30 de jan. de 2018

A CERTIDÃO DE ÓBITO DO CANGACEIRO CORISCO..!

Por Voltaseca

Analise o conteúdo da respectiva certidão e, aponte na mesma, a existência de, no mínimo, 03 (três) ERROS que ocorrem na mesma.


Foto: pescada no livro " Cabeças Cortadas " dos autores, Dr. Antônio Amaury e Luiz Ruben F. A. Bonfim

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28 de jan. de 2018

SESSÃO SOLENE DA ALAM - Academia de Letras e Artes de Martins

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Ontem, sábado, dia 27 de janeiro de 2018, no auditório do Hotel Serrano de Martins foi realizada a Sessão Solene da ALAM-Academia de Letras e Artes de Martins, oportunidade em que o Prof. Benedito Vasconcelos Mendes solicitou à  Acadêmica Susana Goretti Lima Leite para entregar a Senhora Francisca Aurineide da Silva Leite, o Diploma e a Plaqueta de Amiga do Museu do Sertão.


Mesa Diretora da Sessão Solene da ALAM. Da direita para a esquerda: Benedito Vasconcelos Mendes, Wellington Barreto, Élder Heronildes, Taniamá Vieira, Prefeita em exercício de Martins, Franci Francisca Dantas e Francisco Gomes Júnior.


Prof. Benedito Vasconcelos Mendes e o Acadêmico Clóvis Vieira entregando o Diploma de Sócia Correspondente da ALAM á Escritora Franci Dantas.


Benedito Vasconcelos Mendes e Susana Goretti Lima Leite entregando o Diploma de Amiga do Museu do Sertão à Senhora Francisca Aurineide da Silva Leite.


O Prof. Benedito Vasconcelos Mendes parabenizando os homenageados da ALAM e do Museu do Sertão.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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24 de jan. de 2018

O MASSACRE DO SÍTIO "ALMACEGA" E O MARTÍRIO DO VELHO SALINAS.

Transcrito por Geraldo Antônio de Sousa Júnior

O massacre do sítio Almacega e o martírio do velho Salinas na tarde de 13 de maio de 1930 é outro crime que estarrece pela brutalidade e fereza. Maneo Salina, modesto sitiante, contava família composta de cinco filhos e duas filhas. Certo dia, abordado por uma volante de policia, deu breves informes sobre os cangaceiros, que já haviam passado dias antes.

Lampeão soube pelo seu serviço diabólico de espionagem do pequeno incidente e mandou avisar o velho de que se vingaria. Salina mudou-se para Geremoabo, certo de que a punição não tardaria. Depois de certo tempo, no entanto, inativo como ficara, não tinha mais o que dar de comer à família. Acabara a farinha e não havia dinheiro. Pensou, então, em ir a "Almacega", onde tinha maduro mandiocal, para fazer uma rápida farinhada. Chegaria alta madrugada, arrancaria as raízes, enquanto os filhos as descascavam e as moças aqueceriam o forno.
De tal forma, ainda no escuro da madrugada seguinte poderia estar de volta a Geremoabo.

Premido pela necessidade, viu como certo o êxito, e partiu desprezando o conselhos daqueles que lhe conheciam o plano. Pela tardinha do dia 13 (Treze) quando todos os componentes da família trabalhavam com calor, Lampeão, avisado, aparecia no terreiro, invadia a casa com sua malta e defrontava a pobre família sertaneja apavorada e surpresa. Circulados todos pelos cabras, o terrível cangaceiro pega um dos rapazes, amarra-o costas com costas com o pai. Depois dispara a "Parabellum" na nuca, que caindo, arrasta na queda o velho. Lampeão separa-os cortando com o longo punhal, os amarrios. Repete a cena com o segundo moço e o velho. Faz o mesmo com o terceiro, fazendo com que embolasse seu cadáver com o corpo vivo do velho Salina. O quarto filho milagrosamente, livre por fuga, consegue atingir Geremoabo e mais tarde, incorporado a uma volante, matou um dos sacrificadores de seu pobre pai, o bandoleiro Quixabeira, autor também, no Raso da Catarina, autor da morte de seis caçadores.

Feito o horrendo massacre dos três rapazes, tomam de novo o velho Salina: cortam-lhe as duas orelhas, vazam lhe um dos olhos, quebram lhe os dentes e o castram.

Obrigam o mártir sertanejo a montar e com ele se dirigem à casa do quinto filho, que morava distante duas léguas. Chegando, Lampeão adverte Salina que vai bater e chamar, mas que ele responderá, atraindo assim, à morte, o filho desprevenido. Tudo se faz. O rapaz reconhecendo a voz do pai, abre a porta e cai com um tiro a queima roupa no peito.

