31 de jan. de 2022

A FACE POUCO CONHECIDA DE LAMPIÃO

  Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=n83fQX-zeE4&ab_channel=NaRotaDoCanga%C3%A7o

Baseado na obra, Lampião, nem herói, nem bandido do escritor Anildomá Willians de Souza. Traz a narrativa histórica da entrada de Lampião na cidade de Carira SE, recheada de valores culturais que agregam conhecimento e cultura na história da região Nordeste do Brasil.

Lampião não só atacava os ricos e poderosos – às vezes se amigava com eles também. Isso fez com que tivesse alianças em grande parte das cidades do Nordeste. Para os amigos, deixava de agir em certos territórios, abastecia homens quando necessário, vingava-se de seus inimigos e fazia outros serviços. O mesmo valia para os sertanejos comuns, os coiteiros. Eles davam abrigo, armas, mantimentos e informações sobre a localização das volantes, e recebiam amparo em troca. Entre cangaceiros e policiais igualmente violentos, os agricultores se viam divididos – e, por isso, Lampião era considerado um herói.
Fotos ilustrativas de domínio público. Vídeo: Benjamin Abrahão Botto. Narração: Sizinho Junior Se você gosta do nosso trabalho e quer nos ajudar nessa caminhada. Siga-nos no instagram e participe do nosso dia a dia. https://www.instagram.com/narotadocan... Inscreva-se no nosso canal e deixe seu like.

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30 de jan. de 2022

LIVRO DO ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO

     Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


https://www.facebook.com/profile.php?id=100005229734351

Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

Ou com o autor através deste:


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29 de jan. de 2022

LAMPIÃO E SEU BIGODINHO!

Por Joel Reis

Foto recortada / ampliada que mostra detalhes do rosto de Lampião.

Foto: Francisco Ribeiro de Castro e Silva, Limoeiro do Norte - CE, em 15 de junho de 1927.

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28 de jan. de 2022

O HUMILHANTE FIM DO VALENTÃO JOÃO JANUÁRIO.

  Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=adYuddlFzZ0&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Nesse vídeo o ex-comandante de Força Policial Volante baiana, José Mutti de Almeida "Mutti", conta a história do valentão João Januário, um velho e conhecido desordeiro que foi integrado nas Forças Volantes baianas que naquela época combatia o cangaceirismo e o banditismo nos sertões do Nordeste. Um elemento de alta periculosidade que chegou a desafiar e encarar notórios chefes de Volantes baianas a exemplo do Tenente Arsênio Alves de Souza e o temível Santinho (Ladislau Reis de Souza), sendo expulso de ambas as Volantes por insubordinação e por obra do destino foi integrado na Força Volante comandada por Mutti, onde não foi diferente, chegando inclusive as vias de fatos com o comandante. Quer saber o como terminou essa história? Assistam o vídeo e se inscrevam no canal para receber todas as nossas publicações e postagens. 

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Atenciosamente: Geraldo Antônio de S. Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia, Cangaçologia Shorts e Arquivo Nordeste. 

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27 de jan. de 2022

Lampião Aceso entrevistou o pesquisador e documentarista Aderbal Nogueira

 Por Kiko Monteiro

Este cearense é atualmente o maior videomaker do cangaço. Frutos da sua produtora a Laser Vídeo seus inúmeros documentários se espalharam pelo mundo afora e são itens indispensáveis na coleções de nós cangaceirólogos.

E parece ainda há muita coisa por vir visse? É o que ele promete na entrevista que nos concedeu na ocasião do ultimo dia do Cariri Cangaço e que veremos a seguir.

A sua introdução no cangaço é semelhante à de muitos. Desde os tempos de menino. O avô era da RVC - rede de viação cearense; sempre lhe contava histórias sobre Lampião. Ele inclusive foi testemunha ocular do episódio ocorrido com o Cel. Isaías Arruda, em Aurora no Ceará.


Na infância adorava filmes de bang-bang e não imaginava aquelas histórias de tiroteios acontecendo ali na sua terra... Quando soube de Lampião... "O Faroeste Brazuca" Já viu né? Nunca mais deixou o tema.

Lia tudo que encontrava. Começou a viajar e gravar entrevistas apartir de 1984 e em 1997 conheceu aquele que viria à ser o seu grande parceiro de viagens... o estimado Paulo Gastão.

Messier Paulo e Aderbal, durante o Cariri Cangaço 2010.

