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08 dezembro 2025

FRANKITO LOPES: O FIM TRISTE DO ÍNDIO APAIXONADO | A VERDADE POR TRÁS

  Por Musical Brasuca

https://www.youtube.com/watch?v=0wCSPl52DnI

Frankito Lopes: O Fim Triste do Índio Apaixonado | A Verdade por Trás da Lenda do Brega Descubra a história completa de Frankito Lopes, o eterno Índio Apaixonado da música brega. Neste documentário emocionante, o Musical Brazuca revela a verdade por trás da persona criada nos anos 70, o esforço para se tornar um ídolo e o segredo que ele carregou até o final de sua vida. Nascido Agílio Lopes da Silva, Frankito conquistou o Brasil com sucessos como "Quero Dormir em Teus Braços" e "Parabéns Pra Minha Dor", mas enfrentou o abandono e uma luta silenciosa contra a cirrose hepática e um infarto que o tirou de cena precocemente. Entenda como o homem por trás do cocar viveu seus últimos dias e qual o verdadeiro legado que ele deixou. Se você é fã de Brega Raiz e tem saudade do Frankito Lopes, deixe seu like nesta homenagem! a historia de frankito lopes, frankito lopes a historia, a real historia de frankito lopes, historia de frankito lopes, a historia de sucesso de frankito lopes cantor, historia de vida de frankito lopes, a morte de frankito lopes, historia do cantor frankito lopes, historia de frankito, a carreira de frankito lopes, cd de frankito lopes, biografia de frankito lopes, extraordinaria saga de frankito lopes, musicas de frankito lopes, sucessos de frankito lopes. Músicas Citadas (Para quem quiser pesquisar): Quero Dormir em Teus Braços Parabéns Pra Minha Dor Fruto de um Romance
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07 dezembro 2025

CORTEJO MACABRO: AS CABEÇAS DOS CANGACEIROS PERCORREM VILAS E CIDADES E SÃO EXPOSTAS À VISITAÇÃO PÚBLICA.

 

Com a morte de Lampião e de parte do seu bando na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angicos, em Sergipe, os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças conduzidas até Piranhas, base das operações, para serem transportadas até Maceió, onde foram necropsiadas.

Segundo o perito criminal Ailton Vilanova, quem preparou as cabeças para a demorada excursão foi um militar conhecido como Azogado. Foi ele quem pôs sal para mantê-las conservadas durante todo tempo em que foram exibidas como troféus. Em Santana do Ipanema, onde receberam formol enviado pelo Necrotério de Maceió, ficaram na frente do Quartel do 2º Batalhão do Regimento da Polícia Militar de Alagoas.

Foram recebidas nessa cidade sertaneja por oficiais e pelo comandante do 20º BC, capitão Mário Lima. O comandante da Polícia Militar de Alagoas, tenente-coronel PM Theodoreto Camargo Nascimento, também ali esteve parabenizando seus oficiais e soldados, que posteriormente foram condecorados e promovidos.

Theodoreto Camargo foi um dos militares que apoiou a Revolução de 1930 e no ano seguinte, quando ainda era 1º tenente, assumiu o comando da Força Policial do Estado de Sergipe.

Foi promovido a capitão do Exército em novembro de 1933 e tomou posse como comandante da Polícia Militar de Alagoas, comissionado como tenente-coronel PM, em 10 de setembro de 1936 e permaneceu nesta função até 18 de dezembro de 1940.

Segundo o escritor e jornalista Valdemar de Souza Lima, foi o comandante Theodoreto Camargo quem deu condições e estimulou a PM e seus oficiais a enfrentarem o cangaço. Partiu dele a sugestão ao governo para a criação do 2° Batalhão da Polícia, com sede em Santana do Ipanema, cujo comando foi confiado ao major José Lucena de Albuquerque Maranhão.


Como Lampião continuava a agir sem maiores impedimentos, Theodoreto chamou Lucena a Maceió para tentar identificar o dedo misterioso que impedia o fim do bando. A pressão deu resultado.

