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30 julho 2018

CANGACEIROS MOITA BRAVA

Por: Kiko Monteiro

Este Moita Brava veio a ser o terceiro cabra a adotar o vulgo. O primeiro pertenceu ao grupo de Antonio Silvino e o segundo, Deolindo da Silva, compunha as hostes de Lampião nos anos 20.

Antonio da Silva ou se preferir Antonio Alves dos Santos, era baiano da Várzea da Ema (conterrâneo do Azulão II). Entrou para o cangaço sob as ordens de Corisco que o batizou com esse apelido. Destacou-se entre seus pares como um cabra de coragem e frieza. Além do subgrupo do "diabo Loiro" transitou entre os bandos de Ângelo Roque e o do próprio Lampião. Era irmão do também cangaceiro José Alves dos Santos, vulgo “Carrasco”. 

Moita Brava participou do combate na Serra do Catimbau atual Paranatama, PE em 20 de Julho de 1935. (Não 1932 nem 1935 como mencionado em alguns livros). A Batalha da Serra do Catimbau foi em que Maria Bonita saiu baleada nas nádegas. 

Teve como primeira companheira a Cangaceira Lili (Maria Xavier) cabocla do Juá, Raso da Catarina. Lili que já havia sido companheira do cabra Lavandeira, após a morte deste, na Serra da Canabrava, passou a andar com Manoel Moreno (o baiano e não o paraibano). Tempos depois ela conheceu Moita Brava e o acompanhou. 

Foram para o grupo de Ângelo Roque, com quem ficaram quase dois anos. Moita Brava foi protagonista de um crime semelhante ao cometido por Zé Baiano. Certo dia encontrou Lili nos braços do cabra "Pó Corante", resultado, matou-a com seis tiros.  Pó corante, mesmo debaixo de bala conseguiu fugir e foi aceito no grupo de Corisco.

Como não foi identificado outro cangaceiro como este mesmo vulgo, acreditamos que este "Pó Corante" foi um dos cabras que emboscou o volante Neco de Pautilia, mas levou a pior, sendo abatido por este bravo Nazareno, que ainda está vivo aos cem anos de idade. Leia a matéria

Algum tempo depois juntou-se com a Cangaceira Sebastiana Rodrigues Lima ou simplesmente Sebastiana que era prima de outras duas cangaceiras: Aristéia e Quitéria.
Sebastiana e seus lindos olhos
Jornal "A Tarde" de 7 de dezembro de 1938.

Menos de um ano antes da tragédia em Angico, precisamente em 10 de Outubro de 1937 Sebastiana deu a luz a um filho de Moita Brava. A criança fora entregue ao promotor Manoel Cândido de Água Branca, AL, junto com um carta de recomendação. O menino que nasceu em Águas Belas, Pernambuco foi batizado na matriz de Mata Grande, AL com o nome de Joaquim Manoel Calumbi

Quando das entregas, que decorreram da anistia prometida aos cangaceiros, recusou-se a acompanhar as volantes que saíram à caça de cangaceiros resistentes. 
Boa Vista, Sebastiana, Moita Brava e Laura 
entregues aos "homi".

Manoel Franco da Rocha, esta veio a ser sua ultima identidade, contava com 110 aninhos na fotografia abaixo, (por sinal inédita na literatura), em ocasião do casamento de uma das netas. Moita Brava faleceu com "114" anos, no ano de 1983 na capital Paulista.
Moita Brava
Publicada no Jornal O Estado de São Paulo em  22 de abril de 1997.

Em cinco de Agosto de 2012 José Robério Silva Cruz, informou ao jornal Folha Sertaneja que é neto de Marcos Batista dos Santos único irmão vivo de Moita Brava que aos noventa anos ainda vive Várzea da Ema, BA. (Atualizando: O Sr Marcos Batista faleceu no dia 19/06/2013).
Fontes:

- OLIVEIRA, Bismarck Martins de - Cangaceiros de Lampião "de A a Z", 1ª edição do autor pág 199/200.

- COSTA, Alcino Alves. Existia amor no Cangaço? Artigo disponível In  www.cariricangaco.blogspot.com.br

- ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Lampião: as Mulheres e o Cangaço, Editora Traço 2ª Edição, 2012. Pág. 101/102.

- Jornal O Estado de São Paulo, edição de 22 de abril de 1997. Cópia gentilmente enviada pelo rastejador Francisco de Assis Barros.
Comentário em http://www.folhasertaneja.com.br/especiais.kmf?cod=13382144&indice=10
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29 julho 2018

QUADRAGÉSIMO VÍDEO CANGAÇO - CANDEEIRO


Por Aderbal Nogueira

QUADRAGÉSIMO VÍDEO CANGAÇO - véspera da morte de Lampião é hoje dia 27 de julho. Segundo Candeeiro e Vinte e Cinco, Lampião disse aos homens que queria sair por uns tempos do nordeste, ele sabia que o cerco tava se fechando e da mesma forma que anos antes cruzou o São Francisco para fugir das fortes perseguições, aquela era a hora de atuar em novas terras; coisa de estrategista nato que ele era.


https://www.youtube.com/watch?v=GyPt7mkOGEg&feature=share

Publicado em 28 de fev de 2011

Um dos últimos cangaceiros vivos, que estava presente no dia da morte de Lampião.

