30 de set. de 2023

A PROSTITUTA QUE MATOU O CANGACEIRO JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA DO BANDO DE ANTONIO SILVINO.

  Por Manoel M. Mattos.

A prostituta que matou o cangaceiro José Maria de Oliveira do bando de Antônio Silvino. Era prostituta independente e não tinha cafetão. Segundo a legenda, seu nome era Amélia Mendes da Silva.

https://www.facebook.com/groups/243768081416983/?multi_permalinks=347200254407098&notif_id=1695822891693811&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

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29 de set. de 2023

TENENTE LASDILAU REIS.

  Por Helton Araújo

Tenente Ladislau Reis de Souza, popularmente conhecido como tenente Santinho, da polícia baiana.

No registro fotográfico vemos ele e sua volante chegando em Jeremoabo-BA, após 15 dias nas caatingas à procura de Lampião e seu bando, em 1933.

A tradição oral e uma grande linha de pesquisadores colocam o tenente Santinho como um dos mais cruéis membros das forças volantes, essa linha de pesquisadores aponta suas crueldades tão barbaras quando as praticadas pelos cangaceiros.

Santinho, ficou enraizado na história do cangaço com o ato do suplício do cangaceiro Venceslau Xavier, vulgo Baliza (cuidado para não confundir com José Dedé, vulgo Baliza, morto na década de 20). Após ser detido e recambiado para a volante de Santinho, Baliza sofreu todo tipo de torturas, até ter seu trágico fim ainda agonizante em uma fogueira em chamas.

A volante de Santinho também é responsável pela morte e decapitação do cangaceiro Açúcar.

Suas ações contra aqueles que consideravam coiteiros também eram enérgicas e brutais.

Ladislau Reis, o tenente Santinho, sobreviveu ao cangaço. Depois disso, quando saiu da PM, foi prefeito por três vezes em Mata de São João, na Bahia, vindo a falecer no ano de 1985.

E você conhecia essa foto e a fama do Tenente Santinho?

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27 de set. de 2023

POR ONDE ANDA O DR. IVANILDO ALVES DA SILVEIRA?

  Por José Mendes Pereira

Por onde anda o pesquisador e colecionador do cangaço o Dr. Ivanildo Alves da Silveira, que nunca mais o vi nas páginas da internet?

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26 de set. de 2023

EXPEDIÇÕES 2024

  Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=4Nvxs-_3R1U&fbclid=IwAR37ZpEgqsGfKjEF9-MD6i_tDhpv6VA4eG3bwwP7rxikOKQ1F8AOVkIEG6o&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Nesse vídeo falo sobre os locais que iremos visitar nas duas próximas expedições Rota do Cangaço, que serão em janeiro de 2024. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @aderbalnogueiracangaco   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com #lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros #rotadocangaço

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25 de set. de 2023

LIVRO

    Por José Tavares de Araújo Neto 

Pedrinho de Pedrão, amigo desde a adolescência, ja naqueles tempos nos falava de Ulysses Liberato que ouvia de seu pai Pedrão Adonias, um apaixonado pelas histórias de cangaceiros.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=6502121386515806&set=a.142399675821374

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22 de set. de 2023

VAI FAZER FESTA E PRETENDE CONTRATAR POETAS E VIOLEIROS PARA ANIMAREM A SUA SOLENIDADE?

  Por José Mendes Pereira


Vai fazer festa em sua residência, escola, fazenda, sítio..., e precisa de poetas e violeiros para animar o seu evento, procura com urgência o poeta José Ribamar, que ele tem muitos amigos que são poetas e violeiros. 

Aqui o seu endereço eletrônico:

ribamarpoeta@outlook.com

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21 de set. de 2023

4 CANGACEIROS MORTOS NA LAGOA DO LINO.

 Por Guilherme Velame Wenzinger

Hoje visitei as carneiras dos 4 cangaceiros mortos na Lago do Lino em 14 de Outubro de 1933. Estão enterradas no cemitério Quinta dos Lázaros em Salvador. 

A data na gaveta é de quando enterraram as cabeças depois de tirarem de exposição do IML Nina Rodrigues. 

Aqui neste cemitério também estavam enterradas as cabeças de Lampião, Corisco e Maria, mas já foram retiradas por familiares.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=7153804624708109&set=gm.2281365202072411&idorvanity=179428208932798

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20 de set. de 2023

O PONTO DO I

 Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2023.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.965

 

Não dá mais para entender o clima, pois o tempo no Sertão deu um nó na cabeça de todo mundo. Além de um inverno longo com tempo frio, nublado, chuvas serenadas e poucas, chega-se a uma semana do fim, mais esquisita ainda. Após alguns dias de sol, volta o tempo nublado frio e serenos esporádicos. O que é isso! Coisa nunca vista por aqui. E vamos apenas aguardando o desenrolar das mudanças no mundo dos climas, das tragédias, da geopolítica e da indiferença das mudanças espirituais do Planeta. Mais festas e festas acontecem e se assemelham aos tempos bíblicos de Noé. Enquanto a barca era construída, não faltava aviso do que viria, mas as celebrações a tudo aconteciam até o dia do dilúvio. A nova estação está à porta, mas será mesmo que haverá nova estação?

Não se pode perder o celebrar da vida, mas também não se deve fechar os olhos aos acontecimentos globais. Em nosso estado, estamos na iminência de uma seca verde, muito embora a armazenagem de água tenha sido boa no Sertão e Agreste. E sem nada definido, carros-pipa parados lubrificam a vontade de trabalho. Com preocupação de uns e indiferença de outros, prossegue a rotina sertaneja com festas, sem festas, com frio ou sem frio. Entregar totalmente o tempo às mãos da Natureza, parece ser a solução para a mentalidade do menor esforço e a frase: “Faz que te ajudarei” caminha para o brejo. Recorrer a quem? Não é melhor socar a cabeça no chão, como Avestruz, até que venha aurora nova?

