10 de jan. de 2024

ACESSE ESTE MEU BLOG TAMBÉM

 Por José Mendes Pereira

Amigo leitor,  você que gosta de acessar este blog: José Mendes Pereira Potiguar, acesse também o http://blogdomendesemendes.blogspot.com , é um excelente site, e sou eu o seu administrador, igualmente ao José Mendes Pereira Potiguar.

Agradeço de coração a sua visita ao blogdomendesemendes.blogspot.com

9 de jan. de 2024

CANGAÇO - LAMPIÃO BALEADO, POR PEDRO DE TERCILA

  Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=z3aUddbicgo&t=5s&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Cangaço - Lampião baleado, por Pedro de Tercila O coiteiro Pedro de Tercila narra a história que Lampião contou pra ele sobre o tiro no pé que quase o matou. Amigos, participe da Live no dia 21/abril/2021, às 20 horas, do qual vou participar no Dia Mundial da criatividade. Clique no link abaixo e faça sua inscrição GRATUITAMENTE. Link para incrição: https://www.worldcreativityday.com/app/ Link desse vídeo:    • Cangaço - Lampião baleado, por Pedro ... 

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8 de jan. de 2024

PADRE CÍCERO E LAMPIÃO.

  Por: Alfredo Bonessi

 Alfredo Bonessi

Caro amigo Severo. Na oportunidade em que se fala sobre  o Padre Cícero  de Juazeiro do Norte e Lampião em seu BLOG, no relacionamento entre eles, depois de tudo que li sobre ambos e sobre a questão em foco, depois de  muitos estudos,  em várias obras,  resumo no seguinte:

1- O Padre Cícero era um padre católico em ligação com padres jesuítas. Isso contrariou a Igreja Católica porque já  na época do Império tanto  a Igreja Católica como a Maçonaria eram inimigas dos Jesuítas, instigação essa que se originou na corte Portuguesa Pombalina Maçônica com a destruição das Missões jesuíticas Espanhola na América e a ocupação por Portugal desses territórios. O Padre Cícero estava  no meio de uma fogueira, de uma guerra. Lembro que o movimento jesuítico era de libertação de Portugal  e  Republicano, portanto contra a Monarquia. Daí se beneficiou da Maçonaria que inicialmente era Monarquista e depois se tornou Republicana.

2- Porque Juazeiro não caiu?
- Porque ficou ao lado do Governo Federal  e o ajudou no combate a Coluna Prestes e também no posicionamento quando da intervenção no governo do Ceará, senão teria sucumbido como sucumbiu  Canudos, Sitio Caldeirão, Pau de Colher e tantos outros movimentos religiosos nordestinos.

3 - Quem mandava no Juazeiro?
Com a chegada a Juazeiro de Floro Bartolomeu, um medico Baiano fugitivo, esse aos poucos foi assumindo o controle político local, passando de Vereador a Prefeito, Deputado Estadual e depois Deputado Federal. Com idade avançada do Padre esse poder político local foi passado a Floro Bartolomeu, tendo o Padre Cícero se afastado de certas decisões, dizendo: “agora tudo é com o homem”.  O Padre Cícero foi denunciado na Câmara Federal e lá estava Floro Bartolomeu defendendo o Padre e a cidade de Juazeiro. Floro escreveu até um livro sobre esse fato, onde narra até como deu fim ao culto ao Boi Sagrado que acabou num churrasco, confirmando que o Padre e a cidade nada tinha a ver com esse culto religioso. Floro também afirmou que o Padre Cícero não era líder de fanáticos como havia sido denunciado na Câmara.  Foi Floro que convocou Lampião por carta, morrendo logo a seguir.


4 -  Com a chegada de Lampião a Juazeiro  o Padre Cícero não ficou nada satisfeito e reclamou da presença dele no Juazeiro e tratou logo de despachar Lampião pedindo que  fosse embora logo da cidade. O delegado quis prender os Cangaceiros, mas o Padre respondeu  que logo eles iriam embora  e com isso não haveria retaliação nenhuma contra a cidade por parte dos cangaceiros. O que foi feito. “ não quero esse tipo de gente aqui” teria dito o Padre Cícero.

