Wikipedia

Resultados da pesquisa

21 dezembro 2016

INÍCIO DE CARREIRA DE LUIZ GONZAGA

Contribuição: Compadre Luiz Lemos

Então, lá vai a primeira:

"Anselmo de Lica" era um amigo de Gonzaga, dos tempos de menino.  Ele também tocava sanfona e ia a todos os bailes e forrós com o Lua. Quando Gonzaga arrumava um "xodó" no baile, botava o Anselmo pra tocar no lugar dele, e ia dançar ou... fazer outras coisas, que ninguém é de ferro. E a proposta era, no final do baile, dividir o "cachê" entre os dois, metade para cada um. Só que, na hora de dividir, Lua era sabido e Anselmo, coitado, meio bobo. Então, Lua dividia:

"Acá... são quarenta mirréis! Prestenção. Vamo reparti no meio:

Um pá eu, um pá tu, um pá eu.
Um pá eu, um pá tu, um pá eu...
Um pá eu, um pá tu, um pá eu...

E, assim, com esse estratagema, Lua ficava com dois terços da grana e Anselmo com um terço! Sabido, né?

https://www.youtube.com/watch?v=3XDblMUgBP8

http://www.luizluagonzaga.mus.br/000/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=32

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

19 dezembro 2016

OS SILÊNCIOS DE DEZEMBRO

 *Rangel Alves da Costa


Dezembro é um mês de silêncios, de profundos e abismais silêncios. Um mês que não cabe o grito nem o espanto, que não cabe o alarido nem a balbúrdia, apenas o silêncio.

Não um silêncio, mas os silêncios de dezembro. E silêncios que povoam as reflexões, as meditações, as introspecções, os pensamentos interiores, os reencontros do ser com seu espírito e alma.

Dezembro chegado no afeto, na singeleza e no sentimentalismo. Dias mais lentos e mais alentados, instantes sublimes e cativantes. Mas ainda assim de névoas passadas perpassando os interiores da alma, e que em silêncio serão dispersadas.

Não cabe, em dezembro, o barulho do champanha aberta, as euforias sonoras dos abraços, os tilintares das taças com vinhos e espumantes, os talheres se digladiando sobre a mesa farta, a voz exaltada. Nada disso cabe em dezembro. Apenas silêncios.

Apenas silêncios e mais silêncios. Ao longe, apenas a melodia distante e quase inaudível, pois dezembro possui um som próprio e inafastável: um coro de anjos ecoando dos lumes antigos das catedrais.

Mas no restante, apenas os silêncios dezembrinos. O silêncio da alma, o silêncio do espírito, o silêncio da voz interior, o silêncio da reflexão, do olhar em busca de motivo bom, da mão se entrelaçando para a oração, do lábio murmurando clemência, da chama da vela crepitando.

Silêncios que surgem em quartos fechados, em casas escurecidas, em sofás melancólicos, em janelas entreabertas. Lá dentro, povoando mentes e pensamentos, os silêncios dos reencontros com os diálogos consigo mesmo. A melhor interlocução que possa existir.

O que sou, o que tenho sido, o que quero ser? Sou feliz ou infeliz, tenho procurado a felicidade ou apenas tenho vivido em busca de esmola de contentamento? Tenho sido aquela pessoa confiada por Deus para a grande obra da existência?

Por que tenho encontrado tanta tristeza se tudo faço para chamar a recompensa da alegria ao meu coração? O que fiz durante todo o ano, fui ser humano ou apenas pessoa, fui bom ou ruim para mim e os demais? Como eu poderia ter feito para não estar assim agora?


Será que amei na justa medida que deveria amar? Será que tenho negado pão, afeto, carinho, compreensão, respeito? Será que estou me desumanizando ao invés de ser mais solidário e mais acolhedor? Como será que tenho sido, meu Deus?

