29 de set. de 2025

NOVO LIVRO NA PRAÇA.

 Todos os cabras de Silvino reunidos em um só livro!

Por Lampião Aceso

Depois do sucesso de “Cangaceiros de Lampião de A a Z”, obra já em sua 3ª edição praticamente esgotada, o pesquisador Bismarck Martins de Oliveira apresenta aos amantes do tema um trabalho inédito:

“Cangaceiros de Antônio Silvino, O Rifle de Ouro – de A a Z –”.

Publicado pela Mídia Gráfica e Editora, com 330 páginas, o livro não é mais uma biografia do célebre líder cangaceiro, mas sim um catálogo histórico, elaborado com o rigor e o critério que marcam a produção do autor.

A obra reúne centenas de verbetes com nomes, fotos, origens, atuações e destinos dos cangaceiros que integraram o bando do “Rifle de Ouro”, entre 1897 e 1914, ano de sua prisão.

Mais do que narrar feitos, o livro oferece ao leitor uma visão documental da composição do grupo, tornando-se fonte preciosa para estudiosos, curiosos e apaixonados pela história do cangaço.

Valor: R$ 80,00 (frete incluso)

Interessados podem entrar em contato diretamente com o autor: (81) 99609-5282

https://lampiaoaceso.blogspot.com/2025/09/novo-livro-na-praca.html

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28 de set. de 2025

O CANGACEIRO SABONETE II ESTAVA NA GROTA DO ANGICO NO DIA DA CHACINA AOS CANGACEIROS DO CAPITÃO LAMPIÃO.

  Por José Mendes Pereira

Cangaceiro Sabonete.

O cangaceiro Sabonete II estava na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe, no momento em que os cangaceiros foram metralhados, deixando 11 delinquentes mortos, além de um volante policial. Sabonete II saiu vitorioso, quando conseguiu fugir do cerco feito pelas autoridades do governo, um deles, o comandantes tenente João Bezerra da Silva.

Capitão Aníbal Vicente Ferreira. Este agiu pelo coração e não pela razão.

Acho que o leitor está lembrado do Sabonete II que era irmão do também cangaceiro Borboleta, aquele que foi se entregar em Jeremoabo ao capitão Aníbal Vicente Ferreira. Nesse dia, os cangaceiros Juriti e sua companheira Maria de Juriti estavam em companhia do Borboleta.

Nesta imagem aparece o cangaceiro Borboleta que é o primeiro da direta acima da foto. Esses cangaceiros se entregaram ao comando do capitão Aníbal Vicente Ferreira no dia 19 de outubro de 1938, na Fazenda Nova, localizada a 22 léguas de Jeremoabo-BA. De lá, foram escoltados pelo tenente Alípio e por outros membros da coluna volante.

Os cangaceiros que se renderam foram: Mané Pernambucano (ou Mané Pernambuco), Balão, Candeeiro, Juriti, Dulce, Criança, Novo Tempo (este  o meu amigo Balão teria dito que ele foi morto na Grota do Angico, mas não foi); Zé Sereno, Marinheiro, Laranjeira, Ponto Fino III, Cuidado, Quina-Quina II, Azulão V e Borboleta. (Aqui o Azulão V aparece na foto). Totalizando 15 cangaceiros na imagem.

Cada um deles está identificado na fotografia para facilitar a compreensão e o reconhecimento por parte dos estudiosos e admiradores da história do cangaço.

Gostou dessas informações? Deixe sua opinião nos comentários e inscreva-se em nosso canal no YouTube. O link está na bio!

Esta informação está no site Cangaço Eterno Oficial e no Instagram: - https://www.instagram.com/p/DMPwM4CuGqB/

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27 de set. de 2025

O CANGACEIRO AMOROSO ESTAVA NO DIA DA CHACINA AOS CANGACEIROS NA GROTA DO ANGICO-SERGIPE.

  Por José Mendes Pereira


Amoroso estava no meio dos cangaceiros no dia do ataque aos delinquentes de Lampião na Grota do Angico, mas ele conseguiu salvar a sua vida dos estilhaços de bala, enviados pelas armas dos policiais das volantes comandadas pelo tenente João Bezerra da Silva.  

A pesquisadora Edna Araújo escreveu o que segue:

O TRISTE FIM DO CANGACEIRO AMOROSO... NASCIDO COMO JOÃO PAES DA COSTA.

