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13 julho 2025
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11 julho 2025
JERÔNIMO ROSADO – O PARAIBANO QUE MUDOU MOSSORÓ.

Jerônimo Ribeiro Rosado, o dono da farmácia que levava seu nome, nasceu em Pombal-PB, aos 8 de dezembro de 1861, era filho de Jerônimo Ribeiro Rosado e Vicência Maria da Conceição Rosado. Formou-se em Farmácia no Rio de Janeiro, onde atuava como fiscal da iluminação pública. Voltou ao seu Estado natal em 1889, quando abriu a primeira botica em Catolé do Rocha e desposou Maria Rosado Maia, a Sinhazinha.

O casal teve três filhos: Jerônimo Rosado Filho, médico, farmacêutico e poeta, morto aos 30 anos; Laurentino Rosado Maia, que morreu 15 dias depois do nascimento, e Tércio Rosado Maia, farmacêutico, odontólogo, advogado, poeta, pioneiro do cooperativismo brasileiro, comerciante de livros usados, professor universitário.
Sinhazinha partiu em 1892, pouco depois do último parto, vítima de tuberculose. No leito de morte, conforme relata mestre Luís da Câmara Cascudo, pediu “que o marido a fizesse sepultar no Catolé do Rocha, na terra onde nascera”. E casasse com sua irmã Isaura, para que seus filhos não tivessem madrasta.

Reivindicações atendidas: o corpo de Maria Amélia foi sepultado o viúvo, de 32, casou-se com a cunhada, de 17 anos, em 1893. A noiva se mudou para Mossoró, onde o marido residia e para onde transferiu os negócios em 1890, a convite do médico e líder político Francisco Pinheiro de Almeida Castro, patrocinador da drogaria.
Em Mossoró, a principal cidade do interior potiguar, Jerônimo abriu sua farmácia e, em 40 anos, gerou 21 filhos. Foi uma figura central na construção histórica e política do chamado eufemisticamente como “País de Mossoró”.
Do segundo enlace advieram 18 rebentos, nem todos chamados “Jerônimo” e nem todos numerados. Diferentemente do que reza a lenda, nem todos receberam nomes franceses. Do terceiro até o décimo, a inspiração para os nomes era o latim. A partir do 11º, e só com a exceção do 12º filho, todos levaram nomes inspirados nos numerais franceses. Foram ao todo 12 homens e nove mulheres. A maioria recebendo Jerônimo ou Isaura como primeiro nome.
Izaura Rosado (com z)
Laurentino Rosado Maia (homônimo do segundo)
Isaura Sexta Rosado de Sá
Jerônima Rosado, que tem como apelido o nome de “Sétima”
Maria Rosado Maia, que tem como apelido “Oitava”
Isauro Rosado Maia, que tem por apelido “Nono”
Vicência Rosado Maia, que como apelido o nome de “Décima”
Laurentina Rosado, que tem como apelido o nome de “Onzième”
Laurentino Rosado Maia, que tem como apelido “Duodécimo”
Isaura Rosado, que tem como apelido o nome de “Trezième”
Isaura Rosado, que tem como apelido o nome de “Quatorzième”
Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido o nome de “Quinzième”
Isaura Rosado Maia, que tem como apelido o nome de “Seize”
Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido “Dix-sept”
Jerônimo Dix-huit Rosado Maia
Jerônimo Rosado Maia, que tem como apelido o nome “Dix-neuf”
Jerônimo Vingt Rosado Maia
Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.

