Wikipedia

Resultados da pesquisa

22 janeiro 2021

O PRIMEIRO JUMENTO DE MOSSORÓ

 Por Geraldo Maia do Nascimento

Notícias recentes da imprensa local dão conta que o estado do Rio Grande do Norte assinou um protocolo de intenções com a China para exportação de jumentos para o mercado asiático, na ordem de 300 mil animais por ano. Apesar de tratar-se apenas de um protocolo de intenção, a transação é dada como certa.

Desde os tempos bíblicos, os jumentos são um dos mais importantes instrumentos do homem na agricultura e no transporte. Entre o povo hebreu era considerado rico aquele que tivesse a maior criação de jumentos. E mesmo aqui, no Nordeste brasileiro, o jumento ou jegue, como também é conhecido, foi uma das espécies que mais prestou serviços no campo. Mas hoje, a espécie anda desprezada, abandonada pelas rodovias, sem nenhum valor comercial.

Meditando sobre essa notícia, lembrei-me de um texto lido em um velho jornal da cidade que falava do primeiro jumento que chegou a Mossoró, e da reação do povo diante do estranho animal.

Consta que no século XIX era proprietário de um vasto terreno na Quixaba, Manoel João da Silveira que, segundo a tradição, todos os anos, pelo mês de Santana (julho) só de potros em sua fazenda, nasciam mais de cem. Como tinha em suas terras um vasto carnaubal, tornou-se também fabricante de velas de cera de carnaúba, que na época eram muito usadas. Anualmente viajava para o Piauí onde vendia suas velas e voltava com suas bestas carregadas de rapadura, açúcar, etc.

Em 1829, numa dessas suas viagens ao Piauí, trouxe na volta além das bestas carregadas, um grande e bonito jumento que comprara por cinco patacas a um fazendeiro piauiense. O animal causou admiração e espanto aos parentes e vizinhos que vinham visitá-lo.

Jumento no Maranhão

No dia da chegada, já ao entardecer, o jumento colocado num cercado. Talvez saudoso da sua terra natal, o animal passou a noite relinchando. No dia seguinte, a vizinhança em peso recorreu ao fazendeiro para saber que bicho era aquele que não tinha deixado ninguém dormir na redondeza. E a estória do jumento espalhou-se, tornando a propriedade da Quixaba um ponto turístico da ribeira do Mossoró. Pessoas que moravam a mais de dez léguas de distância apareceram para conhecer o animal, impulsionados pela curiosidade. E muitos só se retiravam depois de ouvir o grito do jumento, como diziam. Com o tempo a vizinhança perdeu o medo do animal, que já o viam com naturalidade.

Um fato curioso é que por essa época existia na região um boêmio, Casimiro Carlos da Silveira, tocador de rebeca, que regressando altas horas da noite de um baile, ouve, de repente, o relincho do jumento. O pavor foi tão grande que o rabequeiro jogou o seu instrumento pro lado e subiu rapidamente em uma carnaubeira, ficando ali o resto da noite. Já no outro dia as pessoas que passaram no local se depararam com a cena e convenceram o boêmio a descer já que o animal que tanto o amedrontara com o seu relincho não causava mal a ninguém. 

E foi dessa maneira, entre admirados e assombrados, que os moradores da ribeira do Mossoró tomaram contato como o primeiro exemplar da espécie asinina. Podemos dizer, portanto, que esse jumento de propriedade de Manoel João da Silveira foi o avô de todos os jumentos que existem hoje aqui em Mossoró.

A espécie, em período passado, já havia sofrido duros golpes. Em 1954, milhares de jumentos nordestinos foram sacrificados para a fabricação de vacina antirrábica. Houve protestos. O jumento também sofreu uma redução de seu rebanho entre 1967 e 1981 de 75% (segundo dados da Embrapa).

Nos anos 80, o jumento nordestino voltou a correr risco de extinção, com o abate indiscriminado feito pelos frigoríficos, motivando uma nova série de manifestações. Os matadouros clandestinos realizam abates indiscriminados com a finalidade de exportar sua carne para o preparo de rações para animais de estimação. Grande parte da carne de jumento brasileira era exportada para o Japão. E agora mais uma ameaça ronda o nosso jegue com esse protocolo de intenção assinado com a China. Pelo que parece, vão acabar com o jumento nordestino.

http://www.omossoroense.com.br/universo/geraldo-maia/17700-o-primeiro-jumento-de-mossoro

 http://blogdomendesemendes.blogspot.com

21 janeiro 2021

CANGAÇO - ACHANDO ÁGUA NO SERTÃO

 Por Aderbal Nogueira 

https://www.youtube.com/watch?v=UdROZAuWlOo&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Link desse vídeo: https://youtu.be/UdROZAuWlOo

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

20 janeiro 2021

NOTA DE PESAR!

 Por Archimedes Marques

A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO recebe com imensa tristeza a notícia do falecimento do querido Confrade VOLDI DE MOURA RIBEIRO, ocupante da Cadeira nº 11, cujo Patrono é o glorioso Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, desse sodalício.

Agora só nos resta rogar ao Nosso Criador para que o conceda um bom lugar na sua nova morada juntando-se aos nossos amigos que antes se foram.

Que os seus familiares sejam confortados nesse momento de dor.

Aracaju, 20 de janeiro de 2021

Archimedes José Melo Marques

Presidente da ABLAC

https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia/?multi_permalinks=3769492706441008%2C3767051273351818&notif_id=1611101532308615&notif_t=group_activity&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

19 janeiro 2021

16 janeiro 2021

LINDA CANGACEIRA EM SEUS BONS MOMENTOS

  Por Itamar Nunes Art

https://www.facebook.com/groups/371843903738058/?notif_id=1610830004540602&notif_t=added_to_group_reminder&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...