30 de abr. de 2024

PARA NÃO SE ESQUECER DE 2015...

  Por Manoel Severo Barbosa

O ano de 2015 foi sem dúvidas muito especial, definimos mais uma vez uma agenda intensa de atividades e em todas elas a marca inegável do trabalho em equipe e da firme disposição da integração da verdadeira alma nordestina. O Cariri Cangaço; esse empreendimento que tem a cara do sertão, une a cada ano, o Brasil da tez queimada pelo sol da caatinga na direção do fortalecimento de nossa memória e inigualável história.

Já somamos 5 estados; Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe; somos 16 municípios unidos ao sentimento de perpetuar o que temos de mais precioso. O Cariri Cangaço assume a cada ano o desafio de se reinventar, com ousadia e muito trabalho chegar a todos os recantos de nosso Brasil, aqui nosso principal combustível é o entusiasmo e a certeza de que vale a pena, e como vale !


Casarão de Patos de Irerê

A Emblemática Princesa Isabel...

Já havia muito tempo que planejávamos chegar a Princesa Isabel e a São José de Princesa, com sua emblemática Patos de Irerê, na querida Paraíba. As sagas de Zé Pereira, Marcolino Diniz, Xanduzinha, Quelé, enfim; não poderiam ficar fora de nosso Cariri Cangaço, pelo imenso significado que possuem para a historiografia da temática e para a própria história do Brasil...

Os primeiros contatos foram feitos através do amigo Carmelo Mandu que acabou proporcionando um momento precioso entre os organizadores do Cariri Cangaço; curador Manoel Severo e os Conselheiros Narciso Dias e Jorge Remígio e ainda o assessor Heldemar Garcia e Jair Tavares na residência do querido João Mandu, onde os contatos com Socorro Mandu e Emmanuel Arruda foram definitivos juntamente com a visita maravilhosa a Patos de Irerê com João Antas, para realizarmos o sonho chamado Cariri Cangaço Princesa 2015.

Depois recebemos a visita do prefeito de Princesa Isabel, Dominguinhos em Juazeiro do Norte ao lado dos secretários Valmir Pereira e Emmanuel Arruda, quando ao lado de Pedro Barbosa começamos a definir o formato do grande evento. Ali foi também definitivo o apoio de São José de Princesa com Rúbia Matuto e toda a comunidade de Patos de Irerê. Marcamos a data: O Cariri Cangaço Princesa 2015 seria no período de aniversário da cidade, 19 a 21 de março.

Não teria palavras para definir o grande significado do Cariri Cangaço Princesa, não só pelo público espetacular, com mais de 500 pessoas na noite de abertura e nos seguidos momento da agenda. Testemunhar a família princesense unida para contar a sua própria história não teve preço. Em Patos de Irerê, terras de São José de Princesa, do Coronel Marçal e pouso de Marcolino e Xanduzinha, território livre da guerra de princesa e dos memoráveis combates de trinta, a festa foi simplesmente espetacular; tendo a frente Rúbia Matuto e João Antas. Presença de amigos de todo o Brasil; mais de 100 pesquisadores invadiram a Paraíba num dos mais emblemáticos Cariri Cangaço de todos os tempos.

Poderia passar o dia inteiro citando e agradecendo a tantos e tantos amigos e valorosos colaboradores; mas não poderia esquecer da grande família Cariri Cangaço de Princesa e São José: Dominguinhos, Emmanuel Arruda, Valmir Pereira, Thiago Pereira, Sabrina Barbosa, os queridos amigos da família Mandu; Carmelo, Socorro, Pacelli, Marcelo, Sandro e os talentosos artistas do Abolição, além dos estimados Rosane e Roberto Gonçalves, Fábio Arruda e tantos outros como o impagável Paulo Mariano, o sensacional João Antas, Damião, Josefa e o povo querido de Patos, sem falar na espetacular Rúbia Matuto. Vocês foram os grandes responsáveis por tudo isso: Inesquecível Cariri Cangaço Princesa 2015!
Veja tudo visitando em nossa aba superior no ícone:
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Piranhas, Alagoas

A Belíssima Piranhas...

