30 de nov. de 2016

FOTO RARA DE LAMPIÃO AINDA JOVEM..!


FOTO RARA DE LAMPIÃO AINDA JOVEM..!

Existem pouquíssimas fotos de Lampião, quando ainda era o jovem Virgulino. Abaixo, visualiza-se o rapazote, em foto publicada por um importante matutino carioca.

Fonte? Facebook
Página: Voltaseca Volta
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=595107867357858&set=gm.564286153780333&type=3&theater

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TRAUMA NORDESTINO

Por Diosmem Avelino

Sou fino pernambucano
Isso nunca causou dano
Cada dia e cada ano
Amo mais o meu sertão
Sertão que sofre demais
Com as secas infernais
Sofre gente e animais
Sem cair chuva no chão

Quando a chuva se ausenta
Muita gente se lamenta
Paciência se arrebenta
E abandona o seu torrão
Pega a tralha vai embora
Sai por esse mundo a fora
Com saudades de outrora
Derrama lágrima no chão

A saudade torturando
O seu peito machucando
Ajoelha-se implorando
Para cristo lhe ajudar
Reza dizendo senhor
Ajude-me e, por favor,
Acabe com a minha dor
Que não posso suportar

Ô senhor faço oração
Pra chover no meu sertão
Pra nascer à plantação
E meu povo se alegrar
Chovendo na minha terra
A tristeza se encerra
Dou adeus pra essa guerra
E volto pro meu lugar

Enquanto a chuva não cai
Pro nordeste ele não vai
Sente saudade do pai
E da mãe que lá deixou
Como é duro o seu viver
Passa o dia sem comer
Pensando é no sofrer
De quem no sertão ficou

De noite se vai dormir
Escuta a chuva cair
Acorda-se a sorrir
Pensando que é real
E depois de se acordar
Começa logo a chorar
Vendo que tava a sonhar
Baixa, mas o seu astral.

Senta e fica calado
Com um semblante abalado
Passa a noite acordado
Lembrando de sua gente
Lembra do boi afamado
Do cavalo bom de gado
Do terreno preparado
Para plantar a semente

Lembra com muita emoção
Das festas de apartação
Do chapéu e do gibão
Quando andava em corado
Mas a seca é muito ingrata
Cada dia mais maltrata
E o vaqueiro se afasta
Pra viver no isolado

Peço para o pai divino
Um salve pro nordestino
Cuide bem desse inquilino
Acabe com o seu sofrer
Ó meu Deus onipotente
Olhe mais pra essa gente
Que quer plantar a semente
Para colher e pra comer

Olhe para os animais
Que são tão irracionais
Eles não sabem o que faz
Sem ração e sem bebida
Morrem gemendo de fome
O urubu já vem e come
Como quem assina o nome
Pula em cima da comida

Todo ano o mau proveito
A seca causando efeito
E não tem quem de um jeito
Nessa grande maldição
Só nos resta é apelar
E de joelhos se curvar
E pedir pra Deus mandar
É uma grande salvação

Deus ouvindo a nossa prece
O nordeste não decresce
Por que o povo carece
De chuva para viver
Chovendo é uma beleza
Alegra-se a natureza
E o povo na, mas certeza.
Que não vai só perecer

Bem no fundo lá dá alma
Eu tirei com muita calma
Resumindo esse trauma
Que assombra o nordeste
Desde o tempo de menino
Que vejo o nordestino
Pedindo ao pai divino
Que acabe com essa peste

Essa peste é o verão
Que destrói nosso sertão
Acaba a vegetação
Sem pena e sem piedade
Deixando a serra cinzenta
À água muito barrenta
Só o sertanejo aguenta
Esse tipo de maldade

A maldade judiando
Lentamente vai matando
Como quem tá se vingando
Sem nenhuma paciência
Deixando tudo obscuro
Para o nordestino puro
Que se sente inseguro
Com tamanha violência

Violência violenta
Tanto mata e tormenta
Mas o nordestino tenta
Encontrar a salvação
Sobrevive no sufoco
Corta pau arranca toco
Em troca de qualquer troco
Pra comprar o seu feijão

Quando não arranja nada
Come a palma assada
Divide com a criançada
Com os olhos marejados
A mulher baixa a cabeça
Ó meu Deus não se esqueça
Faça com que a chuva desça
Pra florir nossos roçados

