06 fevereiro 2022

O CANGAÇO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

 Por Antonio Vilela de Souza

Quando se fala no cangaço vem logo na mente das pessoas o sertão nordestino e a figura lendária de Lampião. Porém, o cangaço é muito mais do que sertão e Lampião. É agreste, é Paizinho Baio - o homem que atuou com seu pequeno grupo no agreste meridional de Pernambuco, em especial nas cidades de Garanhuns, Correntes, Brejão, Bom Conselho, São João e São Bento do Una, levando o terror por mais de 20 anos a esse pequeno mundo. Foi assassinado em 1939 pelo delegado Raimundo Urquisa.

A cidade de Brejão era o pólo do cangaço no agreste meridional de Pernambuco. Além de Paizinho, “o Lampião do agreste”, teve os sanguinários Capitão Américo e Vicentão, que foi o responsável pela chacina conhecida como hecatombe de Garanhuns, fato esse, acontecido no dia 14 de janeiro de 1917, onde 13 inocentes foram trucidados pelo rifle deste sicário e seu bando de aproximadamente 300 homens. Já o capitão Américo agia mais como um justiceiro vingador.

Quando em junho de 1935 Lampião tem suas ações no agreste de Pernambuco, manda um bilhete ao povo de Brejão pedindo a importância de 20 contos de réis recebe o ultimato dos cangaceiros Capitão Américo e Paizinho Baio: “Se você for homem, venha buscar.” Lampião como sabia da fama dos cangaceiros e do povo de Brejão, não ataca a cidade, distante 25 km de Garanhuns. Outro cangaceiro independente do agreste que teve atuação no município de Correntes e divisa com Alagoas foi o Pinga-fogo.

AÇÕES DE LAMPIÃO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

A noticia da aproximação de Lampião à região no final de maio de 1935, causou um verdadeiro pandemônio na população de Garanhuns, ele esteve em Mimoso, a poucos quilômetros de Garanhuns, passou e tomou rumo desconhecido. Com medo do possível ataque de Lampião, muitos habitantes da terra de Simoa Gomes deixaram a cidade.

No dia 20 de maio, passou pelos sítios Minador, a poucos quilômetros de Garanhuns, Pedra e Buíque. No dia 2 de julho, ataca Santo Antonio do Tará. Em sua trajetória de sangue, no dia 12 de julho aparece na localidade de Santo Antonio, no município de Bom Conselho. Como um raio destruidor, Lampião aparece na manhã do dia 19 de julho na localidade de Azevém. Já na madrugada do dia 20 ataca o sítio Queimada do André, onde o bando mata o Sr. José Gomes Bezerra.

Em seguida segue para Serrinha do Catimbau (Paranatama), onde o bando é recebido à bala. A resistência ao bando é feita por João Caxeado, inspetor de quarteirão e seu auxiliar Oséias Correia. Nesta ocasião, Maria Bonita e Maria Ema foram baleadas e o cachorro Dourado morreu crivado de balas.

O bando que invadiu Serrinha era composto pelos cangaceiros: Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), Fortaleza, Cabo Velho, Medalha, Maçarico ou Juriti, Gato, Moita Braba, além de Maria Bonita e Maria Ema. Estes foram os cangaceiros processados pela invasão de Serrinha, conforme o Processo nº. 795 da comarca de Garanhuns, estado de Pernambuco.

Portanto, Mossoró e Serrinha foram os locais que botaram o rei pra correr, ambos com prejuízo para a horda do rei do cangaço. Em Mossoró, Colchete e Jararaca tombaram sem vida. Em Serrinha, Maria Bonita e Maria Ema saíram feridas e o cachorro de Lampião, Dourado, morto crivado de balas.

(*) Natural de Garanhuns-PE, professor de História, pesquisador e escritor do cangaço, escreveu o livro "O Incrível Mundo do Cangaço". Membro da SBEC.

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05 fevereiro 2022

80 ANOS ANGICO - PARTE 10

  Por Aderbal Nogueira


Não foi traição.
Décima parte do vídeo documentário dos 80 anos da morte de Lampião - Combate de Angico.

https://www.youtube.com/watch?v=1DlduPr1Xug

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04 fevereiro 2022

BORBOLETAS NA JANELA, COLIBRIS NO JARRO DE FLORES

 *Rangel Alves da Costa

Muitas vezes, as loucuras e desesperanças do mundo lá fora não interessam muito. Possuem o dom de afetar sim, de ferir toda a felicidade, mas a nossa paz interior é tamanha que tanto faz as angústias e aflições do mundo lá fora.

