Wikipedia

Resultados da pesquisa

02 maio 2018

VOLANTE MANÉ VÉIO, UM HOMEM SEM ESCRÚPULOS


No tempo do cangaço, havia em todo e qualquer recanto da vasta região do sertão nordestino a ‘matéria prima’ para os bandos de cangaceiros. Em primeiro lugar estava o vaqueiro. Homem destemido, valente e que foi forjado na própria dureza da região. Em segundo, seria qualquer catingueiro vítima de maus tratos sofridos pelos jagunços dos ‘coronéis’ ou pelos próprios homens metidos por dentro de uma farda que representava a “Lei” da região.

Não havia condições para os magistrados exercerem suas funções devido o poder central dominante estar centralizado nas mãos dos políticos governantes. Aquele que começa a tentar impor a lei era, automaticamente, transferido para um lugar distante a pedido de algum ‘Manda-Chuva’ local. Os poderes eram centralizados em um só, no governante e seus correligionários. “Mandava quem tinha poder e obedecia quem tinha juízo”, porém, de quando em vez aparecia malucos que não baixavam a cabeça para as determinações dos poderosos.

Com o alastramento do banditismo rural, muitos daqueles que eram bandidos, bandoleiros ou mesmo procurados pela justiça poderiam se alistar como contratados do governo para darem combate aos bandos. Dessa forma, sem ter como fazer uma triagem nos homens que apareciam para serem contratados pelo governo, através dos vários comandos de volantes que tinham seus Quartéis Generais improvisados em várias cidades estratégicas, diariamente. João Gomes de Lira, saudoso volante nazareno em entrevista relatou que não tinham sequer instruções para conhecerem a arma que seria sua ‘ferramenta de trabalho’ daquele momento em diante, aliás, referiu que não havia instrução alguma. Entregavam-se a vestimenta, a arma e a munição e lá estava um novo combatente das Forças Públicas estaduais.


No primeiro meado de 1912 nasceu um cidadão chamado Manoel Marques da Silva, na pequena Santa Brígida, BA. Ele era filho do casal Jacó Marques da Silva e dona Jovina Maria da Silva. Casal pobre que vivia na labuta diária.

Na família desse baiano brotou vários combatentes de sangue no olho. Homens corajosos que não temiam a morte. Um de seus tios, “Elias Marques”, combateu cangaceiros até ser abatido na batalha da Maranduba, município de Poço Redondo, SE, em 1932, pelo bando de Lampião. Morreu nos braços do próprio filho “Procidônio”, que também era volante.

Desde sua tenra idade que Manoel Marques da Silva ganhou a alcunha de Mané Véio. Desde cedo que demonstrou ser um cabra valente que não temia a nada. O escritor Alcino Alves Costa, em seu “Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistério de Angico”, 3ª edição, 2011, referindo sobre a infância dele, nos revela: “O baianinho, desde criancinha, era chamado pelo carinhoso apelido de Mané Véio. Era magricela, esguio, alto, de boa presença e com uma conversa fluente; porém genioso e malcriado ao extremo.”

Em 1927, mais taludinho, pois já tinha seus 17 anos de idade, o jovem de Santa Brígida resolve entrar para a Força Pública baiana para dar combate aos cangaceiros que estavam aterrorizando aquela região. Para os jovens daquela época, em determinados anos de seca, só havia dois caminhos para eles seguirem na tentativa de sobreviverem: o cangaço ou a volante. Mané Véio ingressou na Força Pública sob o comando do tenente Francisco Moutinho Dourado, por todos conhecido como tenente ‘Douradinho’. Depois dessa ‘escola’ com o tenente Douradinho, Mané Véio passa a prestar seus serviços ao comandante de volante sargento Adolfo e, por fim, passa a exercer sua função comandada pelo conhecido tenente Liberato de Carvalho. Tendo feito sua ‘escola’ militar sob o comando desses grandes comandante, e conseguido sobreviver, Mané Véio estava pronto para tudo que viesse encará-lo.