Apela para o prefeito
Fica mais insatisfeito
Quando sente o rejeito
Dessa tal autoridade
Autoridades em vão
Só aparece na eleição
Pegando de mão em mão
Dizendo ser dá bondade

É assim que se relata
Essa sina muito ingrata
Que chega e nos maltrata
E nos deixa é sem ação
Dar vontade de chorar
Quando eu chego a lembrar
Que só serve pra votar
A nossa população

Acredite meu irmão
Tem gente sem coração
Que zomba dessa aflição
Aproveitando pra lucrar
Vendendo água na lata
Por uma quantia alta
No preço de ouro e prata
Só pensando em ganhar

É tanto aproveitador
Desonesto e malfeitor
Que aproveita sem clamor
Desse pobre vitimado
Vitimado da estiagem
Que engole a barragem
Que destrói uma paisagem
E deixa o quadro mudado

O quadro fica mudado
O curral escancarado
Não se ouvi o badalado
Dum chocalho a tocar
Não tem galo no poleiro
Não tem porco no chiqueiro
Não tem pinto no terreiro
E nem tem cão pra vigiar

A cena é de tristeza
Falta comida na mesa
Só sobra muita tristeza
Nos confins do meu sertão
A pobreza transbordando
Como barragem sangrando
Como um rio que vai jorrando
Entre grota e grutilhão

Eu termino a poesia
Esperando com alegria
Escrever num outro dia
Falando em coisa boa
Falando que o sertão
Tem água no ribeirão
Tem fartura de montão
E gente sorrindo a toa.

Diosmam Avelino= 30-11-2013



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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29 de nov. de 2016

A DOR DE CHAPECÓ, DO ESPORTE, DO BRASIL

Por Rangel Alves da Costa

O jogo acabou antes da hora marcada. Muitos não retornaram aos vestiários, mas subiram aos céus. O povo catarinense hoje amanheceu aos brados, não por um grito de gol da Chapecoense, mas pelo repentino adeus de quase toda sua equipe de futebol. O Brasil, emissoras de rádio, canais televisivos de esporte, todos igualmente estarrecidos com o lamentável acidente nos espaços colombianos. 

https://www.youtube.com/watch?v=JrRj5gFP0UU

Faleceram jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes, jornalistas, narradores e locutores, tripulantes. Um apito final antes da hora, uma derrota inesperada, uma despedida dos gramados da terra. Há que se chorar a dor de um povo, há que se lamentar a perda de tantas vidas, há que se prantear esse tão duro revés no esporte. 

https://www.youtube.com/watch?v=_WYvig-imak

A equipe ia exatamente disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Não entrou em campo, subiu na nuvem, deixou entre nós um troféu de luto. Que tristeza Chape, que lágrima tão verdadeira de um povo que somente agradece pela sua tenacidade no campeonato da vida. Morrestes, não! Deus te consagrará na vitória eterna!

Rangel Alves da Costa
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ALGUNS QUADROS PINTADOS PELA ARTÍSTICA PLÁSTICA E GEÓGRAFA FRANCI DANTAS.


Alguns quadros pintados pela artística plástica, escritora e geógrafa Franci Dantas. Aluna egressa do Curso de Licenciatura Plena em Geografia do Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Franci Dantas presenteou o Prof. José Romero Araújo Cardoso com belíssimo quadro no qual destaca-se paisagem sertaneja, encontrando-se exposto na sala de reuniões do Departamento de Geografia, intuindo embelezar ainda mais o ambiente de trabalho na unidade administrativa da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da nossa amada Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Franci Dantas integra, entre outras entidades culturais, a Associação dos Escritores Mossoroenses, fazendo parte da Diretoria eleita recentemente para o biênio 2017-2018.






Continua...

Enviado pelo professor, escritor, fundador e diretor do Museu do Sertão de Mossoró.

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28 de nov. de 2016

UM BRINDE AO CARIRI CANGAÇO

José Cícero, Adailton Macedo e Manoel Severo no Cariri Cangaço Aurora 2013

Que bom que AURORA já se inseriu definitivamente na rota de discussões do Seminário Cariri Cangaço; inclusive como protagonista, dado os acontecimentos que até hoje marcam a própria história do Cariri. Trata-se, por conseguinte de um dos eventos privados de cunho colaborativo de maior conceito e relevância no cenário nordestino no que se refere à história, a cultura e outros temas afins que permeiam até hoje o cotidiano do Nordeste brasileiro. Discussões temáticas e visitações técnicas que na sua grande maioria não se passam na mídia convencional que, por uma série de interesses alheios à sociedade foram durante muito tempo colocados à margem da verdade e do nosso dia a dia.