Por que sinto que pecados se acumulam sobre mim sem que eu tenha praticado mal algum? Será que não tenho cultivado suficientemente minha fé e ouvido menos a palavra de Deus? Será que eu tenho me deixado consumir demais pelo mundanismo?

Perguntas, questões, indagações. Não de pessoa para outra pessoa, mas desta consigo mesma, num diálogo íntimo e tão necessário. Diálogo este que sempre surge como inarredável necessidade no mês de dezembro, antes mesmo do Natal e da passagem do ano.

Não raro que muitos prefiram permanecer reclusas em seus quartos e salas, envoltas em reflexões e meditações, a participar de festas, confraternizações, comemorações natalinas. Enquanto outros vivem a alegria exterior, estes se encorajam para encontrar suas respostas.

Um vai para um amigo secreto, o outro silenciosamente medita no umbral da janela. Um vai para uma festança sortida, outro prefere se ajoelhar num canto qualquer do quarto escuro para a oração. Um vai beber e brincar, o outro bebe de suas próprias palavras, sacia-se de sua própria voz.

Por isso mesmo que nos quartos reclusos, escurecidos e silenciosos, em meio ao silêncio e à solidão, há muito mais voz que na maior festança que houver. E assim por que nada ecoa tão estridente quanto a autoconfissão.

Confessar e confessar-se o mais pobre e mais humilde de todos os seres da terra. Mesmo o ouro, mesmo a prata, mesmo o metal, nada disso possui valor de riqueza se não se guarda no tesouro do coração o humanismo e a fraternidade tão necessários à vida.

Confessar e confessar-se que o mal do homem está para viver para o mundo e não para si mesmo. Não como vaidade ou egoísmo, mas como reconhecimento de seus mais íntimos valores. E toda a riqueza encontrada compartilhar com o irmão.

Seriam reflexões para o ano inteiro, para cada dia do ano, mas somente em dezembro despontam nalguns corações. E que bom proveito se pode tirar dessa vontade de se prestar contas. E quantas imprestabilidades são afastadas pelo simples ato de pensar e repensar a vida.

Tudo somente possível nos silêncios de dezembro. Que nos silêncios as lágrimas caíam, as saudades aumentem, os sofrimentos latejem por todo lugar. Será depuração de espírito e alma, mas principalmente do ser enquanto pessoa. Reencontro e renascimentos através do silêncio.

Dai-me, Senhor, força e encorajamento para mais e mais silêncios assim. Uma vela acesa, um incenso queimando, a lua em penumbra lá fora. E no meu cantinho a doce palavra surgida na reflexão, e como bálsamo a voz: Crescei no teu silêncio para a paz da vida e do mundo!

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

UMA COMEMORAÇÃO ARCAICA

Por José Mendes Pereira

Amigo leitor, não fique chateado com o que eu escrevi, porque antes eu não conhecia Lampião, e jáfui seu inimigo, mas hoje somos amigos. Não pelo que ele fez de maldades, mas pela coragem que ele tinha.

Veja o que escrevi quando eu era inimigo dele, mas lembrando ao leitor que eu não sou poeta e nem tenho vocação para isto, apenas por intuição.

UMA COMEMORAÇÃO ARCAICA -

Começou o banditismo
Quase com o Virgulino
No outro século passado
Nesses sertões Nordestinos
Um perverso que matava
Homem, mulher e menino
E quando fechava um
Dizia: - Cumpro um destino.

José Ferreira da Silva
Era o pai do Lampião
Não gostava de encrencas
E tinha um bom coração
Mas o seu filho bandido
Meteu-lhe em confusão
Devido encrencas de terras
Mora de baixo do chão.

Mas dizem que a sua mãe
Era mulher meio brava
De nada ela tinha medo
Confusões sempre arranjava
O pai desarmava os filhos
Ela por trás os armava
Mas ela nunca pensou
Que bem perto a morte estava.