Numeração
Ninguém sabe ao certo o que levou o patriarca a numerar os filhos. Talvez influência dos tratados farmacêuticos da época, todos escritos nas duas línguas, ou algum tipo extremo de obsessão pela ordem. O que se sabe é que o velho Jerônimo Rosado era fanático pela educação dos filhos e dos netos. Tão fanático que, certa vez, quando um de seus netos decidiu que não iria mais estudar, ele não pensou duas vezes. Mandou fazer uma engraxateira para o menino, deu-lhe um macacão de engraxate e ordenou que começasse a trabalhar. Sugeriu, até, que ele nem precisava sair de casa, já que a família era grande e ali mesmo ele teria uma boa clientela. Logo, logo o menino voltou para a escola.
O velho Rosado ensinou os filhos, ainda, a serem solidários. Se houvesse apenas uma fruta para comer, ela era dividida igualmente entre todos. Estimulava as crianças a conversar com estranhos, levando-as consigo, sempre, a encontros ou jantares. Não fazia distinção de sexo: meninos e meninas deviam acompanhar o pai. Tratava todos da mesma maneira. Queria vê-los trabalhando e estudando. Em razão disso, fundou a primeira escola exclusivamente feminina de Mossoró: o Externato Mossoroense.
Tese
Em sua tese de doutorado sobre a família Rosado, o professor José Lacerda Alves Felipe defende a ideia de que essa forma de educar adotada por Jerônimo Rosado tinha como objetivo formar o núcleo de uma oligarquia. Nela, cada filho teria uma função econômica. Felipe trata Jerônimo Rosado como o “herói civilizador” de Mossoró. Uma espécie de grande criador, de instituições sociais, elementos culturais, mitos. O objetivo não declarado era sempre, ele diz, conquistar o poder político.
Cada vez que um filho se aproximava da maturidade, o velho Rosado o chamava para uma conversa em particular, em que tentava convencê-lo a entrar para a política. Os Rosado desmentem isso. Alguns mossoroenses afirmam, contudo, que essa foi uma das revelações feitas por Dix-Huit em seu leito de morte. Verdade ou mito? O que se sabe é que, apenas 18 anos depois da morte do patriarca, um Rosado abraçou, de fato, a carreira política. Em 1948, Dix-Sept Rosado Maia, em uma campanha na qual pela primeira vez se usaram trios elétricos, foi eleito prefeito de Mossoró.
O Mito Rosado
Dix-Sept governou a cidade durante quatro anos. Tornou-se, depois, governador do estado, mas morreu, em um acidente aéreo, seis meses depois da posse. Virou um mito. No País de Mossoró, há uma estátua de Dix-Sept, em bronze e tamanho real, na principal praça da cidade. Sob ela, podemos ler: “Nele se conjugaram idealismo e ação, espírito público e solidariedade humana, capacidade de resistência e destino de comando […]”. Logo abaixo, em letras enormes, a assinatura: “Homenagem do povo”. A estátua foi construída pelo irmão Vingt, que, em 1954, o sucedeu na prefeitura de Mossoró.
O 17º filho foi, de fato, a raiz política dos Rosado. Irmãos, sobrinhos e netos o sucederam como prefeitos da cidade, vereadores, deputados e até senadores. Entre eles, destacam-se Dix-Huit e Vingt Rosado. Depois de algum tempo, os dois irmãos romperam. Diz-se em Mossoró que a briga entre eles não passou de uma jogada política para conservar, em definitivo, os Rosado no poder. Desde então, Rosado é oposição de Rosado. Não importa o vencedor: a família sempre leva. O sobrenome Rosado batiza, hoje, muitas ruas, praças e até estabelecimentos comerciais de Mossoró.