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28 julho 2018

80 ANOS DO MASSACRE 21ª MISSA DO CANGAÇO SERÁ CELEBRADA NAGROTA DO ANGICO NESTE SÁBADO, 28


No próximo dia 28 de julho será realizada a 21ª edição da Missa do Cangaço, celebração que acontece no Monumento Natural Grota do Angico (Mona) − unidade de conservação gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), na divisa dos municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, Sertão do Estado. O evento, que tem início às 8h, marca o 80º aniversário da morte de Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como Lampião, executado na grota ao lado de sua esposa, Maria Bonita, e de seu bando, depois de emboscada policial.

Organizado pela neta de Lampião, Vera Ferreira, e integrantes do Museu do Cangaço, com apoio logístico da Semarh, o ato contará com a presença do secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, além de moradores locais, amantes do cangaço, professores, alunos e pesquisadores de diversas partes do Nordeste.

Assim como acontece todos os anos, a Semarh vai disponibilizar um ônibus, que sairá de Aracaju, para levar as pessoas que queiram participar do evento.
 Foto: Kiko Monteiro


As prefeituras de Poço Redondo e Canindé de São Francisco vão oferecer um café da manhã nordestino, na sede do Mona, além de melhorar as estradas que dão acesso à unidade de conservação.

Morte de Lampião

O bando de Lampião acampou na fazenda Angicos, Sertão de Sergipe, no dia 27 de julho de 1938. A área era considerada por Virgulino como de extrema segurança, longe das vistas das forças policiais. Mas na manhã do dia seguinte, os cangaceiros foram vítimas de uma emboscada, organizada por soldados do estado vizinho, Alagoas, sob a batuta do tenente João Bezerra. De acordo com pesquisadores, o fogo durou somente 10 minutos.

Grota do Angico

O Monumento Natural Grota do Angico foi criado pelo governo do Estado há nove anos. Desde a sua criação, a unidade é administrada pela Semarh e recebe visitantes de várias partes do Brasil e do exterior, para a realização de estudos e pesquisas científicas. Além de abrigar o local da história do Cangaço, representa a única unidade de conservação estadual do bioma caatinga.

Texto: SE Notícias

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/07/80-anos-do-massacre.html

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26 julho 2018

CALÇADA ALTA DA PONTE PRIVILÉGIO PERDIDO

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de julho de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.949

Os moradores da “calçada alta da ponte” perderam o privilégio, aliás, já vinham perdendo desde as administrações Nenoí Pinto e Genival Tenório. Juntamente na formação do quadro do comércio, no tempo de Santana/vila, o casario para negócios e residências, foi descendo a, hoje, Avenida Barão do Rio Branco até a foz do riacho Camoxinga. Com a ponte Comércio/Camoxinga, construída pelo prefeito Firmino Falcão Filho (Seu Nozinho), as últimas casas do trecho, entre dez e doze ficaram no terreno alto com vistas para a ponte e para o rio Ipanema na largura maior do poço do Juá. Seus moradores podiam contemplar dia e noite o movimento de quem saia e chegava do Alto Sertão. As cheias do rio Ipanema podiam ser vistas daquele passeio, sem ninguém sair de casa.


No governo Genival Tenório a ocupação disfarçada e incentivada de botecos de madeira e até alvenaria, usou os leitos do rio Ipanema e riacho Camoxinga como piso. Além dos dejetos que descem diretamente para o rio (crime ecológico com vistas grossas) o mirante mais atrativo de Santana foi destruído. Os moradores da calçada alta perderam a paisagem. Com o governo Nenoí Pinto, o casario perdeu também a tranquilidade dos fundos, com a capoeira além dos quintais. O terreno baldio seria transformado em espaço utilizável. E, agora, várias casas altas foram demolidas e o terreno rebaixado. Dizem que será ali um grande estabelecimento comercial. O destino das casas que restaram, deverão em breve seguir o progresso. A paisagem da calçada alta da ponte vai ficar apenas nas fotografias do livro “230” da nossa autoria.

A foto desta crônica já se tornou histórica. Representa a destruição da metade do casario e o rebaixamento do terreno da “calçada alta da ponte” desde os tempos de vila. Estamos nós em julho de 2018. Com as casas demolidas, ficam apenas as lembranças da Escolinha de Dona Helena Oliveira (onde estudamos O Admissão), do “Foto Santo Antônio” e da casa de Luiz Lira (e sua esposa Dona Afrinha). Luiz Lira: antigo dono de casa de jogo vizinho ao Cine Alvorada.

