21 fevereiro 2022

O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA

  Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.659

Estivemos na prefeitura de Santana do Ipanema na quinta-feira passada (17). Juntamente com o diretor de cultura Robson França, concretizamos um chamado da prefeita Christiane Bulhões, naquela tarde de alta temperatura em nossa cidade. Palestra extremamente agradável envolveu inúmeros assuntos de interesses mútuos, culminando com a possibilidade de lançamento do livro título deste trabalho, antes do próximo mês de junho. “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”, já se encontra de “boneca” corrigida, faltando apenas a ordem para impressão numa famosa gráfica da nossa capital, Maceió. O maior documentário jamais produzido sobre Santana do Ipanema, fará parte dos festejos de aniversário do município.

O Boi, a Bota... Conta a história de Santana desde as primeiras sesmarias em nossa região, as penetrações dos sertanistas que conquistaram o Sertão alagoano, a fundação da cidade e a sequência linear até o ano de 2006 quando governava o município, a prefeita Renilde Bulhões. Chegamos até um acordo sobre pessoas ilustres que apresentarão autor e livro no dia do seu lançamento. Vamos dizer aqui como se diz em Maçonaria: “a reunião foi justa e perfeita”, vendo-se alegria e confiança contagiantes que preencheram todos o espaço do gabinete de Cristiane e estufou para as paisagens das cercanias mostradas pelas vidraças. O autor do livro não recusou ainda a um convite para almoço em sítio rural num belo casarão centenário da família do diretor Robson França e nem o convite do Secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Santana, para uma visita à barragem em construção do riacho e sítio João Gomes e ainda à Baixa do Tamanduá, comunidade quilombola fonte do artesanato de barro do município.

É de primordial importância a cooperação cultural que somente irá enriquecer a verdadeira história do povo santanense. Somente conhecendo as origens e a trajetória da Ribeira do Panema, os seus filhos poderão avaliar a grandeza da terra em os viu nascer. Após a publicação do Boi, a Bota e a Batina, Santana do Ipanema nunca mais será a mesma. E a espera da sua gente já perdeu a elasticidade da paciência. Em breve, o maior acontecimento da terra de Senhora Santana.

EVENTO NA PREFEITURA, DA ESQUERDA PARA À DIREITA:  ROBSON FRANÇA (DIRETOR DE CULTURA), CRHISTIANE BULHÕES (PREFEITA), RENILDE BULHÕES (EX-PREFEITA), CLERISVALDO B. CHAGAS (ESCRITOR), PROFA. IRENE DAS CHAGAS (ESPOSA DO ESCRITOR). (Foto: Prefeitura/ Isis Malta).


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20 fevereiro 2022

ANÁLIA FERREIRA, IRMÃ MAIS NOVA DOS FERREIRAS

 Por José Mendes Pereira

 

Anália Ferreira da Silva 

Não confundir Anália Ferreira da Silva com Amália Gomes de Oliveira. Anália Ferreira acima,era a irmã mais nova do capitão Lampião, isto é, dos Ferreira. E Amália Gomes de Oliveira, era irmã de Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita do capitão Lampião. Está explicado.

Amália Gomes de Oliveira - Acervo João de Sousa Lima.

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19 fevereiro 2022

" TENENTE ALFREDO E O CANGACEIRO MORENO ".

  Por Luís Bento

Tenente Alfredo Dias da Cruz

Alfredo Dias da Cruz, Tenente Alfredo. Tenaz perseguidor ao grupo de Antônio Inácio da Silva o cangaceiro " Moreno ".

Por ordem do chefe maior do cangaço lampião, o cangaceiro moreno encontrava-se no sul do cariri cearense, por volta do ano de 1937 a início de 1938. O cangaceiro Moreno e seu grupo, tinham com finalidade um acerto de conta com o fazendeiro Antônio Teixeira Leite seu Tonho da Piçarra. Uma dívida do passado, a morte do Cangaceiro Sabino Gomes, lugar tenente em 27 de março de 1928. Essa missão foi determinada por lampião a Moreno, por ele conhecer muito bem a região, antes mesmo de ingressar no cangaço, morou no município de Brejo Santo, bem próximo da Fazenda Piçarra. Essa missão imposta por lampião ao cangaceiro Moreno, era matar Antônio da Piçarra e levar a orelha como prova cabal do assassinato. Depois de várias tentativas,o cangaceiro Moreno terminou desistindo, e seu Tonho continuou vivo com sua invejável lucidez, memória e simpatia irradiante.