O cabra quando no cangaço entrava, já sabia que no mundo o homem não nascia para sofrer tanto e depois virar um santo.

No primeiro ato jogava sua sorte no vulto da poeira onde a cobra peçonhenta dava o bote.

E foi assim com cada um dos cabras de Virgolino.

O cangaceiro José Paes da Costa, por alcunha Amoroso.

Foi do bando de Lampião, viveu ali por muitos anos, sem lei, sem patrão.

Nas cercanias das caatingas nordestinas, arando a morte no chão.

Todos no cangaço sabiam que lutar contra a palavra, era uma luta vã.

E quem era fraco, no mundo de fortes poderosos, não rompia uma manhã.

Essa foi a saga, de mais um cangaceiro do bando de Lampião.

José Paes da Costa, por alcunha; Amoroso.

No golpe de sorte....

quis o destino, poupar-lhe a vida, na madrugada fatídica do dia 28 de julho de 1938.

Escapou ileso, mesmo vendo a morte de perto, foi o alvo do primeiro tiro.

Saiu correndo feito louco pelas caatingas, fugindo da fuzilaria.

Porém no dia 14 de outubro do mesmo ano 38...

a volante baiana, armou uma emboscada.

Prometendo que se ele baixasse as armas e se entregasse, suas dívidas com a justiça seriam perdoadas

Porem não cumpriu com o combinado, na traição ...

no caminho da Vila Pinhão, próximo a Sergipe, pela volante baiana, do tenente José Luís foram fuzilados .

Os cangaceiros abatidos junto com ele foram, Cruzeiro II e Bom de Veras.

Dessa tocaia mortal, apenas Balão II escaparia.

E assim foi dado cabo ao cangaceiro Amoroso, que escapou do massacre em Angico, porém, seu destino já estava selado, o encontro com a morte apenas foi naquele dia adiado.

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/posts/2061011764369989/

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26 de set. de 2025

O CANGACEIRO ELÉTRICO ESTAVA NA GROTA DO ANGICO, NO DIA DA CHACINA AOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO.

 Por José Mendes Pereira

O cangaceiro Elétrico estava na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, no dia do ataque aos cangaceiros de Lampião, e ele foi assassinado pelas armas da volante do tenente João Bezerra da Silva, em 28 de julho de 1938, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo.

https://www.youtube.com/watch?v=Rs5MDtXqjnY

Afirma o site "No Rastro do Cangaço" que Lampião, o rei do cangaço, na hora de reforçar o seu bando de cangaceiros, escolhia sempre os cabras mais temidos e valentes do Sertão Nordestino. Um destes destemidos foi o Cangaceiros de alcunha Elétrico, que participou de vários combates sob o comando do Capitão Virgulino Ferreira da Silva. Era homem de confiança do chefe e morreu junto com ele, Maria Bonita e mais oito cangaceiros em 28 de julho de 1938.

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25 de set. de 2025

MANOEL DANTAS LOYOLA O CANGACEIRO CANDEEIRO ESTAVA NA GROTA DO ANGICO, EM PORTO DA FOLHA, ATUALMENTE POÇO REDONDO, EM SERGIPE NO DIA DA CHACINA AOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO.

  Por José Mendes Pereira

O ex-cangaceiro Manoel Dantas Loiola, o Seu Né, ladeado pela sua esposa dona Linda, e o historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. - https://tokdehistoria.com.br/2013/07/24/6549/

O ex-cangaceiro Candeeiro estava na Grota do Angico no dia da chacina aos cangaceiro do afamado e sanguinário Capitão Lampião. Felizmente ele conseguiu sair do tiroteio com vida. 

Maria Bonita e Lampião

O ataque aconteceu na madrugada  do dia 28 de julho de 1938, quando todos ainda estavam deitados. O primeiro a ser morto foi o capitão Lampião, posteriormente Maria Bonita, e assim foram eliminados 11 cangaceiros, além do volante policial Adrião Pedro de Souza. 

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22 de set. de 2025

OS EX-CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO ESTAVAM NA GROTA DO ANGICO NO DIA DA CHACINA AOS DELINQUENTES DE LAMPIÃO.

 Por José Mendes Pereira 


Os cangaceiros Sila e Zé Sereno  estavam na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe, no dia 28 de julho de 1938, no momento do ataque aos cangaceiros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia., do afamado capitão Lampião e conseguiram contar vitória, isto é, saíram de lá com vida.