 Em breve, cremos nós, toda a pompa do casario virá abaixo, inclusive a bonita casa em que morou o deputado Tarcísio de Jesus e sua esposa professora da Escola Padre Francisco Correia.


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25 julho 2018

A BATIDA DO FEIJÃO

*Rangel Alves da Costa

Pretendo em verso cantar um ofício tão distinto que foi perdendo o seu lugar, um afazer sertanejo que hoje quase não há, que é a batida do feijão e todo o seu rodear, desde a colheita da baje ao grão e seu ensacar. Coisa comum noutros dias, num passado de alegrias, onde nem mesmo a pobreza tirava suas magias, na simplicidade de um povo suas lutas e valentias. O comum entre os comuns, nas vidas mais arredias, nas vidas de sopro e vento e de domar ventanias. Toda a vida de um povo e suas alegorias.
No sertão de antigamente, e na saudade que a gente sente, a batida de feijão era um festejar diferente. Ao sertanejo o melhor presente, no viver o que lhe consente. Das roças mais afastadas, ou daquelas nos beirais das estradas, os animais em duras jornadas para transportar as braçadas. Nos lombos as caçuadas ou nos carros-de-bois as carradas, até chegar à cidade e espalhar nas calçadas.
Colheitas nos cantos guardadas, protegidas nas leitadas, temia-se que a qualquer hora caíssem as chuvaradas. Mas depois no amanhecer, com as asas do sol desfraldadas, o feijão era espalhado nas ruas empoeiradas, até que as bajes úmidas fossem ficando ressecadas. E assim dia após dia até que todas as bajes ficassem como tostadas, era sinal de estarem prontas para serem alquebradas.
No dia do batimento as amizades enlaçadas, chegavam muitos amigos ajudando as empreitadas. Juntavam tudo aos montes, de alturas elevadas, após desciam o porrete até baixarem as juntadas. Dependendo do feijão, muitas eram as braçadas, muitos eram os esforços e imensas as poeiradas. De madeira à mão, forças sendo lançadas, bate que bate o feijão, batiam as mãos calejadas.


Os grãos separados das cascas, pulando pelas pancadas, depois juntados ao redor para os trabalhos de ensacadas, quando não eram peneirados e as bagaceiras afastadas. Nos quintais e afastados, outras difíceis jornadas pra peneirar o feijão e as impurezas derramadas. Na peneira sertaneja, as mãos jamais descansadas, penera mais que penera, chega mais peneiradas. Pelos ares a sujeira dos pós e das poeiradas.
Eram lidas cansativas, mas logo depois festejadas. Nos aboios e toadas, nas pingas extravasadas, o forramento da barriga para as grandes paneladas, carnes fritas e torradas, mas também as feijoadas. Forró bom pelo salão, namoros pelas noitadas, chamegos de todo lado, fogueiras em faiscadas.
Assim o feijão batido na batida do passado, ofício tão sertanejo como a vida de gado, hoje pouco inexistente ou já pelo tempo levado, mas deixando uma saudade de olho ficar marejado.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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RASTEJADOR, SUBSTANTIVO MASCULINO | O CANGAÇO NA LITERATURA #190

 
https://www.youtube.com/watch?v=_IvSPUzrqtY&feature=share

Publicado em 25 de jul de 2018

Rastejador, substantivo masculino - 1970 - 25' - COR - 16mm ampliado para 35mm Rastejador, substantivo masculino - 1970 - 25' - COR - 16mm ampliado para 35mm Rastejador, substantivo masculino - 1970 - 25' - COR - 16mm ampliado para 35mm E Q U I P E pesquisa e direção: Sergio Muniz produção: Thomaz Farkas assistente de direção: João Trevisan fotografia: Thomaz Farkas assistente de fotografia: João Trevisan som direto: Sidnei Paiva Lopes música: A Calunga (Solo de Berimbau de Boca) narração: Othon Bastos mixagem: Carlos de la Riva montagem: Sergio Muniz assistente de montagem: Maria Alice Machado laboratório de imagem: Revela S/A laboratório de som: Stopsom diretor de produção: Sergio Muniz produtor executivo: Edgardo Pallero S I N O P S E Relato de um rastejador, que ajudava as volantes a encontrar rastros dos cangaceiros na caatinga e seus conhecimentos para sobreviver neste ambiente.

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24 julho 2018

JOÃO MOSSORÓ

https://www.youtube.com/watch?v=zyN0RDJCrNg

JOÃO MOSSORÓ - CD CANTO DE AMOR
Publicado em 6 de julho de 2015

Linda interpretação de JOÃO MOSSORÓ com a música "Tocando em Frente", de Almir Sater e Renato Teixeira. Todo primeiro sábado de cada mês ele faz show no Mercadão Cadeg no Rio de Janeiro. Em outubro será no dia 1º (sábado).

Vídeo gravado nos estúdios da Gravadora Hawaí por Qualitativa Comunicação e Markekting para o novo CD CANTO DE AMOR.

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AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...