25 setembro 2017

MORRE DONA BRANCA AOS 103 ANOS

Por Junior Almeida

Faleceu na noite de ontem (24) no Sítio Azevém em Paranatama, Maria Gracinda Basílio, de exatos 103 anos e 3 meses de vida. Dona Branca, como era conhecida, foi uma das tantas vítimas do cangaço no Nordeste, quando em 19 de julho de 1935 o bando do famigerado Lampião invadiu a sua casa no antigo distrito de Garanhuns, espancando-a em busca de dinheiro e ouro e dinheiro.


No último dia 10 um grupo de pesquisadores do Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço – GPEC – estiveram na residência de Dona Branca onde ouviram a idosa. Os estudiosos se surpreenderam com a lucidez de Dona Branca, que discorreu sobre os momentos de terror vividos nas mãos dos sicários. Para se ter uma ideia do que a mulher passou, é só lembrar que suas duas cunhadas, que moravam próximas de sua casa, foram molestadas pelos bandidos.

Estivemos algumas vezes na residência da família em trabalhos de pesquisas e em uma das vezes foi na festa de aniversário de 102 anos da idosa, que rendeu um texto que postamos aqui, e hoje mais uma vez falamos novamente em Dona Branca, dessa vez com a triste notícia de sua partida.

O velório de Dona Branca está sendo realizado no Sítio Azevém, na mesma casa do ataque de Lampião em 1935 de seguirá para a cidade. O enterro será no cemitério de Paranatama às 16 horas.  

Nós que fazemos parte do blog, nos solidarizamos com toda Família Basílio neste momento de dor.

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24 setembro 2017

VEJA, OS DETALHES DA ÚLTIMA MISSA CELEBRADA EM 28-07-17, NA GROTA DO ANGICO-SE..

Acervo do pesquisador Voltaseca Volta
https://www.youtube.com/watch?v=3cVlg4J6ZyU&feature=share

Há vinte anos, uma missa é celebrada na Grota do Angico, para homenagear Lampião e o bando...

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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23 setembro 2017

LIVROS, MEMÓRIAS E TESTEMUNHOS

Por Rangel Alves da Costa

Vou logo ao ponto. Quando o livreiro, editor e estudioso do cangaço Francisco Pereira Lima, o tão conhecido Professor Pereira, publicou uma nota nos grupos de estudos dos fenômenos sociais nordestinos, conclamando a família do escritor Luis Wilson para a necessidade da reedição de uma obra de sua autoria, o fez exatamente pela compreensão de sua importância no contexto nordestino e, mais de perto, para o conhecimento daqueles testemunhos pelos novos pesquisadores.
Remetendo ao livro “Vila Bela, os pereiras e outras histórias”, de Luis Wilson, eis a íntegra da nota do Professor Pereira: “Seria ótimo que este livro fosse reeditado. Ótimos conteúdos de Genealogia, Coronelismo, Cangaço e lutas de Família. Mas não encontramos para atender a demanda, que é grande. Espero que a Família do autor tome essa iniciativa”. Acentua-se aí a importante observação: “Ótimos conteúdos de Genealogia, Coronelismo, Cangaço e lutas de Família”.
E mais adiante, o comentarista Francisco Cartaxo faz importante observação. Diz Cartaxo que alguns livros importantes já foram reeditados, tais como os de Ulysses Lins de Albuquerque e outro de Luiz Wilson, sendo este “Roteiro de velhos e grandes sertanejos". Os livros de Ulysses Lins de Albuquerque citados por Cartaxo foram “Um Sertanejo e o Sertão (memórias)”, “Moxotó Brabo” e “Três Ribeiras”. De qualquer modo, a reedição mostra-se de fundamental importância. Ora, qual pesquisador de hoje não deseja ter um Maria Isaura Pereira de Queiroz, um Nertan Macêdo, um João Gomes de Lira, um Ranulpho Prata, dentre tantos outros?
O memorialismo ganha particular importância neste contexto. Se uma obra é de cunho memorialista, buscando retratar um contexto familiar ou social, de forma mais ampla ou não, sua importância não pode ser menosprezada pelo pesquisador. E assim pelo fato de que, por exemplo, um livro não necessita tratar especificamente sobre o cangaço ou sobre o coronelismo, o beatismo ou a genealogia familiar, para dele ser possível extrair elementos essenciais para a compreensão de fenômenos mais abrangentes. Mesmo uma obra de diversificado conteúdo, pode muito bem conter retalhos essenciais que precisam ser conhecidos.
Considerando-se ainda que as velhas memórias publicadas contêm quase que verdadeiros testemunhos presenciais, logo se verifica a sua proximidade com a veracidade dos fatos. Ao se debruçar sobre a própria história ou de seu contexto familiar, ao escrever sobre realidades vivenciadas ou extraídas de fatos conhecidos, o autor vai além de ser mero escritor-pesquisador para se afeiçoar ao próprio personagem.
Desse modo, quando um livro de memórias inclui nas suas páginas feições vívidas de algum tipo de coronelismo, a abordagem feita corresponde não à generalidade coronelista, mas sobre a atuação específica de determinado coronel. Daí ser possível entender com maior profundidade o funcionamento daquele clã comandado pelo seu senhor e até mesmo sua exteriorização de poder.
O mesmo se diga com relação ao cangaço. Quando o memorialista conta causos cangaceiros, situando sua família, ele próprio ou sua povoação, transcreve a realidade – ao menos aproximada – e não o que foi extraído de pesquisas ou de outras páginas. Ao fazer isso, pormenoriza situações nem sempre conhecidas ou abrangidas em outros livros de temática geral. Há no memorialismo esse dom da transcrição visual dos fatos, da aproximação do fato à realidade, permitindo uma compreensão sem enfeites ou disfarces.
Acrescento que o ofício do memorialismo é exatamente tirar do caderno da memória o que foi vivenciado ou conhecido proximamente. Neste aspecto a sua importância maior como retrato fidedigno ou aproximado de contextos sociais. Assim, quando da memória surge o relato de um episódio cangaceiro, vivenciado ou testemunhado pelo calor da hora, logo se presume com maior veracidade que qualquer outro. Nada faz crer que a memória apenas minta ou invente para agradar ou inverter a realidade.
Daí razão na preocupação do Professor Pereira. Os livros atualmente publicados não passam, em grande parte, de compilações das abordagens de outros livros. Há o embrulho, mas não o cheiro do suor da luta, da fumaça da pólvora, do sertão marcado pelas tantas vinditas de sangue. É preciso, pois, buscar naquelas memórias antigas os seus testemunhos de um tempo emoldurado na veracidade.
Tais autores nunca envelhecem. É a importância do conteúdo, ainda que apenas em retalhos, que os tornam essenciais para a compreensão de recortes históricos tão importantes para, num remendo aqui e acolá, permitir o que hoje chamamos historiografia.

