abril de 1982, foi nomeado chefe das oficinas da gráfica. Mas  como ainda tinha um acordo com o jornal "O Mossoroense", tomou posse somente no "Jornal Gazeta do Oeste", no dia 02 de Junho de 1982. Ele foi o autor da série "Nossos Valores". Devido ter trabalhado muitos anos na "Gazeta do Oeste, foi alcunhado por "Ferreira da Gazeta".
            
Nos anos setenta ele e eu trabalhamos juntos na "Editora Comercial S/A., nos dias de hoje extinta. Era uma empresa que dominava duas emissora, "Rádio Difusora de Mossoró" e "Rádio Difusora de Areia Branca", sendo que esta última foi desativada, não sei, talvez por não estar com a documentação legal. E uma rede de cinemas, "Cine Caiçara de Mossoró", "Cine Jandaia de Mossoró" e "Cine Miramar de Areia Branca".
            
No período em que nós trabalhávamos juntos José Ferreira já era linotipista, e eu fazia as confecções manuais das chapas, isto é, juntando letras por letras para fazer as composições. Posteriormente José Ferreira saiu da "Editora Comercial S/A.", e eu que já havia aprendido operar a linotype, passei a ser o linotipista da empresa, quando fazia as composições de orçamentos de diversas prefeituras do Alto Oeste potiguar.
           
Além dessas eu fazia linotipicamente a composição dos livros da "Coleção Mossoroense", uma Fundação criada pelo Dr. Vingt Rosado Maia, sendo que esta dava (quase extinta) oportunidade a diversos autores de livros, tanto a profissionais como  principiantes.

FERREIRA - ARTISTA

José Ferreira Filho não só foi jornalista como também foi um dos melhores seresteiros de Mossoró e da região. Gostava de divertir o seu cativo público em diversas casas de Shows. Tanto era amante do jornalismo como também da música.
          
Em anos remotos, na década de setenta, eu residia na "Casa de Menores Mário Negócio", uma instituição que dava assistência a menores, e era sob o domínio do "SAM" -  Serviço de Assistência ao Menor", que foi substituído pela "FEBEM", e José Ferreira Filho era casado com uma senhora irmã da Vice-diretora desta instituição. Como eu ainda aos dezesseis anos tocava pouco e ruim e não podia comprar um, tomei emprestado o seu, mas por má sorte quebrei o seu amado e zeloso violão.
            
Os dias foram se passando e eu com vergonha de falar para ele o que tinha acontecido com o seu instrumento, fiquei na moita. Mas como não havia outro jeito, contei o que tinha acontecido. Mas ele foi compreensivo e me pediu que eu mandasse consertá-lo, isso acontecia com qualquer um.
           
Procurei um marceneiro de primeira categoria e mandei consertá-lo. Dias depois eu fui entregá-lo. Não sei se foi apenas para me agradar, mas o serviço feito pelo carpinteiro foi elogiado por ele.
            
Os tempos se passaram e perdemos por completo o contato. Anos depois eu soube que ele estava fazendo serestas por essa Mossoró e região. E posteriormente o encontrei e lhe fiz a seguinte pergunta:
            
- Ferreira, quando você descobriu que é cantor?
            
Ele me respondeu o seguinte:
            
- Para te falar a verdade nem eu mesmo sei. Comecei a me apresentar por aí, o público tem gostado e eu continuo fazendo as minhas serestas.
            
José Ferreira foi sem dúvida um dos melhores seresteiros de Mossoró.
           
José Ferreira Filho ou Ferreira da Gazeta faleceu no dia 17 de Agosto de 2010, vítima de problemas pulmonares.

PALAVRAS DO POETA ANTONIO FRANCISCO

"Em um momento que quase cheguei a falecer, Ferreira fez um poema pedindo a Deus para não me levar. Hoje tenho certeza que o céu levou meu amigo por que estava precisando de pessoas boas por lá”.

Antônio Francisco Teixeira de Melo (Mossoró, 21 de outubro de 1949) é um cordelista potiguar. É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo. Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, ainda confecciona placas.
          
Aos 46 anos, muito tardiamente, começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros Estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.
           
Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. A partir daí, já vem sendo chamado de o “novo Patativa do Assaré”, devido à cadeira que ocupa e à qualidade de seus versos.

POESIA DO GRANDE POETA ANTÔNIO FRANCISCO

A Casa que a Fome Mora
Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu sai atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe via a cor
Da casa que a fome mora.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: aqui ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e Matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saio
De novo a procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pro bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do bóia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontrar,
Eu vou continuar
Usando o terno Xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da Burrice de vocês.

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