Manoel Marques se casa com a jovem Cidália. Cidália era da mesma Santa Brígida. O casal gerou um filho e lhe deram o nome de Abílio Marques. Mané Véio era, segundo pesquisadores, bastante mulherengo, não podia ver um rabo de saia. Esse era o grande motivo que, depois de certo tempo, as brigas tornaram-se rotina na moradia do casal. Uma das ‘namoradas’ de Manoel Marques, a jovem Pureza, fez a sua cabeça virar totalmente, tanto que logo ocorreu a separação entre ele e Cidália. Mesmo estando separado, Manoel Marques não deixou de fornecer o que mãe e filho precisavam. Quando tinha que sair em alguma missão, não sabendo quando seria seu retorno, Mané deixava incumbido um de seus parentes, João Silva, encarregado de prestar toda e qualquer assistência que eles precisassem. E sempre que retornava acertava as contas com João, seu parente.

Cidália era uma baiana cor de canela, faceira, de corpo exuberante. Devido a isso tudo, começa a aparecer no volante de Liberato de Carvalho a desconfiança. Após ver cair um bilhete do bolso de seu parente, João Silva, Manoel Marques coloca na cabeça que era um bilhete de Cidália. Ele agora achava que seu parente tinha algum chamego com ela. Sem dar noção de seu pensamento desconfiado, Mané Véio se despede do parente e vai até sua morada, pegou seu mosquetão e saiu à procura da mãe de seu filho.

Naquele tempo, as vizinhas se juntavam e iam todas para beira de um regato, açude, cacimba ou caldeirão com a roupa que tinham que lavar. Naquele dia, Cidália e algumas mulheres, suas vizinhas e uma irmã chamada Zafira, estavam na fazenda Cajueiro justamente lavando as roupas. Manoel Marques logo é notado pelas lavadeiras seguindo em direção as mesmas. Apesar de estar com sua arma nas mãos, nada desconfiam as mulheres, pois ele era um militar e sempre andava armado. Cidália também o vê e nada desconfia. Quando nota o que estava para acontecer, já era tarde...

Mané Véio nada disse as mulheres, tão pouco falou alguma coisa para sua ex-mulher. Apenas parou um pouco para manobrar seu fuzil. Nessa altura dos acontecimentos Cidália, conhecendo como era violente e determinado aquele homem, sabia o que ele iria fazer. Não pestanejou e, levantando-se rapidamente, correu e tentou esconder-se usando o corpo da sua irmã como proteção. Infelizmente, os corpos se protegiam, porém, o rosto de Cidália ficou a mostra. O volante, já com a bala na agulha, levou a coronha da arma ao ombro, fez mira e disparou. Um tirou certeiro transformou o rosto da jovem num amontoado de carne e ossos disformes. E seu corpo vai de encontro ao chão, já sem vida.

Segundo autores, aquele crime abalou sertão baiano já tão acostumado com tantas vidas ceifadas violentamente. A população do interior baiano queria que as autoridades tomassem providências, mesmo porque Cídália pagou por uma conta, crime de traição, que não fez. Ela jamais havia ficado com outro homem, mesmo depois da separação. Porém, como tudo se arruma nessa vida, a própria corporação a quem pertencia tratou de dar um jeito para livrar Manoel Marques da Silva, o Mané Véio, da prisão.

Mané Véio dana-se dentro do mato e vai se esconder num pé de serra chamado “Serrote do Galeão”, e, numa gruta nas pedras dessa serra, uma caverna, passa vários meses escondido. “Embrenha-se na mataria e fica um ano escondido no Serrote do Galeão, enfurnado numa gruta que hoje é conhecida como “A toca de Mané Véio”.” (AA. Pg 335, 2011).

Seus comandantes conseguem fazer a sua ‘transferência’ para outro Estado. Conseguem fazer com que ele migre para o Alagoas, vá até Santana do Ipanema e seja admitido na Força alagoana no II Batalhão comandado pelo tenente José Lucena, o qual o envia direto para servir na volante comandada pelo pernambucano tenente João Bezerra da Silva aquartelada em Piranhas, AL.

A coisa foi muito bem arquitetada pelos militares. Ele troca de nome e passa a ser conhecido em Piranhas e região como Antônio Jacó. Com a sequência dos embates, torna-se admirado pelo comandante e seus companheiros, ganhando o respeito de ambos. Coragem e valentia nunca lhe faltaram.