Desde o ano de 2013, ainda no começo de nossas iniciativas com as Avante-Premiere na direção de alcançar outros públicos além do estado do Ceará; Piranhas através de nosso Conselheiro, talentoso pesquisador e turismólogo Jairo Luiz se apresentou como uma das mais espetaculares empreitadas com a Marca Cariri Cangaço. Na mais bela cidade ribeirinha do Brasil, às margens do Velho Chico, foi possível realizar um evento único que une qualidade, responsabilidade e uma beleza incomum, nascia o Cariri Cangaço Piranhas, no estado das Alagoas, já em sua terceira edição !


A tradição piranhense e seu legado dentro da historiografia do cangaço se consolidou de forma efetiva neste ano de 2015. Sob a batuta espetacular e um trabalho primoroso de Patricia Brasil, Celsinho Rodrigues e toda a equipe da municipalidade e demais parceiros, realizamos entre os dias 25 e 28 de julho uma edição para não ser esquecida. Uma surpreendente caravana de mais de 200 pesquisadores de todo o Brasil marcaram presença em terras alagoanas para vivenciar toda a magia de mais um Cariri Cangaço Piranhas.

A essa edição do Cariri Cangaço Piranhas 2015 tivemos a adesão de mais um estado; Sergipe com Poço Redondo; terra do inesquecível Alcino Alves Costa. Poço Redondo veio se somar ao evento trazendo o toque da homenagem especial ao querido Decano Caipira com a inauguração de Avenida e do Memorial Alcino Alves Costa, tendo a frente Rangel Alves da Costa e o casal, Conselheiro Cariri Cangaço, Archimedes Marques e Elane Marques, além da família do homenageado, numa recepção inesquecível, tendo a frente a querida Lena. 



Piranhas definitivamente firmou sua posição no Brasil como sede de um dos eventos mais qualificados sobre o tema cangaço no país. O Cuidado com toda a programação, o elenco de conferencistas, os temas, as visitas e todo o zelo dos organizadores com os mais de 200 convidados, tendo a frente o grande Celsinho Rodrigues, fizeram do Cariri Cangaço Piranhas 2015 um evento espetacular. Tivemos no total um público de mais mil pessoas em nosso Cariri Cangaço Piranhas, sensacional!


Não não poderíamos deixar de agradecer aos queridos amigos da Família Cariri Cangaço de toda Piranhas... Celsinho Rodrigues, Patrícia Brasil, Jaqueline Rodrigues; prefeito Manoel Brasiliano, estimado deputado Inácio Loiola e dona Chatia, Secretária Melina Freitas, amigos Reginaldo Rodrigues, Petrúcio Rodrigues, Cacau, Francisco e Washington Correa, e as presenças mais que honrosas de Seu Celso Rodrigues e o casal querido Paulo Britto e Ane Ranzan e toda família Piranhense.

Veja tudo visitando em nossa aba superior no ícone:
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No Ceará tem disso sim...

E em nossa quinta edição em terras cearenses, mais uma vez a festa e o calor alencarinos, se fizeram presentes com destaque para as espetaculares Lavras da Mangabeira e Missão Velha. Crato e Juazeiro do Norte completaram as honras da casa, encerrando a Agenda Cariri Cangaço 2015. 

Desta vez um recorte especial sobre o personagem emblemático que foi Padre Cícero Romão Batista. Em Lavras da Mangabeira, sob a sombras das árvores e com uma platéia mais que especial tivemos o "Pacto dos Coronéis" e depois em dois momentos em Juazeiro do Norte a figura do Santo Padre, com o "Muro do Valado" na serra do Horto e "As várias Faces do Santo do Juazeiro" no memorial que leva seu nome, sem dúvidas foram momentos marcantes para a grande festa que foi o grande Ano V.