Acordar e levantar para ser feliz. Uma decisão do espírito, da alma, do mais profundo do coração. Levantar para as canções da vida, para as poesias da existência, para os sonetos e as valsas das grandes conquistas.

Corações aptos a terem assim o seu dia, certamente não se importarão que a madrugada foi chuvisquenta, que a manhã está molhada ou que o sol continue escondido detrás dos montes. Tanto faz que as nuvens continuem encobrindo os caminhos ensolarados do alvorecer.

Corações resolvidos à felicidade não se importarão que os pássaros ainda não estejam voejando pelo jardim, que as revoadas passarinheiras ainda não tenham sido avistadas aos horizontes. Não há tristeza se a flor mais bela não esteja brilhando sob a luz da manhã.

E assim por que corações felizes chamam para si a felicidade, possuem o dom da transformação, transmudam as cores e os sentidos da vida. Corações felizes não se deixam afetar pelos pessimismos nem pelos ventos sombrios que sempre insistem em atormentar.

Corações felizes abrem a janela do quarto sem tocar os dedos e sentem quando as borboletas chegam esvoaçantes pelos iluminados espaços. A janela está fechada, mas o desejo de paz e de felicidade é tamanho que as borboletas chegam emoldurando a doçura da alma.

Nada é impossível ao coração que deseja paz, que deseja felicidade, que deseja encontrar aquilo que mereça ter. Borboletas na janela são, assim, as asas coloridas das possibilidades, das grandes esperanças e dos desejos de realização.

As borboletas na janela são como troféus depois de vencidos os labirintos escurecidos. Ora, se a pessoa quer encontrar lama e podridão, certamente encontrará pelo seu desejo. E também assim com as dores e os sofrimentos, com as desilusões e enfermidades, com as feições mais negativas da vida.

Mas se a pessoa assim não quiser, não chamar para si a dor e o sofrimento, certamente encontrará janelas com borboletas, com buquês de flores, com bilhetes e poesias, com o que de mais maravilhoso possa existir. E repente avistará jardins pelo piso e pássaros voando no céu sob as telhas.

O desejo de felicidade possui tamanho poder que nada se mostra com maior invencibilidade. O querer, a sensação de poder, a certeza de conseguira, tudo como imbatível escudo, como armas do bem esfacelando as maldades e os atrasos do mundo.

É preciso ter a certeza que o escudo do coração é indestrutível perante a hipocrisia, a falsidade, a inveja, a mentira, a iniquidade. Tal força interior é o que abre janelas para a chegada de borboletas, para os jardins surgidos sob o piso endurecido, para as revoadas que chegam e que seguem cantantes.

Um coração alegre e festivo, imensamente abraçado à felicidade, que não mais entristece ao olhar para as flores velhas e esbranquiçadas no jarro de plástico sobre a mesa. Ora, não que sofrer, não quer se afligir. Quer o sol, quer a luz, quer o horizonte. E então avista colibris beijando favos de mel sobre as flores de plástico.

E então, qual manhã desejada após o seu acordar? Mas deixe seu coração escolher. Ele pode apenas querer chorar pelo que de mais triste e desalentador possa encontrar no mundo lá fora, ou pode se decidir pela felicidade. Tal decisão sempre implica na valorização que cada um dá a si mesmo e na paz merecida que chama para sua vida.

Dependendo do íntimo desejo de cada um, a janela se abrirá ou não para a chegada das borboletas, e as flores de plástico se tornarão vivas e perfumadas, ou não. Borboletas e flores que são, perante o desejo de cada um, as felicidades da vida ou as angústias da alma.

Escritor
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03 fevereiro 2022

LIVRO DO ESCRITOR JOÃO DE SOUSA LIMA

    Por Volta Seca

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1826585200883749&notif_id=1643239062982060&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

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02 fevereiro 2022

JOSÉ GOMES MORTO POR UM CANGACEIRO DE LAMPIÃO EM PARANATAMA-PE.