Segundo o pesquisador/historiador Alcino Alves Costa, o saudoso "vaqueiro" de Poço Redondo, SE, foi Antônio Jacó quem matou o famoso cangaceiro Luiz Pedro de Siqueira, conhecido por Luiz Pedro Cordeiro, devido 'Cordeiro' ser o nome do sítio em que nascera, propriedade de seus parentes no Estado de Pernambuco e o cangaceiro 'Mergulhão", Antonio Juvenal da Silva, na grota do Riacho Angico, na fazenda Forquilha, município de Poço Redondo, SE, na manhã do dia 28 de julho de 1938, ficando com os espólios de ambos.

“(,,,)Chegou a hora. O dedo aciona o gatilho. O estampido da arma estronda. A bala atinge o coração do cangaceiro. Algo inesperado está acontecendo. Contra toda expectativa o bandido continua caminhando, dando a impressão que não foi atingido e, ainda mais assustador, o facínora faz menção de puxar uma arma do coldre. Neste instante os dois valentões já estão frente a frente. 

Mané Véio é rápido. Dar o segundo tiro. Dessa vez bem em cima do umbigo. O assecla cai de lado. Não faz movimento algum. Parece até que caiu morto. Sem perder tempo o matador corre e inicia o saque. O morto era Luiz Pedro (...). Talvez o último remanescente das grandes estrelas dos tempos de Pernambuco.

O homem de Santa Brígida está abismado com o luxo e a riqueza do bandido. Além dos anéis e alianças que abarrotam e enfeitam seus dedos, carrega em seu corpo um número vultoso de lenços e jabiracas, tudo da mais refinada qualidade.

Apressado e sem querer que os outros companheiros cheguem, o baiano corta as munhecas do facinoroso, arrancando os lenços e as jabiracas, colocando tudo dentro de seu bornal. Revira os bolsos e bornais do assecla e encontra uma quantidade muito grande de dinheiro e uma lata cheia de ouro. Ao ver tanta fartura, tanto dinheiro, tanto ouro, dá gritos de alegria e felicidades (...). Soldado não caçava cangaceiro para proteger a sociedade, a caça tinha um único objetivo, os pertences dos bandoleiros (...).” (AA.pg 336 a 337, 2011).


Na sequência dos acontecimentos, o comandante João Bezerra ordena que todos os soldados coloquem o que encontraram com os cangaceiros mortos na grota do Riacho Angico em determinado local. Manoel marques nega-se a colocar e duvida que alguém venha e retire o espólio que conseguiu. Logicamente que aquela falta de obediência do baiano teria resposta nada agradável. Então, sabedor do que poderia lhe acontecer, junta tudo que é seu e ‘pica a mula’ em direção a novas terras, indo se esconder em território goiano. Depois de algum tempo, tendo se casado novamente com uma jovem goiana chamada Maria Bosco, resolve seguir para São Paulo capital.

Já na capital Bandeirante, Manoel Marques da Silva, o Mané Véio, ou ainda o Antônio Jacó, torna a mudar de nome, passando a chamar-se de Euclides Marques da Silva. Esse nome ele tirou de um irmão que já havia morrido, passando a residirem no famoso bairro da Liberdade. Isso tudo à custa dos espólios dos cangaceiros.

Dessa nova união nasceu um casal de filhos, Jacob e Jovina. O tempo passa, mas o gênio violento e enciumado do baiano da Santa Brígida não mudou. Começa, novamente, a desconfiança com a fidelidade da nova esposa. Então começam as brigas dentro de casa onde o ex-volante começa a maltratar a esposa. Não suportando mais, Maria Bosco separa-se dele e pede o desquite. Solução mais que cabível, porém, para ela, naquele momento foi a mais errada a ser tomada.Em vez de pensar no que tinha feito para que seu casamento fosse por ‘água abaixo’, ele bitolou com a ideia de traição e que aquela mulher deveria morrer.

Antônio Marques da Silva, agora Euclides Marques, tinha um irmão que morava em são Paulo chamado Josafá Marques da Silva. Entrando em contato com ele, o ‘contrata’ para que mate Maria Bosco. Acertam preço e fecham o acordo. 