5 -  Lampião se armou e foi de encontro a Coluna Prestes. Avistou a coluna e viu o seu efetivo de mais de 3500 homens, armados, soldados experientes, e ouvindo o conselho dos demais cangaceiros abriu no oco do mundo. Nem 10 bandos de Lampião poderia fazer frente a tão poderosa coluna.

6 -  Com a chegada de cada vez mais romeiros a cidade o Padre Cícero começou a ter problemas de acomodação com aquela gente toda e daí se dispôs a comprar terras e mais terras para fazer as acomodações, de tal maneira que pudesse  deixar ocupadas aquela quantidade enorme de pessoas pobres e humildes. Daí ter a posse de várias fazendas. Nessas fazendas havia enorme quantidades de todos os tipos de pessoas: jagunços, capangas, pistoleiros, guarda-costas, foragidos da justiça, bandoleiros, e muita gente de oficio, honestas mesmo que se dedicavam a lavoura e ao gado – algumas  das fazendas se tornaram rentáveis.  O pessoal fugitivo de Canudos e alguns chefes de lá foram ter a Juazeiro e ficaram responsáveis pela defesa da cidade, cavando o fosso de proteção ao redor da mesma. Mas não se pode considerar que o Padre Cícero alimentava as suas fazendas com todo tipo de gente convocada por ele para se tornar um  poderoso homem de negócios, um chefe de bandidos como eram os demais coronéis da região. Toda vez que havia um questão na região o Padre sempre optava pelo lado pacifico de acalmar as coisas, aconselhando ambas partes litigantes a  resolver em paz as pendências. Daí escrevia carta para uns, respondia cartas para outros, fazia pedidos em nome desse e daquele de tal maneira que a região ficasse em harmonia social e política.  Ele mesmo não gostava de receber uma enorme quantidade de romeiros, porque esse pessoal largava suas terras e moradias e vinham para Juazeiro e por lá ficavam ociosas e sujeitas a toda sorte de vicissitudes. Daí que a chegada dos romeiros  a Juazeiro era vista como uma grande preocupação para o Padre Cícero e não como motivo de satisfação por parte dele.

Lampião com a família, em sua visita a Juazeiro em março de 1926

7 -  Os familiares de Lampião vão morar no Juazeiro. Não vimos em nenhum livro que foi a convite do Padre Cícero e muito menos que o Padre protegia esses familiares. Acontece que na terra do Padre Cícero ele mantinha a ordem e a justiça local e ninguém iria perseguir ninguém por lá, muito menos os familiares de Lampião que não tinha culpa nenhuma por ele ter entrado no Cangaço. Sabemos que um dos contatos de Lampião com os seus familiares em Juazeiro era feito via Antonio da Piçarra que alem de fazer as compras de armas e munições nesse local ainda levava dinheiro de Lampião aos  familiares desse.  Com a traição de Antonio da Piçarra, essa  via de contato se desfez e não vi escrito outra forma de contato para com esses familiares. 

8 -  Não temos registros que Lampião se confessou com o Padre Cícero – se isso ocorreu ficou em segredo. Não temos registros se Lampião deu contribuição a Igreja do Padre, se deu o Padre não aceitaria porque era dinheiro  roubado – comprometeria a reputação do Padre.

9 -  Tivemos acesso ao inventário deixado pelo Padre Cícero  - tudo natural e normal.

10 - Sabemos que o Padre, já  em avançada idade, teve uma morte     muito dolorosa, sofrendo muitas dores até a chegada da morte

11 - Sabemos também que o Padre Cícero  se espelhou na vida do Padre Ibiabina para cumprir o seu sacerdócio, mas isso já é outra História.

No mais a sua vida íntima e cotidiana  não sabemos  como era, ficou esse segredo  com quem o acompanhou de perto  por longos anos  em convivência diária, tendo a oportunidade de escutar seus planos, projetos, suas queixas e atribulações porque passou nesse lugar onde recebeu a sua cruz e que foi palco de seu calvário místico –religioso – social.  Padre Cícero  - Um mártir   de Juazeiro.