Em perseguição ao grupo de cangaceiros que assolavam a região, o tenente Alfredo Dias, montou pontos estratégicos para prender ou até mesmo eliminar o grupo. A primeira estratégia sugerida pelo tenente, segundo informações dos moradores do antigo Macapá atual Jati, foi: vigiar todos as fontes d'águas da região, proibiu a venda de feira grandes, que na época era suspeitas, feira pra cangaceiros. Segundo moradores da região, era oferecida posição de destaque perante a força do governo, a quem fornecerá informação privilegiada.

Na passagem do Cangaceiro Moreno pela região, houve um desentendimento entre os moradores: Manoel Gomes da Rocha, Nóia Gomes e Pedro Carolino de Sousa no sítio São Francisco em Macapá, Jati. Aconselhados pelo tenente Alfredo Dias, Nóia Gomes e Pedro Carolino, procuraram o Q.G. Quartel General da Cidade de Juazeiro do Norte, incorporaram a volante do tenente Alfredo Dias da Cruz e deram continuidade a campanha de combate aos cangaceiros em solo nordestino.

Por LUÍS BENTO.

Diretor de Cultura.

JATI/19/02/22/.

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18 fevereiro 2022

LIVRO DO ESCRITOR GUILHERME MACHADO

     Por José Mendes Pereira


Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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17 fevereiro 2022

O CINEASTA DO CANGAÇO ADERBAL NOGUEIRA E O ANIVERSARIANTE DO DIA

 Por Volta Seca

Foto: fonte Google

Hoje (15/02) é o dia do aniversário de Aderbal Nogueira... Uma pessoa muito querida e estimada por todos.

Além de ser uma grande figura humana e, um excelente profissional, tendo singrado com sua equipe, todos os sertões nordestinos, registrando em suas lentes, a várias décadas, a história e a cultura do nosso povo.

Ao ADERBAL, em nome do administração do Grupo LCN ( Volta Seca Seca e Narciso Dias), a nossa sincera homenagem e, que Deus o ilumine, juntamente com toda a sua família.

Adendo - http://blogdomenesemendes.blogspot.com

O blog do Mendes e Mendes e os blogs filiados a este, juntamente com a sua página no facebook, e em nome dos nossos leitores, dedicamos-lhe muita paz, saúde, prosperidade, compreensão e tudo de bom no decorrer de toda a sua vida. 

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
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16 fevereiro 2022

A REPERCUSSÃO DOS ATAQUES DO CANGACEIRO SINHÔ PEREIRA À PARAÍBA E A INFORMAÇÃO SE LAMPIÃO ESTEVE EM TERRAS POTIGUARES EM 1922


Jornal carioca A Noite, pág. 4, de 6 de março de 1922 | Fatos de história, História do brasil, Fatos e fotos

“NOTÍCIA RUIM CHEGA LIGEIRO!” No dia 25 de dezembro de 1921, na pequena vila de Luís Gomes, o cabo Francisco Rodrigues Martins e o soldado Luis Antonio de Oliveira, foram assassinados …

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tokdehistoria.com.br

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15 fevereiro 2022

DOIS RANCOROSOS PATENTEADOS SE ENCONTRAM PARA AMENIZAREM RIXAS PASSADAS.

  Por José Mendes Pereira 

Coronel Joaquim Resende e Melchiades da Rocha

Conta o escritor Alcindo Alves Costa em seu livro: “Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico” que o rio São Francisco foi um grande agasalhador do povo sertanejo. E lá, o povoamento foi se formando nos alarmados declives de sua margem.

Já no ano de 1611, um minúsculo povoado nascera lá, onde os sofridos sertanejos construíram as suas barracas, na intenção de sobreviveram através da pesca, uma vez que as dificuldades alimentares eram presentes. Como o rio era favorável à pesca, mesmo faltando-lhes outros alimentos necessários à sobrevivência, todos preferiam viver ali mesmo, no intuito de não morrerem de fome em outras regiões. E nessa época, o lugarejo pertencia ao município de Mata Grande, conhecido em todas as regiões adjacentes por Jaciobá. Os tempos foram se passando, e a cada ano eram construídas mais casinholas, fazendo com que o lugarejo fosse se expandindo gradativamente. E no ano de 1881, no dia 18 de junho, através da lei nº. 756, finalmente o lugarejo foi emancipado, tomando posse como primeiro intendente, ou seja, prefeito, um senhor chamado Serafim Soares Pinto. E assim que passou a ser cidade, começou a se desenvolver mais ainda, tornando-se um importante município nas terras alagoanas. Mas posteriormente, este valoroso município passou a ser chamado definitivamente de Pão de Açúcar. 

E já no século XX, o município passou a ser comandado pelo coronel Joaquim Resende, um senhor de grande força política que chegou a ser odiado por alguns e admirado por outros. Era um homem rancoroso ao extremo, uma vez que não temia a ninguém. Mas apesar de ter seus adversários, mesmo assim, era um homem muito respeitado por todos que moravam lá, e pelos povoados adjacentes. O coronel Joaquim Rezende tinha as suas intrigas, tendo como inimiga, a família Maia, uma das mais tradicionais que também não se rendia ao patenteado.
           