Assistentes do extermínio bárbaro de quatro filhos, causador obrigado da morte do quinto. O mártir rústico segue a cavalo com a malta.

Só sete distante sete léguas de "Almacega", começo da tragédia, decidem matar o velho Salina, abrindo-lhe o peito e arrancando-lhe o coração.

Fazem, depois, com o cadáver presente, uma cachaçada diabólica.

Fonte: Jornal A NOITE
Transcrito por: Geraldo Antônio de Sousa Júnior
Obs: O texto foi copiado obedecendo a ortografia utilizada a época.

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22 de jan. de 2018

MORRE MAIS UM GRANDE ARTISTA POPULAR... VALDEMAR DOS PÁSSAROS.

FOTO: T C M, MATÉRIA, FIM DA LINHA!!!


Valdemar dos Pássaros morreu aos 87 anos (Foto TCM HD)

O artista e um dos homens folclóricos de Mossoró, Valdemar Gomes da Silva, conhecido por "Valdemar dos Pássaros, 87 anos, foi encontrado morto em cima da cama no quarto da casa onde morava na comunidade de Vertentes, zona rural de Baraúna. na manhã de hoje, segunda feira 22 de janeiro de 2018. 


Valdemar dos pássaros, ganhou notoriedade em Mossoró e porque não dizer no Brasil a partir de participação em programas de Televisão, como Silvio Santos (SBT) e Domingão do Faustão (TV GLOBO), imitando pássaros. 

ultimamente Valdemar dos Pássaros, morava com uma família na Comunidade rural de Vertentes, no município de Baraúna, a 16 Km de Mossoró. 

Segundo informações Valdemar teve morte natural. O corpo está sendo velado na comunidade onde morava e será enterrado ás 16: Hs de hoje na cidade de Baraúna/RN.

https://www.facebook.com/ - Página do poeta José Ribamar Alves

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O CAPITÃO LAMPIÃO VAI CHEGAR!

Por José Mendes Pereira

O lugarejo todo já tinha sido informado que o sanguinário e perverso Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião estava para chegar. O cangaceiro não tinha dó de ninguém, e cada indivíduo, tomasse um lugarzinho para se proteger dos absurdos que ele praticava. Intimidava o sujeito só com um grito. Enfiava seu punhal com mais de 80 centímetros pela clavícula do marcado para morrer, rasgando todo o intestino, e atirava sem escolher quem, só para ver a queda do infeliz.

O vigário da pequena capela do vilarejo celebrava a missa, mas não temia a sua chegada, porque Lampião não batia e nem matava padre. O seu medo, era que, além de bater nos fiéis da igrejinha, ele poderia levar todo o dinheiro que arrecadara no momento da missa.

O dono de uma pequeninha lanchonete precisava se ausentar do seu comércio, e ao sair, disse ao seu empregado:

- Eu tenho que resolver algumas coisas na feira, e talvez eu não volte mais hoje. Se você ouvir falar que o capitão Lampião está no lugarejo, dê por encerrado o movimento de fregueses. Cuida logo de baixar as portas, e não se demore, faça fiapo em busca de casa. O capitão Lampião não tem nem um tico de dó de ninguém, e o melhor mesmo é prevenir, para não passar por vexames. O que a gente sabe o que ele faz por aí, não evitará de fazer também aqui no nosso vilarejo.

- Sim senhor! - Respondeu o empregado.

Mas assim que o dono da lanchonete saiu, infelizmente, chegou pelas laterais da lanchonete um homenzarrão usando chapéu de couro, um facão, uma espingarda e um enorme bornal. O suposto cangaceiro parecia o "king Kong", barbudo, braços grossos, de voz assustadora. Chegara montando numa égua brava. Mas ela parecia temê-lo, e ficou quietinha em seu lugar. Nem precisou ser amarrada. E foi aquela correria. Mulheres, meninos, e até os homens estavam nervosos.

E alguém que já corria pelas avenidas com medo, desesperadamente, gritava:

- Pelo amor de Deus, gente, corra que o capitão Lampião já está no nosso vilarejo! E traz nas mãos, um facão, uma espingarda e um enorme bornal cheio de balas.

Um velho sapateiro que cochilava em uma espreguiçadeira de frente à rua, ao ver o suposto capitão Lampião, ficou morrendo de medo, e ao se levantar, caiu lá embaixo da calçada. E assim que ficou em pé, tentou correr, mas caiu desmaiado.

