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12 agosto 2019

14 MINUTOS DE LAMPIÃO


Publicado a 22/04/2012

Este vídeo é uma gravação feita por Benjamin Abrahão com o Lampião em carne e osso. Vídeo histórico (sem áudio) com 4 minutos de cenas inéditas desse que, sem dúvidas, foi um dos mais polêmicos personagens que o Brasil já teve. Este vídeo faz parte da obra "Iconografia do Cangaço", da editora Terceiro Nome, com organização do Ricardo Albuquerque.

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11 agosto 2019

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 

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08 agosto 2019

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
franpelima@bol.com.br
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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07 agosto 2019

O TREM DA PALMEIRA

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.158

        Quem trafega pela BR-316, sobe o cuscuz sobre a antiga linha férrea de Palmeira dos Índios. Quem conhece a história lança de cima do viaduto, um olhar comprido para as terras planas Palmeira – Arapiraca e vê. Ver na mente um trem deslizando pelas planuras em busca do São Francisco, em busca do Porto Real de Colégio. Época de ouro em que os trens cortavam o vale do Paraíba do Meio, levando progresso entre os verdes canaviais. Cavaleiros do Sertão galopando até Viçosa em procura do cavalo de ferro no complemento da jornada a Maceió. A ansiedade do povo palmeirense no avanço da linha até Quebrangulo, descendo as montanhas até o centro da cidade. Uma festa e tanto a chegada do trem em Palmeira dos Índios.

ANTIGA ESTAÇÃO. (FOTO: CRISTIANO SOARES)
        
          Mas a programação anterior modificada não permitiu sua reta para o Sertão. E a Maria Fumaça quebrou de banda levando rolos de fumo pelo Agreste procurando o “Velho Chico”. Mais uma frustração para o Sertão velho de guerra que deixara escapar o miolo do progresso. Conforma-se em agarrar a rebarba ferroviária. Vem de caminhão a Palmeira e embarca no trem para Maceió. Para quem não tinha nada, qualquer coisa serve. Mas a política do não ao ferro e sim à borracha, também traz a grande decepção para o Agreste. Palmeira dos Índios não dispõe mais do trem. Fica a Maria Fumaça aprisionada em logradouro público, como peça de museu. O trem engolira o caminhão; o ônibus engoliu o trem; as vans engoliram os ônibus.
          E o trem de Palmeira dos Índios entra nos romances dos escritores palmeirenses Luis B. Torres, Adalberon Cavalcante Lins, Graciliano Ramos e do santanense Clerisvaldo B. Chagas. A estação, merecidamente transforma-se em Biblioteca Pública. Imagens de pessoas ilustres ocupam as paredes em forma de desenhos e... Quem sabe, se as estantes da casa de cultura não guardam boas histórias do trem de Palmeira dos índios!
          Trazemos o sonho de volta ao cuscuz, ao viaduto da via férrea, onde que manda agora são as voltas e os chiados dos pneus.
          Quem engolirá as vans?
          Diz o sertanejo: Para frente é que se anda.


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05 agosto 2019

TOMA GOSTO LENDO ESTE LIVRO SOBRE O CANGAÇO

Por José Mendes Pereira

Foi este livro que fez eu me apaixonar pelo estudo cangaço. Primeiro fui informado pelo cangaceirólogo e tesoureiro da SBEC Chagas Nascimento que eu deveria procurar acessar os blogs Cariri Cangaço do Manoel Severo e o Lampião Aceso do Kiko Monteiro. Segundo com meses depois ele me emprestou este livro além de outro. 

Se você tem vontade de entrar no estudo do cangaço procura com urgência adquiri-lo Ele te enviará o mais rápido possível. São 27 histórias fantásticas escritas pelo escritor Alcino Alves Costa, lá da cidade de Poço Redondo no Estado de Sergipe.