 Á esquerda Dezinho Magalhães, Aderbal (com um punhal que foi do cangaceiro Sabino) e o chanceler Paulo na residência do colecionador em Serra Talhada, PE.

Estes dois cavalheiros juntos já fizeram incontáveis viagens em busca dos mais diversos depoimentos. Só para se ter uma ideia, a primeira vez que realizaram rumo à Angico foi em 1996 e, de lá pra cá, só para àquela região somam umas quarenta incursões, no mínimo. E de tudo que é jeito visse? Sozinho, com o grupo da SBEC, com jipeiros, com colegas que fazem trilha a pé, com grupo de ciclistas de Fortaleza, de caiaque, desceram desde a Cachoeira de Paulo Afonso até a forquilha do começo da trilha de Angico, na beira do Rio São Francisco remando com oito companheiros de Fortaleza. Levaram dois dias para ir de Paulo Afonso até a Grota.

Duvidam? Mai rapaz o "homi" é atleta!  E é evidente que ele prova todas essas façanhas em vídeo.

Equipe da Laser Vídeo em Angico, 1996.

Sila e Candeeiro na Missa do Cangaço em Angico
 
Gravando com Sila em Angico.

No Raso da Catarina, em 1997, entrevistou entre os índios Pankararés pessoas que eram amigas de cangaceiros; inclusive, encontrou entre estes um parente do cangaceiro Gato, oriundo desta tribo.
"Foi interessante porque no começo da entrevista um senhor que estava sentado e era cego, ouvindo a história, começou a chorar. Foi quando sua esposa disse: - Ele é primo de Gato. Essas entrevistas ainda hoje não foram usadas".
Vislumbrando o Raso da Catarina.

Na tribo com os curumins Pankararés

Então, apresente suas crias! 
- Nós temos em torno de sete documentários acerca do cangaço.
1 - FATOS2 - S I L A – Esse vídeo também apresenta uma entrevista com a ex cangaceira ADÍLIA companheira de Canário; 3 - A VIOLÊNCIA OFICIALIZADA NO TEMPO DO CANGAÇO4- CANDEEIRO depoimento do ex-cangaceiro Manuel Dantas Loiola; 5- MENTIRAS E MISTÉRIOS DE ANGICO e a série de dvd´s do 6 - CARIRI CANGAÇO 2009. E mais um trabalho ainda inédito “VINTE E CINCO, UM CANGACEIRO DE LAMPIÃO”. Nos comprometemos com o mesmo a apresentá-lo somente após sua partida, espero que tão cedo eu não realize este lançamento.

Filho preferido? 
- O documentário Fatos é o meu trabalho preferido. Por conter depoimentos de pessoas que conviveram com Virgulino antes de se tornar o Lampião e outros que estiveram com ele na ocasião de sua morte.

 Com Durval Rosa em sua residência. Piranhas/AL.

De outro autor? 
- “O Ultimo dia de Lampião” do Maurice Capovilla.

E o livro? 
- Guerreiros do sol, de Frederico Pernambucano de Mello “E assim morreu Lampião” de Antonio Amaury.

Qual é o primeiro título recomendado para um calouro? 
- Indico Billy Jaynes Chandler. Não pende a balança para nenhum dos lados da história.

Qual destes contatos foi, ou foram, os mais difíceis? 
- Foi com Aureliano Alves, o “Lero”. Filho de Zé Saturnino. Ele mantém uma resistência, até com razão, porque a maioria dos trabalhos tende a incriminar mais o pai dele que o próprio Lampião. Após muita relutância nosso encontro só foi possível graças a um intermédio do Seu Luiz de Cazuza que é como se fosse um tio e de seu filho Zé Alves. Ele aceita, mas sempre acusando a imprensa - embora eu sempre o lembrando que eu não era repórter – E que iria usar a entrevista exatamente como ele me relatasse.

Isso foi gravado há vários anos, mas ainda não a utilizei em nenhum trabalho. Em um futuro próximo espero, assim como inúmeras entrevistas que temos e nunca sequer assisti, pois o material é muito vasto e só produzimos esses vídeos quando nos sobra um tempinho na produtora para edição etc; e para quem trabalha em produção de documentários empresariais sabe que tempo é coisa rara.

Já teve que pagar para obter alguma entrevista?
- Nunca, pelo contrario, eu que sai recompensado com uma amizade sincera de todos esses personagens, por exemplo, o Candeeiro, reservado caseiro, não se ausenta de casa passou uma semana hospedado em nossa casa em Fortaleza. A Eliza filha dele ficou admirada com o pedido do velho que gostaria que eu fosse pegá-lo em Buíque/PE e eu fui prontamente.