E com o incentivo da mãe
Lampião entrou num bando
De cangaceiros valentes
Que só saía assaltando
Do povo: joia e dinheiro
Em outro caso açoitando
Homem, mulher e menino
E no percurso ia matando.

Um dia ele conheceu
Uma doida no coiteiro
Que deixou o seu marido
Pra viver com o cangaceiro
Tornou-se logo a Santinha
Batizou-a o desordeiro
‘Disse: ─ agora eu encontrei
O meu amor verdadeiro.

Quem tem bom raciocínio
Fica sempre imaginando
Como é que uma mulher
Resolve seguir um bando
Cheio de homens valentes
Que sai no mundo matando
Sem dó e sem piedade
E pelos sertões judiando.

No tempo desse bandido
O povo não mais dormia
Pois se espalhava na mata
E por lá ninguém comia
Com medo do desordeiro
Que a qualquer hora podia
Invadir as residências
Com a força da covardia.

Fama de ser valentão
Desde jovem ele tinha
Gostava de confusão
E jamais andou na linha
Adorava assassinar
Matava até criancinhas
Mas seu lugar no inferno
Com certeza o diabo tinha.

E por onde ele passava
Começava a bagunçar
Ninguém mais tinha sossego
Forçava o povo dançar
Homem com homem colados
Era o seu prazer lançar
Um novo divertimento
Pra homem se balançar.

No campo ele amedrontava
Todos que moravam lá
Tomava tudo o que tinham
E se não quisessem dar
Mandava um dos cabras dele
Pegar o chefe do lar
E com o seu cinturão
O açoitava até matar.

Quem não quisesse apanhar
Era só o obedecer
Ficar calado num canto
E dar o braço a torcer
Pois o bandido gostava
De ver sempre alguém morrer
Metia o cinto no lombo
Só pra ver o mel descer.

Durante as suas andanças
Foi sanguinário cruel
Arrancou olhos de gente
De outro tirou o fel
Fez outro beber o líquido
Dizendo que era mel
Se não bebesse o mandava
Logo para o beleleu.

Se ele visse uma moça
Com o vestido curtinho
Ferrava-a com um ferro quente
Marcando o lindo rostinho
Dizendo: - tenha vergonha
Tu ainda és brotinho
Procura andar bem vestida
Pra não mostrar o rabinho.

Uma vez capou um homem
Ás duas da madrugada
Dizendo: - Você está magro
Precisa duma engordada
E começou o trabalho
Com uma faca afiada
Depois do serviço pronto
Deu-lhe boas bordoadas.

Lampião era perverso
No sertão matou, roubou
Fez gente correr com medo
Nas cidades ele estuprou
E quem não lhe obedeceu
Com certeza ele humilhou
E com tiros de fuzil
A vida dele acabou.

Fez mulher pari na mata
E outras transar com ele
Homem beber creolina
E fazer cafuné nele
Fez moça dançar sem roupa
Na frente do grupo dele
Se não dançasse morria
Nas mãos dum cabra daquele.

Tinha um tal de Jararaca
Do bando era o mais valente
Matava com muita ira
Até criança inocente
Sacudia ela pra cima
Com o seu ódio na mente
E com um fino punhal
Furava maldosamente.

Aqui na nossa cidade
O bando tentou vencer
Mas logo encontrou o dele
Mossoró o fez correr
O Colchete morto foi
Que nunca pensou morrer
E o Jararaca o prenderam
Pros crimes ele responder.

O desgraçado pagou
Pelos erros cometidos
Mossoró o derrotou
Depois o deixou detido
Pra esperar o julgamento
Mas isso não foi cumprido
Com cinco dias depois
Na cova ele foi vencido.

Não dar pra gente entender
O que eu vi na cova dele
Tantas velas derretidas
Pois acenderam pra ele
Tanto mal que fez no mundo
E tem quem o põe fé nele
Não rezem mais minha gente
P’rum desgraçado daquele!.