Aqui está o seu e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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03 agosto 2019

“LAMPIÃO ERA UM INFELIZ, UM CÃO”


Prestes a completar 79 anos da morte de Virgulino Ferreira, o Lampião, sua figura e seus crimes ainda causam revolta e medo no sertão. Encerrando uma sequência de matérias e artigos sobre o Rei do Cangaço, mostramos agora dois depoimentos de sertanejas, cujas famílias viviam assombradas.

Uma delas, aos 87 anos, nascida em Jeremoabo, até hoje teme represálias dos bandidos. Nascida em Jeremoabo, em uma família influente, considera Lampião “um infeliz que só fazia o mal”, pede para não ser identificada. Vale lembrar que Jeremoabo era a terra do coronel João Sá, um dos principais coiteiros de Virgulino.

Em suas lembranças, histórias de crimes pavorosos, o julgamento do cangaceiro Labareda e o dia em que sua tia foi retida por dois bandoleiros.

O outro depoimento é de Elisangela Maria, de Ribeira do Amparo. Ela conta como os pais de seu avô reagiram ao saber que Lampião estava próximo. A reação inusitada mostra como as pessoas sofriam no sertão só de ouvir falar o nome do cangaceiro.

E.O, 87 ANOS, DE JEREMOABO

“Eu era menina. A cidade vivia apavorada, todo mundo estava assombrado. Lampião e seu bando passaram pela Fazenda Almêcega e exigiu muito dinheiro do proprietário, Manoel Salina, ameaçando-o arrancar a língua dele se não recebesse o que queria. Manoel pagou e mandou avisar Jeremoabo que o cangaceiro estava próximo.

Tempos depois, Lampião voltou e pediu mais dinheiro. Seu Manoel não tinha toda a quantia e foi ameaçado de morte com a família. Resolveu vir para Jeremoabo (a fazenda Almêcega ficava a 18 km da cidade e tinha um grande contingente de volantes) depois que Ângelo Roque, o Labareda, cangaceiro nascido aqui na região, avisou que era melhor todo mundo sair porque seu chefe ia matar a todos.

Passou um tempo e Manoel, em dificuldades financeiras, reuniu cinco filhos, três sobrinhos e quatro vizinhos para colher a mandioca de suas terras rapidamente. Alguém avisou Lampião. Esse bandido foi na fazenda e matou cinco pessoas, diante de seu Manoel.

Um dos filhos, que estava no telhado, ao ver a família ser assassinada fugiu pelo mato e foi até Jeremoabo pedir ajuda. Duas filhas do fazendeiro também escaparam.

Lampião ainda mata três vizinhos de Manoel. Terminada a chacina, manda atear fogo em tudo o que ali existia. Pega Salina e corta suas orelhas, castra-o, arranca-lhe unhas, lhe fura os olhos e segue com ele para a casa de seu outro filho, o vaqueiro Ulisses, em uma fazenda próxima. Lá, mata o rapaz e Manoel, que tem o coração arrancado e deixado ao lado do corpo.

Lampião era um bandido, miserável, que desassossegou todo mundo, esbagaçou com tudo. Passou pela Bahia em 1928 e ficou dez anos “infernando”. Se alguém tivesse que viajar, rezava pedindo para São João para voltar a salvo.

Um infeliz desse no sertão só fazia o mal. Na minha opinião, um bandido miserável que destruiu muita coisa, destruiu famílias, propriedades, gado lindo.

Meu avô contava que o coronel Pedro não seguiu os caprichos de Lampião e ele tocou fogo no curral  com o gado dentro. Gostei quando a família não deixou botar um busto desse bandido na cidade.

Quando eu era menina, ficávamos com o coração na mão quando minha tia saía para trabalhar fora do município. Um dia, ela encontrou dois bandidos, um era filho de Várzea da Ema, o Balão, o outro era o Moita Brava.