  Por Blogs e Aventuras

https://www.youtube.com/watch?v=l36P1UBUIOg&ab_channel=blogseAventuras

José Gomes morto por um cangaceiro de Lampião no município de Paranatama- PE, onde lampião passou e próximo esse lugar ele invadiu uma casa e espancou os donos da casa.

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01 fevereiro 2022

O VAQUEIRO "SANTO" SAI DA FAZENDA EXU, E MUDA-SE PARA A FAZENDA MANDAÇAIA, E LÁ, SE DEU MAL COM O CANGACEIRO CORISCO.

  Por José Mendes Pereira

Adquira-o através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Diz o escritor Alcino Alves Costa em seu livro “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico", que em Poço Redondo, o maior criador de gado era um senhor de nome Manoel do Brejinho. Homem do trabalho, e com isso conseguiu amealhar grandes posses de terras, tornando-se um dos mais ricos da região daquela cidade. Mas o Manoel do Brejinho era filho de Porto da Folha, e todas as suas fazendas eram em terras de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Possuidor de grandes rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos. O seu gado era em torno de 4 e 5 mil reses.

O velho caipira não tinha desejos de luxar ou demonstrar ser rico, e nunca desejou ser coronel ou ter outra patente semelhante. O seu desejo era somente permanecer entre as suas fazendas, e cuidando dos seus animais. Não costumava sair para frequentar feiras..., e quando saía a um lugar qualquer, era confundido com qualquer um catingueiro, ninguém o via como um senhor proprietário de grandes fazendas e animais. O portofolhense tinha a fala mansa e arrastada, e suas fazendas eram: Brejinho, Exu, Propriá, Emendadas, Caibreiras, Poço Dantas, São Joaquim, Logrador, Quiribas e Carnes.

Manoel do Brejinho tinha o maior prazer de andar pela caatinga para ver a sua bezerrada engordar, e, além do mais, acompanhar passo a passo o seu crescimento. E ainda andar no pino do meio-dia pastoreando o gado, que procurava uma sombra embaixo das árvores daquelas terras do rio São Francisco. Isto para ele era o mais importante para o seu viver, considerando um paraíso. Mesmo não gozando de certos confortos, para seu Manoel do Brejinho, nada melhor do que viver entre aquela caatinga que o viu nascer. Era um tanto sovino, mas atendia todos os pedidos que lhe faziam os exploradores.

Na sua fazenda “Exu” o vaqueiro era o Santo sendo este filho lá da cidade de Poço Redondo, grande e veterano pelejador de gado, este era casado com uma senhora carinhosamente chamada de Caçula, que era da família dos Santanas. O casal tinha uma numerosa família, os quais eram: Manoel, Daniel, Rosalvo (aqui abro um parêntese para informar ao leitor que o escritor Alcino Alves não diz se este Rosalvo era aquele que acoitou o ex-cangaceiro Juriti em sua casa, e por infelicidade, ele foi capturado em sua residência pelo sargento Deluz, e que o matou em uma fogueira em plena caatinga), Miguel, Pedro, Angelino, Celestina, Maria Mariquinha e Josefina. Angelino e Josefina uma febre que assolou aquele sertão foram vítimas e faleceram.

Escritor Alcino Alves Costa

Diz o escritor Alcino Alves que no ano de 1932, a seca assolou aquela região. Sentindo dificuldade para tanger o barco, isto é, para sustentar a sua família, o “Santo” resolveu pedir aumento ao seu Manoel do Brejinho, alegando que o seu ordenado não estava dando para o sustento de casa. Mas o seu Manoel do Brejinho não cedeu o solicitado, alegando que se ele estava em dificuldade, ele também estava, e assim não poderia lhe ceder um possível aumento.

Santo desgostoso, deixa a fazenda Exu e vai morar na Fazenda Mandaçaia, na intenção de melhorar aquele sofrimento, isto é, talvez achava ele, que o seu ordenado não estava à altura dos seus trabalhos. 

Mas infelizmente, o Santo não se deu bem com a sua decisão, deixar a Fazenda Exu do seu Manoel do Brejinho para se  tornar morador da Fazenda Mandaçaia (Lamento, leitor, pois o escritor Alcino Alves não fala quem era o verdadeiro dono da Fazenda Mandaçaia).

Santo está ali, achando ele que estava tudo bem, mas, infelizmente, ele havia feito mal escolha. E meses depois, sem desejar, recebe a visita inesperada do cangaceiro Corisco. 