Um comerciante ambulante que vendia miudezas em uma bicicleta, ao correr, perdeu todas suas bugigangas, restando-lhe apenas em seu poder, a bicicleta, que logo cuidou de montar, e, rapidamente, mesmo desajeitado, entrou de mata adentro pedalando.

Os homens do vilarejo não esperaram por nada, e não quiseram saber nem um pouco do capitão Lampião, entraram de mata adentro.

O dono de um barzinho de pinga, no alvoroço, querendo se salvar das enormes mãos do cangaceiro, enrolou-se a uma cadeira ginga-ginga, e foi ao chão. E ao levantar a vista, viu o valentão entrando com seus passos longos e desajeitados, e foi logo de encontro a ele, gritando com um assustador vozeirão:

- Me dá uma cachaça aí logo, sua peste!

E lá se veio o homem correndo com a garrafa de cachaça nas mãos. Caso demorasse a servi-lo, poderia pagar caso para ele.

O capitão Lampião não esperou que o empregado abrisse a garrafa. Arrebatou-a das suas mãos, quebrou o gargalho sobre o balcão, e bebeu tudo de uma vez só, nem ligou para pedaços de vidro.

O comerciante já havia dito a Deus que iria devolver o seu espírito, pois diante daquele homenzarrão, já sabia qual seria o seu caminho.

- O senhor quer outra! - perguntou o empregado procurando agradá-lo, já se desmanchando em urina e outras coisas estranhas.

- Não, peste! A que eu tomei já é o suficiente! – Dizia ele com a cara de mal.

O cangaceiro saiu do bar, cuspiu fortemente, pigarreou, pôs uma enorme marca de fumo na boca, sempre observando o espaço prum lado e pro outro, montou-se na sua égua brava, e antes de sair, o comerciante perguntou-lhe:

- O senhor é Virgolino Ferreira da Silva o capitão Lampião?

- Por que sua peste me pergunta isto?

- É porque nos jornais de hoje publicaram que o capitão Lampião já entrou no lugarejo, e com certeza, irá decepar muitas cabeças de quem é morador daqui. Peste ruim, ele não deixa um vivo, degola todos! E vem com uma grande quantidade de marginais...

- O que me diz? - perguntou ele com espanto.

- Sim senhor...!

- Eu quero lá saber do capitão Lampião! Deus me livre eu encontrar com aquela peste! Deus me livre!

E sem mais demora o suposto capitão Lampião esporeou a sua égua, e saiu rapidamente do lugarejo, com medo do capitão Lampião. Ao sair do bar, esqueceu de levar o bornal. Verificado o que carregava dentro dele, estava cheio de rolinhas, avoantes, asas-brancas, preás, Inhambus, papagaios,...

O homenzarrão era apenas um veterano caçador, e não era do mal, só tinha tamanho e avantajado corpo. Medroso ao extremo.

Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro. 

ALERTA AO LEITOR E LEITORA!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, poderá ter uma maldita matadora, e ele poderá não perdoa a sua ignorância.

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21 de jan. de 2018

POMBAL 1721.

 Por Elri Bandeira DE Sousa Bandeira

POMBAL 1721

Seus sobrados e castelos seculares se curvam e olham
A cena atual.
Coluna da Hora, Cadeia, Catedral, 
Barracas
Abrem alas para os grupos do Rosário,
Com seu Rei, Secretário e Embaixador, 
Que passam, coloridos, a dançar, 
À frente da ensolarada procissão. 
Brincantes se espalham em suas largas avenidas,
Fazendo soar, ao sol quente,
Seus velhos paralelepípedos,
Suas lanças, que abrem caminho, 
Sanfona e alegres maracás. 
Seus sinos dobram, 
Entoando novos gêneros de vida. 
Nossos ancestrais
Rebentam as lápides de seus túmulos 
E fazem de volta o caminho do féretro, 
Vindos de longe
Para o grande encontro. 
Chegam à Praça ‘O Centenário’,
Ágora da milenar Pombal. 
E dançam com os filhos dos seus filhos
Velhos novos rituais. 
Pinga, santa e espanto reúnem devotos, 
Noctívagos, transeuntes, 
Vendo aquele cortejo de ex-votos a passar:
Coroa de espinho, pedra na cabeça,
Roupa caqui, roupa branca: 
- “Dizei, dizei-me, neste dia, 
Quando tudo começou
Aqui neste Arraiá”?



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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OS AMORES DO CANGACEIRO

*Rangel Alves da Costa

A história e os livros comprovam a sedução causada pelos cangaceiros perante as meninas e mocinhas sertanejas. Envoltos em adornos e enfeites, lastreados de dourados e prateados, reluzindo nos embornais, nas cartucheiras, nos dedos e nas cabeleiras, os artistas das caatingas faziam pulsar corações e mentes. Sem falar na pele jambeada, tingida de sol e curtida no suor da luta, sempre exalando desmedido perfume. Fragrâncias tão fortes quanto o próprio homem.