Escritor
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21 setembro 2017

SÓ PARA PASSAR O TEMPO! - O PROFESSOR JOÃO MALEÁVEL GOZA LICENÇA ESPECIAL

Por José Mendes Pereira

(Antes de começarmos a nossa historinha alerto aos amigos leitores que o que escrevi não se refere a nenhum tipo de críticas com ninguém, é somente para divertir a nossa vida. O professor João Maleável é mais um dos meus personagens, mas sem humilhar ninguém. Durante o tempo em que eu trabalhei em sala de aula, vivi no meio de bons professores e competentes, além do mais, amigos). 

Nos últimos anos, o João Maleável se sentia meio cansado, e precisava com urgência de férias. E para isso, ele tinha direito. Sim senhor! Quase quinze anos de serviços. Podia se afastar de suas atividades pelo menos por um período de seis meses. E se quisesse, ausentar-se-ia por nove meses. Isso era uma opção dele.

E às pressas, ele procurou um substituto. Carlos Maia. Um primo carnal e de grande confiança. "- É meu primo carnal. Filho de um irmão do meu pai, e filho de uma irmã da minha mãe, dizia ele apresentando o novo mestre ao diretor da escola".

O Carlos Maia, um jovem que ainda não tinha experiências em sala de aula. Mas sempre fora de muita responsabilidade em tudo que tomava de conta. E por sinal, acadêmico de letras em uma das universidades do Rio Grande do Norte. Um grande homem letrado, como dizia o mestre.

Quando o nosso professor entregou o material ao novo mestre, isto é, ao substituto, ele se pôs a observar os quadrinhos da presença no diário, e notou que o veterano fazia a chamada da seguinte maneira: Um (P) e um (O). Sem entender aquela desastrosa chamada, o futuro dono da sabedoria resolveu pedir uma explicação ao grande professor polivalente.

- Professor, eu estava observando a maneira que o senhor usa para fazer a chamada, e achei muito interessante e engraçada! Quando o aluno estava presente, acredito-me, o senhor colocava um (P). Tudo bem! Até aí eu entendi direitinho. Mas quando o aluno não estava presente, o senhor colocava um (O). Professor, me dê uma explicação para o significado do diabo deste (O)! 

O João Maleável cheio de orgulho, metido a inteligente, não só inteligente, mas inteligentíssimo, e com a confiança de que nada estava errado, que sempre fez aquele trabalho certíssimo, e que se dedicava por total e com responsabilidade, olhou bem no fundo do olhar do primo, balançou um pouco a cabeça, dando a entender que o parente talvez não fosse ser feliz na nova profissão, repuxou o colarinho da camisa, e com um sorriso largo e aberto, respondeu-lhe.