O bandido que o conhecia desde quando ele morava na Fazenda Exu, ordena que, vá até a casa do seu ex-patrão Manoel do Brejinho levando um bilhete, solicitando uma quantia de três contos de Reis. E sem muita demora, o Santo vai até a casa do ex-patrão com o bilhete. 

O seu Manoel não nega a solicitação, e diz ao seu ex-vaqueiro que diga ao cangaceiro Corisco, que no momento não tem, mas irá providenciar a quantia solicitada dentro de oito dias. O prometido não foi com oito dias, mas 10 dias, e que não fez tanta diferença, o cangaceiro Corisco iria receber o valor pedido ao fazendeiro, aliás, a exploração. Santo recebe o valor em sua nova residência, localizada na Fazenda Mandaçaia, e o guarda cuidadosamente, até que o Diabo Loiro apareça.

Na mesma semana, era um sábado, Lampião visita o vaqueiro, e como sabia da solicitação que fizera o Diabo Loiro ao Manoel do Brejinho faz-lhe a seguinte pergunta:

- Santo, o dinheiro que o compadre Corisco pediu ao fazendeiro Manoel do Brejinho já está com você?

Sem poder negar, Santo diz:

- Já, capitão! Estou aguardando a sua presença aqui para ele levá-lo.

Lampião muito esperto, e possivelmente estava precisando de alguns trocados, para comprar alimentos para os seus comandados, diz-lhe:

- Este dinheiro é para ser entregue a mim, Santo.

Sem poder negar, e também não iria desobedecer a ordem do capitão, vai lá dentro da casa e traz a quantia, entregando-a ao famoso Lampião.

O rei a recebe, guarda-a em seu embornal, e, em seguida, faz outro bilhete, endereçado ao Manoel do Brejinho, pedindo-lhe mais três contos de reis, porque o que era para o compadre Corisco ele precisara, e que o fazendeiro não se aborrecesse, que com certeza, um dia qualquer, seria recompensado.

Mesmo aperreado e resmungando, e sem outra alternativa, o velho caipira vende mais alguns bois, e uma semana depois, a outra quantia, desta vez, solicitada pelo capitão Lampião chega às mãos do vaqueiro Santo em sua residência Fazenda Mandaçaia. 

Mas o pobre vaqueiro não estava com sorte. Misteriosamente dois sargentos, o Ernani e Amintas que trabalhavam no destacamento de Poço Redondo, tomaram conhecimento do envio deste dinheiro para o Diabo Loiro, pelo o Manoel do Brejinho. E astuciosos, intimaram o vaqueiro para suas devidas explicações sobre este envio de dinheiro.

Santo que era um homem honesto e que nunca havia sido intimidade para nenhuma explicação na vida, sentira-se desonrado. Sem outro meio de escapar desta intimação, foi atender ao pedido dos espertos sargentos, e lá, foi logo trancafiado, e todas as perguntas que os patenteados lhe fizeram, não obtiveram respostas. A causa, vingança, por ter sido decepcionado, coisa que nunca havia lhe acontecido, ser chamado aos pés de uma autoridade. Santo foi solto no cair da tarde, mas numa condição, avisar ao destacamento quando os cangaceiros aparecessem em sua casa.

Santo ficou triste, como se estivesse depressivo, não queria mais se alimentar, o jantar que a dona Caçula preparara, não foi usado por ele. Deita-se e quer ficar sozinho, imaginando a grande desonra que ora ganhara. Não imaginava ele qual a verdadeira desgraça que o esperava.

O cantar do galo está próximo, e alguém o chama:

- Santo! Santo! Abra a janela! Sou eu, Corisco, vim apanhar o dinheiro, não precisa acender candeeiro não, estamos com pressa e já vamos.

O vaqueiro estranhou aquela voz, achando que não era a voz do Corisco, mas melhor entregar aquele maldito dinheiro, do que partir para uma discussão. Santo jamais poderia imaginar que aquela voz não fosse de cangaceiro algum, mas a do sargento Ernani que estava acompanhado do outro que juntos, queriam roubar o dinheiro do cangaceiro Corisco. Santo estava condenado, poderia ser justiçado injustamente por policiais ou cangaceiros.

