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19 junho 2024

O FOGO DA MARCELINA

   Por Dr. Epitácio de Andrade Filho

Localizado na comunidade rural São Francisco, em Catolé do Rocha, no Sertão paraibano, o serrote da Marcelina foi palco de um dos combates mais cruéis do cangaço dos Brilhantes contra os Limões. 

Cruzeiro da comunidade São Francisco 

Serrote da Marcelina

“Como a ‘força’ não conhecia a região, contava com o apoio dos Limões na perseguição aos Brilhantes”.

Narra Alício Gomes Arruda Barreto (1901-1965), em seu raríssimo livro “Solos de Avena” que, por volta da segunda metade da década de 70 do século XIX, estavam os Brilhantes entrincheirados numas pedras, quando a ‘força’ apareceu no caminho próximo ao sítio Colina na estrada que liga Catolé do Rocha a Patu/RN. Jesuíno Brilhante foi o primeiro que atirou, derrubando um dos soldados da vanguarda. A ‘força de linha’, quando recebeu os tiros recuou e tentou cercar a emboscada dos Brilhantes, que conheciam essa estratégia. Eles revidaram com uma descarga e fugiram para outro lugar de onde procuraram dar tiros certeiros. Depois, correram para bem longe. Por adotar essa tática de guerrilha, os Brilhantes sempre levavam vantagens nos embates. Depois dessa escaramuça, “o governo tomou em consideração e as diligências engrossaram”. Jesuíno Brilhante cercou os Limões que restavam, numa casa velha no sopé do serrote da Marcelina. Depois de renhida luta, acabaram-se as munições do inimigo e Jesuíno, conhecendo de quem se tratava, gritou: “O que tentar sair morre na bala”. Mandou cobrir de lenha a velha casa pelos feirantes que passavam e ateou fogo. Dentro de pouco tempo as chamas invadiram totalmente o casebre e os “miseráveis” morriam gritando com as dores das queimaduras. Pedro Limão ainda saiu se queimando, quando foi alvejado e caiu morto. A casa foi incinerada e os cadáveres reduzidos a carvão. Assim havia concluído sua jura assinalada com cruzes nos bacamartes dos brilhantes. Estava terminada a tarefa.

Acreditou Jesuíno Brilhante (1844-1879), “o grande leão sertanejo”, assim alcunhado por Barreto. Esta narrativa foi ratificada pelo depoimento do senhor José Firmo Limão, no ano de 2012, aos 99 anos. Seu José era filho de Maria Francisca da Conceição, sobrinha de Preto Limão, único sobrevivente do ‘Fogo da Marcelina’ e comandante da diligência que matou Jesuíno Brilhante, no Serrote da Tropa, na zona rural de São José de Brejo do Cruz/PB. José Firmo Limão sendo entrevistado no São Francisco pelo pesquisador Epitácio

José Firmo Limão sendo entrevistado no São Francisco pelo pesquisador Epitácio Andrade.

Enviado pelo autor.

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17 junho 2024

DATA DA MORTE DE JESUÍNO BRILHANTE

 Por Epitácio de Andrade Filho

Pesquisador Sergipano Encontra Jornal com Data da Morte de Jesuíno Brilhante.

Em 2019, o jornalista e escritor Robério Santos encontrou na hemeroteca (Sessão de períodos: Jornais, revistas e outras publicações editadas em série) da Biblioteca Nacional um exemplar raríssimo do jornal Gazeta de Joinville que, em nota, informa com precisão a data da morte do cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante. 

Robério Santos

Segundo informantes de Mossoró, Jesuíno e seu séquito resistiram a um tiroteio com a força pública sendo que do confronto ele e seu irmão Lucas Brilhante saíram mortos e um praça da escolta, ferido. Este fatídico episódio ocorreu em 21 de novembro de 1879.


Jesuíno Brilhante Nota de Falecimento

Enviado pelo médico e pesquisador do cangaço Dr. Epitácio de Andrade Filho.

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16 junho 2024

A EX-CANGACEIRA DADÁ

 

Arquivado por Helton Araújo. - Créditos da imagem Rubens Antonio

 Mais um registro fotográfico pouco conhecido.

A ex-cangaceira Dadá, vivendo na estrada da Liberdade, no bairro do Barbalho, em Salvador na Bahia.
Imagem: Estado da Bahia
Data: 09/04/1946
Créditos: Rubens Antônio
Livro: Cangaço na Bahia, Cavalos do Cão.