Meu avô vinha com ela. Os cangaceiros pararam os dois, apontando fuzis. Fiscalizaram tudo, repararam no cabelo dela e disseram que quem tinha mulher devia mostrar logo e não tentar esconder. Os dois ficaram apavorados. Só depois de um tempo foram liberados.

Tempos depois Labareda se entregou e fomos ver o júri dele. Só crime horroroso, muita miséria, ninguém aguentou ficar ouvido aquilo.

Lampião era um infeliz, um cão. Ele e a tropa dele”

Mulher marcada a ferro no rosto por cangaceiro

ELISANGELA MARIA, 38, DE RIBEIRA DO AMPARO

“Meu avô era um cabra valente, mas certa noite em meio a tantas conversas e prosas miúdas no terreiro da casa, sob uma esteira de tábua velha, eu tão pequenina e curiosa ouvi dele: “Minha filha, me escondi da tirania desse homem (Lampião).

Na realidade meu “pai avô” viveu até os 93 anos. Ele é meu amor eterno, o maior sertanejo que conheci. Matou minha fome no cabo da enxada e me contava suas histórias.

Ele nasceu no povoado de Várzea Salgada, em Ribeira do Amparo (BA). Eu, Elisangela, venho de dois lados. Os Canuto, por parte de minha mãe avó, estavam presentes em Canudos. Os da parte de meu pai avô foram os que se esconderam de Lampião. Sou valente de um lado e do outro, frouxa.

Meu pai avô contou diversas vezes que seus país, nesse caso meus bisavós, cavaram uma espécie de bunker (abrigo) e cobriram com palhas de licuri seca, após ouvirem relatos de terceiros que Lampião se aproximava daquela redondeza.

Meus bisavós e os filhos pequenos, um total de nove, ficaram escondidos por quinze dias comendo batata assada e melancias, arrancadas das plantações próximas ao esconderijo. A água era adquirida nas copas do gravatá, uma bromélia silvestre que dá no sertão – eu até já bebi dela nas catas dos cambuís (fruta nativa dos tabuleiros baianos, utilizada no tratamento de herpes, brotoeja, cólicas e diarreias) que dá nesse lugar.

Anúncio de recompensa por Lampião

Eles ficaram neste esconderijo até que o meu velho bisavô foi averiguar e ouviu de um conhecido que Lampião já havia passado. Deixaram a toca e tocaram a vida, normalmente.

Minha bisa faleceu quando eu tinha um ano de vida, isso foi em 1979. Dizem que ela ainda me colocou no colo. O meu bisavô foi primeiro, antes de eu nascer. Meu pai avô morreu em 2015, dois meses depois dele apreciar meu enlace matrimonial.

Cantei para ele no seu leito de morte e ele sorriu para mim como sempre. Nasceu na roça e faleceu na roça, no hospital da região, pois ele tinha receio da cidade grande.

Tudo o que sou devo a eles e ao sertão baiano que me fez mais humana. Se tiver um pedaço de charque, compartilha-se com todos; um vaqueiro não descansa antes de juntar sua boiada; se tiver um caju, um maturi, você não joga galho para tirar o fruto maduro em respeito ao maturi que ainda brota. Coisas simples, mas que me servem até o dia de hoje.

Obrigado foi o que disse a meu pai avô e vos digo também, como ele me ensinou.

Obrigado por se lembrar do sertão meu, seu, de Euclides e de quem chegar.

O sertão é assim, vai além de céu estrelado e das caçadas em noites de lua cheia. O sertao vai comigo até onde eu for nesse mundo de meu Deus”


Jornalista, 57 anos, traz no sangue a mistura de carioca com português. Em 1998, após trabalhar em alguns dos principais jornais, assessorias e sites do país, foi para o Ceará e descobriu um novo mundo. Há dez anos trabalha na Bahia, mas suas andanças não param. Formou comunicadores populares nas favelas do Rio e treinou jornalistas em Moçambique, na África. Conhece 14 países e quase todos os estados brasileiros. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.



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AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...