Qual o contato que não foi possível e lhe deixou de certo modo frustrado? 
- Foi com o velho Antônio da Piçarra. Pra se ter uma ideia da ironia do destino eu viajaria num sábado com este intuito e ele vem há falecer dois dias antes.

Com quem gostaria de ter conversado? 
- Como documentarista você queria ter estado com inúmeros. Gravei muitos depoimentos importantes, alguns destes que até hoje eu nem assisti. Mas eu gostaria muito de ter conversado com o grande líder.

E filmado?
- Se eu pudesse estar presente, gostaria de ter registrado a invasão de Mossoró. Evidente que a resistência de Mossoró não é única, mas pense bem no pandemônio que foi em uma cidade daquele porte em total alvoroço com a chegada dos cangaceiros? Tiveram outras, como a pequenina Nazaré do Pico em Floresta, PE. Mesmo assim, eu imagino os fatos de Mossoró lendo o diário do Antônio Gurgel. Suas linhas nos relatam aquele final de tarde, chuva fina, o sino a repicar, a correria das pessoas, muitas embarcando no trem para se refugiar no litoral e a cidade fica praticamente deserta... Enfim, o restante da história quem pesquisa já sabe. Por isso eu, evidentemente, gostaria de estar presente.

Zé Cordeiro participou das trincheiras em Mossoró (1997)


Qual é o seu capitulo preferido? 
- Dentre tantos relatos emocionantes o meu capítulo é mais particular.
Eu viajava em companhia de Sila (ex-cangaceira, companheira de Zé Sereno) pelo interior da Bahia, cinco e meia da tarde, o sol se pondo, a seca predominava na paisagem, não pude deixar de perceber que ela estava chorando... (Pausa na entrevista - Aderbal viaja em pensamento e as lágrimas correm no seu rosto)
... Então eu pergunto - Sila você se sente mal? Ela não responde, continua chorando. Eu me prontifico a parar o carro e ela explica a razão: 
- Aderbal, essa é a hora mais triste da minha vida... Porque no mato eu começava a pensar: Meu Deus, onde eu ia dormir? Pensava se estaria viva ao amanhecer, se voltaria a ver meu pai, minha mãe e meus irmãos novamente. E nem ao menos se eu voltaria a comer arroz e feijão algum dia na minha vida. 
Então, Kiko, eu choro como chorei naquele dia ao presenciar as memórias de uma mulher de quase 90 anos, personagem desta história que a gente tanto persegue. Imagino o drama... É pra ficar imune ao sentimento? Como não ceder à emoção? 
Fico triste quando vejo algumas pessoas falarem tão mal de Sila. Pessoas que privaram de sua amizade e souberam utilizá-la. Mas que depois agiram de uma forma injusta. Não entendo... Tudo bem, se ela falou o que era mais conveniente para ela, – coisa que muitos outros ex cangaceiros fizeram, pra não dizer quase todos (tenha certeza disso) – Porém nós, como pesquisadores, é que temos que filtrar e colocar só o mais plausível. 
Eu, particularmente, só tenho a agradecer a todos com quem estive, pois todos me receberam muito bem e me ajudaram na hora em que precisei, então seria uma grande desfeita de minha parte hoje desdenhar de algum destes.

As meninas Sila e Adília depõem para o documentário
Um cangaceiro (a)? 
- Conhecendo alguns cangaceiros como eu tive a oportunidade eu elejo o Candeeiro! Principalmente pela irreverência.

Gravando com Candeeiro
 A direita o ex-cangaceiro "25"


Um volante? 
- Tenho um carinho muito especial pelo tenente João Gomes de Lira. Sempre me recebeu muito bem, tenho depoimentos seus gravados que não ainda tive oportunidade de utilizar.

 Equipe da Laser Vídeo com o tenente João Gomes.

Um coadjuvante?  
- Sr Saraiva o irmão do juiz de Limoeiro do Norte (CE) que estava presente na ocasião da visita do bando logo após o fracasso em Mossoró.

Uma personagem secundária?  
- O Cabo Panta, que diz ter sido ele o carrasco de Maria Bonita. Nunca provou e os seus contemporâneos, ou seja, colegas de farda sempre negaram este feito. (eu não estava lá, não posso julgá-lo... quem sabe foi ele mesmo? E outros dizem que não por quererem ficar com a glória; é muito fácil se dizer ‘conversei com fulano e ele disse que é mentira, quem matou foi ele e não o Panta’. Como saber se essa pessoa fala a verdade? Portanto, não podemos acusar alguém de mentiroso sem ter absoluta certeza.