A cultura, porém, ficou nas mãos do 21º, Vingt-un, a quem coube realizar os sonhos educacionais do pai. Desde cedo, ele se empenhou para contar a história de Mossoró, registrar tudo que levasse o nome de sua terra natal e gerar e publicar a produção intelectual dos mossoroenses. Foi por isso que nos anos 1960 ele idealizou e fundou a Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM), onde organizou encontros e seminários e fez amizade com grandes intelectuais. Vingt-un Rosado foi uma espécie benigna de fanático.
A biografia completa do pombalense Jeronimo Rosado foi escrita pelo historiador Luiz da Câmara Cascudo, no livro “Jerônimo Rosado: uma ação brasileira na província de Mossoró(1861-1930)”.
Fontes de texto – http://www.itaucultural.org.br/rumos/webreportagem/osrosados.htm
http://clemildo-brunet.blogspot.com.br/2011/06/jeronimo-ribeiro-rosado.html
Fonte de fotos – Autor do Blog Tok de História
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09 julho 2025
"CHURRASCARIA O SUJEITO" - MOSSORÓ NOS TEMPOS DE OURO DA JUVENTUDE ENLOUQUECIDA PELA EXPLOSÃO MUSICAL.
Por José Mendes Pereira
Nos anos 60, do século XX, a música brasileira deu fama à Bossa Nova. Belas letras elaboradas, harmonia sofisticada e uma batida nova que mesclava o jazz com o samba. Era a grande juventude da Zona Sul do Rio da cidade maravilhosa que renovava a arte musical brasileiro.
A Jovem Guarda explodia no movimento musical surgido no Brasil, trouxe uma nova sonoridade e estilo para a música brasileira, influenciada pelo rock and roll internacional, especialmente pelos Beatles. O movimento não apenas impactou a música, mas também a moda e o comportamento dos jovens da época, criando um estilo próprio e marcante.
Esta imagem acima retrata os momentos da inauguração da Churrascaria O Sujeito, em 08 de junho de 1958, na cidade Mossoró-RN. Presentes figuras importantes da sociedade local, políticos, empresários e religiosos. Identificados:
1. João Newton da Escóssia, (1926), ex-prefeito municipal, período de 1977-1982;
2. Vingt Rosado, (13/01/1918-02/02/1995), ex-prefeito, deputado estadual e federal,
3. Antonio Rodrigues de Carvalho, (13/06/1927-03/12/2009), ex-prefeito municipal nos períodos de 1958-1963, e 1969-1973,
4. Monsenhor Raimundo Gurgel, (1916-1974);
5. Boanerges Perdigão, (1909-1971), Boanerges Perdigão era o verdadeiro proprietário da Churrascaria "O Sujeito".
Paulo Gutemberg de Noronha Costa (1906-1987), um dos pioneiros da radiofonia mossoroense, Era sócio da Sociedade de Cinemas de Mossoró, e da Rádio Difusora de Mossoró, de Areia Branca e da Editora Comercial S.A.
Mota Neto, conhecido como Motinha, (1914-1981), ex-prefeito e deputado estadual e federal, Mário Moraes e outros não identificados.
Imagem da inauguração do "O Sujeito" é do acervo do escritor e historiador Lindomarcos Faustino.
Lembrar de "O Sujeito" é reviver a nossa juventude de antes de ontem e de ontem, aqueles tempos de ouro, ouro de melhor quilate, ouro misturado com doses românticas e olhares apaixonados, entre àquela multidão de pessoas que procurava acasalar-se, pelo menos naquela saudável noite, naquela temperatura fria, vindo do rio que ainda vivia alegremente, sem nunca pensar em morrer; em meio da linda iluminação das luzes negras, afogada com as mais famosas músicas da época, como por exemplo: The Fevers com o seu “Mar de Rosa”.
ESTA CRÔNICA ABAIXO, ESCREVEU AMÓS OLIVEIRA, DO PORTAL DO RN.
CHURRASCARIA O SUJEITO
Foi a Churrascaria O Sujeito, por muito tempo, o principal ponto da noite mossoroense. Vida noturna sem a intensidade que viria depois, mas não menos emocionante, e que se iniciava geralmente nos horários dos cinemas, sete, sete e meia e raramente ia além da meia-noite. A denominação churrascaria talvez nem fosse a mais adequada.
Era mais um bar com clima um pouco de boite, porém, em vez do ambiente fechado que caracteriza essa categoria, tinha uma estrutura aberta, proporcionando uma vista panorâmica do rio, da velha ponte e da parte da cidade em torno. Sua decoração com chapéus de couro e de palha, arreios, gibão e coletes de couro, chocalhos, peneiras e abanadores de palha e outras peças semelhantes, expressava um ineditismo para a época, não só na cidade, mas no Brasil pois lembrava um cotidiano de interior nordestino em um país atraído por uma estética importada, europeia e urbana.
As águas do rio movimentadas vagamente pela brisa que à noite vinha no rastro do vento nordeste que soprara forte durante a tarde, compunha um quadro de amenidade e reverberava os boleros e canções saídos da hi-fi na voz de Connie Francis, Edie Gorme e Trio Los Panchos, Trio Irakitan, Dick Farney, Sinatra, Nat King Cole, Lucho Gatica e o novato Altemar Dutra, inspirando namoros ou a simples convivência de amigos.
Confraria da cerveja, do Whisky ou do sugestivo “cuba libre” acompanhados dos petiscos onde o filé com batatas fritas representavam o que havia de mais sofisticado para uma culinária sem o internacionalismo atual. Chegar dirigindo um automóvel era um diferencial, para alguns até ostentação, mas vir a pé não causava estranheza. Carro particular ainda era luxo acessível a poucos.
O ambiente seria hoje considerado simples. E era, de fato, simples. Entretanto alguns elementos o tornavam, em certo grau, elitizado: a organização, o padrão musical, o bar e a cozinha direcionavam-se a um público um pouco mais exigente. Nesse aspecto uma concorrência viria apenas com o surgimento posterior da Churrascaria Brasa e do Bar Umuarama e, algum tempo depois, da icônica Boite Snob.
Assim como outros estabelecimentos, a Churrascaria O Sujeito pode ser considerada emblemática de uma época na história mossoroense. Uma cidade com uma região central onde o principal comércio dividia espaço com residências de famílias de melhor poder aquisitivo, rodeado por uns poucos bairros que, com o crescimento horizontal da área urbana, aos poucos passaram a constituir o que se pode chamar de um centro expandido.
https://portaldorn.com/churrascaria-o-sujeito/
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