 Edição de Luxo , Ano V , Cariri Cangaço em terras cearenses para não se esquecer...

Na bela RFFSA em Crato a magia de "Os Últimos Cangaceiros" trouxe ao debate o papel da sétima arte com direito a revelações maravilhosas da querida Neli Conceição, filha de Moreno e Durvinha em noite memorável e abertura no berço do Cariri Cangaço com Wolney Oliveira.

Lavras da Mangabeira em sua primeira realização dentro da Edição Oficial; anteriormente havia feito duas avante-première em 2013 e 2014; e Missão Velha, presente em todas as nossas edições foram simplesmente sensacionais e dessa vez, Missão Velha com as homenagens marcantes aos coronéis do cariri, com destaque para Quinco Vasques, Cel Santana e o Edson Olegário, mostrou a força das família caririenses. 

 Grande Família Cariri Cangaço vinda de todos os cantos do Brasil... Avante !

O Edição de Luxo - Ano V, com o envolvimento dos organizadores tendo a frente Cristina Couto em Lavras e Bosco André em Missão Velha tornaram suas programações simplesmente momentos para não se esquecer, aqui tivemos a estréia de quatro novos conferencistas que honraram sobre maneira a família Cariri Cangaço: Urbano Silva, Heitor Feitosa Macedo, Emerson Monteiro e Lailson Feitosa, sejam bem vindos! Nos resta agradecer; muito obrigado aos queridos amigos de nosso amado Cariri; Cristina Couto, estimado Tavinho; Ruy Gabriel, Cícera, Cecília e toda a equipe de Lavras; Bosco André, Tardiny, amigo Cicero Macedo, Niltim, Dr Cícero Landim, grande Antonio Edson Olegário.

Outro ponto marcante de nossa Edição de Luxo foi a posse no novo Conselho Cariri Cangaço , uma plêiade de verdadeiros gigantes, talentosos e apaixonados pelo seu chão e por sua história. O Cariri Cangaço tem a honra de ter dentre seus Conselheiros, homens e mulheres que dignificam a Alma Nordestina...A eles e a toda família Cariri Cangaço desta grande Nação chamada Brasil, a nossa enorme gratidão.


Conselho Alcino Alves Costa do Cariri Cangaço 2015/2017

Napoleão Tavares Neves, Barbalha CE
Juliana Pereira, Quixadá CE
Ivanildo Silveira, Natal RN
Ângelo Osmiro, Fortaleza CE
Honório de Medeiros, Natal RN
Narciso Dias, João Pessoa PB
Sousa Neto, Barro CE
Gerado Ferraz, Recife PE
Wescley Rodrigues, Sousa PB
Ana Lúcia Granja, Petrolina PE
Kiko Monteiro, Lagarto SE
João de Sousa Lima, Paulo Afonso BA
Archimedes Marques, Aracaju SE
Rostand Medeiros, Natal RN
Aderbal Nogueira, Fortaleza CE
José Cícero Silva, Aurora CE
Antônio Vilela, Garanhuns PE
Bosco André, Missão Velha CE
Múcio Procópio, Natal RN
Paulo Gastão, Mossoró RN
Kydelmir Dantas , Mossoró RN
Cristina Couto, Lavras da Mangabeira CE
Jorge Remígio, Custódia PE
Professor Pereira, Cajazeiras PB
Leandro Cardoso, Teresina PI

Só nos resta ressaltar o extraordinário trabalho e apoio dos Grupos de Estudo do Cangaço, parceiros de todas as horas, companheiros de jornada e sem dúvidas baluartes na defesa e manutenção de nossa memória. O Cariri Cangaço tem a honra de ter como "irmãos" nesta jornada a SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço,
o GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e
GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço.


Vamos em frente, muito obrigado 2015 
Então que venha o iluminado 2016.