INTERESSANTE E MEIO DUVIDOSO.

A literatura lampônica diz que o cangaceiro Zé Sereno teria suspeitado que numa garrafa de bebida tinha dúvida que ela teria um furinho e poderia ter  veneno.

Conta que Zé Sereno apossou-se das compras e foi as vistoriar. Pegou uma garrafa de conhaque e viu com dificuldade, um furinho no selo, feito por uma agulha hipodérmica. Veneno! Ciente que o rei do cangaço daria valor à sua descoberta, levou a garrafa a Lampião e disse:

- Seu Capitão, o sinhô é cego de uma vista, mas com a outra enxerga até demais. Olha aqui.! Mostrou o furo por onde alguém possivelmente tinham injetado veneno.

- É mesmo, disse Lampião, e o resto das encomendas?

- Ta tudo envenenado, menos a cachaça que Pedro (Pedro que ele se refere é Pedro de Cândido), sabia que iria ter de provar, respondeu Zé Sereno.

- É bom nós sairmos daqui, si não nós vamos ser cobertos de balas.

- Amanhã cedo, nós sairemos daqui, disse Lampião.

- Sairmos é, nós vamos sair é com bala. Retrucou Zé Sereno.

Depoimento de Zé Sereno a Antônio Amaury sobre a suspeita dele de veneno nas bebidas levadas para o coito por Pedro de Cândido.

Livro: Assim Morreu Lampião.

Autor: Antônio Amaury Corrêa de Araújo

E aí, o que vocês acham? Tinha ou não tinha veneno? Ou foi invenção de Zé Sereno, como muitos até hoje afirmam?

Não sou tão leigo assim e nem sábio no que diz respeito a cangaço, mas isto foi uma invenção do Zé Sereno. Quem estava lá na Grota do Angico, nunca falou que isto aconteceu, somente Zé Sereno vem com uma desta, sem graça e sem credibilidade para o estudo cangaceiro. 

Os remanescente de Lampião que conseguiram escapar, nenhum falou nada sobre o veneno aos cangaceiros.

Não falo de quem entrevistou o facínora e escreveu o que ouviu do cangaceiro , e sim, de cangaceiros puxando a sardinha para o seu prato.

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21 de set. de 2025

FOTOGRAFIA DE ENEDINA COMPANHEIRA DO CANGACEIRO ZÉ DE JULIÃO “CAJAZEIRA”.

  Por José Mendes Pereira

Esta foto é da ex-cangaceira Enedina, que era companheira do ex-cangaceiro Zé de Julião, e pertence ao acervo do saudoso escritor e pesquisador do canga Alcino Alves Costa. Ela estava presente no momento da chacina aos cangaceiros de Lampião, inclusive  ele e sua rainha do cangaço Maria Bonita estavam lá, e foram assassinados juntamente com 9 cangaceiros, além do volante Adrião Pedro de Souza. 

ADENDO:

"ENEDINA FOI ATINGIDA NA CABEÇA. O S4NGUe CORRIA NAS MINHAS PERNAS." (Segundo afirmou a EX-CANGACEIRA SILA). 

Um relato emocionante contado pela ex-cangaceira Sila, sobrevivente de Angico, sobre o desfecho do ataque policial que culminou nas mortes de Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um soldado da força policial. Fato ocorrido na Grota do Angico em Sergipe. - - Geraldo Júnior.

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20 de set. de 2025

MACELA - CANGACEIRO.

  Por José Mendes Pereira

Não tenho maiores informações sobre o cangaceiro Macela, ele foi assassinado juntamente com o capitão Lampião, sua rainha Maria Bonita e mais 8 cangaceiros, num total de 11, incluindo ele, além do volante Adrião Pedro de Souza, em 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, em Porto da Folha, atualmente pertencente a Poço Redondo, no Estado de Sergipe.


Este local  é a Grota do Angico onde os cangaceiros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia. foram surpreendidos, e alguns deles assassinados pela metralhadora comandada pelo tenente João Bezerra da Silva. Esta chacina ficou registrada na história do combate aos cangaceiros no nordeste brasileiro.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1935123533305454&id=472994219518400&set=a.472996196184869

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18 de set. de 2025

FILHO E NORA DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO.