Atenciosamente

Alfredo Bonessi

6 de jan. de 2024

UMA PRAÇA CHEIA DE RECORDAÇÕES PARA MUITOS QUE ESTUDARAM NA ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO UNIÃO CAIXEIRAL

  Por José Mendes Pereira

Foto do acervo da Florina Escóssia

Quem estudou na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" de Mossoró desde as primeiras décadas do século XX, estendendo-se até a década de 90, do mesmo século, com certeza guarda muitas e belas recordações desta Praça da Redenção, localizada no centro da cidade, e durante o dia, ela acolhia os alunos desta escola, os quais estudavam "ginásio", e ao anoitecer, a praça da Redenção ficava completamente lotada de futuros contabilistas de Mossoró.


Eu frequentei esta "Praça" porque no ano de 1968 eu era aluno desta escola, no curso ginasial, que a "União Caixeiral" mantinha em seu prédio, e posteriormente, em 1976, eu retornei a esta “Praça e escola", e desta vez, eu era acadêmico do curso de letras da Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. A minha sala do curso de letras ficou neste estabelecimento, devido ao enorme número de alunos que foi aprovado no vestibular, e a universidade resolveu matricular todos aprovados, talvez para não escolher alunos por cara, tomando emprestado uma sala na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral". Mas, posteriormente nós fomos transferidos para o Campus da FURRN em Mossoró.

 Antônio da Graça Machado - 1974 - www.azougue.org

Nesta escola fui aluno dos seguintes mestres: Um professor que lecionava matemática e que passou por lá durante o período em que eu estudava na "União Caixeiral - ginásio", foi o saudoso Antonio da Graça Machado, que infelizmente não teve a sorte de continuar a sua vida como educador, e que foi assassinado muito jovem ainda, por um delinquente, e segundo a sua nora Ariane Machado me informou que o seu falecimento aconteceu  no dia 04 de julho de 1982, em Tremembé, no Estado do Ceará.
  
Dr. Genivan Josué Batista

Também foi meu professor na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral" o doutor Genivan Josué Batista, médico odontológico, e atualmente é um dos maiores e mais sucedidos empresários de Mossoró. Não me recordo qual disciplina ele lecionava neste estabelecimento de ensino, mas me parece que era ciências.

Dr. José Araújo, ex-diretor da "União Caixeiral, Aluízio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte, Maysa Almeida Costa, Elza Senna, Irmã Socorro, Sueli Freire e a professora Sergina Leão. 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba235.html

Além destes, tive a honra de ser aluno de uma das professoras mais rígidas de Mossoró, a professora Sergina Leão, que não dava se quer, a menor chance ao aluno para usar as suas espertezas, no que se refere a colas. Dona Sergina era rigorosa, e quando ela começava a falar sobre o "Oiapoque e o Arroio Chuí", ela não queria mais parar este assunto. Exímia conhecedora disto, e quando a pessoa domina um determinado assunto, o bom mesmo é retalhá-lo vez por outra.

Não tenho o dia, mês e ano que a Praça da Redenção foi fundada, apenas informação adquirida em um dos artigos do jornalista Geraldo Maia do Nascimento, sobre a Estátua da Liberdade. Diz o jornalista: "- A Estátua da Liberdade fica na Praça da Redenção, em frente ao prédio da União Caixeiral. Foi inaugurada no dia 30 de setembro de 1904, por iniciativa do dr. Sebastião Fernandes de Oliveira, na época promotor de Justiça de Mossoró, sendo o mesmo o orador oficial da solenidade, proferindo vibrante discurso na ocasião", segundo o site abaixo:

http://www2.uol.com.br/omossoroense/0905/geraldo.htm

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
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5 de jan. de 2024

CHOCALHOS DOURADOS DE LAMPIÃO

  Por José Mendes Pereira


A inveja está presente em todas as classes sociais e até mesmo, em todas as espécies de animais, porque, quando um ver outro capturar uma presa, quer tomar de imediato, como se dissesse: “- Você pegou, mas é meu!”. E parte para o ataque do toma.