Razão porque o Cariri Cangaço é agora um acontecimento sem fronteiras, cuja missão é fazer com que a geração hodierna possa conhecer, estudar, resgatar a sua própria história. Um verdadeiro grito de "Basta" à chamada memória do esquecimento. Por isso o sucesso. Momento em que centenas e centenas de pesquisadores, estudiosos, acadêmicos, escritores e demais aficionados dos temas sertanejos e nordestino (a exemplo do Cangaço) acorrem todos os anos a este evento singular para prestigiarem de perto todas as discussões pertinentes. Diria, por fim que, cada um que participa do seminário Cariri Cangaço onde quer que aconteça, há de retornar como um pouco mais de conhecimento na bagagem. Eis o grande barato deste evento magno e inteligente, cuja realização não está baseada em nenhuma forma de lucro ou vantagens dos seus idealizadores. 

Caravana Cariri Cangaço no Tipi de Marica Macedo, Aurora em 2013

Que os deuses da sabedoria façam com que Aurora e o Cariri Cangaço consigam prosseguir de lanterna em popa iluminado os caminhos e os rastros da nossa história; prestando assim um imenso serviço a nossa sociedade contemporânea. Notadamente porque a nova geração não há de aceitar tão facilmente, a morte da história. Oxalá!

José Cícero Silva, Secretaria de Cultura e Turismo - Aurora - CE
Pesquisador, escritor, poeta - Conselheiro Cariri Cangaço

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27 de nov. de 2016

DIÁRIO DA AGONIA

*Rangel Alves da Costa

Não se sabe ao certo por qual mão ou em qual ocasião, mas lá estava escrito, entre rasuras, rabiscos, inconstâncias, deslizes de linha a outra, tremulando como se agonizante na folha.

10h00min da noite. Sabe que vai sofrer. Ou mais uma vez sofrer, pois sempre assim. É a partir dessa hora que a visitante sai dos arredores e começa a bater à porta, a janela, a vida inteira. Ela sempre chega: a saudade!

10h05min. Não será dessa vez que irá se prostrar à saudade, é o que decide. Diz a si mesmo que não vai mais recordar nada que lhe traga sofrer, que não relembrar qualquer coisa que atormente ainda mais o seu viver. Mas dificilmente demais é domar a saudade.

10h10min. Decide que não abre mão de ter paz nessa noite. Mas a saudade é traiçoeira, fria, perigosa demais. E para alcançar seus objetivos agonizantes é que se reveste de aparências inimagináveis. Por isso mesmo que chega como canção ao vento, como um retrato que surge à mente, como a sutileza de uma voz que surge do nada.

10h30min. Sentia-se forte. Já passado das dez e ainda não tinha sentido nenhuma saudade. Preparou-se para esvaziar o cálice e depois disso deitar ali mesmo no tapete para dormir mil horas seguidas. Precisava dessa paz depois de tanto sofrer. Não deveria ser assim, mas amor provoca terríveis sofrimentos.

10h31min. De repente sentiu como se o cortinado estivesse sendo arrancado da janela pela força da ventania. Em seguida, apenas um vento leve entrando pela sala tomada de escuridão. Vento manso mas com sopro suficiente para apagar a vela. E então começou a ouvir uma velha canção. A mesma canção que sempre acompanhava a saudade mais voraz.

10h33min. A canção chegava cada vez mais forte, mais intensa, mais devastadora. Por que uma bela canção pode causar tanta dor, tanta aflição, tanta agonia? Precisamente aquela canção mais apreciada nas noites vividas a dois. Precisamente aquela doce música que embalava beijos, afagos, carinhos, carícias, buscas e encontros.


10h40min. Mais vinho no cálice. Outro cigarro. A sala pequena demais para tantos passos de canto a outro. A cortina afastada de vez, a janela escancarada, toda a música e todo sopro de vento tendo seu caminho aberto. Mas não pode ser, eu não suporto mais isso, não quero mais sofrer, dizia quase gritando.