- Ó meu grande Deus todo poderoso! Primo, não me decepcione diante dos meus amigos professores, primo! É ozente, primo!

-Sim!..., Sim!..., Sim!..., Sim! Entendi, primo! - Confirmou o marinheiro de primeira viagem com um sorriso sarcástico e fantasioso.

(O que é que é isso, João Maleável? Não estudou!).

Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.


Visite o blog do professor 


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19 setembro 2017

VOLANTE ANTÔNIO VIEIRA

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=UcCE7JmnJLQ

Fez parte da famosa batalha de Angico, onde morreu Lampião e mais 10 cangaceiros.

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18 setembro 2017

LUIZ PADRE E SINHÔ PEREIRA, NA FAZENDA POÇOS, EM VILLA BELLA.

Por Antonio Neto do acervo do João Jose Souza

Aos dez dias do mês de junho do ano de 1917, Luiz Padre e Sinhô Pereira, no comando de um grupo constituído de onze indivíduos, totalizando com os chefes, treze homens bem armados e devidamente municiados, formados por Augusto Firmino, vulgo Sereno, Antônio Grande, Vicente Marina, Raymundo Moraes e os elementos conhecidos por Mão de Grelha, Deodato Chico, Gasinetto, Verêda, Antônio Paixão, Antônio Sales e José Gomes seguiram para a Fazenda Poços do município de Villa Bella, hoje Serra Talhada, de propriedade de José Florentino de Lima, conhecido por José Amaro.

Ao chegarem a essa fazenda subtraíram a força um rifle pertencente a José Jacinto. Em seguida dirigiram-se ao cercado da respectiva fazenda e furtaram ali um cavalo russo de campo que pertencia ao senhor José Florentino. Em virtude do ocorrido o Senhor Florentino prestou por escrito, ao Delegado de Villa Bella (Serra Talhada), queixa-crime contra Luiz Padre, Sinhô Pereira e seus comparsas, conforme provas documentais e relatos das testemunhas arroladas.

Diante do exposto, o Promotor Público de Villa Bella (Serra Talhada), no exercício pleno de suas atribuições e de conformidade com o que dispunha a Lei vigente da época, veio ao Juiz da Comarca de Serra Talhada denunciar os acusados citados acima pelos fatos delituosos em questão. Ressaltou o promotor que, uma vez, julgada aprovada a acusação, os denunciados deverão ser punidos com o máximo rigor da Lei, em vista de ter concorrido circunstâncias agravantes, incursos nos artigos 356 e 331, &4º, combinados com o Art. 18, &1º do Código Penal Brasileiro e, assim, o Promotor Público solicitou ao juiz que autuada a denúncia, procedessem-se os demais termos, para a formação da culpa, inquirindo-se as testemunhas arroladas. É bom frisar que nessa ocorrência não foram registradas mortes nem agressões físicas traumatizantes.

Das seis testemunhas convocadas para depor contra os réus, apenas duas compareceram à audiência: Marçal Alves Gondim e Francisco Mourato da Cruz. Os acusados, por se encontrarem em lugar incerto e não sabido não receberam a intimação do oficial de justiça. Em razão desse fato o processo correu à revelia. No processo não foram encontrados interrogatórios, punições ou sentenças dos acusados.

O presente texto foi fundamentado nos autos, portanto, sob a égide da justiça.




Fonte: Memorial da Justiça de Pernambuco.
Antonio Neto é pesquisador, escritor, dicionarista, biógrafo e poeta.
https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

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16 setembro 2017

MARCELO REZENDE MORRE AOS 65 ANOS APÓS BATALHA CONTRA O CÂNCER


Apresentador anunciou doença em maio e estava internado com pneumonia grave.

O jornalista e apresentador Marcelo Rezende, de 65 anos, morreu no fim da tarde deste sábado (16). Internado no Hospital Moriah, no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo, ele travava uma batalha contra o câncer e teve falência múltipla dos órgãos.

QUEM entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Moriah. De acordo com a nota divulgada pelo hospital, o jornalista morreu às 17h45 deste sábado.

No dia 14 de maio de 2017, foi ao ar uma entrevista de Rezende no programa Domingo Espetacular, em que revelou que estava com câncer no pâncreas, já com metástase no fígado. Por conta da doença, o jornalista se afastou do trabalho na Record TV, emissora em que comandava o Cidade Alerta desde 2012.






http://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2017/09/marcelo-rezende-morre-aos-65-anos-apos-batalha-contra-o-cancer.html

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S BOMBAS AMERICANAS DESTROEM CIDADES DE HIROSHIMA E NAGASAKI NO IMPÉRIO JAPONÊS.

  Por José Mendes Pereira Morrer pela pátria é uma coisa sem graça e sem sentido. Por que morrer pela pátria se os que deveriam estar lá, lu...