Não dá mais para contemplar o comportamento de alguns animais e alguns vegetais da flora nativa. A mudança climática é geral, atinge as áreas do Clima, Relevo, Hidrografia, ... E que tudo vai fazendo um efeito dominó sobre todas as outras, inclusive na psicologia. Estamos vivendo sim o fim dos tempos, mas com a chegada de uma nova era. Talvez as coisas estejam acontecendo cem por cento diferente de tudo que já foi imaginado, mas que está acontecendo, está. E o que fazer? Sem querer imitar Igrejas e crenças, pode-se afirmar uma palavra-chave: “Vigiai”.

Mas agora em que o tempo parece estranho, frio, escuro e incerto, que tal um café pequeno e uma prece ao Senhor dos Mundos?!

TEMPO EM SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).


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19 de set. de 2023

UMA ABERRAÇÃO LITERÁRIA, UM DESSERVIÇO À HISTÓRIA

  Por Júnior Almeida


Está repercutindo bastante nas redes sociais, e diversos "podcasts" de grande alcance, a publicação do bolsonarista Tiago Pavinatto, recentemente demitido pela emissora Jovem Pan. A publicação do extremista da direita é desonesta, recheada de absurdos. Para começar, logo na capa do livro o pseudo pesquisador diz a que veio, ao tentar ligar a figura histórica do mais famoso bandoleiro do Brasil, Virgulino Ferreira, o Lampião, com o atual presidente Lula.

Para o escritor, Lula e Lampião por terem iguais a primeira letra dos seus nomes, é o motivo de um desenho de uma mão fazendo um "L". Tirando a clara posição política do autor, a obra é cheia de erros históricos. Baseado em uma entrevista de Pavinatto à jornalista Leda Nagle, em seu canal, vejamos:

O cara começa sua fala com um anacronismo incrível. NÃO podemos jamais entender a História usando como base os conceitos atuais. Para entender o que se passou, em qualquer época, temos que nos transportar em mente para essa época. E outra: o autor afirma que a esquerda transformou Lampião em um revolucionário, e diz o óbvio, da relação dele com os potentados latifundiários.

Dizer que ele SEMPRE vencia? Não é bem assim, pois Mossoró, Serrinha do Catimbau, Ipueira dos Xavier, Uiraúna, Vila Vitória, Mata Grande, dentre outras localidades dizem ao contrário. Seria bom o autor estudar mais.

O ápice da entrevista dele é quando ele troca Virgulino por Cristino Cleto, o Corisco, e diz que "Lampião casou com Dadá". É pra rir! Vai que agora surja outro Pedro Morais pra dizer também que o chamado Diabo Loiro era corno. Outra troca: Ele diz que "José Baiano se chamava José Batista, e não José Aleixo". Eu já li muita coisa ruim e fiz até resenhas dessas obras, mas essa, tem tudo para superar e muito os lixos literários que já existem.

A luta é árdua. É sempre um "Davis X Golias". Muitas vezes vejo o desânimo de colegas pesquisadores que trabalham seriamente, ao ver esse tipo de aberração. Quem pesquisa o cangaço com SERIEDADE não se conforma, e com razão, e não pode ficar inerte com tanta mentira sendo contada. O que será das próximas gerações ao se "informar" com esse tipo de obra?! Façamos algo, pelo bem da História!

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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18 de set. de 2023

LIVRO

    Por José Tavares de Araújo Neto 

Pedrinho de Pedrão, amigo desde a adolescência, ja naqueles tempos nos falava de Ulysses Liberato que ouvia de seu pai Pedrão Adonias, um apaixonado pelas histórias de cangaceiros.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=6502121386515806&set=a.142399675821374

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16 de set. de 2023

LAMPIÃO ERA COMO GATO, TINHA SETE FÔLEGOS?

  Por José Mendes Pereira

Corpo de Lampião na Grota do Angico no dia 28 de julho de 1938

Não se sabe quantas invencionices ainda serão criadas daqui para frente sobre a morte do famoso, perverso, sanguinário e rei do cangaço o capitão Lampião. São histórias totalmente fundidas na mente de quem não tem nenhum compromisso com a verdade sobre cangaço, quase sem pé e sem cabeça (assim como diz o dito popular), que o temido cangaceiro capitão Lampião e sua rainha Maria Bonita escaparam do ataque feito pelas volantes policiais aos cangaceiros, na Grota do Angico, na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Forquilha, em terras de Porto da Folha, nos dias de hoje, denominada cidade de Poço Redondo, que fica localizada no Estado de Sergipe. 

https://www.youtube.com/watch?v=2ky2K49m6Os&ab_channel=FolhaPE

Os criadores de histórias sobre o rei do cangaço capitão Lampião, dizem que, ao sair da Grota do Angico, na madrugada do ataque, o facínora tomou rumo para o Estado de Minas Gerais, e por lá, morreu de morte natural no ano tal, tal e tal. Todas estas histórias já inventadas são verdadeiras "aberrações", assim como diz o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira.

Se você quiser adquirir este livro entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Já falaram tanto da sua morte, e que muitos destes faladores, não pesquisaram absolutamente nada, sobre o que aconteceu, inventaram o que bem quiseram, que Lampião morreu aqui, ali, acolá, menos na Grota do Angico, que é a única verdade, que ele morreu lá. Mas nós que estudamos o movimento social dos cangaceiros, principalmente sobre a famosa "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia." acreditamos plenamente, que ele foi abatido lá na Grota do Angico, naquela madrugada triste, do dia 28 de julho de 1938.  