As cabeças, num cortejo macabro, percorreram cidades e vilarejos, onde foram expostas para visitação pública. Foram exibidas também em Cacimbinhas, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Limoeiro de Anadia, Mosquito e São Miguel. Entraram em Maceió às 21h, por Bebedouro. O caminhão com as cabeças foi seguido por dezenas de veículos e no percurso pelo Mutange, Bom Parto, Cambona foram recepcionados por muita gente nas calçadas.

Para ler a matéria completa, clique aqui


Em Santana do Ipanema, muita gente foi ver a exposição macabra defronte ao Batalhão de Polícia Militar


Cabeças expostas em Santana do Ipanema na calçada da sede do Batalhão de Polícia Militar. Foto de 30.07.1938

Volantes alagoanas do Tenente Bezerra, Sargento Aniceto Rodrigues e Aspirante Chico Ferreira, após a hecatombe de Angicos. Foto em Pedra (Delmiro Gouveia), 29.07.1938.

Créditos para João Neto - Outubro, 2024

Fonte: Site www.historiadealagoas.com.br

Fotos: Revista "A Noite Ilustrada" e acervo pessoal. (Domínio público).

https://www.apensocomgrifo.com/2024/10/cortejo-macabro-as-cabecas-dos.html

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05 dezembro 2025

FERREIRA DA GAZETA DO OESTE - SERESTEIRO

  Por José Mendes Pereira

José Ferreira Filho

José Ferreira Filho nasceu em Mossoró, no dia 15 de Agosto de 1946.  Quando criança fez de tudo para adquirir o sustento,  como por exemplos: levar feira, mala, dar recados, vender guloseimas, bombons e outros.

Começou a trabalhar em jornal muito jovem, e no dia 10 de Junho de 2010, havia completado  cinquenta anos no ramo gráfico. Era uma das suas paixões, e jamais deixou de fazer um bom trabalho; tinha interesse pelo jornalismo.

Iniciou na tipografia derretendo  o chumbo para alimentar as máquinas linotipos, e posteriormente tornou-se tipógrafo, fazendo chapas, distribuindo tipos nas caixetas, e até mesmo paginando o jornal

https://medium.com/deadlines/uma-breve-introducao-a-linotipia-a06bdffdc215

Na continuidade dos seus trabalhos foi oferecido a oportunidade de aprender a operar as linotipos, máquinas que eram muito difíceis o seu manejo para  principiantes, mas ele sendo inteligente, logo passou a ser um dos operadores profissionais de uma delas,  e foi um grande linotipista. Após sua saída do jornal "O Mossoroense" foi para a "GAZETA DO OESTE, a convite de seu fundador, Canindé Queiroz, em 1982.

Canindé Queiroz - vice prefeito de Mossoró

E no dia  30 de Abril de 1982, foi nomeado chefe das oficinas da gráfica. Mas  como ainda tinha um acordo com o jornal "O Mossoroense", tomou posse somente no "Jornal Gazeta do Oeste", no dia 02 de Junho de 1982. Ele foi o autor da série "Nossos Valores". Devido ter trabalhado muitos anos na "Gazeta do Oeste", foi alcunhado por "Ferreira da Gazeta".

Neste prédio funcionavam a Rádio Difusora de Mossoró, Cine Caiçara e Editora Comercial S.A.

Nos anos setenta, ele e eu trabalhamos juntos na "Editora Comercial S/A., nos dias de hoje, extinta. Era uma empresa que dominava duas emissoras, "Rádio Difusora de Mossoró" e "Rádio Difusora de Areia Branca", sendo que esta última foi desativada, não sei, talvez por não estar com a documentação legal. E uma rede de cinemas, "Cine Caiçara de Mossoró", "Cine Jandaia de Mossoró" e "Cine Miramar de Areia Branca".