“Tudo aconteceu naquele dia em que Maria Bosco da silva e sua filha Jovina Marques da Silva, de 16 anos de idade, retornavam de um açougue onde haviam comprado carne para o almoço. Mãe e filha vinham pela Rua Pirapitingui, no bairro da Liberdade, em São Paulo. De repente foram brutalmente atacadas por Josafá que disparou três tiros, dois em dona Maria Bosco e um em sua filha Jovina. Maria Bosco morreu no local e sua filha Jovina no hospital. A tragédia foi total. Jovina foi também mortalmente ferida. Mãe e filha foram ceifadas desse mundo em virtude de uma decisão monstruosa de um louco.” (AA.pg 33, 2011)

Euclides Marques da Silva, o Manoel Marques da Silva, ou Antônio Jacó, ou ainda Mané Véio faleceu em 09 de janeiro de 2003, com 92 anos de idade, na cidade goiana de Pires do Rio na companhia da sua terceira esposa, também goiana, dona Nori Alves Marques da Silva. (Lampiãoaceso.com).

Alguns escritores, pesquisadores e historiadores têm Manoel Marques da Silva, o Antônio Jacó, ou Mané Véio, ou ainda Euclides Marques, como um verdadeiro herói pela sua valentia demonstrada contra os cangaceiros. Nós não conseguimos seguir esses estudiosos nessa concepção. Pelo contrário, o que o volante fez caçando e abatendo bandoleiros nas brenhas sertanejas, quando ele era um soldado militar da Força Pública baiano ou mesmo alagoana cumprindo seu dever, não lhe dava o direito de agir tão atrozmente contra mulheres indefesas e, por consequente, contribuir para o assassinato da própria filha... Em nenhum lugar do mundo.

Fonte Ob. Ct.
Foto Lampiãoaceso.com
Cangaçonabahia.com
"Derrocada do Cangaço", de Felippe de Castro
“Piranhas no tempo do Cangaço”, de Gilmar Teixeira

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/permalink/810875902454689/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

30 abril 2018

O QUINTETO MARAVILHOSO DOS MASCOTES DO CARIRI CANGAÇO


Na Academia Cearense de Letras/ Fortaleza, com as Crianças de Alma Nordestina ---- O QUINTETO MARAVILHOSO DOS MASCOTES DO CARIRI CANGAÇO..: Deisielly Do Acordeon, Francine Maria, Cecília do Acordeon, Pedro Motta Popoff e Pedro Lucas.

Compartilhado de: João Paulo Maciel.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2135571689791479&set=a.226372707378063.87589.100000160076954&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

27 abril 2018

"AGRESTE" DOAÇÃO A UERN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEMOSSORÓ - ATRAVÉS DO PROF. JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO (SALA DOS PROFESSORES DO CURSO DE GEOGRAFIA).

Por Franci Dantas
Artista plástica, geógrafa e escritora Franci Dantas


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO E O SAMBA DO CRIOULO DOIDO


Por Raul Meneleu
Francisca e Raul Meneleu Mascarenhas em dia de Cariri Cangaço

Lendo agora essa notícia, "Perfis Acadêmicos de José Anderson Nascimento" que é a nova publicação do escritor, onde reúne 40 capítulos, com verbetes bibliográficos dos patronos das cadeiras acadêmicas, dos seus fundadores, dos sócios e dos atuais acadêmicos - vejam nesse link AQUI lembrei de uma gafe que cometi em uma de minhas visitas à Biblioteca da UNIT para pesquisar uma história contada em um dos livros do acadêmico José Anderson sobre as peripécias do cangaceiro Lampião.

Confesso que me trouxe um constrangimento muito grande, pois envolveu a digníssima esposa do patrono do anexo acervo/biblioteca Tobias Barreto, jornalista Luis Antônio Barreto, a professora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto, que é a supervisora desse acervo.


Pois bem... ao pesquisar o livro  que relata a epopéia do ciclo do cangaceirismo no Nordeste até o seu dramático desfecho, com as mortes de Virgulino Ferreira da Silva, o legendário Lampião, e do seu vingador, Cristino Gomes, o temido Corisco, me dirigi à Biblioteca da UNIT pois o amigo Archimedes Marques, que estava escrevendo seu livro 'Lampião e o Cangaço na Historiografia de Sergipe' primeiro de uma trilogia, pediu-me para que eu averiguasse determinado documento, que era um relatório da visita ao Angico, local da morte de Lampião, feito pelo Delegado Especial Joel Macieira Aguiar endereçado ao Interventor Federal Dr. Eronildes Ferreira de Carvalho, em 1938, após a morte de Lampião, cujos corpos degolados ainda jaziam no local combate.