10h50min. Gavetas reviradas, baús abertos, papéis e retratos espalhados por todo lugar. Poesias, bilhetes, cartas, fotografias de sorrisos e lágrimas, tudo espalhado pelo tapete. Uma flor murcha, um pedaço de lua guardado pela paixão. Um pingente dourado devolvido antes de a porta ser fechada. Todo o amor assim, agora em pedaços, retalhos, restos espalhados.

10h51min. A voz, a feição, a presença. Sim, pois a saudade não se compraz em fazer apenas recordar e traz a presença de toda dor. Dói demais ouvir a voz, sentir como se o antigo amor estivesse ali, querer olhar no olhar, tocar, sentir. Dói demais não poder se libertar dessa presença impossível de ser novamente amada. Agora somente saudade.

Depois das 11h00min. Ninguém ouve o soluço que mortalmente sufoca. Ninguém avista a correnteza de lágrimas que corre e escorre pelo rosto e corpo. Ninguém avista o lenço molhado jogado ao chão. Ninguém avista a feição agonizante, de olhos perdidos em mar, que tremula entre meia-luz do breu e da lua que entra pela janela.

Em meio à escuridão, a poesia que surge como o punhal mais afiado: Sozinho eu abri a porta. Não caminhei sozinho por que você chegou. E juntos caminhamos pela vida. E juntos nos amamos pela vida. Mas por que agora estou sozinho na estrada? Mas já não consigo seguir sem olhar para o que ficou pela estrada...

E depois, depois que a madrugada ouviu o último soluço, restou somente garrafas vazias, cálices quebrados, cinzas caídas ao chão, restos revirados. A janela ainda aberta, a mesma canção. Mas ninguém ali. Mas ouve-se, ao longe, um doloroso uivo de lobo solitário.
Será?

Escritor
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26 de nov. de 2016

A SEDE – SOCIEDADE ARTÍSTICA E OPERÁRIA BENEFICENTE.

Por Verneck Abrantes


A SEDE – Sociedade Artística e Operária Beneficente.

A primeira Biblioteca Pública de Pombal foi instalada na SEDE, quando José Benigno de Sousa – Seu Lelé, era seu presidente. Entre os livros que me lembro lá estavam os escritores: Dostoiévski, Máximo Gorki, Anatole France, Hermann Hesse, Simone de Beauvoir, Victo Hugo, Albert Camus, Eça de Queirós, Érico Veríssimo, Ignácio de Loyola Brandão, Jorge Amado, Rui Barbosa

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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VÁ TRABALHAR, MICHEL TEMER!

Por Alfredo Bonessi

O país, horrorizado, desenganado, e as voltas com mais um escândalo, de danosas repercussões políticas e morais: o envolvimento de um ministro de estado, mais o presidente da república, todos em reunião palaciana para tratarem de interesse particular de um deles enquanto o Brasil está parado sucateado sem rumo sem uma meta, sem um objetivo especifico ninguém sabe o que fazer. Não se pode mais só esperar do agronegócio, enquanto os outros setores produtivos, aos tombos, seguem no rebojo das águas turbulentas desse sistema econômico que é um salve-se quem puder. Ratos, gordos, de navios imensos, já começam a abandoná-los: bancos se espremem, racionalizam, se adequam as novas situações, cortam gastos, enxugam a folha isso que eles vivem do lucro, para o lucro, pelo lucro – não perdem nunca em seus negócios. Mas é o poder máximo do Brasil? Ele não faz nada mudar e alterar essas situações!

A impressão que se tem do público, é a mesma dos militares na retirada da laguna, na guerra do Paraguai: euforia pela mudança do poder esperança fé, depois: decepção, privações, exaustão, esforço sobre humano, dor, sofrimento, morte.