Juriti era um verdadeiro galã. Luiz Pedro, com seu porte altaneiro e sua cabeleira, parecia saído de uma película hollywoodiana. Alguns, além dos dourados e reluzências, das vestes encobertas de vaidades, até usavam óculos escuros de sol. Que se imagine a tempestade que provocavam ao surgirem nas fazendas e taperas ou adentrarem nos arruados e povoações! Um espanto a tantos, mas também um indescritível fascínio aos virgens e despreparados corações femininos.

Os pais de família tudo faziam para evitar que as atrações e seduções cangaceiras levassem de sua casa sua menina ou sua mocinha. Muitos fugiam levando suas crias, muitos as escondiam debaixo das camas. Muitos não tinham, perante o calor da hora, o que realmente fazer. Então os encantamentos, as paixões repentinamente surgidas. E depois os retornos para buscar as prometidas ao mundo cangaceiro. Assim aconteceu, por exemplo, com Sila. Canário disse que retornaria para buscá-la e assim aconteceu.

Contudo, o homem cangaceiro nem sempre precisou utilizar sua estética - roupas, adornos e enfeites - para atrair corações. Sua força sedutora estava em outras qualidades, que não a da beleza ou do porte, mas necessariamente pela sua própria feição humana, incluindo-se, logicamente, atributos como o caráter, a honradez e a cordialidade. Assim aconteceu com José Francisco de Nascimento, o Cajazeira no bando de Lampião, que após a morte de sua companheira e também cangaceira Enedina, revelou-se num amante inveterado.

Ainda muito moço, José Francisco, ou ainda Zé de Julião (pois filho de Seu Julião e Dona Constância), enamorou-se pela bela sertaneja de nome Enedina, de larga e honrada linhagem familiar em Poço Redondo, sertão sergipano. Do namoro ao casamento foi um pulo, como se diz pelas bandas de meu sertão. Contudo, o jovem Zé de Julião, atiçado pela consciência crítica da excludente, brutal e injusta realidade social que o circundava, um dia resolveu dar a mão à sua amada e com ela tomarem os destinos catingueiros, aos braços do cangaço.

Ressalte-se que o pai do depois afamado Cajazeira, Seu Julião do Nascimento, era um dos mais ricos daquela povoação sertaneja, dono de muitas terras e rebanhos. Mas a cada chegada das forças civis ou policiais (volantes), logo o temor tomava conta de todos. Muitas eram as extorsões, os maus-tratos, as barbáries cometidas. Sob pretexto de caçar cangaceiro, o esbulho e o aviltamento praticado era contra o mundo sertanejo. E uma das maiores vítimas era Seu Julião. E foi isto que tanta revolta causou àquele espírito jovem e já cheio de rebeldia.

Pois bem. Zé de Julião e Enedina deram-se as mãos e foram ao encontro do bando de Lampião. Aceitos, deste mundo fizeram parte até a Chacina de Angico de 38, ali mesmo em Poço Redondo, na Gruta do Angico, nas proximidades das beiradas do Velho Chico. Em vexame, em situação de fuga desesperada, eis que um tiro acertou a cabeça de Enedina que os miolos espargiram pelo ar. A esposa de Cajazeira jazia morta e este, sem nada poder fazer, apenas em fuga daquele terrível cerco. De Angico voltou viúvo.

Enviuvado no Angico, mas não sozinho por muito tempo. Após a fuga do massacre, homiziou-se no município alagoano de Jirau do Ponciano, nas Alagoas (numa fazenda de José Onias de Carvalho, renomado político de Propriá, em Sergipe) onde conheceu uma mocinha chamada Nelice, cujo namoro resultou em casamento e o nascimento do filho Inácio. Em constante fuga, arribou para a Bahia e deixou a esposa e o filho na casa de seus sogros. Da Bahia retornou às terras sergipanas e no seu Poço Redondo se enamorou da irmã de sua falecida Enedina, de nome Estela Maria do Nascimento, com quem também casou no civil, tendo o casal ido morar no Rio de Janeiro. Desta união mais o nascimento de muitos filhos. Somente retornou a Poço Redondo, sozinho, após, a morte de seu pai. Daí em diante se dividiu entre o sertão e Nova Iguaçu, até decidir retornar de vez para levar adiante seu grande plano: ser prefeito de seu berço de nascimento. 