Mas primeiro, percorri os diversos caminhos para tentar encontrar tal documento. Fui às Bibliotecas Públicas, Arquivos da SSP, Jornais, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e por ultimo ao Arquivo Público, pois encontrei uma dica no livro CANGACEIROS, COITEIROS E VOLANTES do Escritor José Anderson Nascimento editado pela Editora Ícone em 1998 pg 283 e repassei para o amigo Escritor Archimedes Marques, que imediatamente se comunicou com o autor aqui em Aracaju, recebendo informações que este documento estaria no Arquivo Publico do Estado de Sergipe. 

Vasculhamos tudo e não encontramos esse documento. Foi lembrado não sei se foi pelo José Anderson ao Archimedes Marques que o Jornalista Luíz Antônio Barreto (1944-2012) que foi diretor do Instituto Tobias Barreto e membro da Academia Sergipana de Letras, provavelmente tinha cópia desse documento. Archimedes entrou em contato com o filho do jornalista e esse lhe informou que o acervo do pai tinha sido doado à Biblioteca da UNIT. Partimos pra lá!


Fui muito bem recebido pela Supervisora, Professora Rosângela, que após ouvir o meu interesse, o assunto que me tinha levado à biblioteca, gentilmente me levou ao local onde poderia obter os dados procurados. Subimos pela rampa, embora tenha elevadores, para que eu pudesse conhecer melhor o prédio da Biblioteca e seus diversos setores, fomos ao Instituto Tobias Barreto, fundado por esse outro grande Sergipano, Luiz Antonio Barreto.

Quem nos recebeu foi a Bibliotecária do Instituto, Senhora Alda Teresa Nunes, que após as apresentações de praxe, nos despedimos da Professora Rosângela e passamos a conversar sobre os assuntos que me tinha levado ao encontro do acervo de Luiz Antonio Barreto.

Foi uma manhã maravilhosa, onde o conhecimento da Professora Alda Nunes aflorou de maneira poderosa. Marcamos outra visita, onde Ela iria conversar com a Curadora do Instituto Tobias Barreto e obras de Luiz Antonio Barreto, sua digníssima esposa, a Senhora Railane Barreto, para que pudéssemos verificar determinados assuntos que não ficaram claros na pesquisa.

Levei depois o livro do José Anderson, e lá foi encontrado outro da mesma edição e mostrei a nota em que dizia sobre o Relatório do Delegado Joel Macieira. Dona Alda prestimosamente já tinha falado com a Curadora do Instituto e resolveu ligar pra ela e não conseguindo, pediu-me para eu explicar melhor o fundamento de minha pesquisa. Foi aí que se deu o vexame!

Não sei se ainda estava sobre o efeito do Jet Lag pois tinha acabado de chegar da cidade de Liubliana,capital da Eslovenia que fica por trás do Mar Adriático, tratando de outra pesquisa que estou ainda fazendo, e talvez ainda sonolento cometi a gafe de misturar tudo, por achar que o José Anderson Nascimento tinha morrido (felizmente, não disse, para a esposa do Jornalista Luiz Antonio Barreto que ele estava vivo). Samba do Crioulo Doido!

A resposta veio com pontos de exclamação, da digníssima Curadora do Instituto Tobias Barreto:

- Anderson ainda está vivo! Ele é o Presidente da Academia Sergipana de Letras! Vivíssimo! Quanto ao documento pesquisado, não o temos. Bom dia Sr. Raul!

Passei alguns dias chateado, me desculpei pela "barriga".

Infelizmente até agora, não encontramos tal documento histórico, que deve estar perdido entre um monte de documentação, aguardando catalogação, no ARQUIVO PÚBLICO DE SERGIPE. Soube há poucos dias, por leitura de jornais, que o Governador irá juntamente com a Centrais Elétricas de Sergipe, reformar o prédio. Espero que a documentação tenha um cuidado especial, pois sem história do passado, não podemos planejar o futuro.