O Lampião era mal
Não dava chance a ninguém
Se seu amigo não fosse
Fazia-lhe de refém
E se fosse o seu amigo
Marcado estava também
E pra que representá-lo?
Se ele odiava o bem!.

Até hoje eu não entendo
Dessa comemoração
Chamada: “chuva de balas”
Pra lembrar o Lampião
Ele só tinha maldades
Dentro do seu coração
E Ainda tem muita gente
Fazendo-o de bonachão.

Deixem de comemorar
O que houve em Mossoró
Feito pelo um desgraçado
Que de ninguém tinha dó
Imitava os Israelitas
Que tomaram Jericó,
Lampião era covarde
Jamais ele atacou só.

Cada ano que se faz
Essa comemoração
Pode até nascer mais outros
Do tipo do Lampião
Do jeito que o mundo está
São poucos de coração
Existem coisas melhores
Pra mostrar a população.

Eu posso até calcular
Desses gastos que são feitos
Dar pra alimentar crianças
Com certeza, seu prefeito!
Têm tantas delas com fome
A espera de um direito
- Pra resolver é difícil?
Mas se tentar vai dar jeito.

Tem pai por aí sofrendo
Sem o pão na sua mesa
Esperando a opulência
E vá embora a tristeza
Pros filhos não têm comidas
Porque lhe falta a riqueza
Não gasta com o Lampião
Gasta tudo com a pobreza.

E outro vive sem teto
Sem proteção de ninguém
Comendo uma vez por dia
Pois para comprar não tem
Fiado ninguém lhe vende
Mesmo assim não lhe convém
- Com que ele vai pagar?
Só se roubar de alguém!.

Quem nasceu em berço pobre
Sabe bem o que é sofrer
Em ver os filhos com fome
Sem nada poder fazer
Um diz: ― Papai quero roupa
Outro diz: ─ Quero comer
Deixa o Lampião pra lá
Pois não dá pra nele crer.

Tem gente que se gloria
Ter vencido o Lampião
Eu até parabenizo
Pois foi uma boa ação
O desgraçado se foi
Lá pra bem perto do cão
Mas vejam que a Mossoró
Está cheia de Lampião.

Quem admira bandido
Tem pensamento adverso
Carrega sempre na mente
Coisa que é de perverso
E jamais pensa no bem
Só quer fazer o inverso
Deixa o Lampião pra lá
Agora faça o anverso.

É melhor representar
O nosso grande Jesus
E ensinar à juventude
Só ele é quem nos conduz
Lembrar do seu sofrimento
E a sua morte na cruz
Deixa o Lampião pra lá
Simula o dono da luz.

Ou talvez: Santa Luzia
Que é a nossa padroeira
Defendeu a Mossoró
Dessa turma bandoleira
Mesma com os olhos furados
Acobertou as trincheiras
Deixa o Lampião pra lá
Pra não se tornar besteira.

Ou Eliseu Ventania
Homem daqui da cidade
Que deixou grandes canções
Foi poeta de verdade
Fazia versos decentes
E nenhum tinha maldade
Deixa o Lampião pra lá
Pensa mais na liberdade.

Por tanto senhor prefeito
Procura dar de comer
A essa gente sofrida
Que não pode se manter
Emprega o dinheiro certo
Faça mesmo ele valer
Deixa o Lampião pra lá
Não dar pra nele se crer.

http://mendesepaiva.blogspot.com.br/2015/05/uma-comemoracao-arcaica-j-mendes-pereira.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

18 dezembro 2016

DONA PORCINA SIMEÃO DA SILVA UMA MÃE QUE MUITOS DESEJARAM SER SEUS FILHOS

Por José Mendes Pereira
Dona Porcina Simeão da Silva

Sobre a dona Porcina eu já havia postado algo em setembro de 2014, nesta mesma página: facebook, grupo: "RELEMBRANDO MOSSORÓ, mas muitos que a conheceram, e que não viram a sua foto, estou repostando para que a vejam e lembrem-se dela. 