Ninguém mais conta a verdade do que os pesquisadores, escritores e cineastas, porque, eles fazem os seus trabalhos com seriedades, que enfrentaram, e ainda continuam enfrentando os cerrados e a caatinga nordestina, para fazerem as suas pesquisas, apanhando os dados na fonte, isto é, no meio de quem presenciou todo desenrolar dos perversos e sanguinários bandidos nos sertões do nordeste brasileiro. 

As datas da morte de Virgolino Ferreira da Silva,  o capitão Lampião, apontadas pelos depoentes, nenhuma bate com as outras, as quais, foram citadas por outros criadores de histórias fantasiadas, mas isto faz parte  de  qualquer estudo, simplesmente, por quererem aparecer no mundo cultural. Verdade ou mentira, isso, satisfaz a cada um que se dispõe a falar aos estudiosos sobre o tema cangaço.

Neli Conceição filha dos cangaceiros Moreno e Durvinha e José Geraldo Aguiar.

O saudoso escritor e fotógrafo José Geraldo Aguiar, que nasceu na Vila do Morro, (município de São Francisco), em 16 de outubro de 1949, e escreveu um livro com o título "Lampião, o invencível, duas vidas duas mortes, o outro lado da moeda" sobre o suposto Lampião, que residia em Buritis, no Estado de Minas Gerais, revela que ele morreu no ano de 1993. 

Vamos ler estes pequenos parágrafos que escreveu o autor sobre o que disse o Aguiar: 

(...)

"Há quatro anos e meio, Aguiar recolhe dados sobre um fazendeiro, dono de 300 hectares, que se instalou no início dos anos 50 na margem esquerda do rio São Francisco, na cidade que leva o mesmo nome do rio, em Minas Gerais. Alguns fatos estranhos cercaram a vida do fazendeiro. Aguiar identificou pelo menos dez nomes diferentes usados por ele. Tanto que o conheceu como João Lima, os amigos tratavam-no por Luís, na lápide do cemitério está escrito Antônio Teixeira Lima e na certidão de óbito consta o nome Antônio Maria da Conceição.

O fazendeiro morou em pelo menos 15 cidades diferentes com Maria Lima (supostamente Maria Bonita), em quatro Estados (Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Goiás) - além de São Francisco, ele morou em Montes Claros, Irecê e Buritis, entre outros municípios. A tendência foi sempre morar às margens do rio São Francisco. 

Do lado esquerdo - Maria Bonita verdadeira, e do lado direito, seria a suposta Maria Bonita, já em idade avançada. Mas não se iluda, leitor. Maria Bonita morreu na Grota do Angico juntamente com Lampião. 

"Olhando bem para as fotos, há uma certa aparência, mas, observem que os olhos da suposta Maria Bonita, um é mais distante do outro, enquanto que os olhos da Maria Bonita verdadeira, são pertinhos. 
Olhos não se mudam de lugar na face, a não ser, um acidente.
As orelhas da suposta, aparecem bem mais abaixo do nariz. Já as orelhas de Maria Bonita, nem aparecem. 
O aspecto do cabelo, foi um ajuste profissional de quem organizou a foto para o trabalho". 
Mesmo tendo uma certa semelhança, nada tem a ver com Maria Bonita verdadeira. 

A foto da suposta, foi retocada por quem entende este tipo de trabalho, para se ter a impressão que era mesma Maria Bonita.

Com Maria Lima teve dez filhos, o mais velho hoje com 63 anos. Em uma viagem à Bahia, conheceu Severina Alves Moraes a Firmina, com quem teve uma filha, hoje com 22 anos. Depois da morte de Maria Lima, o fazendeiro passou a morar com Firmina.

Segundo Aguiar, o fazendeiro temia represálias pelos crimes atribuídos a Lampião e, por isso, além de se esconder durante todo esse tempo, só autorizou que sua história fosse contada após sua morte".

(...)

Uma pergunta que jamais será respondida vez que o escritor já faleceu: Por que o fotógrafo José Geraldo Aguiar pediu às autoridades mineiras o direito de exumação dos restos mortais do suposto Lampião de Buritis, quando seria bem mais fácil colher o material necessário para o "DNA" com a filha de Severina Alves Moraes a Firmina, que é ou era também filha do Lampião de Buritis? Confira clicando no link abaixo:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/11/13/brasil/22.html#:~:text=Segundo%20Aguiar%2C%20o%20suposto%20Lampi%C3%A3o,%2C%20em%20Buritis%20(MG).:


Para fazer o "DNA" dos restos mortais deste senhor, que foi enterrado em Buritis, no Estado de Minas Gerias, não seria tão difícil, porque, a filha do suposto Lampião com Severina Alves de Morais, de nome Firmina, que por lá reside, tem o material necessário, sem necessidade de abrir túmulo para fazer a exumação da ossada dele. 

Mas até hoje, a gente não sabe o que é que impede, que as autoridades não têm interesses, para colocarem um ponto final nesta dúvida, que o cangaceiro capitão Lampião teria morrido em Buritis, e não no Sertão nordestino, no Estado de Sergipe. 

Colorida por Rubens Antonio

Este outro senhor abaixo, ex-volante que aparece no vídeo acima, no início do texto, de nome Andrelino Pereira Filho, que serviu entre o ano de 1922 e 1938, na Corporação policial do Estado de Pernambuco, e é o único policial ainda vivo (não sei se já faleceu porque a entrevista foi em 2018), do período da chacina aos cangaceiros na Grota do Angico, afirma que o capitão Lampião morreu no ano de 1963, numa  propriedade denominada "Fazenda São Francisco", lá no Estado de Minas Gerais.