Uma semana depois o cangaceiro Corisco visita a cidade de Poço Redondo, e de lá, sai bêbado, levando preso, sobre ordens, um jovem chamado “Airton” um rapaz filho de um senhor chamado “Horácio”. O destino do Diabo Loiro seria a Fazenda Mandaçaia, lugar onde está o vaqueiro Santo, e que é lá, que ele deveria receber o envio da quantia, mandada pelo Manoel do Brejinho, mas desta vez, solicitada pelo capitão Lampião.

O dia amanheceu claro, alegre e simpático. Santo já estava na roça cuidando das suas obrigações, acompanhado de alguns amigos. Lá da roça, ele ver os cangaceiros chegarem em sua casa, seu coração fica agitado, como se estivesse lhe avisando algo ruim. Estava com medo, mas o que fazer?

Santo diz aos amigos que temia algo que pudesse acontecer naquele momento. Os amigos o aconselharam para não ir até a sua casa. Mas ele pensava na sua família, pois os cangaceiros poderiam fazer algo contra ela. Jamais deixaria sua esposa e filhos sozinhos no meio daqueles delinquentes. Se algum deles morressem causados pelos cangaceiros, possivelmente ele queria ser vítima também. Afinal, era pai e esposo daquela gente.

Assim que chegou, deu bom dia a todos os cangaceiros que ali estavam.

Corisco respondeu o cumprimento e perguntou:
- Cadê o dinheiro? Vim buscá-lo!

Santo fica apavorado com o que estava ouvindo, dito pela boca do Diabo Loiro, respondendo-lhe:

- Ôxente! Eu lhe entreguei na semana passada? Naquela noite?

Na verdade, Santo enganadamente, havia entregue aos sargentos a quantia de dinheiro que o Manoel do Brejinho enviara para Corisco, mas desta vez, solicitada pelo então capitão Lampião, porque a primeira quantia, fora Lampião que ficara com ela. E a segunda, fora roubada pelos dois sargentos que se passaram por Corisco.

Ouvindo isso do Santo Corisco ainda bêbado, achou que o vaqueiro estava querendo lhe enganar.

Agora Santo irá morrer. 

O cangaceiro Diabo Loiro ficou louco, e logo apontou a sua arma para Santo, e não pensou duas vezes. Infelizmente, o Santo caiu morto, a bala estraçalhou a cabeça do coitado catingueiro.

Foi-se mais a vida de um um homem honrado por assassinato. Um bom pai, um bom marido, um bom trabalhador. Os filhos e a dona Caçula viram seu pai e esposo ser assassinado, por um delinquente que não tinha dó de ninguém.

Fonte de Pesquisas:
Livro: “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico”.
Páginas: 145, 146, 147 e 148.
Autor: Alcino Alves Costa

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31 janeiro 2022

A FACE POUCO CONHECIDA DE LAMPIÃO

  Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=n83fQX-zeE4&ab_channel=NaRotaDoCanga%C3%A7o

Baseado na obra, Lampião, nem herói, nem bandido do escritor Anildomá Willians de Souza. Traz a narrativa histórica da entrada de Lampião na cidade de Carira SE, recheada de valores culturais que agregam conhecimento e cultura na história da região Nordeste do Brasil.

Lampião não só atacava os ricos e poderosos – às vezes se amigava com eles também. Isso fez com que tivesse alianças em grande parte das cidades do Nordeste. Para os amigos, deixava de agir em certos territórios, abastecia homens quando necessário, vingava-se de seus inimigos e fazia outros serviços. O mesmo valia para os sertanejos comuns, os coiteiros. Eles davam abrigo, armas, mantimentos e informações sobre a localização das volantes, e recebiam amparo em troca. Entre cangaceiros e policiais igualmente violentos, os agricultores se viam divididos – e, por isso, Lampião era considerado um herói.
Fotos ilustrativas de domínio público. Vídeo: Benjamin Abrahão Botto. Narração: Sizinho Junior Se você gosta do nosso trabalho e quer nos ajudar nessa caminhada. Siga-nos no instagram e participe do nosso dia a dia. https://www.instagram.com/narotadocan... Inscreva-se no nosso canal e deixe seu like.

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ANTÔNIO DA PIÇARRA COITEIRO DE LAMPIÃO.

Por  Itamardasilvabaracho Baracho Antônio da Piçarra com seu neto Wilton Santana e a escritora Aglaie Lima de Oliveira em 1970. O Cangaço pe...