Cariri Cangaço, Onde o Brasil de Alma Nordestina se Encontra!
Manoel Severo Barbosa

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29 de abr. de 2024

1818 – UM MATRIMÔNIO AFRO-LUSITANO NO SERIDÓ POTIGUAR

  AUTOR – Antônio Luís de Medeiros – São João do Sabugi – RN

Se os portugueses discriminavam os índios, muito mais faziam com a raça negra. Então este casamento de um português com uma sua escrava foi um fato raríssimo ocorrido no nosso Seridó há mais de dois séculos.

Nosso saudoso Olavo de Medeiros Filho comentava conosco esse ineditismo. Ele fazia a comparação com o romance Iracema, de José de Alencar, sendo este a miscigenação do português com o índio enquanto o consórcio matrimonial de José Antônio da Costa com Rita Maria, sua ex-escrava seria a união de sangue ibérico com sangue africano.

Ao primeiro dia do mês de julho de mil oitocentos e dezoito, pelas oito horas da noite, nessa Matriz do Seridó, em minha presença e das testemunhas o Reverendo Manoel Teixeira da Fonseca e o Capitão Tomaz de Araújo Pereira, casado, se receberam em matrimônio por palavras de presente José Antônio Costa, europeu, natural de Santarém e Rita Maria, parda, que havia sido sua escrava. Natural da Vila de Icó, Ceará, donde justificam o estado de livre e desimpedidos e igualmente da naturalidade do contraente confinada aos banhos por faculdade do Ilustríssimo Senhor Provedor e Governador do Bispado Manoel Vieira de Lemos aos vinte e seis de maio do corrente ano, como consta dos papéis que ficam emaçados, e declarava o contratante ser filho legitimo de Antônio Pereira de Amorim e de Teresa Maria Maciel, moradores na dita Freguesia de Santarém, de Nossa Senhora das Maravilhas, no Patriarcado de Lisboa, e logo lhe dei as bênçãos  de que para tudo constar fia este assento que com as ditas testemunhas assino.

O Vigr° Francisco de Brito Guerra

                 Pe. Manoel Teixeira da Fonseca – Tomaz de Araújo Pereira

Fonte: 2º Livro de Casamento da Freguesia da Senhora Santana do Seridó, período de 1809/1821, fls. 124 / 125.

Documento de 1818.

Neste modesto trabalho, de poucas linhas, nossa intenção é comentar, superficialmente, a convivência harmoniosa de nossos antepassados com seus poucos escravos na região seridoense. Sendo a atividade pastoril a principal fonte de renda da população, poucas posses dos fazendeiros e dificuldade de sobrevivência era grande a desigualdade patrimonial entre a região litorânea e sertaneja nordestinas.

Com as agruras do meio enfrentadas tanto pelo senhor quanto pelos escravos formava-se um sentimento fraterno e mais humano entre ambos. Os escravos casavam religiosamente, moravam em suas casas, com suas esposas e os filhos, iguais aos “moradores livres”. Nunca encontramos resquícios de senzalas no Seridó. Só nos engenhos do brejo e outras regiões distantes. Nas grandes secas seus senhores passavam as mesmas privações que eles.

Casa Grande da Fazenda Dinamarca, Serra Negra do Norte – RN. Foto meramente iliustrativa – Fonte – Antônio Luís de Medeiros.

João Paulino, da fazenda Pitombeira, em São João do Sabugi, parecia ter mais escravos que bois. Diziam que ele e seu irmão o Ten. Cel. José Evangelista, da fazenda Ipueira, nunca venderam um só escravo.

Coma libertação da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1888, os antigos escravos permaneceram morando na mesma casa, plantando o mesmo roçado de miunças (ovelhas e cabras), com terreiro de galinhas, porco no chiqueiro e um jumento cargueiro para as suas necessidades.