Andrelino Pereira Filho, único policial ainda vivo com 104 anos em 2019.

No vídeo, o sargento aposentado Andrelino Pereira Filho, diz que foi um amigo seu que falou da morte de Lampião, e que  naquele momento, ele estava vindo do seu enterro.

As suas informações não têm segurança, porque, elas não detalham o lugar do sítio da fazenda onde supostamente o capitão Lampião teria falecido, e nem tão pouco a cidade deste sítio. Toda fazenda pertence a um sítio, e todo sítio está localizado nas terras de uma cidade, e qualquer cidade tem o seu Estado. O Estado foi dito que era em Minas Gerais. E por que o sítio e a cidade não foram revelados?

O seu Andrelino fala também que Lampião passava em sua casa para tomar café, e chamava a sua mamãe de comadre. Mas depois ele percebe que foi muito além da verdade, e tenta se livrar do que disse ao cineasta sobre o capitão, e fala que eram os cangaceiros que passavam por lá, não Lampião, porque ele só andava sozinho. 

Pelo o que eu sei e aprendi no estudo sobre os cangaceiros, o capitão Lampião não andava sozinho, sempre estava rodeado de facínoras, como vive uma abelha-rainha de uma colmeia, que ali está segura pelas suas comandadas. Assim era o rei do cangaço, que em todos os lugares que estava, ou mesmo nos locais que fazia o seu amado coito, no intuito de descansar da fadiga e fazer seus planejamentos de invasões aos sítios, propriedades e até mesmo em pequenas cidades, o capitão permanecia rodeado de desordeiros.

Por respeito ao senhor volante policial, pela sua idade, além dos 100 anos vividos, e principalmente pela respeitada e gloriosa corporação da polícia militar do Estado de Pernambuco, que ele pertenceu, e não quero aqui tirar os méritos do seu Andrelino Pereira Filho, mas tenho a dizer que, me parece ser invencionice as informações que ele cedeu ao cineasta que fez as suas gravações.  

O disse me disse é uma expressão que se relaciona a boatos não verdadeiros. Assim fez o policial seu Andrelino Pereira Filho, que acreditou cegamente no seu amigo, que disse que vinha do enterro do capitão Lampião. O policial ouviu um chocalho tocando, mas não procurou saber bem o local que estava o animal chocalhado.

Suposto Ezequiel Ferreira da Silva

O caso do suposto Ezequiel que morava no Piauí, e que em 1984 chegou à Serra Talhada, antiga Villa Bella, no Estado de Pernambuco, se dizendo ser o verdadeiro Ezequiel Ferreira da Silva, irmão mais novo dos Ferreiras, e que tinha ido lá tirar seus documentos, para uma possível aposentadoria, disse que Lampião morreu no ano de 1981, mas lamentavelmente, as suas informações, para mim e para todos aqueles que pesquisam, nada verdadeira, tudo mentira. 

O cineasta José Geraldo Aguiar escreveu em seu livro "Lampião, O Invencível...", que a data do falecimento de Lampião foi em 1993, em Minas Gerais. O seu Andrelino confirma a morte do capitão em 1963, também em Minas. Já o suposto Ezequiel Ferreira, diz que o seu irmão faleceu no ano de 1981. Mas os cangaceirólogos afirmam com convicção que, Lampião morreu na Grota do Angico-SE, na madrugada de 28 de julho de 1938, que realmente é a pura verdade.

Cabeça do capitão Lampião. Você acha que não é?

E de quem seria esta cabeça que foi arrancada do corpo de um indivíduo,  e levada para Alagoas, no dia da chacina feita aos cangaceiros que se encontravam na Grota do Angico? Já que insistem em dizer que ele não foi morto lá na Grota, teria sido assassinado um outro indivíduo, digamos assim, um infeliz sósia do capitão Lampião, levaram-no, e lá, amarraram-no para aguardar o momento certo do ataque aos facínoras? 

Lampião e Maria Bonita

Mas é assim mesmo. Cada um cavaleiro com o seu cavalo no hipódromo em posição de corrida. E quem lá não estiver presente, não será famoso em lugar nenhum. Assim foi seu Andrelino Pereira Filho, que levou o seu cavalo e o posicionou para participar das corridas dos cangaceiros. Mas o mais importante, é se apresentar aos jornalistas e pesquisadores como um volante que era mesmo da época de Lampião. Acredite quem quiser o que ele falou a este cineasta. Eu não sou nenhuma autoridade no assunto, mas foram mais palavras fantasiadas que saíram da boca do seu Andrelino Pereira Filho, do que vocábulos verdadeiros.

Bando de Lampião

Ser famoso pelo menos por um momento, não é qualquer um que poderá ser, porque, precisa imaginar o que será o bicho do dia seguinte, para jogar na roleta da fama. A fama faz o indivíduo feliz e conhecido no país que mora, ou mesmo em outros países, mas para ser famoso, tem que ser bom com as suas invencionices.

Mesmo eu discordando de algumas informações do volante seu Andrelino Pereira Filho, eu desejo a ele mais e mais anos de vida! Felicidade para o senhor, seu Andrelino! O senhor viver mais alguns anos, independente das suas informações sobre o cangaço.

Informação ao leitor: 

O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica, e nem tão pouco prejudicará o que os cineastas gravaram e o que os pesquisadores e escritores escreveram. Apenas eu apresentei as falhas dos depoentes, e não de quem fez a gravação. Não sou nenhuma autoridade no que diz respeito ao estudo cangaceiro, apenas me divirto e mais nada.