Há... outra notícia! Na Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na quarta-feira, 14 de março de 2018, o vereador Professor Bittencourt (PCdoB) destacou a importância da construção do Largo da Gente Sergipana para o fortalecimento da identidade cultural do povo de Sergipe. Na ocasião, o parlamentar sugeriu que o Governo do Estado e o Instituto Banese nominassem o espaço como Largo da Gente Sergipana Luiz Antônio Barreto.

Disse: “Aquela obra é uma homenagem ao povo do nosso estado, às nossas tradições e à nossa história. Luiz Antônio Barreto foi um grande estudioso da cultura popular de Sergipe, sendo o herdeiro intelectual de Sílvio Romero, quando fez o resgate do universo da cultural popular no Brasil. Ele seria uma grande referência para dar nome àquele Largo que já nasce grandioso e, sem dúvida, será um dos mais disputados cartões postais do nosso estado”.

TEM TODO NOSSO APOIO!

http://meneleu.blogspot.com.br/2018/03/lampiao-e-o-samba-do-crioulo-doido.html


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

24 abril 2018

ALESSANDRA ARAÚJO BRITO DE JOÃO PESSOA-PB, PROCURA SUA MÃE BIOLÓGICA EM MOSSORÓ, LÍDIA DE SOUZA SANTIAGO.

Por Nilson Ferreira

Essa jovem nasceu em 04 janeiro 1978, na maternidade Santa Luzia em Mossoró, e foi doada logo após o parto. Hoje ela procura sua mãe biológica, Lídia de Souza Santiago. Não o fez antes para não magoar os pais de criação. Como já morreram ela resolveu saber pistas da sua mãe. A única coisa que ela conseguiu até aqui, foi o nome completo dela. Alessandra já veio de João Pessoa-PB, foi a rádio e Tv porém ninguém soube paradeiro de Lídia de Souza Santiago. Na antiga maternidade informaram a ela que existe um arquivo em um galpão, onde existe todos os dados de mães, que ali passaram, mas ela não encontrou esse galpão, muito menos o responsável por ele. Após o parto, a mãe teria entregado ela ao maqueiro, pedindo que o mesmo doasse a criança alguém que ela não queria saber. Quem souber algo que possa ajudar, vamos compartilhar, pra saber se ela consegue contato com a mãe, ou algum familiar que a conhece pelo nome. 

Telefone de contato de Alessandra. 
(083)98869-5154.
http://www.passandonahorarn.com/2018/04/alessandra-araujo-brito-de-joao-pessoa.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogsopor.com

23 abril 2018

A VIDA NO CANGAÇO ERA FÁCIL?


Por Noádia Costa

Diferente do que muitos romantizam, à vida no Cangaço não era fácil e nem tranquila. No vídeo abaixo ex-cangaceiros e cangaceiras comentam sobre às dificuldades, perigos e privações pelas quais passaram durante sua passagem pelo Cangaço. Nesses anos de violência e terror na região nordeste, muitos cangaceiros, volantes e sertanejos inocentes tiveram suas vidas ceifadas.

https://www.youtube.com/watch?v=ybxCMU0MC4c&feature=share


Publicado em 30 de set de 2017
Coletânea (fragmentos) de depoimentos de ex-cangaceiros(as) colhidos dos seguintes documentários: A mulher no cangaço, A musa do cangaço, O último dia de Lampião, Fatos, Candeeiro-Manuel Dantas Loiola, e Sila - Ilda Ribeiro de Sousa.

Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

21 abril 2018

A SOLIDÃO DE JESUÍNO | O CANGAÇO NA LITERATURA #151

https://www.youtube.com/watch?v=L7SexfykULA&feature=youtu.be

Publicado em 19 de abr de 2018

Quer ver filme? De Graça? Bem, está aqui esta produção que conta um pouco da história do cangaceiro herói, Jesuíno Brilhante é um personagem emblemático, com sua cabeleira ruiva e olhos azuis ele fez história no Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Deixa seu comentário e divulgue nosso canal.

Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube



http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

NEGROS EM SANTANA.

  Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3329 Uma panela de alumínio, vertical e comprid...