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13 junho 2024

O CANTO DO ACAUÃ

 

Marilourdes Ferraz

Adquira este livro com a autora Marilourdes Ferraz.

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Marilourdes Ferraz 

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10 junho 2024

LAMPIÃO FOI FOTOGRAFADO DE BARBA

 Por Robério Santos

Nesta imagem vemos nitidamente ele sem se afeitar e seu olho direito cego em detalhes. Obrigado aos 10 mil seguidores novos aqui no Instagram no último mês. Fonte: retirado do vídeo de Benjamin Abrahão (1936) | ABA Film. PS: isso na boca é um cigarro de palha.

https://www.facebook.com/groups/893614680982844/?multi_permalinks=2216676475343318%2C2216974021980230%2C2216522038692095%2C2215693762108256&notif_id=1717869459227453&notif_t=group_highlights&ref=notif

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09 junho 2024

FIGURA POPULAR DE MOSSORÓ SE FOI PARA A CASA DO SENHOR!

  Por José Mendes Pereira

Crédito da foto - Relembrando Mossoró.

Durantes décadas, este senhor e anteriormente jovem, viveu entre nós em Mossoró. Quem é de Mossoró, bastante o conheceu. Não era agressivo, mas impaciente. Andava de bairro em bairro pela nossa cidade. 

Quando o sistema de telefonia ainda era convencional, ele sabia quase todos os números e seu proprietário. Era um computador ambulante. Paulo não desrespeitava mulheres. 

Quando via um carro ele  se aproximava e tomava a frente. E como o motorista não iria o atropelar, parava. Era nesse momento que ele subia sobre o capô, e não saía facilmente. Ponha paciência o condutor.  

Paulo simplesmente um tipo popular que a nossa Mossoró presenciou a sua vida como pessoa especial. 

Vá com Deus, grande Paulão!

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08 junho 2024

DONA ZABÉ DA LOCA, A MULHER QUE MORAVA EM UMA LOCA DE PEDRA NA PARAÍBA. SEU ÚNICO CONFORTO ERA A MELODIA DE SUA FLAUTA DE PÍFANO.

  Acervo do Guilherme Machado

O Projeto de Lei 359/2023, proposto pelo deputado estadual Michel Henrique, foi aprovado por unanimidade na Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. A iniciativa reconhece como patrimônio histórico-cultural, turístico e imaterial do estado o “Terreiro Zabé da Loca”, no Município de Monteiro.

A história por trás do Terreiro está intrinsecamente ligada à vida de Isabel Marques da Silva, popularmente conhecida como Zabé da Loca. Esta notável artista, aclamada internacionalmente por sua habilidade no pífano, tornou-se uma das figuras mais emblemáticas da cultura nordestina. Sua trajetória em Monteiro começou quando se mudou para a cidade ainda jovem, casando-se e iniciando uma família. Entretanto, a adversidade surgiu em 1966, ano em que perdeu o marido e sua casa, que desabou. Foi nesta fase difícil que Zabé e sua família encontraram refúgio em uma loca – caverna regional – na Serra do Tungão, originando seu icônico apelido.

Sua arte ganhou reconhecimento ao longo dos anos, com destaque em 2009, quando, aos 85 anos, foi premiada como Revelação da Música Popular Brasileira. Também brilhou no Festival de Brincantes em Recife em 2003, gravou seu primeiro CD aos 79 anos e fez performances em Brasília, inclusive ao lado do renomado músico Carlos Malta.

“Entretanto, apesar de sua fama, Zabé manteve sua autenticidade e simplicidade, características marcantes de uma mulher que, mesmo diante de inúmeros desafios, nunca abandonou suas raízes nordestinas. Infelizmente, em 05 de agosto de 2017, Zabé faleceu em decorrência de causas naturais, em sua residência na Zona Rural de Monteiro”, pontuou o deputado ao relatar justificar o projeto.

Hoje, o Terreiro Zabé da Loca é mais do que um simples ponto turístico da Paraíba. Ele é a memória viva de uma grande mulher, compreendendo a loca onde viveu, um museu e um pátio gastronômico. A região atrai inúmeros turistas ao longo do ano, ansiosos por imergir na rica história e legado deixados por Zabé da Loca.

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AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...