Contrastando com todas as dificuldades do meio e da época, encontramos a maior fortuna do Seridó do século XIX, em Serra Negra, no inventário de Maria Jesus José da Rocha, pernambucana de Pau D’alho, falecida em 1854, esposa de Manoel Pereira Monteiro (o 3º), pais de Antônio Pereira Monteiro – Cangalha. Só para citar alguns dados: 62 peças em ouro, 41 em prata, 52 escravos, 50 bois mansos, 1.338 vacas paridas, 55 touros, 1.200 bois criados, 136 cavalos, extensas fazendas nas Províncias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, 18 contos de réis em dinheiro e muitos outros bens.

Esperidião Medeiros com a família, cerca de 1918 a 1920 – Fonte – Antônio Luís de Medeiros.

Em antigas fotografias aparece sempre uma negra fazendo parte da família como mostra o registro acima de Esperidião Medeiros com a sua esposa e seus 12 filhos, possivelmente entre 1918 e 1920.

Quando faleceu a preta Irene, que havia sido sua ama na infância de Manoel Bandeira ele dedicou-lhe o poema, Irene no céu.

Irene Preta.

Irene boa.

Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:

– Licença meu branco!

E São Pedro bonachão:

– Entre, Irene. Você não precisa pedir licença.

Gentilmente após a publicação desse material, recebi no Facebook, de “Literatura do Seridó”, a informação que essa senhora da foto é Aureliana Aurélia de Albuquerque, ou, como era mais conhecida, “Dedé”.Agregada à família, cuja a criançada a consideravam como uma segunda mãe. Nasceu em Caicó no dia 16 de junho de 1876, e faleceu na mesma cidade, no dia 18 de janeiro de 1953, aos 77 anos de idade. E segundo o autor do texto a criança da foto é Aldo Medeiros, que foi casado com Dona Mili, filha do casal Dinarte de Medeiros Mariz e Dona Diva. Aldo e Dona Mili casaram no ano de 1940.
Extraído do blog Tok de História, do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros.
https://tokdehistoria.com.br/2024/04/29/1818-um-matrimonio-afro-lusitano-no-serido-potiguar/
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28 de abr. de 2024

PREVENÇÃO DA PRÓSTATA

 Por José Ribamar Alves (José Di Rosa Maria).


Doença nunca foi coisa 
Para pessoa guardar. 
A medicina garante
Sem receio de errar,
Que é melhor prevenir
Do que arremediar.
1
Então você que é homem
Procure se precaver,
Evite o câncer de próstata,
É melhor se proteger
Do que descobrir depois...
Que tem um pra combater.
2
Cuidar da própria saúde
Pelo bem do próprio bem
E não deixar pra cuidar
Depois que a doença vem,
É atitude de homem
Que ama a vida que tem.
3
Não deixe pra ir ao médico
Só quando estiver doente,
Para você que não sabe
Cuidar do corpo e da mente
Aqui neste mundo é coisa
Pra quem é inteligente.
4
Em toda Unidade Básica
De Saúde do Estado,
Você procurando tem
Como ficar informado
Sobre o que deve fazer
Pro câncer ser evitado.
5
Informações preventivas
Você vai ter sem pagar,
Faça todos os exames
Que o médico solicitar
Que o mal descoberto cedo
É mais fácil de curar.
6
Nosso corpo tem mistérios
Pra entender me concentro!
Comparemos com um ovo
Que a gema fica no centro,
De fora não dá pra gente
Saber como está por dentro.
7
Hoje em dia o Ministério
Da Saúde Nacional
Oferece uma política
De Atenção Integral
À Saúde Masculina,
Para os homens, nada mal!
8
Depois dos quarenta e um
Procure quem lhe ajude,
Faça o exame do toque,
Prime por essa atitude,
Não faz vergonha nenhuma
Cuidar da própria saúde.
9
Hoje o PSA
Também é recomendado
E em caso de suspeita
O médico tem o cuidado
Redobrado de cuidar
Do que deve ser cuidado.
10
Não deixe pra se cuidar
Tarde demais, por favor!
A próstata depois que vira
Um perigoso tumor
Tira mais de 100 por cento
Do prazer do portador.
11
O intuito das políticas
Públicas, hoje na verdade,
É trazer os homens para
Dentro da nossa Unidade
De Saúde, pra tira-los
Da invisibilidade.
12
Próstata fica na parte
Mais baixa do abdômen.
Por razões que não conheço
Só nasce no bicho homem
E em seu estado avançado
Causa dores que não somem.
13
Do mal da próstata, conheça
Os verdadeiros sinais.
Um é a polaciúria
Que faz urinar demais
E o outro a hematúria
Que urinar sangue, faz.
14
Tem mais a incontinência
Urinária, com poder
De fazer o portador
Se urinar sem saber
E a interrupção
Do jato que traz sofrer.
15
O câncer de próstata é
Diz a ciência de cor,
O sexto tipo no mundo
Mais comum e de maior
Incidência no ser, homem,
Dentre outros o pior.
16
Três quartos dos casos hoje
No mundo, eu li nos jornais,
Que ocorrem, justamente,
Em homens que já têm mais
De sessenta e cinco anos,
Esses dados são reais!
17
Deve ser triste pro homem
Molhar a roupa sem ver
Ou não poder controlar
A vontade de fazer
Xixi, estando num canto
Que está lhe dando prazer. FIM