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14 de set. de 2023

5 OSSADAS DE CANGACEIROS PARA SEREM FEITAS "DNAs" E O PODER PÚBLICO NÃO TEM INTERESSE.

  Por José Mendes Pereira


Para os homens que dirigem os Estados e municípios brasileiros a cultura não é considerada de grande importância. Ou eles se enganam ou não têm nenhum interesse para cuidar dela. Mas eles precisam saber que a cultura é o conjunto de conhecimentos, tradições, ideias, símbolos, valores, costumes e práticas de um Estado, município ou país que se tornam características de um grupo, seja social, familiar, étnico, religioso e assim por diante. A cultura não pode faltar em uma nação. A cultura faz bem a uma nação que não pode viver sem ela.

A cultura brasileira ainda permanece no meio de nós porque existe uma porção de estudiosos que a sustenta viva com todo esforço, correndo atrás e registrando em livros, jornais e revistas os acontecimentos que se tornam históricos, e que muitas vezes, abandona o lar por alguns dias e vai pesquisar e entrevistar pessoas que têm um pouco de conhecimento sobre o assunto escolhido. 

https://www.blogcariri.com.br/2015/09/crato-ce-cariri-cangaco-contara-com.html

Muitos escritores e pesquisadores fazem estes trabalhos simplesmente pelo o prazer de pesquisar, registrar os fatos que serão históricos para as gerações de hoje e para as futuras, sem imaginarem o que irão ganhar, porque a publicação de livros é caríssima no Brasil, devido os custos tipograficamente. Eu fui tipógrafo e não estou mais atualizado sobre gráfica, mas eu via o quanto era altíssima a publicação de um livro na Editora que eu trabalhava. 

Mas se dependesse dos governantes a cultura não existiria. Eles alegam a falta de dinheiro para mantê-la viva, mas recursos existem e existem muitos, o que não existe é vergonha na cara desses malandros, porque misturam os recursos públicos com os seus e depois não sabem separar o que é público do seu, aliás, saberem, sabem, é porque são raposas velhas mesmas. Roubam e quando são comprovadas as suas desonestidades, ninguém devolve nada ao cofre assaltado.

5 ossadas que devem ser feitas os (DNAs) para estudos, e saber se realmente têm procedências o que afirmam alguns estudiosos do cangaço. 

Cabeça de Lampião

E qual seria a finalidade dos "DNAs"? 

Uma das razões é ter a certeza a quem pertence aquela cabeça que está guardada no Cemitério Quinta dos Lázaros em Salvador. Sabemos que os escritores e pesquisadores não têm dúvidas que Lampião morreu na Grota do Angico, mas como eles são responsáveis por este trabalho de juntar todas as peças do dominó da literatura lampiônica, é muito importante o esclarecimento para desmascarar quem anda mentindo, dizendo que não é a cabeça do capitão Lampião. 

A cabeça de Lampião que antes permanecia no Instituto Nina Rodrigues e ficou 30 anos, seis meses e nove dias insepulta, aguardando pronunciamento da Justiça, e só foi enterrada em fevereiro de 1969, no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador no Estado da Bahia, depois que a Presidência da República (governo Costa e Silva) o indultou. 

Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio - BA.

E também, para tirar dúvidas que permanecem no meio de muitos brasileiros, os quais não acreditam que o capitão Lampião e Maria Bonita tenham sido assassinados na madrugada de 28 de julho de 1938, na "Grota do Angico", em Porto da Folha, atualmente pertencente à cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. 

Lógico que a sua morte aconteceu lá mesmo em Sergipe, no Nordeste do Brasil, e não em Minas Gerais, mas esta dúvida, permanece diante de muitos, e faz uma porção de anos que já deveria ter sido esclarecida ao povo brasileiro através do "DNA".

Lampião de Buritis

A outra dúvida que continua viva no seio dos estudiosos do cangaço é sobre a ossada de um fazendeiro que viveu em Buritis, no Estado de Minas Gerais, e esse senhor, segundo o escritor José Geraldo Aguiar já falecidose dizia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro. O Aguiar detalhou tudo em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" sobre o mesmo, a cidade onde faleceu,  o cemitério que foi enterrado, o local do seu túmulo, o nome da esposa etc, e principalmente nomes de alguns filhos do suposto Lampião que residem por lá. Para isso, não será difícil encontrar os seus restos mortais. E  o "DNA" tem que ser feito com urgência, para que o tempo não dê fim ao seu túmulo.

Lamentável! José Geraldo Aguiar faleceu ainda moço. 

Mas vejam leitores, a mentira do depoente (vale lembrar que eu não me refiro ao pesquisador José Geraldo Aguiar, porque ele fez baseado nas informações do Lampião de Buritis), que se ver logo na sua fotografia; o olho direito de Lampião do nordeste brasileiro, é branco, isto é com glaucoma, e o olho direito do suposto Lampião de Buritis, nem aparenta cegueira. Sem sombras de dúvidas, o homem mentiu mais do que devia ao pesquisador José Geraldo Aguiar.'

Blog Negro Nicolau | Cidadania, Empoderamento e Diversidade: Lampião não  morreu em Angico?

Dúvidas não só minhas, mas tenho certeza que muitos que estudam o cangaço têm.