Após enveredar na vida política e ser candidato a prefeito por duas vezes (episódios estes que merecem relatos à parte), e as incansáveis perseguições provocadas pelo chamado “Roubo das Urnas”, o ex-cangaceiro procurou esconderijo na região de Serra Negra, sob a proteção do Coronel João Maria de Carvalho. E lá mais uma vez se enamorou de uma jovem chamada Djair, com quem manteve união conjugal e teve prole. Não obstante isso, Zé de Julião ainda conviveu com uma moça de Poço Redondo chamada Rita, com quem teve vários filhos, dentre os quais Anita, Neném e Elício. E também relacionamento amoroso com Julieta Gomes dos Santos (conhecida como Êta, da região poço-redondense do Jacaré e Salobinho). Com esta teve dois filhos: Venúcio e Alaíde.

Como visto, o coração do ex-cangaceiro foi amante por natureza. Em Zé de Julião sempre a chama acesa das paixões, dos relacionamentos afetivos, dos convívios amorosos. Enedina, Nelice, Estela, Djair, Rita, Julieta, e talvez mais. Ou talvez muito mais.



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15 de jan. de 2018

BRINCANDO DE AMAR

*Rangel Alves da Costa

Não há nada melhor que amar. O amor romântico, entre dois, é algo verdadeiramente insuperável. O amor é tudo, como acertadamente disse o poeta.
Mas brincar de amar também não é ruim assim. Ora, muita gente brinca. Muito mais do que imagina nossa vão filosofia amorosa. Agora mesmo alguém este brincando de amar.
Agora mesmo alguém está fazendo do outro um brinquedinho, jogando daqui pra lá, fazendo de conta que ama. E o pior é que muita gente se deixa ser jogada de lá pra cá, se deixa usar como peteca ou bola de assopro.
Agora mesmo alguém está achincalhando do outro que diz tanto amar. Jura amor, até se ajoelha se for necessário, mas outra coisa não faz senão zombar, usar, chacotear, torna o outro num objeto de diversão perante todos.
Isso mesmo, pois aquele que é usado e abusado, servindo sempre como brinquedo amoroso, acaba divertindo também toda a comunidade. Muitas vezes, até uma cidade inteira passa a se divertir com o brinquedo amoroso com que um trata o outro.
Neste jogo, aquele que brinca vai fazendo do outro um lúdico cuja serventia outra não é senão o desrespeito, a traição, a falta de honradez e pudor. Aquele que joga, apenas joga, faz do outro verdadeiro brinquedo. Aquele que é jogado e que verdadeiramente ama, acaba sendo zombado sem merecer.
Muito acontece assim. É um jogo de tanto faz para quem faz do outro brinquedo. Diz amar e faz do amor sua diversão. E se diverte traindo o amor confiado. Graceja pelo que faz e o outro que ama nem sempre sabe que está sendo usado, jogado, humilhado.


Mas o que seria, realmente, brincar de amar? Sua compreensão está no próprio contexto do que seja brincadeira. Sua definição partirá deste contexto.
Segundo os dicionários, brincadeira é o ato de brincar. Brincadeira é jogo, é diversão, é passatempo, é recreação. Brincadeira é agir ludicamente, a partir de situações que causem prazer pelo divertimento.
Brincar, pois, é divertir, é entreter, é distrair. Significa ainda dizer que não há seriedade na brincadeira, pois é a diversão que move sua prática. E com relação ao amor, como seria então?
Com relação ao amor, a brincadeira assume a mesma feição conceitual. Considerando que o amor depende da relação entre dois, então um destes toma a iniciativa de, unilateralmente, tornar o outro num meio de divertimento.
Assim, brincar de amar é tornar o amor uma mera diversão, um entretenimento, uma distração. Brincar de amar é fingir que ama e tornar tal fingimento em traição, em troca amorosa, em safadeza.
Brincar de amar é não levar a sério o que a um tem tanto importância, mas que ao outro não vale absolutamente nada. Quem brinca de amar sempre desdenha do outro, tem com este como insignificante e como um objeto qualquer de pouca utilidade às suas verdadeiras pretensões.
Quem brinca de amar e torna o outro em vil brinquedo, sempre chama para si o prazer da desonra, de ter seu nome falado e enlameado, mas ainda assim o faz pelo simples prazer da traição ou da sem-vergonhice.
Fazer o que, então? A verdade é que quem ama nunca descobre facilmente que está sendo usado, zombado, chacoteado. Todo mundo sabe, mas a pessoa não. Mas ao descobrir, então caberá tomar a decisão se deseja continuar sendo jogado ou se não permite para si tamanha vergonha.
Por fim, quem joga ou brinca de amor e até faz disso uma arte da sem-vergonhice, não permanecerá eternamente com o prazer de enganar. Um dia sairá perdedor ou perdedora do jogo e saberá o quanto é doloroso e humilhante servir de brinquedo.