No período em que nós trabalhávamos juntos, José Ferreira já era linotipista, e eu fazias as confecções manuais das chapas, isto é, juntando letras por letras para fazer as composições.

Posteriormente José Ferreira saiu da "Editora Comercial S/A.", e eu que já havia aprendido operar a linotipo com o linotipista Raimundo Costa, passei a ser o linotipista da empresa, quando fazia as composições de orçamentos de diversas prefeituras do Alto Oeste potiguar.

Além dessas eu fazia linotipicamente a composição dos livros da "Coleção Mossoroense", uma Fundação criada pelo Dr. Vingt Rosado Maia, sendo que esta, dava oportunidades a diversos autores de livros, tanto a profissionais como a principiantes.

 FERREIRA - ARTISTA

José Ferreira Filho não só foi jornalista, como também foi um dos melhores seresteiros de Mossoró e da região. Gostava de divertir o seu cativo público em diversas casas de Shows. Tanto era amante do jornalismo como também da música.

Em anos remotos, na década de setenta, eu residia na "Casa de Menores Mário Negócio", uma instituição que dava assistência a menores, sob o domínio do "SAM" - Serviço de Assistência ao Menor", que foi substituído pela "FEBEM", e José Ferreira Filho morou lá por alguns meses, era casado com uma senhora irmã da Vice-diretora desta instituição dona Salete Rocha. Como eu ainda aos dezoito anos achava bonito o toque de violão, tomei emprestado o seu, para que eu pudesse aprender algumas notas (coisa que nunca eu aprendi, e dos piores violonistas, eu sou o pior), mas por má sorte, quebrei o seu amado e zeloso violão.

Ferreira, viúva Marlete e sua filha Milena

Os dias foram se passando, e eu com vergonha de falar para ele o que tinha acontecido com o seu instrumento, fiquei na moita. Ele me mandou um recado que eu fosse devolvê-lo. Não havia outro jeito, contei o que tinha acontecido. Mas ele foi compreensivo e me pediu que eu mandasse consertá-lo, isso acontecia com qualquer um.

Procurei um carpinteiro de primeira categoria, e mandei consertá-lo. Dias depois, eu fui entregá-lo. Não sei se foi apenas para me agradar, mas o serviço feito pelo carpinteiro foi elogiado por ele.

Os tempos se passaram e perdemos por completo o contato. Anos depois, eu soube que ele estava fazendo serestas por essa Mossoró e região. E posteriormente o encontrei e lhe fiz a seguinte pergunta:

- Ferreira, quando você descobriu que é cantor?

Ele me respondeu o seguinte:

- Para te falar a verdade, nem eu mesmo sei. Comecei a me apresentar por aí, o público tem gostado, e eu continuo fazendo as minhas serestas.

José Ferreira foi sem dúvida um dos melhores seresteiros de Mossoró.

Não cheguei a vê-lo em uma cadeira de rodas, mas me falaram que ele chegou a usá-la como meio de se deslocar.

José Ferreira Filho, ou Ferreira da Gazeta faleceu no dia 17 de Agosto de 2010 (15 anos já se foram), vítima de problemas pulmonares.

Este blog deseja que o Ferreira da Gazeta condinue sendo abençoado por
Deus por onde ele estiver.

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03 dezembro 2025

A PRIMEIRA PAIXÃO DE LAMPIÃO

 

Virgulino tinha 19 anos de idade. Rosa, uma morena da Ribeira, foi sua primeira paixão. Imaginava Desposá-la.

No dia 31 de maio era hábito realizar-se, em Nazaré, a festa de encerramento do mês mariano, ou seja, mês de Maria, a mãe de Jesus. Todo pessoal comparecia bem vestido. Virgulino também foi à festa. Vestiu a melhor roupa. Na igreja, correu os olhos pelos bancos e avistou a namorada. A menina tinha 16 anos de idade, olhos castanhos muito vivos, cabelos pretos, atados a uma fita azul. Rezava ajoelhada. Depois do terço eles se olharam. O amor sertanejo naquele tempo eram apenas olhares.