 Por José Mendes Pereira

Susi Ribeiro é nora dos ex-cangaceiro de Lampião Sila e Zé Sereno. Em anos passados nós tínhamos contatos sobre os estudos cangaceiros, mas ela desapareceu. Espero que ela volte a falar sobre a sua sogra Sila e Zé Sereno. Eu tenho publicado em nosso blog as fotos dos seus pais, mas infelizmente não tenho mais contato com ela para nos contar mais sobre os seus sogros. Este que está na foto era seu esposo Wilson, filho dos cangaceiros Sila e Zé Sereno, e segundo ela, ele faleceu de um infarto. Esta foto foi enviada por ela para nosso blog.

Aguardo novos contatos, Susi Ribeiro!

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16 de set. de 2025

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"

 ESTE LIVRO CONTINUA FAZENDO SUCESSO EM TODO BRASIL.

 

Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão
Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

Peça através destes e-mails:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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15 de set. de 2025

98 ANOS DA RESISTÊNCIA AO BANDO DE LAMPIÃO.

  Por Comunicação

Foi em 13 de junho de 1927. A data que o mossoroense não esquece. Isso porque foi nesse dia que Mossoró resistiu a invasão do cangaceiro mais temido do Brasil. Era a primeira vez que Lampião saía escorraçado de uma luta.

De acordo com a história, foi no dia 12 de junho que o prefeito Rodolfo Fernandes recebeu a primeira comunicação informando sobre a chegada do bando de Virgolino Ferreira da Silva. Mesmo sendo alertado sobre o risco, o coronel Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins encaminhou bilhete endereçado ao próprio Lampião afirmando que os mossoroenses iam resistir. E resistiram.

Foi às 17h30 do dia 13 de junho que a cidade parou pra ouvir a chuva de balas que teria durado quase duas horas. Os cangaceiros encontraram uma trincheira montada em frente à Igreja de São Vicente, localizada no Centro de Mossoró.  Eram pouco mais de 80 cangaceiros contra cerca de 200 mossoroenses.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Igreja-S%C3%A3o-Vicente-Mossor%C3%B3.jpg

Um dos mais cruéis do bando, Jararaca, saiu ferido. Informações da época relatam que ele foi enterrado vivo no cemitério local. Lampião e seu bando fugiram.

https://www.youtube.com/watch?v=GLevSYuWk2w

A primeira cidade a resistir ao rei do cangaço possui uma representação emblemática. O fim do ataque é o começo de uma história que iria se espalhar por todo o Nordeste e marcar o início da queda do rei do cangaço.

https://prefeiturademossoro.com.br/noticias/90-anos-da-resistencia-ao-bando-de-lampiao/3628

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14 de set. de 2025

QUEM FALOU A VERDADE, O CANGACEIRO VILA NOVA, O SEU PARCEIRO BALÃO, OU O VOLANTE MANÉ VEIO?

 Por José Mendes Pereira


No dia 14 de novembro de 1938, Iziano Ferreira Lima, o afamado cangaceiro VILA NOVA, afirmou ao “Jornal A Noite”, que estava na Grota do Angico )em Porto da Folha, atualmente Poço Redondo, no Estado de Sergipe), no momento do ataque das volantes ao grupo de Lampião, na madrugada de 28 de julho de 1938. Vejam o que ele fala:


“ – Escapei pela misericórdia de Deus, afirma. Vi quando o CHEFE (o chefe que ele se refere é Lampião) caiu se estrebuchando pelas forças do tenente Ferreira. 

Cangaceiro Luiz Pedro

Meu padrinho Luiz Pedro caiu ferido nos meus pés. Pediu que o matasse, logo. O que fiz, foi apanhar o seu mosquetão e fugir para as bandas do riacho onde o fogo era menor. 

O cangaceiro Zé Sereno

Depois da fuga fui me esconder na Fazenda Cuiabá, onde me encontrei com ZÉ SERENO, e outros que puderam fugir do cerco. Ali soubemos que junto com o capitão, tinha morrido mais 11 cabras, inclusive D. Maria Bonita”. 

Ele fala que junto com o capitão, morreram 11 cabras. Verdade, lógico que lá morreram 11 cangaceiros, mais o volante Adrião Pedro de Souza.

Adrião Pedro de Souza é o último da esquerda - A imagem pertence ao professor, escritor e pesquisador do cangaço Antônio Vilela.