Se você observar o comportamento de um animal, por exemplo, uma rês (eu vivi no campo e conheço as astúcias de muitos deles), que geralmente tem ao seu lado uma amiga ou amigo, ali, o ciúme doentio está presente, que não quer nem que outra rês fique perto do amigo ou da amiga. E assim caminha os seres vivos completamente tomados pelo ciúme. A inveja nasce até mesmo por coisas que não têm valor nenhum. E o ser humano é assim mesmo, pior do que os próprios animais. Inveja até o lugar que o outro se senta, se deita, faz refeições, frequenta, e ainda debocha para acabar uma amizade...

O difícil é nós sabermos o que leva um sujeito ter inveja de um simples objeto, quase sem valor, chamado chocalho, que só serve mesmo para ser colocado no pescoço de uma rês e soltá-la no campo, e com o seu som, indicar ao vaqueiro em que direção está ruminando o animal chocalhado. 

Rostand Medeiros
 
O historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros escreveu o que segue sobre a grande inveja do fazendeiro José Saturnino, que teve dos Chocalhos dos animais de seu José Ferreira da Silva, pai dos famosos cangaceiros Lampião, Antonio, Livino e Ezequiel Ferreira.

José Saturnino primeiro inimigo de Lampião

Vamos apreciar o que diz o Rostand Medeiros:

Ferreiras e Nogueiras eram vizinhos. Um parente dos Nogueiras José Saturnino se mostrou “despeitado” quando viu que o gado dos Ferreiras andava na caatinga com uns chocalhos bonitos, dourados, comprados em Juazeiro do Norte, no Ceará. 

Chocalho dourado

Até então, todos os chocalhos que chegavam à fazenda Serra Vermelha eram negros e sem graça. No sertão, onde o gado é criado sem cercado, o chocalho funciona como um meio de o vaqueiro localizar bois, vacas e cabras. Saturnino invejando, amassou o chocalho do gado dos Ferreiras e sem eles nas suas reses perderam bois e vacas.

Vaqueiro e seu amado cavalo

Para não ficarem por baixo os Ferreiras deram o troco, amassando chocalho do seu gado. Saturnino não gostou; capou o cavalo de Virgulino. Virgulino cortou os rabos das vacas de Saturnino. A briga cresceu e o juiz de Vila Bela obrigou os Ferreiras a se mudarem. Foram morar no distrito de Nazaré, hoje Carqueja, com uma condição; nem visitavam Serra Vermelha, nem Saturnino entrava em Carqueja. Mas José Saturnino quebrou o acordo e os Ferreiras não gostaram.

Lampião e seu irmão Antonio Ferreira

Começaram a fazer arruaças em Carqueja. Foram obrigados a se mudarem, desta vez para Alagoas, onde um amigo de Saturnino, a pedido deste, matou o pai de Virgulino e feriu um irmão. 

Tenente Zé Lucena responsável pela morte de José Ferreira da Silva pai dos Ferreiras.

Virgulino decidiu vingar-se.

Integrou-se ao bando do cangaceiro Sinhô Pereira e depois começou a agir por conta própria, com seu próprio bando. Seu poder cresceu, ele passou a ser temido até pelos governadores.

Sinhô Pereira - https://br.pinterest.com/pin/483925922460968767/

Em 1926, chegou a propor ao governo de Pernambuco dividir o Estado em dois: à capital caberia a administração do litoral, enquanto ele reinaria sozinho, no Sertão. De cangaço em cangaço, Lampião terminou por ter a cabeça colocada a prêmio por 50 contos de réis.

Cabeças decepadas dos cangaceiros Lampião, Maria Bonita e seu bando

Em 1938, seu bando foi desarticulado, ele e seus companheiros foram degolados e suas cabeças exibidas em praça pública.