Rever a querida dona Porcina Simeão da Silva que quem estudou em décadas passadas na Escola Estadual Jerônimo Rosado, sem dúvida, comprou algo a ela, e a conheceu de perto.

A foto foi gentilmente enviada por Dilma Régis, e só tenho que agradecê-la pela boa vontade de colaborar e fazer muitas pessoas recordarem a fisionomia de dona Porcina Simeão da Silva.

Esta foto também será apresentada a Assis Nascimento o qual achava que não tinha foto dela. Mas aqui está, grande Assis Nascimento, dona Porcina Simeão da Silva, muito embora, em foto, e que bom que ela estivesse em carne e osso no nosso meio.


Quem estudou na Escola Estadual Jerônimo Rosado conheceu muito bem a dona Porcina Simeão da Silva que negociava com seus bolinhos, cafés, pastéis, refrigerantes e tudo mais, e sua casa fica em frente (ainda existe) ao portão da escola, à Rua Ferreira Itajubá.

A lanchonete da dona Porcina funcionava de 6:00 horas da manhã, até às 10:00 horas da noite, exceto aos domingos e feriados. Dona Porcina era uma senhora de estatura média, morena, e muito sorridente.

Não tenho a data do seu falecimento, e muito menos, não sei se ela nasceu em Mossoró, ou se era de outra cidade e Estado. Mas vale rever a dona Porcina Simeão da Silva que muito forneceu merendas aos alunos do Colégio Estadual Jerônimo Rosado, e que ajudou muito aos moradores da Casa do Estudante de Mossoró. Ela considerava aqueles da Casa do estudante como se fossem seus filho.

Valeu, Dona Porcina! Um bom lugar no reino de Deus, com certeza, a senhora está muito bem abrigada, protegida pelo Senhor pai Celestial, porque durante o tempo em que morou na terra, só fez coisa boas diante dos olhos de Deus.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

LIVRO - AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA - PE.

Por Marcos De Carmelita Carmelita


Bilhete escrito por Lampião enviado ao fazendeiro florestano, Cantidiano Valgueiro Barros, proprietário das fazendas Tabuleiro Cumprido e Barra da Forquilha, com a transcrição de Adália Valgueiro, neta de Cantidiano.

Adália Valgueiro, neta de Cantidiano.

Fonte: facebook
Página: Marcos De Carmelita Carmelita
Grupo: Ofício das Espingardas

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

17 dezembro 2016

UMA RIVALIDADE GOSTOSA E SEM AGRESSÕES FÍSICAS.

Por José Mendes Pereira
Colégio Diocesano Santa Luzia

Nos anos 60, 70, 80... os dois colégios mais famosos de Mossoró eram: Colégio Diocesano Santa Luzia e o Colégio Estadual Jerônimo Rosado.

Colégio Estadual Jerônimo Rosado

De um lado, a grande "NATA GROSSA" de Mossoró, o Colégio Diocesano reinava muito, porque a maioria dos alunos era de classe alta. E do outro lado, a grande massa pobre, estudava no Colégio Estadual Jerônimo Rosado, mas apesar da pobreza, nós éramos felizes.

Quando os dois colégios se enfrentavam nos jogos olímpicos, ou mesmo para divertir os estudante tanto de um lado como do outro, e o time do Colégio Estadual Jerônimo Rosado fazia um gol, a torcida do Estadual delirava, e não perdoava, cantando aquela música "Replay" do Trio Esperança que fora gravada na década de 70.


Era a melhor maneira para a pobreza vencer a riqueza, e fazer com que os ricos do Colégio Diocesano Santa Luzia baixassem as suas cabeças. E com um gol feito, a galera gritava e cantava a música Replay:

É gooooool!
De felicidade!
É gooooool!
O meu time é a
Alegria da cidade!

O mais interessante, foi que nunca houve nenhuma agressão física com nenhum aluno dos dois colégios, porque a rivalidade era apenas nos jogos, e não rixas pessoais.