Ficaram algum tempo na calçada. Observaram o céu pontilhado de estrelas. Os foguetes espocavam.

Rosa retirou-se acompanhada da sua família. Encobriu-se na curva da estrada. Virgulino estava apaixonado.

Nessa época era Virgulino o vencedor das famosas vaquejadas de Vila Bela (Serra Talhada) e de Nazaré (distrito de Floresta). As moças vibravam quando ele cavalgava e rodava os dedos uma chibatinha. Após as vitórias, aplaudiam e enfeitavam de fitas o vaqueiro almocreve, artesão e poeta.

Meses depois, tudo findou. O destino estúpido traçou-lhe um paralelo, com caminhos diferentes. Foram raras as oportunidades que os dois enamorados se avistarem. 

Nas horas vagas, Virgulino dedicava à menina, com carinho, versos de sua autoria, que cuidadosamente guardava no alforje:

(transcrevemos dois dos quatro estrofes)

Tive também meus amores,
Cultivei minha paixão,
Amei uma flor mimosa,
Filha lá do meu sertão,
Sonhei de gozar a vida
Bem junto à prenda querida
A quem dei meu coração;

Quando de ti me apartei,
Naquela tarde saudosa,
Não pude mais consolar
A minha alma piedosa,
Rosa aceite um adeus!
Nesta cartinha amorosa

Fonte: Lampião – Cangaço e Nordeste – Aglae Lima de Oliveira
foto: Virgulino com 20 anos de idade.

Segunda Fonte: facebook
Página: Ruy Lima
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1394208990601533&set=gm.1700967100215794&type=3&theater

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01 dezembro 2025

CABEÇA GIGANTE DO PROFESSOR, ESCRITOR, AGRÔNOMO E PESQUISADOR DO CANGAÇO BENEDITO VASCONCELOS MENDES.

  Por José Mendes Pereira

Foto gentilmente cedida pelo professor

Benedito Vasconcelos Mendes é professor, escritor, agrônomo e pesquisador do cangaço, um dos sobralenses que mais Mossoró admira. Foi diretor da ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró - atualmente Universidade Federal Rural do Semi-Árido durante 24 anos. A sua biografia é vasta. Esta cabeça está localizada no Museu do Sertão Rancho Verde, na Estrada de Alagoinha em Mossoró 

"BENEDITO VASCONCELOS MENDES Formação & Titulação Engenheiro-agrônomo pela Universidade Federal do Ceará (CE), graduado em 1969. Mestrado: Universidade Federal de Viçosa (MG) - Dissertação: Histopatologia de raízes do cafeeiro parasitadas por Meloidogyne exigua. Ano de Obtenção: 1975. 

Doutorado: ESALQ/USP-Piracicaba (SP) – Tese: Histologia de galhas da coroa de chuchu (Sechium edule) induzidas por Agrobacterium tumefaciens e infestadas por Meloidogyne incognita e desenvolvimento de dois sistemas de cultivo in vitro para Meloidogyne javanica. Ano de Obtenção: 1980. 

Vínculos institucionais & Atuação profissional 1) Docente (Prof. Titular) e Diretor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, antiga ESAM/Escola Superior de Agricultura de Mossoró, RN (1970-1994). 

2) Pesquisador/Dirigente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – CPA do Meio Norte (1997-1999). 

3) Docente (Prof. Adjunto IV) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Mossoró, RN (1999- ). Endereço: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Centro de Estudos e Pesquisas do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Departamento de Geografia Fafic Caixa Postal 70 59600-970 - Mossoró, RN - Brasil Telefone: (84) 3152 2197 Ramal: 197 Fax: (84) 3152 2197  E-mail: beneditovasconcelos@uern.br 

Posições ocupadas na SBN Presidente (1980-1983) e Vice-Presidente (1977-1978 e 1985-1986), organizando as 3ª e 10ª Reunião Brasileira de Nematologia, ambas em Mossoró (RN), em 1978 e 1986. Acesso ao Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/1770891942535885".