Escritor
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14 de jan. de 2018

LADY BE GOOD – O AVIÃO FANTASMA

Por Rostand Medeiros

Clique no link e leia todo este belo material do pesquisador e historiógrafo Rostand Medeiros.

https://tokdehistoria.com.br/2018/01/13/lady-be-good-o-aviao-fantasma/

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13 de jan. de 2018

ZÉ DE CAZUZA É UMA MEMÓRIA PRODIGIOSA A SERVIÇO DA POESIA DO SERTÃO DO PAJEÚ

O poeta Zé de Cazuza numa conversa com o compositor Lirinha.

Ele não demora muito a sair do Sítio São Francisco, na zona rural onde criou os filhos e mantém ainda suas roças de mandioca. No centro de São José do Egito, é tomado como parte natural da paisagem. Conversa com um, acena para outro, elogia a beleza de uma moça, entre um trago de cachaça ou um gole de cerveja, não dispensa uma prosa. “Nunca mais apareceu alguém que saiba me entrevistar direito”, ele diz, para a reportagem. “O melhor foi Cascudo”, continua ele, sobre o “folclorista” potiguar Luís da Câmara Cascudo, cuja obra seria um dos eixos de entendimento do que viria a ser reconhecido com a cultura popular do Nordeste. Cabeça meio achatada sob o chapéu de feltro, relógio no punho, sorriso virgulando cada palavra, Zé de Cazuza continua sua saga como o principal memorialista da geração clássica de poetas do Sertão do Pajeú. “Não tem mais cantador, não. Jovem, não mais. Todos eles hoje têm entre 40 e 50 anos de idade”, diz ele, verbete vivo.

José Nunes Filho nasceu em 12 de dezembro de 1929, numa fazenda de Monteiro, município de casario ainda secular, logo depois da fronteira com a Paraíba, ali perto, onde, recentemente, a chegada do rio virou espetáculo, cartão de visitas e um dos argumentos mais festejados para a transposição do Rio São Francisco. Aos seis anos, assistiu a sua primeira cantoria de viola. Na peleja, estavam Severino Lourenço Pinto e Antônio Marinho do Nascimento, o poeta que seria tomado como sogro por Louro do Pajeú. O fato lhe marcaria a memória. Não apenas pessoal. Mas a da própria cultura.

Se a poesia cantada do Pajeú não respirava academias, menos ainda se destinava ao papel. “Naquela época, em que também os meios de comunicação eram escassos, os poetas eram também cronistas e informadores dos fatos sociais do mundo. A poesia era feita e consumida na hora”, comenta o professor de filosofia e pesquisador Marcos Nunes da Costa. Sem Zé de Cazuza, muito do que foi declamado no calor do improviso jamais teria se tornado clássico com o tempo, se não fosse a atenção de Zé de Cazuza. Dono de uma memória prodigiosa, ele simplesmente decorava os grandes versos nascidos nas rodas de glosa e cantoria. “Só não entrava na cabeça dele verso ruim. O que era bom, ele gravava na hora”, comenta o escritor Antônio José de Lima, casado com

Marilena Marinho, filha de Louro do Pajeú, e autor do recém-lançado Legado Filosófico de Poetas e Repentistas Semianalfabetos (Ed. Bagaço). No livro, ele perfila e compila 157 poetas do Pajeú. Quase todos iletrados. “Todos com uma grande capacidade de entendimento poético do mundo”, comenta. O mais antigo deles, Bernardo Nogueira, nascido em 1832. “É como Mozart, o gênio que assegurava que não fazia a música, a música sempre esteve lá. Parece que, aqui, a poesia também”.

A maioria desses poetas sequer seria lembrada no aniversário do neto não fosse a memória obstinada de Zé de Cazuza.
SÓ LEMBRO

“Não tem técnica, não, eu só me lembro das coisas”, simplifica ele, consciente de seu papel como o grande memorialista da poesia do Pajeú. De um só fôlego, ele se veste da conhecida entonação poética da região e lembra um dos principais poemas de Louro do Pajeú sobre o peso dos anos acumulados na vida: “Eu já não suporto mais/Na vida, tantas revoltas/ Prazer, por que não me buscas? / Mágoas, por que não me soltas?/ Presente, porque não foges / Passado, por que não voltas?”. Mas seu espírito de menino parece não ter espaço para melancolias. Quer mais é ampliar os HDs do pensamento com nova poesia. “Nem sei ainda. Mas vou ampliar meu livro. Acho que entra ainda uns 30 poetas”, diz ele, sobre o seu Poetas Encantadores, um livro que desde seu lançamento, nos anos 80, já teve quatro reedições e, naturalmente, se tornou uma das grandes referências para essa escola de poesia falada que, no papel, tem ampliado sua fala.

http://roberiosa.com.br/ze-de-cazuza-e-uma-memoria-prodigiosa-servico-da-poesia-sertao-pajeu/

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10 de jan. de 2018

SEU GALDINO E A ONÇA LEITEIRA.