1 - Para que Lampião tivesse renunciado o cangaço como disseram alguns que não têm compromisso com a verdade, sobre os estudos cangaceiros, que ele teria feito acordo com o tenente João Bezerra da Silva, chefe alagoano das volantes policiais que atacou a "Grota do Angico", para fugir do coito, teria sido um dia antes da véspera da chacina, isto é, no dia 27, e na madrugada de 28 de julho de 1938, seria a vez do ataque com segurança aos cangaceiros, porque os reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita já não mais estavam lá. 

Tenente João Bezerra está sentado à esquerda

A suposta e mentirosa fugida da "Grota do Angico" seria fácil Lampião enganar aos seus cangaceiros, coisa que  ele jamais faria covardia com o(s) (as) seu(s) sua(as) amado(a)(as) amigo(a)(as). Se Lampião tivesse essa ridícula intenção de colocar os seus comandados na mira de uma metralhadora, bastaria ele ter comunicado ao seu bando que iria fazer visita a um amigo juntamente com Maria Bonita, e desapareceriam de uma vez por toda. Mas jamais isso aconteceu. Lampião estava no coito na madrugada do ataque aos facínoras, e ele era bandido mesmo e perigoso, assumido, mas jamais faria tamanha covardia com os seus companheiros de crime. O cangaço era uma família, e construído de amigos de verdade.

Ao centro Sila e à direita Zé Sereno

A noite que se passara lá na "Grota do Angico" a "Sila" que era companheira do ex-cangaceiro Zé Sereno, esteve sentada em uma pedra fumando com Maria Bonita. E enquanto isso, ela percebeu luzes um pouco distantes em sua frente, como se fossem lanternas. Mas a Maria disse a ela que não se preocupasse, aquilo que ela estava vendo não assustava, era vaga-lume.

Grota do Angico onde foram assassinados Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros.

Uns falam que tudo foi combinado entre o tenente João Bezerra da Silva e o capitão Lampião, para que ele e sua Maria Bonita fossem embora, e depois que partissem, as volantes fariam a chacina aos cangaceiros que haviam ficado. Mas isso não tem procedência e muito menos credibilidade, porque o desejo de todos policiais que procuravam os cangaceiros nas caatingas, principalmente os reis do cangaço Lampião e Maria Bonita, era  eliminá-los do sertão sertanejo, e que com certeza, receberiam troféus, e que na história cangaceira, ficasse registrado eternamente quem teria sido o homem responsável pelas mortes dos reis do cangaço.

2 - Nada existe para dizer que  Lampião não morreu na "Grota do Angico", Isto é indiscutível e fantasia de quem escreveu e saiu espalhando. Ele morreu naquela madrugada de 28 de julho de 1938. Mas é preciso ser realizado com urgência o teste do "DNA" com os restos mortais do fazendeiro Lampião de Buritis, para colocar um ponto final nesta história tão sem graça e sem fundamento, que é do fazendeiro que se fazia ser o próprio Lampião do nordeste brasileiro.

Cabeça de Lampião

3 - Por que o suposto Lampião de Buritis afirmou ao escritor José Geraldo Aguiar que não poderia aparecer, e só permitia a publicação da sua entrevista quando ele morresse, aí sim, o pesquisador podia publicar o seu trabalho sobre ele?

Ora! Após cinquenta anos que havia sido feita a chacina aos cangaceiros de Lampião, inclusive ele e a Maria Bonita foram assassinados, todos os marginais que escaparam do ataque estavam libertos pelo indulto do então Presidente da República Getúlio Vargas, e ainda temia algo? 

O certo é que ele não era o Lampião do Nordeste do Brasil, e sabia demais que, se fizesse exposto das suas invencionices, os escritores e pesquisadores do nordeste os pegariam de imediado na mentira. Então, o melhor mesmo era ser rei do cangaço ocultamente na região Sudeste do Brasil.

4 - "Vou morrer no ano que vem!"

O que eu sei e aprendi bem direitinho a lição, através dos escritores e pesquisadores que o capitão Lampião era um grande estrategista, mas evidente, aquele que adivinha o que irá acontecer com ele,  e anunciar até o ano da sua morte, nunca ouvi falar isso dele em lugar nenhum. 

5 - "O óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição". Por que o suposto Lampião de Buritis tinha tanto medo de ser lembrado no meio do povo brasileiro? A verdade era porque ele soltava uma mentira atrás da outra. Ou então estava se escondendo de outros problemas dele, até mesmo contra a justiça de um Estado qualquer do Brasil. Lampião de verdade não temia autoridade nenhuma quando estava no cangaço, e muito menos depois que foram indultados todos os cangaceiros

https://www.youtube.com/watch?v=S4twtECfeHA&ab_channel=KinkoPelegrine

6 - O suposto Lampião de Buritis disse ao escritor José Geraldo Aguiar que fugiu da chacina, porque recebeu ajuda de algumas pessoas amigas, inclusive o seu padim pade Cíço Romão Batista de Juazeiro do Norte, que teria o ajudado também para se ocultar do nordeste. 

Incrível! Quando aconteceu a chacina da "Grota do Angico" aos cangaceiros, o padre Cícero Romão Batista da cidade de Crato e radicado em Juazeiro do Norte, já fazia 4 anos e 8 dias que  estava tranquilamente repousando em seu belo túmulo. O religioso morreu no dia 20 de julho de 1934, e ajudado ao "Lampião de Buritis" na madrugada de 28 de julho de 1938, para desaparecer do nordeste através de milagres, e principalmente depois de morto, com certeza, o padre não lhe fizera de forma alguma. O Buritis criava coisa com coisa e o amigo Aguiar acreditava.

Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores
Túmulo do padre Cícero Romão Batista

Observe amigo leitor, de Virgulino Ferreira da Silva o suposto Lampião de Buritis passou a ser chamado João Teixeira Lima, e foi sepultado com o nome Antonio Maria da Conceição. Que medo ele tinha ainda da polícia, hein! Mentiroso o depoente! O José Geraldo Aguiar não criou. Escreveu o que depoente informou. 

Mas esta de padre Cícero Romão Batista ter ajudado o suposto cangaceiro  para fugir da "Grota do Angico", irá ficar na história como uma grande falha por parte do escritor, por não ter percebido que o religioso morreu no ano de 1934, e o que aconteceu com o fujão suposto "Lampião de Buritis" foi em julho de 1938. Que falha do escritor e jamais será consertada! Mas o erro pertence a nós mesmos racionais. Os animais irracionais jamais erraram e nem errarão algum dia desse.

Meu grande amigo escritor José Geraldo Aguiar, por onde estiver, nada tenho contra o que você escreveu, apenas um erro grande sobre o padre Cícero, o resto você repassou o que lhe informaram, mas tudo fantasiado pelos seus depoentes. 

Ezequiel Ferreira

Também existem as dúvidas até hoje sobre o ex-cangaceiro Ezequiel Ferreira da Silva, o irmão mais novo do capitão Lampião, que a sua morte indiscutível, aconteceu no dia 24 de abril de 1931, em Paulo Afonso, Bahia, no povoado chamado Baixa do Boi, terras pertencentes na época a Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois. O tenente Arsênio que conseguiu efetuar uma rajada de metralhadora e acabou acertando a barriga de Ezequiel Ferreira. 

Cruz fixada nas proximidades da Lagoa do Mel (Povoado Baixa do Boi - Paulo Afonso/BA). Local onde ocorreu o combate entre o bando de Lampião e a Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza. Pesquisadores Sandro Lee e João de Sousa Lima ladeando a cruz do Ezequiel Ferreira da Silva fixada nas mediações onde aconteceu o confronto entre o bando cangaceiro e a Volante baiana. - http://cangacologia.blogspot.com/2018/07/cruzes-do-cangaco.html

"A arma depois emperrou e o tenente conseguiu retirar o percussor (ferrolho) e fugiu levando a peça que deixaria a matadora inutilizável. Nesse dia Lampião chorou amargamente a morte do irmão caçula e teve que enterrá-lo, com a ajuda de Antonio Chiquinho, próximo a Lagoa do Mel. Era a vida dos que viviam pelo poder das armas, que tombavam no dia a dia, pelo aço lacerante do pipocar das artilharias dos diversos grupos que traçaram as páginas do cangaço no nordeste brasileiro". (J. de Sousa Lima).

Ângelo Osmiro e João de Sousa Lima - http://joaodesousalima.blogspot.com/2014/08/cariri-cangaco-em-sousa-paraiba-os.html

Muitos estudiosos do cangaço já escreveram sobre a morte do Ezequiel Ferreira da Silva, inclusive os escritores e pesquisadores João de Sousa Lima e Ângelo Osmiro Barreto. O João fez trabalho  sobre o fim do ex-cangaceiro Ponto Fino juntamente com o pesquisador e cineasta de Fortaleza Aderbal Nogueira.

https://www.youtube.com/watch?v=U2W9z7ZLDfE&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0PBtbrJxqDA8CmX_-Upifj6WLrtmO-1254pT0efcGezf8SHCbGMLfEm1g&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Mas aí não termina a história. No ano de 1984, apareceu em Serra Talhada um homem de idade avançada, e foi hospedado na casa do Sr. Genésio Ferreira, primo de Lampião verdadeiro, e segundo ele, dizendo ser Ezequiel Ferreira da Silva irmão mais novo dos Ferreiras, que  precisava tirar documentos e cuidar de uma possível aposentadoria. Ele disse que ficou no grupo do irmão até julho de 1938, quando Lampião fez uma reunião para comunicar aos companheiros que abandonaria o cangaço, e com ele, fugiram disfarçados: Lampião, Luiz Pedro Cordeiro ou do Retiro, Félix da Mata Redonda e ele, tendo ficado no Estado do Piauí, mas Luiz Pedro e Lampião tomaram o destino de Goiás, onde o rei do cangaço teria morrido no ano de 1981.

Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira
 
O mais interessante é que na lista dos que estavam no coito lá na Grota do Angico, organizada por pesquisadores o Ezequiel Ferreira não aparece, e nenhum que sobrou da saga do capitão Lampião, nunca relatou que ele estava lá. Para alguns que acreditam nesta hipótese é porque ainda não viram a lista e nem têm interesses de vê-la. O mais correto para eles é acreditarem no que foi dito por pessoas que nem pesquisaram, apenas acompanharam o disse me disse de rodas de amigos.

O cangaceiro Luiz Pedro

O suposto Ezequiel Ferreira da Silva falou ao Genésio Ferreira que o ex-cangaceiro Félix da Mata Redonda também teria fugido com eles, antes dos policiais iniciarem a chacina aos cangaceiros. Mas em nenhum momento ele fez referência sobre o cangaceiro Félix da Mata, isto é, onde teria ficado depois que se separaram. 


Sobre os documentos que ele não tinha ainda não dá para a gente acreditar, porque o senhor José Ferreira dos Santos não deixou nenhum dos seus filhos sem serem registrados, e por que somente ele não fora inscrito em cartório nenhum em Vila Bela,  atualmente Serra Talhada, ou em outra cidade de Pernambuco?

