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04 julho 2025

O CAIPIRA ETERNAMENTE APAIXONADO...

 Por Alcino Alves Costa

Apesar de uma correlação muito forte, enganosa e parecida entre amor físico e amor espiritual, estes dois sentimentos são absurdamente opostos. O amor físico é construído através de paixão ardente, detentora de vigorosas chamas, porém este amor nascido de um sentimento extremado e obsessivo, transformado em um doentio desejo, é puramente sexual, é fugaz, efêmero, passageiro e sem constância nenhuma. Paixão amorosa que prima pelo desejo de um instante de uma conjunção carnal, o prazer esfogueado do sexo, mas que, após algum tempo de verdadeira luxúria cai no desânimo da própria carne e desemboca pelo caminho triste da decepção, do 

A paixão física, que na maioria das vezes se torna aloucada, doentia e ao mesmo tempo frágil, costuma trazer em seu bojo sofrimentos, angústias e aflições sem limites. O inverso é o amor espiritual. Este é calmo, sereno, sublime, duradouro, repleto de prazer e felicidade. Diferentemente dessa paixão, desse amor físico que é um sentimento de muita ardência e de elevado grau de intensidade, mas, quase sempre, voltado para os apelos físicos, o amor espiritual é um sentimento sublime, repleto de magia e encantamento, feito e criado dentro de uma dedicação absoluta, repleto de compreensão, simpatia, amizade e afeição. Felizes são aqueles que se amam espiritualmente. O amor espiritual, aquele que um ser humano sente por outro é uma dádiva divina, um presente de Deus. É nesta junção, corpo e alma, que se pode perfeitamente afirmar, ser este o verdadeiro amor, o amor na abragência da palavra, o amor perene e quase que imortal. A sublimação do amor espiritual é algo que tem o dom da felicidade; a magia do bem querer e do bem viver das pessoas; este presente de Deus é uma ventura daquele que teve a graça divina de possuir este tesouro da vida.

Mesmo quando o amor espiritual é unilateral, aquele que traz esta sensibilidade afetiva jamais descamba para o abismo do ódio em relação à pessoa amada. Com o passar dos anos, após perder as esperanças, o portador desse altíssimo grau de sublimidade, guarda este tão singelo e afetuoso proceder lá longe no escondido de seu próprio coração. No entanto, este sentimento ficará intacto. Em tempo algum será destruído da história de sua vida. Nada neste mundo fará com que este mágico legado dos deuses do amor feneça, morra ou se retire daquele que um dia guardou em seu coração a magnificência de um verdadeiro amor.

É necessário que se saiba diferenciar a grandiosidade do amor espiritual. Existem aqueles nascidos do próprio sangue, o sagrado amor de pais, filhos e irmãos; aquele amor respeitoso e cheio de sinceridade que existia nos tempos de outrora entre pessoas que se gloriava da palavra amigo, mas que, infelizmente, praticamente inexistente nos dias atuais. Além desses, existia aquele que envolvia de felicidade o homem e a mulher, quando eles dois se amavam com todas as forças de seus corações; quando eles sentiam em seu corpo e em sua alma um amor muito maior do que o desejo do sexo. Não se imagine que o sexo seja algo sem muita importância. O sexo é vital na vida do macho e da fêmea. Mas, o amor que ultrapassa a barreira e a necessidade da carne e atinge os pontos insondáveis e misteriosos do espírito é u m amor muito além desse que é também uma dádiva da natureza, a cópula maravilhosa entre um homem e uma mulher foi, é e será através das eras um especialíssimo presente nos oferecidos pelos poderes divinos.

Nada se compara a uma casal, um homem e uma mulher que se ama verdadeiramente; um homem e uma mulher que sejam plenos de cumplicidade entre eles; um homem e uma mulher que viva a vida do outro com prazer e alegria; um homem e uma mulher que um entregue o seu corpo ao outro num acasalamento perfeito e sublime.

