Hoje assisti a Missa de Sétimo Dia da minha estimada irmã Maria da Glória Mendes do Lago, que inesperadamente, aos 68 anos, foi para junto do Senhor. Imploro aos familiares e amigos para que dediquem um pouquinho do seu tempo a ela, fazendo uma oração em sufrágio de sua alma. Deus irá recompensar a todos aqueles que elevarem seu pensamento ao Céu, pedindo a intercessão dos Santos, para que ela alcance a ventura da presença de Cristo.
Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes
O Artista Plástico Elson Mesquita montado no "Boi Mansinho" e no "Cavalo Estrela" existentes no Museu do Sertão e que foram confeccionados por ele, com sucata de chapas de ferro, em tamanho natural. Atualmente, ele está fazendo o "Bode Cheiroso", que será inaugurado no Museu do Sertão brevemente.
Boi mansinho
Cavalo Estrela
Conheça um pouco o Museu do Sertão de Mossoró
https://www.youtube.com/watch?v=v3O_pfImfL4
Enviado pelo professor, escritor, fundador e diretor do Museu do Sertão Benedito Vasconcelos Mendes
NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU
Adquira logo o seu, antes que os colecionadores venham invadir a estante do autor.
Peça-o através deste e-mail:
incrivelmundo@hotmail.com
O livro "DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.
Recentemente, o escritor paraibano radicado no Rio Grande do Norte Epitácio de Andrade Filho publicou um livro chamado A Saga dos Limões: Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante. Na obra, Andrade Filho tece considerações sobre a relação entre a identidade negra da família dos Limões e sua importância no combate ao Cançaço no Rio Grande do Norte.
Em um trecho do livro, o autor menciona Chico Mota e sua importância na reconstituição histórica do conflito entre as famílias Brilhante e Limão (p. 18):
O poeta paraibano Gil Hollanda, ouvindo o cancioneiro octogenário Chico Mota, conterrâneo catoleense de Alicio Barreto, apresentar nos versos da viola passagens do conflito dos brilhantes com os limões, retratados em Solos de Avena, consolidou algumas estrofes do seu cordel sobre Jesuíno e a família Limão: “Eram sete os irmãos/Da família dos Limões,/Ousados por natureza./Todos eram valentões,/Protegidos por políticos/Lá e outras regiões. E na estrofe seguinte passa a tratar de outro episódio do conflito: Além do furto, os Limões/Chico e Honorato Limão/Deram uma forte surra/Em Lucas Alves, irmão/De Jesuíno, na festa/Da Vila de Conceição.
Referência
ANDRADE FILHO, Epitácio de. A Saga dos Limões: Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante. Natal: 2011.
ADENDO - EPITÁCIO ANDRADE
Amigos José Mendes Pereira, William Felix Andrade, Luiz Dutra Borges Galego Vovô Aluísio Dutra de Oliveira, Geraldo Júnior, na foto, o registro da entrevista que consegui do senhor José Firmo Limão, aos 99 anos, no sítio São Francisco, zona rural de Catolé do Rocha/PB.
Essa entrevista me ajudou a compreender que o cangaço dos brilhantes com os limões foi uma disputa pelo controle do incipiente comércio no Sertão. Essa história de Jesuíno saquear comboios para dar aos pobres é conversa da carochinha.
Para adquirir este livro entre em contato com o autor através deste endereço no facebook: https://www.facebook.com/epitacio.andrade.5
Em 13 de dezembro de 1912, nascia na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, nosso eterno rei da música regional nordestina, Luiz Gonzaga do Nascimento, filho de Januário José Santos, agricultor/sanfoneiro de 8 baixos e de Ana Batista de Jesus (Santana), agricultora/ dona de casa (vendia cordas na feira).
Luiz Gonzaga com os irmãos e seus pais.
"Luiz Gonzaga foi um matuto que conquistou o mundo, como bem nos disse o jornalista pernambucano, Gildson de Oliveira. Guimarães Rosa dizia que " o mundo é mágico, pessoas não morrem, ficam encantadas", em sendo assim, Mestre Lua encantou-se em 02 de agosto de 1989, nos deixando um legado de 49 anos de uma extensa e intensa produção musical.
Luiz Gonzaga e sua última mulher, Maria Edelzuita Rabelo, uma sertaneja nascida em São José do Egito-PE. Ela o acompanhou durante seus últimos dias de vida e dor.
O porta-voz da nação nordestina, certa feita, disse:
"Não é preciso que a gente fale em miséria, em morrer de fome. Eu sempre tive o cuidado de evitar essas coisas. É preciso que a gente fale do povo exaltando o seu espírito, contando como ele vive nas horas de lazer, nas festas, nas alegrias e nas tristezas. Quando faço um protesto, chamo a atenção das autoridades para os problemas, para o descaso do poder público, mas quando falo do povo nordestino não posso deixar de dizer que ele é alegre, espirituoso, brincalhão. Eu sempre procurei exaltar o matuto, o caboclo nordestino, pelo seu lado heroico. Nunca usei a miséria desvinculada da alegria."
Gonzaga foi mais que um sanfoneiro, ele dizia que mais do que ele era, não queria ser não. Nos fez apenas um pedido:
https://www.youtube.com/watch?v=3XDblMUgBP8
"Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor”.
Toda reverência ao Rei e ao seu legado! Salve o Mestre Luiz Gonzaga do Nascimento! Salve!!!
Juliana é pesquisadora do cangaço e sócia da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço.
Na sua visita a Augusto Severo-Rn – por sinal bem sucedida – Antônio Silvino deixou um recado para o povo de Caraúbas, dizendo que em breve iria até ali, com o mesmo propósito.
O recado foi transmitido pelo Padre Pinto então vigário de Augusto Severo, ao Bel. Alfredo Celso de Oliveira Fagundes, que ali se encontrava em trânsito.
O Dr. Alfredo, recém-investido no cargo de Juiz Distrital de Caraúbas, cioso dos seus deveres de guardião da lei, não viu com bons olhos a descabida e pretensiosa atitude do bandoleiro e ao chegar a sua terra, onde também já havia chegado o “ultimatum” de Antonio Silvino, encontrou o chefe local e demais autoridades sobressaltados e desalentados ante a perspectiva da indesejável visita.
Foi quando o juiz tomou a arrojada decisão: assumiu a responsabilidade da defesa do lugar, e mandou dizer ao bandoleiro que, “podia vir, mas que seria recebido à bala” – aquela mesma resposta que Rodolfo Fernandes daria mais tarde a Lampião.
Cangaceiro Antonio Silvino
É claro que Antônio Silvino não gostou da resposta e mandou-lhe o troco com esta terrível ameaça:
“Pois diga a esse dotôzinho, que breve irei lá. Vô rasgá a sua carta de dotô, queimar a sua casa, esquartejá-lo e depois dinpindurá os seus restos nos postes dos lampiões da luz...”.
Imediatamente a população foi mobilizada. Alberto Maranhão no Governo do Estado, cientificado, mandou “um cunhete de balas (1.000 cartuchos)”.
As lideranças locais e fazendeiros convocados atenderam ao chamamento do juiz e de repente 40 rifles estavam a sua disposição.
Vários dias a então vila de Caraúbas esteve em pé de guerra na expectativa do ataque iminente, mas Antônio Silvino não apareceu para “rasgá a carta do dotô...”.
De tudo ficou o fato e a foto documentando para a História um acontecimento, fruto de uma época de atraso que já se vai encobrindo na curva do tempo...