No ano de 1935, dois rancorosos e poderosos pela primeira vez se encontraram, ambos patenteados. Por um lado, o poderoso e zeloso da sua patente militar, o coronel Joaquim Resende. E pelo outro, o afamado e considerado o governador dos sertões, o amante das armas, o perverso e sanguinário capitão Lampião. No encontro marcado para os afamados a única finalidade era discutirem os desejos de ambos, como donos da lei.

Como Lampião queria na força e na raça ser governador do sertão e o coronel Joaquim Resende achando que o rei não podia lhe dar ordem, o assecla se sentindo desprestigiado, organizou uma maneira de atormentar a administração de Joaquim Resende. E sempre que colocava os pés naquela região sertaneja fazia invasões com depredações e ainda praticava mortes. 

Sendo disposto e exigente com a sua soberania o coronel Joaquim Resende dizia abertamente, que os arrufos de qualquer ser humano não lhe metiam medo. E nem tão pouco de cangaceiro, assim como Lampião.
                                                            
Como o rei ficou chateado com o que dissera o oficial contra a sua pessoa o capitão Lampião resolveu fazer uma perseguição a alguns dos seus amigos. E assim que principiou o ataque aos amigos do coronel, este não querendo deixá-los sozinhos, isto é, entregue às vontades do perigoso Lampião, passou a apoiar as decisões que os seus aliados tomavam contra o assecla.
                                               
Com a decisão tomada por Joaquim Resende tanto os amigos do patenteado como os do outro o  rei Lampião, ficaram bastante preocupados, afirmando que, se o oficial não medisse as palavras que soltava ferindo o rei do cangaço, a vingança não tardaria acontecer. E a partir dessa desavença entre os poderosos, os protetores das duas autoridades deram início a uma forma de a quieta, a quieta, na finalidade de acabarem com a briga entre as suçuaranas humanas. O medo que eles tinham era se Joaquim Resende continuasse usando certos termos desrespeitando a majestade, uma vez que este não o perdoaria, e com certeza, a sua vingança seria devastadora. 

Na verdade, quem não quisesse ser desmoralizado ou derrotado não adiantava criar problemas com Lampião, pois além de ser destemido, era altamente perigoso e vingativo. E quando não conseguia dominar os seus inimigos e perseguidores iniciava uma destruição em massa, sem reservar ninguém e nem a quem, tentando vencê-los na força, com combates e na coragem. Mas era do conhecimento de todos que o rei Lampião sempre dizia: 

“-Tenho respeito por juízes e coronéis. E só brigo com estes patenteados quando eles querem, pois se depender de mim, eu não brigo”.

Mas como em todas as brigas tem sempre uma pessoa que faz o papel de sossega leão, um senhor chamado Zuza Tavares, foi um dos incumbidos pelos amigos para resolver a questão entre os dois indomáveis leões. 

Os amigos de ambas as partes marcaram uma reunião, e decidiram que o importante para os dois se entenderem, seria organizar um encontro entre as duas feras humanas. 

- E quando seria este encontro? 

- Logo no início do ano de 1936. 

- E o local do encontro?  

- Seria na Fazenda Floresta, lá nas terras sergipanas, no Maitá, já que o rei e sua respeitada saga estavam de redes armadas e cachimbos acesos naquele lugar. 

- E quem ficaria encarregado de providenciar o transporte até à fazenda? 

- O grande honrado para adquirir o transporte foi um senhor chamado Messias de Caduda. 

- E qual seria a locomoção que o famoso rei iria até a casa do coronel Joaquim Resende? 

- Lógico que seria em uma bela e zelada canoa, já que no lugar não tinha iates, barcos ou outra coisa parecida. 

- E de quem seria esta canoa? 

- Seria a canoa  de um senhor de nome João de Barros porque apesar de ser pescador, era um homem de grande confiança. 

Este foi o confiado para levar o rei ao encontro do coronel. E sem muita demora, foi feito o contrato do aluguel da canoa para este fim.

João de Barros se sentindo importante, por ter sido escolhido para transportar a majestade, deu início a uma grande limpeza no honrado transporte, tirando o excesso de salmouras de peixes entre as tábuas. Afinal, nele iria entrar um dos homens mais importantes do nordeste. Depois o higienizou com um cheiroso detergente. E em seguida, partiu para o local combinado. Canoa pronta, sua majestade dentro dela. E sem mais tardar, João de Barros remou o belo transporte em direção a Pão de Açúcar, até a Fazenda Floresta.    