Não é crível que o atual Presidente exista e faz da sua agenda diária um ponto de encontro somente para tratar de assuntos particulares de seus ministros, de seus interesses particulares, e fique costurando situações, acomodando fatos e acontecimentos em detrimento dos interesses do Brasil, na esperança que a tempestade passe, que as coisas se acalmem, que os políticos  se satisfaçam, que o povo esqueça as roubalheiras tudo isso para que o Brasil volte a ser o que era, da administração de gabinetes, da dependência da vontade dos políticos,  que colocam seus interesses acima dos interesses do povo e do Brasil, dos discursos demagógicos, nas rádios, nos palanques, das promessas que não serão cumpridas, do enganar, ludibriar a população, de se aproveitar dos recursos públicos, do nada fazer, e do viver politicamente junto a seus protegidos, mamando nas tetas dos cargos públicos das indicações e favorecimentos tudo isso em detrimento dos esforçados, dos trabalhadores, que não possuem direito nenhum, nem de receber um medicamento para aliviar as suas doenças que se originaram no trabalho, cujos frutos foram parar nos bolsos do políticos.

Não é crível que essa safra de políticos ainda não enxergaram  que o Brasil é outro, que a lei está atuando, que a justiça social está entrando em nova era, que as oportunidades serão para todos, que será o fim das injustiças, que o Brasil será dos brasileiros e que os políticos terão que trabalhar pelo Brasil e pelo povo para isso que foram eleitos para isso que existem todos os poderes no Brasil ninguém irá ganhar algo sem ter que dividir com todos a não ser pelo esforço pessoal, com premiação particular para cada caso.

Por isso conclamamos ao Sr Michel Temer: vamos trabalhar Michel Temer !!!!!- saia desse palácio, desça desse trono. Olhe ao redor esses ministérios abarrotados de gente sem fazer nada. Olhe esse Senado e essa Câmara Federal cheia de gente, sem fazer nada, gastando milhões sem gerar nada que se aproveite, e todo esse Legislativo só tratando de interesses particulares favorecimentos todos avançando em cima de dinheiro público e alimentando a corrupção em todos os escalões administrativos da administração pública. Não dá mais para se viver e trabalhar dessa maneira, sangrando os trabalhadores, e deixando-os a morrer nas mãos das bandidagens porque ninguém tem caráter e moral para reduzir a maioridade penal para deixar os Infratores sem idade e que respondam pelos seus crimes perante a sociedade. O Brasil é uma vergonha mundial em se tratando de justiça para com bandidos, seja de que idade forem- bandido é bandido é bandido quem pratica um crime, seja de que idade for.

Portanto Michel Temer pegue um avião, mas antes avise um determinado prefeito que o Senhor como Chefe da Nação irá inspecioná-lo. Leve consigo os ministros pertinentes a cada visita, leve consigo o comandante das Forças Armadas, o Chefe da Policia Federal, o Ministro da justiça, o Ministro da Educação, o Ministro do Meio ambiente, e no local visitado faça um mutirão cívico e moral para mudar a situação caótica no ensino e na educação de cada município. Se faltar escola, determine ao Ministro da Defesa que faça uma escola em 30 dias regime de combate se faltar água, determine a ele que traga água em 5 dias para o local; se faltar comida e professores para as crianças, determine ao Ministro da Educação que providencie imediatamente professores para aquela escola; nessas viagens leve consigo a primeira dama ela irá interagir com as senhoras do local para a melhoria das condições de vida dessas famílias. Recrie a LBA Legião Brasileira de Assistência – para promover o bem-estar social entregue essa presidência a primeira dama. Leve consigo também essas mulheres bonitonas que estão aí nos ministérios, todas de calças jeans apertadas, salto alto, blusas decotadas, todas ganhando muito bem para não fazerem nada e passarem o dia de celular e internet tratando de seus problemas particulares. Determinem que essas belezas apresentem projetos e relatórios depois de manterem contatos com esses flagelados locais que vivem e mendigam nas mãos dos prefeitos sem terem onde morar não terem o que comer e muito menos para sobreviver. Tenha iniciativa Senhor Michel Temer de ordens a seus ministros, distribua tarefas para eles, cobre depois, promova o trabalho o progresso lute pelo seu povo que espera tudo de ti - a hora é agora, e não tente tapar o sol com a peneira do estado crítico em que estamos vivendo: a panela está fervendo e não demora estourar. Racionalize corte gastos reduza o tamanho da máquina pública reforme o ensino e a educação reduza a maioridade penal faça penitenciarias federais onde seja possível o preso produzir estudar e se aprimorar,  e que cada um pague as suas despesas de alojamento. Se reúna com os produtores,  dê-lhes acesso ao credito, dê-lhes segurança em seus locais de trabalho, melhore os caminhos por onde se escoam a produção; combata com rigor o desmatamento, a bio pirataria, melhore as estradas, a segurança. Apoie as Forças Armadas aparelhe essas forças, complete seus efetivos, determine as pesquisas para uma aviação eficiente, para uma marinha atuante e moderna, estimule o fabrico e a produção de munições e armas para os mercados internacionais, triplique os efetivos dos policiais federais, reestruture cargos e salários desses policiais, promova a segurança dos brasileiros e de suas fronteiras.