Por José Mendes Pereira

- Dionísia, minha velha, gritava seu Galdino, o diabo das ovelhas do morador da viúva estão todas dentro do nosso cercado. Não se pode mais criar nada nas nossas terras. Ele sabe que as suas ovelhas são umas verdadeiras ladras, e as solta perto do meu cercado.

- Calma, meu velho! Calma! - aconselhava-o dona Dionísia. É melhor ter paciência. Intrigas com vizinho já se parece morte.

- Mas por que ele não as coloca no cercado de cima, se lá é bem mais farto o parto do que ali? - dizia ele com ignorância.

Enquanto isso, se ouvia o toc, toc de um animal que vinha caminhando. Era seu Leodoro Gusmão, montado em um lustroso cavalo de campo, que havia tomado emprestado à fazendeira dona Chiquinha Duarte, para a captura de um boi mandingueiro.

Fazendeira dona Chiquinha Duarte

- Apeie-se, compadre Leodoro, para tomar um cafezinho. A Dionísia acabou de fazer, e está bem quentinho... Dionísia, trás um cafezinho para o nosso compadre! – gritou seu Galdino em direção à cozinha.

E virando para o seu Leodoro, perguntou-lhe:

- Conseguiu ver o seu boi mandingueiro nos cerrados, compadre?

- Infelizmente não o vi, compadre Galdino. O parto está muito unido ainda, e torna-se difícil ver qualquer vivente naquelas matas fechadas.

- Mas assim é que é bom, compadre! Muito pasto e os nossos animais não morrerão de fome; ao contrário, eles estão nadando no meio da fartura.

- Deus nos livre de seca! Nossa! Só trás sofrimento para nós e para os animais. - Disse seu Leodoro.

- Quando eu vejo a fartura, me lembro de quando ainda não era fazendeiro. O sofrimento era grande. Nós morávamos nos fundos das terras do fazendeiro Chico Duarte, lá bem próximo à Favela.

Fazendeiro Chico Duarte esposo da dona Chiquinha Duarte

Eu vivia de campear gado bravo nos cerrados. Eu era vaqueiro de aluguel. Nunca fui vaqueiro de fazendeiro nenhum. O fazendeiro me dizia o bicho que precisava no seu curral, e me dava uma radiografia completa. A cor do animal, o ferro, se era adulto ou ainda novilho, tudo, sem faltar nada. E a partir das características do vivente, eu me mandava em busca dele, e só retornava para casa com ele na frente, mascarado e com chocalho...

- Mas o senhor sempre campeava sozinho, compadre Galdino? Interrompeu-lhe seu Leodoro.

- Sim senhor! Nunca precisei de vaqueiros para tanger gado comigo. E naquele tempo as onças viviam passeando por todos os lugares. Todos os dias, nas fazendas, amanheciam bezerros mortos e estraçalhados pelas danadas.

- E o senhor tinha medo delas?

- Nunca tive medo de tal animal. Eu a tratava como se fosse um cachorro, com uma diferença, apenas de grande porte.

- Eu não tenho medo, compadre Galdino. Eu evito de vê-las, porque elas são traiçoeiras, e não se deve dar chance a esse tipo de animal.

Seu Galdino precisava urgente contar uma história sobre onça a seu Leodoro. E de imediato, deu início a uma de suas aventuras.

- Certa vez, eu precisava de uns cabos para as minhas ferramentas. Os meus dois filhos, os que moram lá na grande São Paulo, o Artur e o Severino ainda eram pequenos, o mais novo com sete anos, e o mais velho com oito. A nossa situação era de lástima, porque os fazendeiros não estavam precisando de serviços dos vaqueiros, vez que os rebanhos estavam muito bem, obrigado. Naquela época, eu ainda nem sonhava em possuir fazenda. Mas, o senhor sabe, que quem é pobre, sofre por tudo. E o pior é a falta de alimentos. A minha casa estava sem nada, apenas água no pote e nada mais. O que ainda tinha em casa era açúcar, e quando um deles sentia fome, a Dionísia fazia garapa, isto no intuito de amenizar a fome do menino.