Mas, desconfiado, sagaz e cuidadoso com a sua vida e as dos seus comandados o rei Lampião achando que poderia existir alguma armadilha na fazenda Floresta, antes de chegarem ao local combinado, mandou que o João de Barros encostasse a canoa à beira do rio. Este obedeceu a sua ordem. O assecla incumbiu que o Messias descesse e fosse até à fazenda Floresta, e lá, fizesse uma rigorosa vistoria, olhando todos os cômodos da casa, revistasse tudo, tim-tim por tim-tim. Assim que terminasse a revista por dentro da mansão, fosse vistoriar as suas laterais, e não deixasse nada por revistar. E ainda o rei o advertiu que não queria nenhuma novidade inesperada, pois se isso acontecesse contra ele e os seus asseclas Messias já sabia muito bem que ganharia uma penalidade horrorosa. Ou o rei o mataria com um tiro, ou o enfiaria o seu longo punhal na sua clavícula.
                                                              
Messias ao entrar na casa deu início à revista.  E enquanto fazia a revista, olhou para um dos lados e viu um senhor que pelo seu jeito de se vestir, pareceu-lhe ser  uma autoridade. E era mesmo. Sem dúvida, o coronel Joaquim Resende, o grande e respeitado oficial. O Messias que ainda não o conhecia, depois de algumas conversas, pediu que o perdoasse por ter entrado ali sem a sua generosa autorização, e alegou que era ordem do capitão Lampião para revistar o ambiente.   

O coronel Joaquim Resende não tendo nada a opor disse-lhe que Lampião tinha razão, pois ele estava mais do que certo. É claro que o coronel não iria tirar a razão de Lampião em mandar alguém para uma averiguação, pois a majestade precisava de proteção, tanto para ele como para os seus comandados.  E sem querer usar os seus poderes, apesar de ser uma autoridade, disse ao coiteiro que naquele momento aquela mansão estava entregue a ele. Autorizando-lhe que percorresse todos os cômodos e dependências, inclusive revistasse as laterais da residência.  Terminada a revista o Messias retornou ao local onde estava a majestade e os seus valiosos asseclas.                            

Mas o capitão Lampião podia ficar tranquilo pois o coronel Joaquim Resende e os seus comandados não eram covardes para prepararem uma armadilha contra ele. O que ali iria acontecer era simplesmente um acordo entre os dois arrogantes, e jamais seria feita uma traição. O rei quando dava uma palavra, cumpria. E por que Joaquim Resende não poderia cumprir a sua? Assim que o coiteiro retornou à presença do rei, ainda meio preocupado com a segurança, e  não acreditando, Lampião exigiu que o coronel fosse até a beira do rio São Francisco onde ele se encontrava.                                             

Não temendo o chamado, mas o respeitando, o coronel Joaquim Resende dirigiu-se para o local sem se sentir inferiorizado e sem nenhum problema. Na hora do encontro, todos foram abraçados pelo assecla, principalmente o patenteado. Em seguida, tomaram rumo ao palacete do oficial. Lá, foi necessário que o Zuza Tavares se retirasse do local, pois Lampião precisava conversar com o famoso coronel Joaquim Resende  um assunto a dois.  A reunião muito se demorou e só terminou lá pela madrugada. E com certeza, foi de grande interesse entre os dois poderosos.

Quando terminou o encontro os amigos de ambas as partes se sentiram realizados, uma vez que as queixas de Lampião contra o pessoal do coronel Joaquim Resende, principalmente uma que ele tinha com um fazendeiro de nome Juca Feitosa, as rixas, e as amizades foram vistas com carinho, bons olhos e reconquistadas.

O coronel Joaquim Resende que se tornou amigo de Lampião, prefeito de Pão de Açúcar e chefe político do partido UDN foi assassinado numa manhã do mês de setembro do ano de 1954 em São José da Tapera. Na época este era um pequeno povoado do município de Pão de Açúcar. Foi morto com tiros de parabelum. 

Seus assassinos foram Elísio Maia e seu irmão Luiz Maia que se diziam perseguidos pelo mesmo. Inclusive, conforme declarações do próprio Elísio Maia, feitas na fase do inquérito policial, a vítima vinha armando várias emboscadas para matá-lo, que era Prefeito na época do ocorrido. Após ter  assassinado o coronel Joaquim Resende Elísio Maia abandonou o  mandato de Prefeito e se mandou  para o Sul do Brasil.

Fonte de pesquisa: "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico".

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VOLTA SECA - 05 SE EU SOUBESSE - (Toada) TodaAmérica 1957 LP.

  Por Raízes Nordestinas - Music. Antônio dos Santos (Saco Torto,  13 de março  de  1918  –  Estrela Dalva ,  2 de fevereiro  de  1997 ), co...