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4 de jan. de 2024

𝑵𝑶𝑽𝑨𝑺 𝑰𝑵𝑭𝑶𝑹𝑴𝑨𝑪̧𝑶̃𝑬𝑺

 Por Jaozin Jaaozinn

Fotografia em melhor qualidade dos cangaceiros (da esquerda para a direita) Ricardo Telles (Barra de Aço), Pedro Luiz de França (Gavião) e José Alves de Lima (Penêdo), 1936.
Publiquei a alguns meses essa mesma fotografia, que se encontra no Jornal O Pequeno/PE, com pouca informação sobre estes bandoleiros. Acabei encontrando algumas novidades sobre o caso destes no Jornal Diário da Noite/RJ, relatando um pouco mais sobre a vida de um dos bandidos e de como foi a captura.
•.
No dia 07 de agosto de 1936, em Palmeira dos Índios/AL, foram capturados cinco indivíduos, sendo três cangaceiros e dois coiteiros, pela força volante do Tenente Porfírio, que na época era Aspirante. Os meliantes eram Gavião, Penêdo, Barra de Aço e os coiteiros José de Lero e Virgínio dos Anjos.
❂ 𝑮𝑨𝑽𝑰𝑨̃𝑶
O seu nome é Pedro Luiz de França, tem sessenta anos, viveu na região de Água Branca/AL, teve trezes filhos e foi coiteiro, depois, virou cangaceiro do grupo de Português. Por já ter conhecido pessoalmente o chefe cangaceiro citado anteriormente, sendo também o seu informante, acabou optando a segui-lo pois era constantemente perseguido pelas forças policiais por ajudar bandoleiros, permanecendo apenas três ou quatro meses no bando.
Cita aos jornalistas que já haviam três membros de sua família nas fileiras do cangaço, sendo um filho, uma filha e um genro. Seu filho tinha o alcunha de Lavandeira, seguia com Português, e sua filha fora levada a pulso pelo seu genro, o bandoleiro Mergulhão. Aponta que o grupo era composto por 13 pessoas, 11 homens e duas mulheres (sendo a sua filha e a companheira de Português, Cristina). Alega que as moças eram encarregadas de preparar a comida e remendar as roupas de mescla dos companheiros.
Revelou que tomou parte de um assalto no Estado de Pernambuco junto com Português. Atacaram uma senhora, espancando-a, onde encontraram em posse cerca de 100$000. Confirma também que o mais aplicado pelos cangaceiros e chefes de sub-grupos era os bilhetes destinados aos proprietários de fazendas ou pequenos lugarejos, exigindo dinheiro dos mesmos.
Para o repórter, conta que estavam acampados no lugar por nome Água Salgada, município de Pão de Assucar/AL. O chefe notou uma vaca que corria em disparada. Em alerta, ordena para um de seus comandados que averiguasse a região. O bandoleiro avisa para Francelino da presença da força do Aspirante Porfírio.
Gavião afirma que fugiu no tiroteio, se juntando, depois de algumas horas, com o grupo. Faltando apenas os cangaceiros Peitica e Catingueira, que não foram mais vistos depois do confronto.
Depois disso, o velho Pedro Luiz acabou saindo do grupo, entregou suas armas, munições, bornais e tudo mais para Português. Voltou para sua terra natal, onde foi preso e levado para a cadeia de Mata Grande/AL, depois para Santana do Ipanema-AL e, por fim, Maceió/AL.
❂ 𝑷𝑬𝑵𝑬̂𝑫𝑶
Na vez de José Alves de Lima, o Penêdo, jovem de 22 anos, conta que Gavião era um velho mentiroso; disse que Pedro já pertencia ao cangaço por muito tempo, conhecendo até mesmo Lampião, Luiz Pedro e tantos outros.
Afirma que foi carregado contra a vontade dele e andava como se fosse um preso, permanecendo apenas sete dias no bando. Seu pai se chamava Pedro Alves e mora na localidade por nome Lage Grande/PE.
Para os demais, Penêdo começa a apresentar os outros três presos:
“— 𝘌𝘴𝘵𝘦 𝘢𝘲𝘶𝘪 –𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘱𝘰𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘮𝘢̃𝘰 𝘯𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘦 𝘶𝘮 𝘤𝘢𝘣𝘭𝘰𝘤𝘰 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘪𝘢 𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦– 𝘦́ 𝘙𝘪𝘤𝘢𝘳𝘥𝘰 𝘛𝘦𝘭𝘭𝘦𝘴, 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘉𝘢𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘈𝘤̧𝘰. 𝘌’ 𝘤𝘰𝘪𝘵𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘢𝘳 𝘯𝘰 𝘣𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘶𝘦̂𝘻.
— 𝘌𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘥𝘰𝘪𝘴 –𝘤𝘰𝘯𝘵𝘪𝘯𝘶𝘰𝘶 𝘗𝘦𝘯𝘦𝘥𝘰– 𝘴𝘢̃𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘪𝘵𝘦𝘪𝘳𝘰𝘴. 𝘜𝘮 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢-𝘴𝘦 𝘑𝘰𝘴𝘦́ 𝘥𝘦 𝘓𝘦𝘳𝘰 𝘦 𝘰 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘝𝘪𝘳𝘨𝘪𝘯𝘪𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘈𝘯𝘫𝘰𝘴.
𝘌𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘦𝘴𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘥𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴 𝘧𝘪𝘻𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘰𝘴 𝘣𝘢𝘯𝘥𝘪𝘥𝘰𝘴.”
Depois de apresentá-los, Penêdo disse que fugiu do grupo e entregou-se para a polícia, alertando ao Aspirante Porfírio sobre o bando, onde foi a persiga com sua tropa, ocorrendo o confronto que Gavião estava presente.
𝐅𝐎𝐍𝐓𝐄: 𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐥 𝐃𝐢𝐚́𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐚 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞/𝐑𝐉 - 1936.
.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶 𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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2 de jan. de 2024