- Os meus filhos também foram criados bebendo garapa, compadre. - afirmava seu Leodoro para reforçar o que dizia seu Galdino...

- Pois bem, já que eu iria tirar os cabos para as minhas ferramentas, e como a situação andava de pior a pior, que o senhor sabe que quem anda pelas matas, vez por outra encontra uma fruta, mel de arapuá..., levei o Artur e o Severino, pois se caso eu encontrasse frutas ou mel, eles aliviariam um pouco a fome. Mas eu os levei, não só para isto, também para conhecerem as terras que eles teriam que passear por elas quando atingissem a adolescência, à procura de animais. E nós seguimos por uma vereda feita por bodes, e bem próximo ao Pai Antonio, que o senhor o conhece muito bem, do Soutinho, avistamos um animal que se escondia por detrás de uma árvore derreada. 

Dona Edith Souto e Soutinho

E fomos nos aproximando daquele bicho, para termos a certeza que vivente era. Mas com muito cuidado, pois eu temia que poderia ser uma onça, e já que os meus filhos andavam comigo, talvez acontecesse um ataque contra nós, feito por ela. E lentamente, fomos mais perto, e adivinhe, compadre, o que era!?

- Eu suponho que era uma rês pastando bem escondidinha. – Dizia seu Leodoro.

- Que rês que nada, compadre! Era uma enorme onça, em pé, diante de nós. Os meninos ficaram assustados. Mas para consolá-los, eu os disse que não tivessem medo, que ela não iria lhes fazer nenhum mal.

- Meu Deus, uma onça! – exclamou seu Leodoro.

- E vi logo que era uma onça parida, porque as suas mamas estavam muito inchadas, como se ela tivesse perdido os seus filhotes. Mas em nenhum momento, ela demonstrou insatisfeita com a nossa presença. Mas com receio, que ela poderia atacar os meus filhos, coloquei-os trepados em uma árvore, pois se ela tentasse me atacar e eu corresse, ela não conseguiria subir, para estrangular os meus garotos. E fui me aproximando mais dela, e nas mãos, eu levava um enorme facão, mais uma corda que eu a conduzia amarrada em minha cintura. A onça era tão mansa, mas tão mansa, que nada fez contra mim. Fiquei alisando o seu corpo, repuxando o couro, e a danada se era covarde, naquele dia se tornara um cordeiro. Olhando as suas tetas, desejei secá-las. Mas com medo que ela se revoltasse contra mim, continuei alisando o seu couro, e com a outra mão, fui peando as suas patas traseiras. Ali, eu iniciei secar as suas tetas.

- O senhor estava tirando leite da onça, compadre?

- E eu brinco, compadre Leodoro!? Como eu já havia peado as suas patas traseiras, cheio de certeza que ela era uma verdadeira amiga, pedi que o Artur descesse da árvore, para que eu o arriasse em uma das patas dianteira da onça, para facilitar a esgotada do leite, que com certeza, seria melhor para eu mungi-la.

- O senhor arriou o seu filho na onça, compadre Galdino? - Perguntava seu Leodoro com espanto.

-Arriei-o! Eu notei logo que a onça era uma lesada..., eu achando que era um desperdício, já que o leite era de boa qualidade, chamei o Severino para mamar nela, porque ele sentia fome. A onça nem ligava, e me parece que ela estava achando boa aquela arrumação. Como ela estava tranquila, desarreei o Artur das mãos da onça, e ordenei-o que fosse mamar também. Eles ficaram com os as barrigas enormes, porque a onça tinha muito leite.

- E depois, compadre, a onça não se revoltou com vocês?

- Pois diga! De forma alguma! Eu vendo que ela era uma besta, isto é, muito mansa, peguei a corda, fiz um cabresto, encabrestei-a, e meus filhos e eu fomos para casa montados nela.

- Que bom que um dia, nos tabuleiros, eu me encontrasse com essa mesma onça, compadre Galdino, para a Gertrudes passear montada nela nesse nosso sertão sofrido.

História contada, seu Leodoro resolveu ir embora, pois precisava fazer algumas compras lá em Mossoró.

- Até mais tarde, compadre! - Disse e saiu galopeando vagarosamente em direção à sua casa.

- Até, compadre...!

Seu Leodoro não tinha mais espaço para guardar a tamanha mentira do seu Galdino.

- Vai-te corno! - Dizia seu Galdino. Quem irá sempre montar na Gertrudes sou eu, e não onça nenhuma!

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