Eu cito inclusive outro o soldado Bertoldo que também se declarou o samurai de Angico.
- Eis aí mais um mistério!

Geralmente todo pesquisador é colecionador qual é o foco de sua coleção? 
- Sou contra as coleções de relíquias tipo: tijolo, telha pedaço de madeira da casa de Lampião ou de qualquer outra personagem. Nêgo visita e resolve levar um souvenir diferente ai outros agem da mesma forma e amanhã? Minha neta e a de vocês não vai ver nada disso porque da história não vai restar nem os cacos. Enquanto outros estão guardando tudo em suas casas para o seu bel prazer, sem um mínimo de utilidade, é o que vai acontecer, quando estes se forem? A família que não vê qualquer importância vai jogar aqueles "cacarecos" no mato, e aí?... Não me levem a mal, é apenas o meu insignificante pensamento.

Portanto só coleciono imagens e vozes dos remanescentes e testemunhas desta história.
  
 A repórter Vânia entrevista os sargentos Elias Marques e Josias Valão às margens do velho Chico.

No local do Massacre da família Gilo.

Na residência do tenente nazareno Neco de Pautília em Floresta, PE,
junto com Luiz de Cazuza.


Nós que gostaríamos de ver um filme que retratasse um cangaço autêntico, fiel aos fatos, sem licença poética, erro primário enfim sem exagero da ficção lamentamos a eterna necessidade de se ter finalmente uma produção digna da saga, de preferência um épico ou uma trilogia, enquanto isto não foi possível qual a película mais lhe agradou? 
- Baile Perfumado. Embora não seja um filme exatamente sobre Lampião, mas sobre o mascate Benjamim Abraão. Ele conseguiu produzir o documentário que eu gostaria de ter feito (RISOS). Em minha opinião não há ficção alguma que supere a realidade.

Eleja a pérola mais absurda que já leu sobre Lampião? 
- Houve um relato de que Lampião andava em Recife. Onde se podia conceber a figura já pública do rei do cangaço perambulando num grande centro sem ser reconhecido?

Diante de tantas polêmicas surgidas posteriormente a tragédia em Angico alguma chegou a fazer sentido, levando-o a dar atenção especial ex.: “Ezequiel não morreu e reaparece anos mais tarde”, “João Peitudo, filho de Lampião”, “O Lampião de Buritis” e “a paternidade de Ananias”? 
- Não gosto de polemizar, no entanto acredito que ainda há muita coisa pra ser investigada acerca dos mistérios do cangaço. Esse caso Ezequiel: Nós inclusive temos um documentário sobre o assunto. Neste vídeo vocês vão ver seu Luiz de Cazuza que conheceu Virgulino e todos os irmãos Ferreira narrar o encontro com o suposto Ezequiel e o momento em que ele tem a certeza de estar diante do irmão de Lampião que todos acreditavam ter sido morto no combate na Lagoa do Mel em Paulo Afonso. O amigo João de Sousa conheceu o homem que disse ter enterrado Ezequiel. 

É impressionante, vejam bem: De súbito ele não reconhece traços semelhantes aos do velho amigo, a última vez que o viu ele estava equipado de cangaceiro. Naquele momento estava ali um homem trajando vestes comuns, como tirar esta dúvida? Seria preciso uma pergunta e ele se lembra de uma passagem entre eles no passado que só o próprio Ezequiel poderia recordar vou lhes contar a conversa:  
Pois bem, Estávamos eu (Luiz de Cazuza), Lampião, você e mais um cangaceiro (cujo nome seu Luiz não recorda) Tu lembras? 
- Lembro sim! 
- Quando vocês retornavam de Mossoró não foi? 
- isso mesmo! 
- Você há de lembrar que Lampião pede que eu vá buscar umas alpercatas que ele tinha encomendado... Pois bem, qual foi a reação daquele cangaceiro ao receber as alpercatas? 
E na lata o suposto Ezequiel responde: 
- Ele calçou e saiu pulando por cima de umas rochas gritando olha os macacos! Olha os macacos! 
- Aderbal foi daquele jeito mesmo. 
Só quem estava presente poderia saber se ele narrasse qualquer outro capitulo ele poderia estar simplesmente blefando, mas neste caso eu não posso duvidar da identidade do cabra. No evento do julgamento simulado de Lampião em Serra Talhada eu convidei dois importantes pesquisadores a ouvir este mesmo relato de seu Luiz e estes simplesmente se recusaram acreditar, por quê? Vai ver que não queriam comprometer seus trabalhos escritos e também porque não queriam correr o risco de se contradizerem mais tarde diante de um novo fato que fazia muito sentido! A obrigação do pesquisador é ouvir os fatos, não? 