Quem estudou lá no Diocesano e Estadual nos anos 70 lembra muito bem disso!

ADENDOS:

Dr Lima lá da cidade de Cruz no Ceará disse o seguinte:
 
Dr. Lima e Lúcio Nascimento

Meu Amigo Professor Mendes:

Relembrar fatos do Diocesano é reviver a nossa história. O governador Cortês Pereira quando fez a inauguração da reforma da Escola Estadual, como era conhecido a Escola Senador Dinarte Mariz disse; "Encontrei esta escola com suas janelas chorando lágrimas de vidro, mas, hoje, elas sorriem com a beleza de suas vidraças". 

Em 1970, nas Olimpíadas Estudantis, o Diocesano foi campeão por antecipação. Mas, para cumprir tabela jogou a final contra o Estadual na quadra da ACDP. Eu estava presente. O Estadual goleou o Diocesano: 9x0. Logo o Diocesano foi apelidado de Diocezero. 

A Professora Mundinha mandou fazer as blusas de Tricampeão. Na Serigrafia trabalhava um estudante do Estadual. Ele usou uma astúcia. Na blusa tinha a frase: Tricampeão 1970. Ele escreveu o 9 e 0 em negrito. O 1 e o 7 com letra fina. Depois que receberam e distribuíram as blusas, foi que perceberam a alusão que ele tinha feito aos 9x0. Mundinha ficou uma fera. Eu era aluno do Ginásio Centenário de Mossoró que funcionava anexo ao Diocesano.

E o empresário Raimundo Feliciano disse o seguinte:
Raimundo Feliciano

Zé Mendes, uma vez, não sei bem o ano, o Colégio Estadual foi campeão, e eu fiz parte desta equipe. Após a vitória, nós saímos em (passeata do bem) passando em frente ao Diocesano, cantando assim: 

"O DIOCESANO QUERER SER CAMPEÃO, 
É OU NÃO É PIADA DE SALÃO?" 

Velhos tempos, belos dias.


Não menosprezando as outras, mas  uma das melhores escolas pública de Mossoró e mais estruturada é a Escola Estadual Jerônimo Rosado ao lado do Colégio Diocesano Santa Luzia.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

AGRADÁVEL BATE-PAPO LITERÁRIO COM TEMA NO LIVRO SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO

Por Luiz Serra

Em Brasília, no Espaço da Livraria Visconde, troca de ideias em rodas de conversação sobre o assunto, esclarecimentos acerca da feitura e pesquisa do livro, e com sonorização da Casa com músicas do mestre Gonzagão, encontro se estendendo até às 21h30.


Reiterando que minha tese central do livro, quanto ao cangaço, é que o ambiente sertanejo por quase 100 anos resumia-se a uma hostilidade sem tamanho. A vida humana era só um pecado da existência. Inumações improvisadas ocorriam à pressa, à margem dos caminhos. 


Lampião feria e até esquartejava a quem aprouvesse, da mesma forma que da mente de um coronel sertanejo saíam ordens não menos doentias. 


Quanto às volantes de contratados, jagunços, torturas para revelar paradeiros de bandos cangaceiros furtivos eram despropositadas, alienantes e nefastas. No entanto, a voz do povo revelou algo inesperado: a imagem de Lampião como alguém que enfrentou a "ordem dos coronéis e políticos", que, na realidade, distanciadas de qualquer resquício de Estado, todos respirando naquele agreste ambiente francamente anárquico.


Neste sábado, 17, será a vez da Manoela Serra com seu Diário Bipolar, este opúsculo criativo e enriquecedor ao tema psicológico, em recente lançamento.

Ambos os produtos da literatura, em seus quadrados mágicos temáticos, à venda na Livraria Visconde, na Asa Sul, SCS405, Brasília.

Fonte: https://www.facebook.com/
Página: Luiz Serra

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...