Impresso na M Gráfica-Mossoró-RN,
Dia 9 de outubro de 2017.

Enviado em 2017, pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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27 de abr. de 2024

NAUTÍLIA A IRMÃ DE JARDA PEREIRA (esta última era esposa do cangaceiro Chico Pereira) FALECEU!

  Por José Mendes Pereira

Nautília de blusa cor clara e Raimunda Batista irmã da mãe de Maria das Graças Nóbrega

Clique neste link para ler sobre Nautília, artigo publicado em 07 de agosto de 2014
http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/08/nautlia-e-irma-de-jarda-pereira.html


Através de Maria Das Graças Nóbrega com quem mantenho contato em sua página no facebook, recebi informações sobre Nautília irmã de Jardelina Nóbrega Pereira, viúva do 

Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

ex-cangaceiro Chico Pereira, assassinado em Currais Novos, nas terras do Rio Grande do Norte, que Nautília faleceu em junho de 2015, segundo informações que repassaram para ela.

Maria das Graças de Nóbrega e seu esposo

Maria das Graças Nóbrega não tem parentesco com a família Pereira, mas tem com a família de Nautília, e muitas amizades através de contatos com Jardelina, e principalmente com Nautília, quando moravam na mesma cidade, e Nautília tinha grande amizade com sua família.

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26 de abr. de 2024

MORRE ANDERSON LEONARDO, VOCALISTA DO GRUPO MOLEJO, AOS 51 ANOS.

  Por O GLOBO

Anderson Leonardo, vocalista e cavaquinista do Molejo, um dos grupos mais famosos e irreverentes do pagode dos anos 1990, morreu nesta sexta-feira (26) aos 51 anos. O músico foi internado no hospital Unimed, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 27 de fevereiro, com fortes dores após sessões de radioterapia para tratar um câncer inguinal raro, na região da virilha.

Quem foi Anderson Leonardo?

Filho do produtor Bira Haway (que, como técnico de som do Estúdio Haway, na região da Central do Brasil, gravou nos anos 1970 discos de Jamelão, Elza Soares, Fagner, Alcione, Fafá de Belém, Novos Baianos e Belchior, além de LPs de escolas de samba), Anderson nasceu e foi criado no bairro da Abolição, na Zona Norte do Rio, onde viveu cercado pelo samba. Um de seus melhores amigos de infância era Andrezinho, filho do ex-diretor de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, Mestre André, o inventor das paradinhas. Os dois meninos fizeram shows folclóricos no exterior, nos quais tocavam músicas de capoeira e executavam acrobacias com o pandeiro.