Seu Luiz narra o aludido fato.

E Lampião: morreu baleado ou envenenado? 
- Do jeito que e história conta eu não aceito. Lampião morreu? Morreu. Mas como? É intrigante, pode até ter sido do jeito que se diz, mas é estranho.

Não posso concordar com a calmaria de Angico! Eu explico: Conheço muitos dos cenários visitados por Lampião, já cruzei a pé o Raso da Catarina. Sabe, eu gosto de sentir a atmosfera dos locais, então imagine a situação... Madrugada em Angico a aproximação de uma tropa de 40 e tantos soldados em sua maioria embriagados na escuridão para ninguém quebrar um galho, ninguém pisar numa pedra em falso... enfim ninguém produzir qualquer barulho que denotasse suas presenças? Acho improvável!

Em que assunto ou personagem está trabalhando ou qual gostaria de estudar para a publicação desta pesquisa. Enfim qual a próxima novidade que teremos em nossas estantes? 
- Meu próximo trabalho não é um vídeo, mas um livro. Um trabalho que tem como foco as minúcias do cangaço. Relatos que nunca foram escritos. Posso até antecipar um trecho: Gravando um depoimento do Sr. Chiquinho Rodrigues sobre o dia do ataque do cangaceiro Gato a Piranhas, na tentativa de libertar Inacinha, aquele tiroteio terrível, em certo momento ele diz: “– Olhe, foi a primeira vez que vi um homem sem chapéu!” Se não me engano, ele se refere ao Juiz da cidade que passa correndo por ele sem o chapéu. Avalie a importância que o chapéu tinha para o sertanejo? Ouvi relato também do Ten. Pompeu Aristides de Moura justamente sobre o uso do chapéu.
E além destes, são mais três relatos falando sobre este detalhe próprio da nossa gente. São assuntos deste tipo que vou colocar em folha.


O tenente Pompeu foi um dos responsáveis pela morte
do cangaceiro Virgínio, cunhado de Lampião. 

Uma coisa interessante é que não terá fontes bibliográficas, pois tudo será fruto de depoimentos colhidos por nós. Pra encerrar deixo aqui também registrada uma pequena mágoa. Já vi alguns relatos em livros que foram tirados de nossos vídeos, pois até então ainda não haviam sido registrados em nenhum outro trabalho, e nenhum destes autores citou a fonte.


Para não cometer injustiça, apenas o escritor canadense Gregg Narber atribuiu à nossa pesquisa os devidos créditos em seu excelente livro “Entre a cruz e a espada: Violência e misticismo no Brasil Rural”, da Editora Terceiro Nome.

 *As duas primeiras fotos foram concebidas por Coroné Severo.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2010/10/prazer-em-conhecer-lampiao-aceso_15.html

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26 de jan. de 2022

NOVA ATIVIDADE.

  Por Guilherme Velame Wenzinger

Manoel Arruda de Assis e Febrônio Olinto de Souza. Foto datada de 1923, tirada no município de Conceição do Piancó-PB.

Fonte: Livro “Nas Veredas da Terra do Sol”, de José Romero Araújo Cardoso.

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25 de jan. de 2022

A MORTE DA CANGACEIRA ENEDINA | O CANGAÇO NA LITERATURA | #223

  Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=XyCO3uaEriU&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

Texto sobre Márcia https://www.facebook.com/570852839/po... Quer saber um pouco mais sobre Zé de Julião e Enedina? Assiste nosso programa.

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24 de jan. de 2022

LIVRO.

  Por Jose Irari.


Prezados amigos do cariri cangaço!! Livros romances, que nos remete ao passado, dos nossos ancestrais e infância, com linguagem tradicional da cultura nordestina. Recomendo os livros do escritor paraibano, Efigênio Moura. 








Uma viagem no tempo, considero-o um escritor, que busca trazer à nossa memória, uma cultura que está sendo esquecida, devido às tecnologias de novo milênio. Vamos adquirir. Abraço fraterno a todos amigos e familiares.

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