Já o amigo Guilherme Alves, o ex-cangaceiro apelidado na Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia por Balão, afirmou à “Revista Realidade” em novembro do ano de 1973, sobre o famoso cangaceiro Luiz Pedro o seguinte:

O cangaceiro Balão - fonte pesquisada - http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/08/cangaceiro-balao-sensacional-entrevista.html

Luís Pedro ainda gritou: "Vamos pegar o dinheiro e o ouro na barraca de Lampião". Não conseguiu, caiu atingido por uma rajada. Corri até ele, peguei seu mosquetão e, com Zé Sereno, consegui furar o cerco. Tive a impressão de que a metralhadora enguiçou no momento exato. Para mim foi Deus.

https://lampiaoaceso.blogspot.com/2010/09/os-brinquedinhos-que-mataram-lampiao.html

As duas entrevistas destes dois cangaceiros, cedidas aos Jornais A Noite e à Revista Realidade ficam meio confusas, que cabe aqui esta pergunta? 

O cangaceiro Luís Pedro carregava dois mosquetões no momento em que tentava fugir do cerco policial? 

O cangaceiro Vila Nova disse que pegou o mosquetão do Luís Pedro e deu no pé. O Balão também afirma a mesma coisa.

Também as duas afirmativas deles deixam novamente confuso sobre a morte de Luís Pedro. Por quê?

Volante Mané Veio que segundo ele, assassinou o cangaceiro Luíz Pedro

O volante Mané Veio, disse aos pesquisadores e repórteres, que foi ele quem assassinou o cangaceiro Luís Pedro, e pelo que ele diz, levou um bom tempo para matá-lo. Saiu perseguindo, perseguindo entre pedras e ele tentando salvar a sua vida, mas finalmente o assassinou.

Não sou nenhuma autoridade no que diz respeito a cangaço, mas acho que quem falou a verdade, foi o volante Mané Veio, que depois da chacina aos cangaceiros, foi comprovado por ter se apossado das riquezas do cangaceiro. 

O tenente João Bezerra exigiu que ele colocasse os bens do cangaceiro no monte já recolhido dos outros marginais, mas ele bateu forte dizendo que tudo era dele, e infeliz seria aquele que o enfrentasse para tomar. Com esta ameaça, ninguém se atreveu em atacá-lo. 


Sobre a morte do cangaceiro Luís Pedro você poderá ler em ”Lampião Além da Versão Mentiras e Mistério de Angico”, escrito por Alcino Alves Costa.

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES.

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

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13 de set. de 2025

A MORTE DE ANTÔNIO FERREIRA CHEGA AO CARIRI CANGAÇO FLORESTA

  Por João de Sousa Lima

João de Sousa Lima comanda a Caravana Cariri Cangaço no Poço do Ferro

Dia 19 de abril de 2015, saí de Paulo Afonso na companhia dos amigos Josué Santana e Leide Soares, para nos encontrarmos com o casal de amigos Marcos de Carmelita e a professora Silvana, residentes na cidade de Floresta, Pernambuco, onde iriamos realizar uma visita técnica para registrar mais um dos pontos históricos que farão parte dos roteiros apresentados durante o evento Cariri Cangaço, encabeçado por seu curador, Manoel Severo. A pesquisa de campo teve como objetivo o mapeamento geográfico e histórico de um dos mais importantes fatos que marcam as histórias do cangaço na região pernambucana.

Um dos pontos mais visitados por Lampião e seus cangaceiros foi a fazenda Poço do Ferro, de propriedade do coronel Ângelo da Gia. A fazenda, na época do cangaço, pertencia a cidade de Floresta e hoje pertence a Ibimirim. A fazenda não teria tanta importância para os pesquisadores do cangaço se lá tivesse sido apenas mais um dos inúmeros coitos dos cangaceiros. Nessa fazenda o Rei do Cangaço perdeu seu irmão Antônio Ferreira. Dirigimo-nos para Poço do Ferro, sendo guiado por Marcos de Carmelita, porém sem conhecermos ninguém da localidade, assim como parentes que ainda residem por lá.

Quando avistamos a pequena placa com o nome da fazenda, paramos em uma cancela, abrimos e seguimos a estreita estrada. Mais a frente encontramos um casebre onde reside o senhor João David da Silva, sua esposa Maria das Graças e os filhos Joaquim e Graziela. O João David nos recepcionou, serviu água e nos levou ao lugar onde foi enterrado o Antônio Ferreira.