Não pense e não espere que o Senhor consiga em dois anos acomodar interesses variados e ideológicos em prol de uma causa que uma Nação não deseja. Queremos um Brasil livre queremos que os cidadãos sejam livres, com livre iniciativa queremos que os marginais sejam presos não importa a idade, queremos liberdade e segurança para todos nós.

Vá trabalhar Michel Temer saia desse palácio e desça desse trono a Monarquia foi extinta a mais de 200 anos.


Alfredo Bonessi      

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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25 de nov. de 2016

REVISTA FORMAS ED.184/NOVEMBRO


Já encontra-se disponível a edição on-line. Boa leitura!

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A Revista Formas agradece!

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Enviado pelo autor Demetrius Coelho

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Enviado por: 
Charles Pierre picharlesbancarios@gmail.com

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UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA

Por Monteiro Lobato
BBC.com

UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA
     
Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
     
Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos queriam: mudar-se para terra melhor.
     
Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.
     
– Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons – agora só um, e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando…
     
João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
     
– É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então eu arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
     
Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada…
     
Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado – e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!
     
João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.
     
Antes de deixar a cidade, foi visto por um amigo madrugador.
     
– Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
     
– Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
     
– Mas como? Agora que você está delegado?
     
– Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.
     
E sumiu.

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo,   Editora Brasiliense, 1965)

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24 de nov. de 2016

FREI DAMIÃO NÃO ACEITAVA MÃOS DE FIÉIS SOBRE SUA CABEÇA

Por José Mendes Pereira
https://www.youtube.com/watch?v=Fro6J-n_NpY

Frei Damião não aceitava mãos de fiéis sobre a sua cabeça, mas não era por orgulho, e sim porque aumentava o problema da sua escoliose.

A foto pertence ao acervo do Raimundo Nunes

Lembro-me que na década de 70, em uma das suas missões em Mossoró, à noite, no lago da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no grande Alto da Conceição, 

 www.panormaio.com

a fila de fiéis era enorme, e quando chegou a minha vez de ser abençoado pelo frei Damião, coloquei a minha mão sobre a sua cabeça. De repente com a sua mão, frei Damião tirou a minha mão que estava sobre a sua cabeça dizendo-me:

 "- Não ponha a sua mão sobre a minha cabeça!". 

Eu estranhei aquela atitude do religioso, vez que ele era e é considerado um verdadeiro santo entre os homens do nordeste brasileiro, e de outras regiões do chão do Brasil.

Mas, posteriormente, não sei se era verdade, falaram-me que ele tinha sido advertido por um médico que tratava da sua escoliose, que não deixasse ninguém colocar a mão sobre a sua cabeça, porque aumentava mais ainda o problema. 

De fato! Uma, duas mãos sobre um corpo, não afeta. Mas milhares de mãos, mesmo uma de cada vez, na sequência, tem que pesar, e isso faz com que prejudique mais ainda o corpo que tem escoliose.

Minhas Simples Histórias

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Enviado pelo professor, escritor, fundador e diretor do Museu do Sertão de Mossoró Benedito Vasconcelos Mendes

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23 de nov. de 2016

“NO TOCA-FITA DO MEU CARRO, UMA CANÇÃO ME FAZ LEMBRAR VOCÊ...” (OU QUANDO A MÚSICA É RECORDADA)

*Rangel Alves da Costa

O passar dos anos parece não ter sido proveitoso em termos musicais. Atualmente, apenas uma ou outra música desponta com qualidade, pois o restante é tão descartável que nem ela nem o seu cantor dura mais que uma estação. Uma musicalidade tão ruim que nem um verso da letra é guardado para depois.

Seja qualquer denominação que se queira dar - algo assim do tipo sertanejo universitário, axé, sofrência, paredão, forró elétrico, etc. -, a verdade é que a musicalidade surgida é tão comercial que não há nenhum intuito de passar pelo crivo da crítica. Talvez reconheçam que sua valia se basta no cair do gosto da juventude festeira e na sua exploração em shows interioranos.