O BONDE DO ANO NOVO

 Por Veridiano Dias Clemente

Nesse ano novo 2024
Vou mesmo mudar de vida
Com essa linda atrevida
Vamos comer muito milho
Bebendo toda cachaça
Rindo muito achando graça
Com o juízo fora dos trilhos
Vamos voar que nem esquilos
Deixando as lágrimas prá trás
Só " nois " dois somos capaz
De gastar esses milhões
Vamos rodar todo mundo
Com esse sonho profundo
Sem razão ! com emoções
É no clarear dos trovões
Sentados a luz da lua
Que vamos dormir na rua
Fazendo bem diferente
Brincando contando estrela
Na praia com pés na beira
A vista do sol nascente
02 JAN 2024

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1 de jan. de 2024

CANGACEIRA

  Por Itamar Nunes Art.


Linda cangaceira em seus bons momentos

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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30 de dez. de 2023

NOTA DE PESAR!

 Por Relembrando Mossoró

E com profundo pesar que a universidade do estado do Rio Grande do Norte, comunica o falecimento da servidora Zulmira Batista de Oliveira Neta, 41 anos ocorrido neste sábado 30 de dezembro de 2023, após ela se afogar em um açude no município de frutuoso Gomes no Rio Grande do Norte,

Zulmira morava no bairro Van rosado em Mossoró, e era professora da UERN aqui em Mossoró,

Servidora desde 2014, Zulmira desempenhou com zelo e prestava serviços a instituição. Lotada na pró-reitora de assuntos estudantis (PRAE), exercia o cargo de secretária.

Em sinal de profundo pesar. A bandeira da UERN está mastro e a reitora Cecilia Maia decretou luto oficial de três dias.

A UERN se solidariza com familiares e amigos neste momento de dor. 

https://www.facebook.com/photo/?fbid=720231296744582&set=gm.6831296166953755&idorvanity=768856323197800

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29 de dez. de 2023

DATAS

 Por Hélio Xaxá

O que é uma data especial?
Isso para mim não existe.
Todo final de ano é igual
Estou quase sempre triste...
Não lembre meu aniversário...
Não me deseje feliz natal.
O tempo é meu adversário:
Quanto mais, faz-me mal...
Para que tanta festa?
Para mim não faz sentido.
O mundo a si detesta
No mais, é correspondido.
A hipocrisia é indigesta
Datas não mudam o vivido.

https://www.facebook.com/helio.xaxa

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O RAPOSA DAS CAATINGAS CONTINUA FAZENDO SUCESSO.

  Por José Mendes Pereira Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus am...