O cangaceiro Félix da Mata Redonda

A história da morte do Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião - o suposto Ezequiel disse que ele morreu em 1981. Já o José Geraldo Aguiar diz em seu livro "Lampião, o Invencível. Duas Vidas, Duas Mortes. O Outro Lado da Moeda" que o perverso e sanguinário capitão Lampião morreu com o nome de Antônio Maria da Conceição, em 3 de agosto de 1993, em Buritis, no Estado de Minas Gerais. De ambas as partes são histórias que a gente não tem como acreditar. Ezequiel informa uma data, já o José Geraldo Aguiar esclarece outra. 

Suposta Maria - https://manoelhiginoconsultor.wordpress.com/tag/o-livro-de-jose-geraldo-aguiar/

O fotógrafo José Geraldo Aguiar diz em seu livro que a Maria Bonita (oficialmente Maria Gomes de Oliveira) viveu por lá com o nome de Maria Teixeira Lima, e teria morrido aos 67 anos em 3 de agosto de 1978, na cidade de Montes Claros, no Estado de Minas Gerais. 

Mas o suposto Ezequiel Ferreira não falou que Maria Bonita os acompanhou quando fugiram da "Grota do Angico" em julho de 1938. Tanto o suposto Lampião de Buritis como o que se dizia ser o próprio Ezequiel Ferreira criaram datas sem fundamentos para os falecimentos da Maria Bonita e do capitão Lampião. Sendo assim, nós que estudamos o cangaço de modo geral, notamos que as histórias dos dois depoentes, tanto o Lampião de Buritis como o do Genésio Ferreira não têm fundamentos de forma alguma. 


Agora aparecem as sepulturas das cangaceiras Rosinha Soares filha do vaqueiro Lê Soares, e também da ex-cangaceira Lídia Pereira, companheira do ex-cangaceiro Zé Baiano, que foi morta a pauladas por ele mesmo. 

Pesquisador Robério Santos

Estas novidades são bastantes importantes para os que estudam o cangaço de modo geral. Elas foram descobertas pelo jornalista, escritor e pesquisador do cangaço Robério Santos, que desde alguns anos vem fazendo um excelente trabalho sobre a literatura lampiônica. E  além do que ele escreveu para o nosso aprendizado, fez belas gravações das covas das duas ex-cangaceiras. Parabéns para o escritor!

https://www.youtube.com/watch?v=d6nPz8Jjbms

E agora, será que isso irá ficar como as outras ossadas que estão até hoje sem uma comprovação, que são ou não dos verdadeiros Ferreiras? O Brasil quer saber, principalmente o nordeste brasileiro. 

Quem tomaria de conta disto? As cidades que pariram estes cangaceiros e cangaceiras. Dizem que para ser feito um "DNA" de cadáver histórico, é uma burocracia assustadora. Mas se todos governantes quiserem, nada será difícil. 

OS "DNAs" do suposto Lampião de Buritis e do Ezequiel Ferreira da Silva ficariam por conta da cidade de  Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, já que foi ela quem os pariu. 

A ossada da ex-cangaceira Rosinha do facínora Mariano Laurindo Granja quem pagaria  as despesas do "DNA" seria a cidade de Poço Redondo, porque o seu berçário de nascimento foi em terras poçoredondense. Tenho certeza que se isso for pedido por alguém ao prefeito em exercício ele mandará realizar o "DNA" da sua famosa cangaceira.

Acho que se o escritor Alcino Alves Costa estivesse vivo batalharia com a prefeitura de Poço Redondo para que o "DNA" da suposta Rosinha Soares acontecesse.

Adeus a Alcino Alves Costa 17/06/1940 à 01/11/2012 - Substantivo Plural
Escritor e ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves Costa autor do livro Lampião Além da versão Mentiras e Mistérios de Angico.

Já a ossada da ex-cangaceira Lídia Pereira de Souza que era lá de Salgadinho, em Paulo Afonso, no Estado da Bahia, ficaria aos cuidados desta cidade, para realizar o "DNA" da sua filha, e mostrar a toda população que na verdade, que aqueles restos mortais  são (não) da ex-cangaceira Lídia, considerada a mulher mais bonita de todas as mulheres  do bando do afamado e sanguinário capitão Lampião. 

Adquira-o através deste e-mail: franpelima@blo.com.br

Tenho plena certeza que todos os escritores e pesquisadores do cangaço brasileiro que organizam a literatura lampiônica merecem ser reconhecidos pelos seus trabalhos. E tenho certeza, quantos deles estão esperando que seja feito pelo menos o "DNA" do Lampião de Buritis, lá do Estado de Minas Gerais?  

Mas parece que as cidades que são as verdadeiras mães destes e destas facínoras temem a verdade, e se isolam por total dos que tentam com responsabilidades completarem o dominó do cangaço, principalmente da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia".

JOSÉ MENDES PEREIRA POTIGUAR: O RAPOSA DAS CAATINGAS E O PESQUISADOR MIRIM  PEDRO POPOFF CONTINUAM FAZENDO SUCESSO
O cordelista e cantor Pedro Motta Popoff

Se você quiser saber mais sobre Rosinha de Lé Soares que era companheira do cangaceiro Mariano Laurindo Granja, e de Lídia Pereira de Sousa do ex-cangaceiro Zé Baiano, adquira com urgência este livro. O autor passou 11 anos pesquisando para nos entregar uma grande obra sobre o cangaço. O livro tem 740 páginas, 4 centímetros de altura e é do tamanho de folha ofício.

Informação ao leitor: 

O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. E nada irá prejudicar o que os cineastas do cangaço gravaram, e nem o que os escritores e pesquisadores já escreveram. 
Fique tranquilo. 

Jamais contrariarei o que os estudiosos sérios do cangaço registram.
 São apenas as minhas inquietações sobre o que informaram os depoentes. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com