As fotos foram gentilmente cedidas pelo professor.


As fotos foramgentilmente cedidas pelo professor

Informação ao leitor: Esta arte é a cabeça do criador do Museu do Sertão em Mossoró.

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OS MENINOS DE SERRA TALHADA.

  Por Abdias Filho

Na imagem podemos ver os quatro Ferreira que iniciaram a saga lampiônica do cangaço. A vida fora da lei nunca foi fácil pra ninguém:


Virgulino Ferreira - Lampião - (1898 - 1938) 40 anos
Levino Ferreira da Silva (1896 - 1925) 28 anos
Antônio Rosa Ventura (1922) - adotivo
Antônio Ferreira - Esperança - (1896 - 1927) 31 anos
Ezequiel Ferreira - Ponto Fino - (1908 - 1931) 23 anos.

ADENDO:

Lembrem-se que esta foto foi feita antes do ano de 1925, antes da morte de Levino Ferreira da Silva - José Mendes Pereira.

https://www.facebook.com/abdias.castro.1

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte. Calma! Calma!

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" siga o nosso blog. 

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29 novembro 2025

A MORTE DO SARGENTO DELUZ - PARTE I

 Por José Mendes Pereira


Segundo o escritor Alcino Alves Costa, escreveu em seu Livro, “O Sertão de Lampião”, que o verdadeiro assassino do cangaceiro Juriti, o seu nome de batismo, era Amâncio Ferreira da Silva, famoso caçador de cangaceiros que se têm informações, e era da polícia sergipana. Esta figura era pernambucana, com naturalidade duvidosa, porque, uns afirmavam que ele era lá de São Bento do Una, enquanto outros diziam que o famoso e carrasco policial era da cidade de Gravatá. 

Ele nasceu no dia 11 de agosto de 1905. Mas o seu nome de batismo sempre ficou esquecido, porque desde criança, era conhecido por Deluz, nome que o fez pessoa importante na região, que sempre esteve prestando os seus serviços à polícia militar e ingressou na força logo muito jovem.

Com o banditismo tomando de conta dos sertões nordestinos, matando, roubando, destruindo tudo que via pela frente, Deluz recebeu ordem para ir destacar no último porto navegável do baixo São Francisco, o minúsculo lugarejo da família Britto, lá no Canindé do São Francisco.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_Natural_do_Rio_S%C3%A3o_Francisco

Ali, naquele tempo, o sertão no abandono, a coroa que reinava por lá, era do velho guerreiro, destemido e sanguinário rei do cangaço o Lampião; e o jovem militar seguindo a missão de tantos outros do seu tempo, foi também incumbido para caçar cangaceiros, e iria enfrentar o poder do famoso e perverso Lampião.

Desde muito cedo que o Deluz demonstrava ser destemido, e com isso, seu nome caiu na boca do povo, como sendo um homem de muita coragem, e que nunca conheceu o significado da palavra medo, mas talvez carregasse consigo a pesada cruz, que era perseguir cangaceiros, homens que não tinham medo de ninguém e nem o que perderem. 

https://ensinarhistoria.com.br/linha-do-tempo/fim-do-bando-de-lampiao-o-rei-do-cangaco/

Após a chacina de Angico, um dos seus divertimentos era procurar por todos os lugares ex-cangaceiros que sobraram da “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia”, para matar, assim aconteceu com o ex-facínora Juriti, que soube que ele estava na fazenda Pedra D’água, na casa do seu amigo Rosalvo Marinho, e assim que tomou conhecimento, Deluz e seus capangas foram até lá para engaiolá-lo. Assim que o prenderam, levaram-no para as matas, e lá, ele foi morto dentro de uma língua de fogo.