 
Uma pequena formação de pedras e uma cruz marca o local da sepultura.
 Marcos de Carmelita, João de Sousa Lima e Josué sendo recebidos pelos descendentes de Angelo da Gia

Fizemos algumas fotos e fomos até a casa grande da fazenda, onde estavam  neta, bisnetos e trinetos de Ângelo Gomes de Lima, o Ângelo da Gia. Na casa grande fomos recebidos por Washington Gomes de Lima, bisneto do coronel. Um fato interessante é que disseram que não seriamos bem recebidos pela família e confesso que de todos esses anos de pesquisas e entrevistas, nunca tive uma receptividade tão calorosa como a que recebemos da família.

Travamos um diálogo em uma festiva roda de conversas, tendo por depoentes a neta do coronel e matriarca da família, a senhora Eunice Gomes  Lima e suas filhas Ruth Gomes Lima Laranjeira e Maria do Socorro Gomes Lima Cordeiro e ainda, do trineto João Vítor Gomes Lima. As histórias foram muitas mais sempre voltávamos ao episódio principal: a morte de Antônio Ferreira e a perseguição sofrida pela família e imposta pelas volantes policiais.

 Ângelo da Gia e a Caravana Cariri Cangaço na casa grande da fazenda...

Uma das informações importantes nos forneceu Washington que contou que dois dias depois da morte de Antônio, uma volante chegou na fazenda Poço do ferro, descobriu o túmulo do cangaceiro morto, desenterrou-o e cortou a cabeça e colocou em uma estaca da porteira do curral do casarão do coronel. Quando a polícia saiu o coronel mandou enterrar a cabeça no antigo cemitério da família. Antônio Ferreira tem, portanto dois túmulos, sendo um para o corpo e outro pra cabeça.

Virgulino e Antônio Ferrreira

Em janeiro de 1927, Antônio Ferreira, Jurema e mais alguns cangaceiros estavam jogando baralho na fazenda Poço do Ferro, enquanto Luiz Pedro descansava em uma rede. Antonio pediu pra ficar um pouco na rede pois Luiz já fazia tempo que estava deitado. Quando Luiz Pedro tentou levantar da rede apoiando a coronha do mosquetão no chão, apoiou com força e na batida a arma disparou atingindo mortalmente Antônio. Lampião estava na Serra Negra e quando foi avisado correu pra saber da verdadeira história. O próprio coronel Ângelo da Gia contou que a morte havia sido de “SUCESSO” (termo que servia para designar  um acidente). O cangaceiro Jararaca queria matar Luiz Pedro e os outros que estavam no lugar, Lampião não aceitou e por isso discutiram e Jararaca deixou a companhia de Lampião e seguiu outro rumo.

 Locais onde foi morto Antônio Ferreira e porteira onde sua cabeça foi exposta...
    
Fala-se que foi ai o juramento que Luiz Pedro fez dizendo que seguiria Lampião até sua morte. Se verdade ou não a promessa, eles morreram juntos na fria manhã do dia 28 de julho de 1938. Na fazenda Poço do Ferro ainda restam as velhas pedras escuras que circundam covas das pessoas de várias gerações da família e duas dessa simbolizam a passagem do cangaço em suas terras.

No final da conversa nos convidaram para um farto almoço regado a galinha cabidela, bode assado, arroz e feijão de corda. Porém o que mais me marcou nessa visita foram os sorrisos dos membros da família, que mesmo tendo sofrido os abusos e as injustiças de uma época tão marcada pela violência, não perderam suas essências de sertanejos valorosos e, sabem como poucos, receber calorosamente, aos que buscam os filetes de suas memórias históricas... Dona Eunice, Washington, Ruth, Maria Socorro e João Vítor, Deus proteja sempre vocês.

João de Sousa Lima, Historiador e escritor
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso
Membro da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
Conselheiro Cariri Cangaço

E de 25 a 28 de Julho
Cariri Cangaço Piranhas 2015

https://cariricangaco.blogspot.com/2015/04/a-morte-de-antonio-ferreira-chega-ao.html

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES.

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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NOVO LIVRO NA PRAÇA.

  Todos os cabras de Silvino  reunidos em   um só livro ! Por Lampião Aceso Depois do sucesso de “Cangaceiros de Lampião de A a Z”, obra já ...