No fim dos anos 1980, Bira Haway montou o Molejo como uma banda de baile. No começo dos 90, Anderson e Andrezinho (surdo e vocal) assumiram a banda e se juntaram a Claumirzinho (pandeiro e vocal), Lúcio Nascimento (percussão e vocal), Robson Calazans (percussão e vocal) e Jimmy Batera (bateria). Orientados por Bira (que mais tarde produziria, além do Molejo, grupos como produtor de Revelação, Exaltasamba, Pixote), misturaram o samba-pop e bem-humorado dos Originais do Samba com as inovações introduzidas no samba de raiz pelo grupo Fundo de Quintal.

“Queríamos ser uma banda de baile, e nosso primeiro nome era Nossa Banda. Depois, mudou para Grupo Molejo que era o nome da banda do meu pai. Por querer ser uma banda de baile é que temos toda essa alegria, esse repertório e sempre estar cantando músicas de outros artistas e outros companheiros”, disse Anderson ao jornal “O AbreCampense”.

Em 1994, o Molejo lançou seu primeiro LP, “Grupo Molejo”, que estourou com o samba-rock “Caçamba” (“está tudo aí / que papo legal / estão dizendo lá no gueto / que você tem um suingue legal”). Os discos seguintes trariam “Paparico” (“arranjei um carro importado / uma beca e um celular / na verdade era tudo emprestado / não tenho nem onde morar”), “Brincadeira de criança” e a “Dança da Vassoura” (“diga aonde você vai / que eu vou varrendo”). Para sublinhar a alegria dos sambas, era fundamental a presença de Anderson, com o seu riso largo, sua voz rouca e uma dentição muito particular — que ele optou por corrigir em 2015.

“Estou bem feliz com o resultado. Tudo melhora. Costumo brincar que a minha língua está mais à vontade na suíte. Antigamente o barraco ficava muito apertado (risos). Quando eu olho no espelho e vejo tudo certinho, fico muito feliz. A patroa gostou muito”, festejou ele, em entrevista ao Jornal Extra.

O grupo Molejo, nos anos 1990 — Foto: Divulgação
O grupo Molejo, nos anos 1990 — Foto: Divulgação

maior dos sucessos viria em 1996, com “Cilada”, samba feito por Delcio Luiz e Ronaldo Barcellos durante um pileque em São Paulo (“inocente, apaixonado, eu estava crente que ia viver uma história de amor / não era amor, não era, era cilada”). Sem jeito, Delcio apresentou a composição a Anderson num almoço de Natal. “Eu nunca largo prato de comida, e larguei pra bater palmas pra eles”, contou o cantor no programa “Faustão da Band”. “Essa música é tão legal que até Lady Gaga deu uma moral”.

Ele se referia, de forma brincalhona, ao fato de que, em setembro de 2016, logo após a cantora americana ter lançado o single “Perfect illusion”, fãs terem apontado nas redes sociais semelhanças entre a música e “Cilada”. A brincadeira impulsionou as buscas pelas músicas do Molejo no Spotify, que cresceu 102% em apenas um dia. Dias depois, Lady Gaga fez referência no Facebook ao samba do Molejo para promover o seu álbum “Joanne”.

Com isso, uma nova geração descobriu o grupo (e o celebrou com memes e camisetas que diziam “Molejo maior que Beatles”), que então, após seis anos sem lançar um disco de inéditas, anunciou o álbum “Molejo Club”, antecipado pela música “Fofoca é lixo”. Logo depois foi anunciado que Andrezinho, que havia saído em 2009, voltaria ao grupo.

“André disse: ‘Quero voltar, não aguento mais ficar sozinho’. E eu respondi: ‘Vai lá e fala com os caras”. Foram oito anos de briga e, com o tempo, a mágoa vai passando, ainda mais porque a gente havia construído muita coisa junto”, revelou Anderson ao Extra. “Eram discussões sobre compromissos, condição monetária, virou uma bola de neve. A minha saída foi a parte ruim de nossa história”, admitiu Andrezinho, que durante os anos que ficou longe do Molejo, atuou como coordenador de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.