O cangaceiro Juriti

Uma das crueldades e gostosa que achava o Deluz, era tirar ladrão da cadeia de Propriá, e levar o infeliz para o Rio São Francisco e lá, amarrava-o a uma pedra, e o jogava dentro das águas. O tempo foi passando e a sua fama de homem valente foi se espalhando por toda região do São Francisco. As mocinhas quando o via desfilando pelas ruazinhas do arruado ribeirinho, se derretiam em dengos e desejos.

Diz o escritor Alcino Alves que um descendente dos Garra, e que foi uma das primeiras famílias de Poço Redondo, deixou de morar no arruado de Cupira e China, para fazer companhia a um tio paterno de nome João Grande, morador da pequena povoação de Curituba, sendo esta de um senhor chamado João dos Santos, lugar localizado nas terras do Canindé do São Francisco. O rapaz chamava-se João, e era filho de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos, que era chamada carinhosamente de Vevéia. Seus filhos eram: Germiniano, Joaquim, Chiquinho, José (Zé Hipólito), Antonio (Touca), Miguel, Manuel (Naninga), além de João, o João Marinho; tinha ainda as irmãs Isabel (Iaiá), Maria, Antônia Rosa, Júlia Filomena e Francelina, num total de quatorze irmãos descendentes daquela família lá das areias brancas de Poço Redondo.

O João Marinho dedica a sua vida nas terras de Canindé e parte para um compromisso sério com Maria, uma mocinha da conceituada família dos Gomes daquele pedaço de sertão sofrido. Noivam e se casam. O João Marinho resolveu ir trabalhar em uma das propriedades do coronel Chico Porfírio, na fazenda Brejo. O casal segue as tradições e os costumes da época, filhos e mais filhos foram nascendo. Hortêncio, Jonas, Zé Marinho, Angelina, Maria (Mariinha) Dalva e Santa.

João Marinho é um homem trabalhador, além dos filhos fazia planos para o futuro. Trabalhava com afinco e com dignidade, e viu os seus planos serem realizados, porque findou comprando a propriedade que morava., e com trabalhos, dedicação e coragem conseguiu fazer no Brejo uma das mais consideradas propriedade no imenso mundão de Canindé do São Francisco. O seu nome ficou respeitado no meio daquela gente como um vitorioso. Com as facilidades que a vida lhe deu dois dos seus irmãos (Chiquinho e Zé Hipólito) muda-se para Canindé, ali se casam. As sorteadas foram duas irmãs a Delfina e Anália.

O Chiquinho foi trabalhar como vaqueiro na Fazenda Rancho do Vale, de um conceituado Monteiro Santos, e o Zé Hipólito após vender a sua propriedade de nome Pindoba ao tenente João Maria da Serra Negra e faz nova moradia dando o nome de Vertente.

O João Marinho de Poço Redondo, se tornou o patriarca daquela região. Seus filhos estão crescidos, e tanto os rapazes como as moças são desejados. Namorá-los é o desejo daquela juventude.

O Deluz começou a paquerar a Dalva e logo ficou apaixonado. O pai da Dalva o João Marinho ao saber do relacionamento da filha com ele não ficou satisfeito. O João era um homem tranquilo, e não desejava aquele homem misturado na sua família, porque ele queria o melhor para sua filha. E geralmente, namoro termina em noivado, e com a continuação, será realizado casamento. E sem muita demora a Dalva casou-se com o temido sargento. Mas Deluz não estava muito satisfeito com o seu cônjuge, e três dias depois, Deluz pôs a Dalva na frente e foi devolvê-la aos pais.

Uma grande desgraça! O que aconteceu que o sargento Deluz levou a esposa e a entregou aos pais?

Você saberá amanhã, porque continuarei!

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HOJE É O ANIVERSÁRIO DE SANTA LUZIA, POR ESTA RAZÃO, DIA CORRIDO, FALTOU-ME TEMPO PARA POSTAGENS.

   Por José Mendes Pereira A padroeira de Mossoró é Santa Luiza, por esta razão, hoje, não tive muito tempo para fazer as nossas postagens s...