É certo! Eu sei que você sabe, todos nós sabemos que nos dias tortuosos e sem amor em que vivemos tudo isto não passa de uma utopia. Falar de amor, de respeito e de consideração é coisa de um tempo que ficou lá longe, na distância daqueles que viveram os idos do passado; passado que os pobres coitados das novas eras consideram o tempo de um povo inculto e ignorante. A cumplicidade, o bem querer, o amor, a felicidade mútua, são coisas velhas, arcaicas que servem apenas de achincalhe e ironia – assim alardeiam os insensíveis da modernidade.

Todos esses valores culturais caíram no mais completo desuso. A moda é “ficar”, mesmo sem conhecer e nem saber quem é o parceiro ou parceira que irá com ele ou ela para um encontro íntimo, na ânsia de um coito que poderá trazer severas consequências.

Mesmo nos sertões mais distantes e atrasados a mocinha sertaneja, ainda no florir de sua juventude, cuida em perder a sua virgindade porque se sente envergonhada de não conhecer o sexo. O que esta pobre coitada não imagina é que ela está correndo um perigo grandioso de cair nas profundezas de um abismo sem volta; muitas delas com um filhinho nos braços, dependendo da aposentadoria de seus pais ou avós.

Os novos tempos. Os tempos da modernidade em que vivemos. Estes tempos insensíveis e cruéis, quer acabar e assassinar o amor. O amor é imortal e eterno.  Uma pergunta: Você se ama?

Alcino Alves Costa; o Caipira de Poço Redondo

Publicado, no dia 26 de abril de 2011, pelo JORNAL DA CIDADE, Aracaju

Extraído do blog: "Cariri Cangaço"

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03 julho 2025

CANGACEIRO OLIVEIRA EM JATI - JATI 5

  Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=CYtjQGdXI3M

Nesse quinto vídeo da web-série em Jati-CE os pesquisadores Luis Bento e Adriano de Carvalho batem um papo com a viúva do cangaceiro Oliveira, que esteve presente no ataque a Mossoró e passou os últimos anos de vida em Jati, no Ceará. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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02 julho 2025

BENJAMIM ABRAHÃO: O ENVIADO ESPECIAL DE ADEMAR ALBUQUERQUE?!

  Por: Aderbal Nogueira


Pois é, a história nos causa muitas surpresas. Pelo que eu sabia até ontem foi o libanês Benjamin Abrahão quem teve a iniciativa de filmar e fotografar Lampião, porém, em uma gravação de um documentário que estou fazendo com o amigo Gláuber Paiva, que não tem nada a ver com cangaço, surgiu o assunto Lampião.

Benjamin a esquerda, Maria Bonita e Lampião

Pois o nosso entrevistado, Miguel Ângelo de Azevedo, o famoso "Nirez" que juntamente com Christiano Câmara são os dois maiores memorialistas e pesquisadores da história de Fortaleza, tendo um acervo incrível sobre nossa cidade, nos relatou que Chico Albuquerque, filho de Ademar Albuquerque lhe contou como foi que ocorreram as famosas filmagens de Lampião e seu bando.

Ademar Albuquerque

Eu não tenho como provar a veracidade desse fato, porém Nirez é de uma sinceridade acima de qualquer suspeita.
            
Se o que ele nos fala for a verdadeira versão, é mais um sinal de que a história sempre tem duas caras. Como dizia o famoso humorista: "há controvérsias, amado mestre". 

          
Se pensarmos bem após esse depoimento, realmente o que um libanês que não tinha nenhum conhecimento de técnicas fotográficas poderia querer filmando Lampião?
            
Já Albuquerque era diferente, era empresário do ramo, vivia disso e conhecia os meios e como, depois, distribuir o material para o mundo. Tinha uma visão ampla do lucro que isso podia trazer, era influente e é muito mais plausível essa hipótese.

Quero ressaltar que em momento algum Nirez tentou dizer nada a respeito de que o relato ia de encontro a tudo o que foi dito até hoje, não tentou criar nenhum tipo de polêmica, ele simplesmente relatou o que ouviu.

Eu sim fiquei pasmo, na mesma hora vi que ali poderia estar a verdadeira história... mas quem sou eu para atestar?