Acusações de violência contra Anderson Leonardo

Um histórico de violência acompanhou a vida de Anderson Leonardo. Em 1999, ele foi acusado de agressão por Luciana Ferreira da Silva, sua ex-mulher, com quem teve dois filhos, por ela ter cobrado o dinheiro da pensão. No mesmo ano, Flávia Moraes, de 19 anos, registrou queixa contra ele numa delegacia de São Paulo por ter levado socos ao ter se recusado a manter relações sexuais sem camisinha. A confusão teria ocorrido numa das suítes do Hotel Jandaia, onde Anderson estava hospedado com o Molejo.

De acordo com o depoimento de Flávia, os dois teriam se conhecido numa boate e depois foram para o hotel. A história foi confirmada por um dos porteiros. Anderson se defendeu das acusações, alegando que estava num bar com o empresário e alguns amigos, quando conheceu Flávia. Ela teria pedido um autógrafo e, surpreendentemente, começou a xingá-lo.

Anderson Leonardo foi acusado de estupro

Em fevereiro de 2021, o sambista foi novamente acusado, dessa vez de ter estuprado um jovem de 21 anos. Maycon Douglas Pinto de Nascimento Adão, mais conhecido como MC Maylon, denunciou que o estupro aconteceu em um hotel em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Quando entramos, ele começou a me agredir, me deu um tapa na cara. Durou uma hora e não sei quantos minutos. Eu nunca ia esperar isso dele. Quando ele penetrou em mim, senti muita dor”, declarou. Anderson Leonardo alegou que as relações sexuais com o bailarino foram consensuais e, no depoimento à polícia, disse estar sendo vítima de chantagens pelo jovem.

Tempos depois, o cantor disse ao canal “Cara a Tapa”, do YouTube: “Ninguém tem nada contra ninguém. Vou frisar aqui sério. Eu nunca tive [preconceito]. Imagina, tu nasceu feiozinho e tu começa a ver uns menininhos mais bonitinhos. Aí, um cara mais velho te dá um tênis, um lanchinho, né? Pô, um cozinheiro colocava uns pratinhos melhores para mim para quê? Eu tinha que transar mesmo... Ou você acha que o prato vinha de graça? Mas isso é passado.”

Em maio de 2002, a ex-Banheira do Gugu Solange Gomes acusou Anderson de assédio no programa. De acordo com ela, o sambista a tocou e ela não se queixou, à época, por medo de perder seu emprego. “Antigamente as coisas aconteciam e a gente não tinha muita noção. Então, eu lembro, na Banheira, que o Anderson, do Molejo, veio e colocou a mão dentro do meu biquíni”, contou, no podcast Papagaio Falante.

“Eu estava agarrando muito ele, sufocando, dando uma gravata, e ele ficou chateado, irritado. Então, a forma que ele achou que poderia me parar era fazendo um exame ginecológico. Foi bem desagradável", completou Solange. A assessoria jurídica de Anderson disse que as acusações eram infundadas.

Qual o tipo de câncer do Anderson do Molejo?

O câncer do sambista foi descoberto em outubro de 2022. Dois meses depois, ele chegou a anunciar que estava curado. No entanto, em maio de 2023, contou ter tido que retomar o tratamento. “Eu estava sentindo uma coisa muito pequena e falava: ‘não deve ser nada, deve ser uma gordurinha’. Daí foi crescendo. Eu e minha namorada procuramos o urologista”, disse em entrevista ao podcast Rocinha Cast. Anderson Leonardo deixa quatro filhos: Leozinho Bradock, Alissa, Rafael Phelipe e Alice.

MORRE ANDERSON LEONARDO:

Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, morreu nesta sexta-feira (26). Sambista tratava de câncer inguinal desde 2022.

https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2024/04/26/morre-anderson-leonardo-vocalista-do-grupo-molejo-aos-51-anos.ghtml

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