Nessa onda de busca de reconhecimento e exploração financeira, o que se observa, contudo, é o modismo musical passageiro. Algumas bandas baianas, como Olodum, Chiclete com Banana e Banda Reflexus, conseguiram se firmar durante anos, igualmente a cantores como Luiz Caldas. Foram desaparecendo da mídia e também da boca e do rebolado do povo, o que tenderá a acontecer com a safra do axé posteriormente surgida. 

Cantoras como Cláudia Leite e Ivete Sangalo, logo terão o mesmo esquecimento experimentado por Margaret Menezes e Sarajane (a da rodinha). Até Gerônimo, um artista de superior qualidade, agora só é ouvido no exterior. Significa dizer que a música baiana perdeu seu espaço no cenário musical. Assim acontece porque o apelo comercial sempre se esvai quando o público reconhece, por exemplo, que não é mais essa música que deseja ouvir. Então recorda de um Ederaldo Gentil e a sua genial “O ouro e a madeira”.

Não é diferente o que acontece com o dito sertanejo universitário e o forró eletrizado, onde nem a sanfona é respeitada. De Chitãozinho e Chororó, Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano, dentre tantos outros que fizeram sucesso, hoje somente a fama e a recordação de alguns rompantes que caíram no gosto popular. As bandas de forró - quase todas pertencentes a empresários - por algum tempo sobreviveram por uma estratégia peculiar: no ano seguinte os mesmos integrantes já faziam parte de uma banda com nome diferente. Até mesmo Brasas do Forró e Mastruz com Leite, que se sobressaíam sobre as demais em qualidade, perderam o fôlego de palco e de mídia.


Então, intencionalmente trabalhados para sucessos de temporadas, surgiram cantores e bandas cujos estilos se voltam para o popularesco dançante ou com sofrência de traição amorosa. Cantores como Pablo e Tayrone cantaram essas dores corneadas para depois sumirem. E dificilmente retornam. E assim também acontecerá com aqueles ainda de sucesso atual, como Wesley Safadão, Luan Santana e tantos outros. Certamente não farão falta quando houver o esgotamento geral de suas idiotices musicais.

Por outro, um alento, um tipo de boa recordação, já que nem tudo está perdido. E não está perdido pela qualidade musical de um passado que de vez em quando retoma seu lugar. Não diz respeito aos grandes nomes do cancioneiro popular nem dos grandes mestres da MPB, mas tão somente de artistas e músicas que pontuaram e ainda são ouvidos com gosto e saudosismo, principalmente por haverem marcado intensos e amorosos momentos em muitas vidas.

A verdade é que a canção faz bem quando a alma também canta, nem que seja empurrada pela cachaça. E todo apaixonado que toma umas e outras bem sabe o tipo de música que melhor lhe convém. Quem no passado não já ouviu “No toca-fita do meu carro, uma canção me faz lembrar você, acendo mais um cigarro e procuro lhe esquecer”? Ora, Bartô Galeno dá de dez a zero no Safadão, no Esticado, no Mano Walter, em todas as Samira, Márcia Felipe e Marília Mendonça. Todos estes não seriam capaz de fazer corações ainda mais apaixonados com canções assim: “... Ainda ontem chorei de saudade, relendo a carta, sentindo o perfume, mas que fazer com essa dor que me invade, mato esse amor ou me mata o ciúme...”, “Oh meu amado! Por que brigamos? Não posso mais viver assim sempre chorando. A minha paz estou perdendo, a nossa vida deve ser só de alegria, pois eu te amo tanto...”. 

Ou ainda o velho e bom Fernando Mendes: “Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer, você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...”. Também um hino antigo de amor cantado por José Ribeiro: “Tens a beleza da rosa, uma das flores mais formosas... Tenho medo que tua beleza de rosa se transforme num espinho, quase morro só em pensar em perder teu carinho. Tenho medo que esta paixão seja uma ilusão sem fim, tenho medo que não sejas a flor do meu triste jardim...”. 

Brega para uns, para outros apenas saudade, mas uma musicalidade ainda viva nos corações, e tanto de balcão como de janela, tanto de lua grande como de insônia, pois amor. Amor rasgado, porém verdadeiro.

Escritor
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