Abraço
Aderbal Nogueira
Extraído do blog: "Lampião Aceso"

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01 julho 2025

SINHÔ PEREIRA E VIRGULINO | CNL | 574.

  Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=RqHjaY1WYkQ&t=154s

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30 junho 2025

O CORONEL DOS CORONÉIS...

 Por Dilton Cândido Santos Maynard


A INCRÍVEL VIDA DE DELMIRO GOUVEIA, AUDACIOSO MÁRTIR DA INDÚSTRIA NACIONAL

Era um homem temido e extremamente sedutor. Dizem que tinha ímã nos olhos e detestava gente preguiçosa. Quando ia à cidade, vestia-se elegantemente, com direito a bengala e cartola. Estava sempre perfumado. No sertão, manejava com habilidade o chicote e sabia fazer-se respeitar. Em todo o Nordeste, chamavam-no coronel Delmiro Gouveia, ou simplesmente “coronel dos coronéis”.

Em meio à pobreza e ao atraso do sertão, Gouveia criou a usina hidrelétrica Angiquinho, encravada nas paredes de uma cachoeira, para obter eletricidade das águas do Rio São Francisco. Com a energia, impulsionou a Companhia Agro-Fabril Mercantil (CAM), conhecida como Fábrica da Pedra — a primeira a produzir linhas de coser no país.

(...)

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/o-coronel-dos-coroneis

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AQUELA SANFONA BRANCA...

  Contribuição: Compadre Lemos


Lá vou eu, com mais uma...

Contam que, um dia, Luiz Gozaga chegou, de avião, ao Rio de Janeiro.
Numa mão, uma sacola com roupas e na outra, a inseparável sanfona. Ele não andava sem ela!

No hall do aeroporto, algumas pessoas o cercaram, pedindo autógrafos. Ele já era famoso, naquele época.

Depois de atender todo mundo, como sempre fazia, notou que um adolescente alto e magro, cabelos compridos, ficara timidamente a uma certa distância, olhando insistentemente para ele. Lua se aproximou e perguntou, com seu jeitão espontâneo:

- Ôxente! E ocê, mô fi? O que que tu qué?

- Seu Luiz... - disse o jovem - eu queria... carregar sua sanfona, até o carro. Posso?

- E tu vai me cobrar quanto? - perguntou Luiz, estranhando o pedido do rapaz.

- Nada, Seu Luiz. Só pelo prazer de carregar ela mesmo. O senhor deixa?

- Ôxente... a gente vê cada uma!... Então tá. Qué carregá... carrega! Mais ói, faz besteira não, que eu tô de olho em tu, viste?

E o jovem, alegremente levou a famosa Sanfona Branca de Luiz do hall do aeroporto até o táxi, que o esperava.

- Obrigado, mô fi. Essa danada dessa sanfona é bem pesada mêrmo, né não?

- De nada, Seu Luiz. Foi uma honra!

- Iscuta... como é o seu nome? Perguntou Luiz, curioso.


- Benito! - disse o rapaz.

- Benito de que? Tu nun tem sobrenome não, peste?

- Benito de Paula, Sêo Luiz. Benito de Paula!...

Anos depois, "estourava" no Brasil inteiro uma canção do Benito de Paula, provavelmente inspirada naquele dia tão feliz, da sua adolescência. E Benito encantou nosso povo, cantando:

" Aquela sanfona branca,
aquele chapéu de couro,
é quem meu povo proclama,
Luiz Gonzaga é de Ouro ".

https://www.youtube.com/watch?v=V4AAzs97FQ4

 
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28 junho 2025

COMO ERA DESCONFORTÁVEL ESTUDAR NO PASSADO.

  By: Rostand Medeiros

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Aqui vemos uma típica cadeira, ou carteira escolar do Brasil na década de 20 do século passado, mostrando quando era desconfortável estudar naquele tempo.
Em compensação a educação era levada a sério, a profissão de professor era paga com um salário digno, haviam pessoas que trabalhavam satisfeitas, a classe política parecia ter um maior engajamento a favor da educação.
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Extraído do blog: Tok de História - do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...